Lições da Bíblia.
“O sumo sacerdote entre seus irmãos, sobre cuja cabeça foi derramado o óleo da unção, e que for consagrado para vestir as vestes sagradas, não desgrenhará os cabelos, nem rasgará as suas vestes” (Lv 21:10).
Por ocasião do julgamento de Jesus a atitude do sumo sacerdote (Caifás), ao rasgar suas vestes em reação à resposta que Cristo lhe deu, representou a quebra da lei e sua desqualificação para o ministério, no entanto ao morrer Jesus a lei cerimonial foi abolida quando o véu do templo se rasgou. “Ora, os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho falso contra Jesus, a fim de o condenarem à morte. E não acharam, apesar de se terem apresentado muitas testemunhas falsas. Mas, afinal, compareceram duas, afirmando: Este disse: Posso destruir o santuário de Deus e reedificá-lo em três dias. E, levantando-se o sumo sacerdote, perguntou a Jesus: Nada respondes ao que estes depõem contra ti? Jesus, porém, guardou silêncio. E o sumo sacerdote lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus. Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; entretanto, eu vos declaro que, desde agora, vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu. Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou! Que necessidade mais temos de testemunhas? Eis que ouvistes agora a blasfêmia! Que vos parece? Responderam eles: É réu de morte. Então, uns cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam, dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem é que te bateu! (Mat. 26:59-68). Ao morrer Jesus “[…] o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. (Mar. 15:38). “Ora, o essencial das coisas que temos dito é que possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus,” (Heb. 8:1)
“O sumo sacerdote rasgou as próprias vestes para simbolizar que Jesus estava para ser condenado à morte. Esse ato também traduzia a indignação de Caifás e significava seu horror diante da suposta blasfêmia que diziam ter Cristo proferido, ao Se declarar Filho de Deus. A lei mosaica proibia ao sumo sacerdote rasgar suas vestes clericais (Lv 10:6; 21:10), porque aquelas vestes simbolizavam a perfeição do caráter de Deus. Rasgá-las era o mesmo que profanar o caráter de Deus, desfigurar Sua perfeição. Assim, a ironia foi que Caifás era culpado de transgredir a própria lei que ele mesmo defendia. Isso o tornava indigno de seu ofício. Pior que isso, a penalidade para esse delito era a morte. Em tudo isso, é irônico que Jesus, que nada tinha feito de errado, estava para ser condenado à morte pela instigação do sacerdote que, por causa de suas ações, merecia morrer.”
“O simbolismo do gesto de rasgar as vestes era profundo. Era o começo do fim de todo o sistema terrestre de sacerdócio e sacrifício. Em breve, seria inaugurado um sistema novo e melhor, tendo Cristo como novo Sumo Sacerdote ministrando no santuário celestial.”
“As vestes do sacerdócio terrestre, tão cheias de simbolismo e significado para seu tempo, logo se tornariam símbolos de um sistema destituído de qualquer significado e perto do fim. Quão terrível é que os líderes religiosos estivessem tão cegos pelo ódio, ciúme e temor, que quando Cristo veio – Aquele para quem o sistema religioso de então apontava – muitos daqueles líderes (não todos) não perceberam! Era o povo comum que aceitava Jesus como Messias e assumia o trabalho que aqueles sacerdotes deveriam ter feito.”
“Em que sentido podemos ser apanhados em nosso senso de justiça própria, de superioridade moral e espiritual, que nos torna cegos para as importantes verdades que o Senhor deseja que aprendamos?”
Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – terça-feira 14 de junho de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF
Perfeito, muito interessante, não deixou dúvidas nenhuma sobre o que eu pesquisada, grande abraços !!
Agradeço muito por esta explicação. Me enrriqueci com este conhecimento. Deus os abençõe.
Comecei novamente a levar a palavra e fiquei curiosa o por que muitos versículos fala de rasgar as vestes e sua resposta foi muito útil e clara. Obrigado que Deus o abençoe. Alcione – Sta Luzia-MG
e por isso que quando o véu do templo rasgou de alto a baixo nos tornamos reis e sacerdotes em cristo jesus
Maravilhoso foi edificante.
Realmente acho que tudo é muito pra fazer com que o plano de Deus pareça mais perfeito do que é, mas em ambos os textos de levítico está claro que o sacerdote só não poderia rasgar as vestes em sinal de luto. E Caifás rasgou as vestes sinal de indignação. Quando quando arquitetou toda a morte de Jesus ele já se desqualificou ao sacerdócio. Ele precisava de mais esse pecado.
Bem interessante
TUDO ISSO TEM UMA PROFUNDIDADE MUITO GRANDE. GLÓRIAS A DEUS.
