A promessa – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Abraão foi um profeta extraordinário com quem Deus compartilhou, até certo ponto, Seu plano da salvação por meio do sacrifício de Seu Filho (Gn 18:17).

“Isaque era um símbolo do Filho de Deus, oferecido em sacrifício pelos pecados do mundo. Deus queria imprimir na mente de Abraão o evangelho da salvação para o ser humano. A fim de fazê-lo, e tornar essa verdade real para ele, bem como provar-lhe a fé, pediu que matasse seu querido Isaque. […] Foi-lhe feito compreender, pela própria experiência, quão inexprimível era a abnegação de Deus em dar o próprio Filho para morrer a fim de redimir o ser humano da total perdição. Nenhuma tortura mental poderia ser para Abraão igual àquela que sofrera ao obedecer à ordem divina de sacrificar seu filho” (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, v. 3, p. 305 [369]).

“Abraão já estava idoso e não esperava viver muito; no entanto, ainda precisava fazer uma coisa que garantiria o cumprimento da promessa à sua posteridade. Isaque era aquele que havia sido divinamente designado para suceder-lhe como guardião da lei de Deus e ser pai do povo escolhido. Contudo, Isaque ainda era solteiro. Os habitantes de Canaã estavam entregues à idolatria, e Deus havia proibido casamentos entre Seu povo e eles, sabendo que esses casamentos conduziriam à apostasia. O patriarca receou o efeito das influências corruptoras que rodeavam seu filho. […] Para Abraão, escolher uma esposa para seu filho era assunto de suma importância, pois queria que ele se casasse com uma mulher que não o afastasse de Deus. […]

“Confiando na sabedoria e no amor de seu pai, Isaque estava satisfeito com a entrega dessa questão a ele, crendo também que o próprio Deus dirigiria a escolha a ser feita” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 137 [171]).

Perguntas para consideração

1. Abraão se dispôs a sacrificar Isaque. Imagine o tipo de fé que esse relato revela! O que é tão surpreendente, mas ao mesmo tempo preocupante, nessa história?

2. Por que nossa fé não tem sentido sem o livre-arbítrio? Cite exemplos bíblicos em que, apesar das escolhas erradas do ser humano, a vontade de Deus se cumpriu.

Sexta-feira, 20 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 

Uma esposa para Abraão

Lições da Bíblia1

6. Leia Gênesis 24:67–25:1-8. Qual é o significado desses eventos finais na vida de Abraão?

Gênesis 24:67–25:1-8 (ARA)2: “24 67 Isaque conduziu-a até à tenda de Sara, mãe dele, e tomou a Rebeca, e esta lhe foi por mulher. Ele a amou; assim, foi Isaque consolado depois da morte de sua mãe.  25 1 Desposou Abraão outra mulher; chamava-se Quetura. 2 Ela lhe deu à luz a Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Isbaque e Suá. 3 Jocsã gerou a Seba e a Dedã; os filhos de Dedã foram: Assurim, Letusim e Leumim. 4 Os filhos de Midiã foram: Efá, Efer, Enoque, Abida e Elda. Todos estes foram filhos de Quetura. 5 Abraão deu tudo o que possuía a Isaque.Porém, aos filhos das concubinas que tinha, deu ele presentes e, ainda em vida, os separou de seu filho Isaque, enviando-os para a terra oriental. 7 Foram os dias da vida de Abraão cento e setenta e cinco anos. 8 Expirou Abraão; morreu em ditosa velhice