Glória a Deus, texto excelente
Caifas era o fim de uma era sacerdotal Levítico!!!! Jesus, o início do verdadeiro sacerdócios, enquanto eles eram uma figura de Cristo, Cristo era a pura essência Sacerdotal de todas as eras!!!!
Verdade Ivan, por isso não estamos sujeitos a lei que Deus deu ao povo de Israel, primeiro que a lei foi específica aquele povo que foi separado e escolhido pelo Senhor, segundo, a palavra de Deus diz em Hb 7.14 que muda o sacerdócio, muda-se a lei. Obg.
“3. Em Gálatas 3:19-29 Paulo faz várias referências à ‘lei’. Nesta seção de Gálatas, que lei Paulo menciona principalmente?” “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador. Ora, o mediador não é de um, mas Deus é um.” (Gál. 3:19-20). “A lei moral: os Dez Mandamentos.”
“Acreditando que a expressão até que, no verso 19, indica que essa lei foi apenas temporária, alguns têm pensado que a passagem deve se referir à lei cerimonial, porque o propósito dessa lei foi cumprido na cruz e, assim, ela chegou ao fim. Embora essa ideia faça sentido em si mesma, não parece ter sido esse o pensamento de Paulo em Gálatas. Tanto a lei cerimonial quanto a lei moral foram ‘adicionadas’ no Sinai por causa da transgressão. Mas veremos, considerando a pergunta a seguir, que Paulo pensou principalmente na lei moral.”
4. Por que Paulo disse que a lei foi acrescentada? A que ela foi acrescentada, e por quê? Compare Gl 3:19 com Rm 5:13, 20 “Qual, pois, a razão de ser da lei? Foi adicionada por causa das transgressões, até que viesse o descendente a quem se fez a promessa, e foi promulgada por meio de anjos, pela mão de um mediador.” (Gál. 3:19). “Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.” (Rom. 5:13). “Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,” (Rom. 5:20). “A lei já existia. Foi acrescentada ao povo de Israel com o propósito de dirigi-los de volta a Deus; e a graça foi oferecida a todos que O buscam pela fé.”
“Paulo não disse que a lei foi acrescentada à aliança de Deus com Abraão, como se fosse uma espécie de suplemento a um testamento que alterasse as provisões originais. A lei já havia existido por muito tempo antes do Sinai (veja a lição de amanhã). Paulo quis dizer, ao contrário, que a lei foi dada a Israel para um propósito totalmente diferente. Ela devia dirigir o povo de volta para Deus e à graça que Ele oferece a todos os que vão a Ele pela fé. A lei revela nossa condição pecaminosa e nossa necessidade da graça de Deus. A lei não foi destinada a ser uma espécie de programa para ‘conseguir’ a salvação. Ao contrário, ela foi dada, diz Paulo, ‘para que a transgressão fosse ressaltada’ (Rm 5:20, NVI), ou seja, para nos mostrar mais claramente o pecado em nossa vida (Rm 7:13).”
“Enquanto as leis cerimoniais apontavam para o Messias e enfatizavam a santidade e a necessidade de um Salvador, é a lei moral, com suas proibições, que revela o pecado, que nos mostra que o pecado não é apenas uma parte da nossa condição natural, mas, de fato, é a violação da lei de Deus [‘visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.’ Rm 3:20; ‘Porque até ao regime da lei havia pecado no mundo, mas o pecado não é levado em conta quando não há lei.’ Rm 5:13; ‘Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça,’ Rm 5:20; ‘Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não teria conhecido o pecado, senão por intermédio da lei; pois não teria eu conhecido a cobiça, se a lei não dissera: Não cobiçarás. Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda sorte de concupiscência; porque, sem lei, está morto o pecado.’ Rm. 7:7-8; ‘Acaso o bom se me tornou em morte? De modo nenhum! Pelo contrário, o pecado, para revelar-se como pecado, por meio de uma coisa boa, causou-me a morte, a fim de que, pelo mandamento, se mostrasse sobremaneira maligno.’ Rm 7:13]. É por isso que Paulo diz: ‘Onde não há lei, não há transgressão’ (Rm 4:15, NVI). ‘A lei funciona como uma lupa. Esse dispositivo não aumenta realmente o número de marcas de sujeira que mancham uma roupa, mas faz com que elas se destaquem de maneira mais clara e revela muito mais delas do que a pessoa é capaz de ver a olho nu’ (William Hendriksen, New Testament Commentary, Exposition on Galatians [Comentário sobre o Novo Testamento, Exposição sobre Gálatas], Grand Rapids, Michigan: Baker Book House, 1968, p. 141).”
Muito bom esclarecedor que Deus venha dar a cada dia mais sabedoria e conhecimento para que respeitem a sua palavra e não venham a distorcer o que está escrito como muitos estão fazendo por aí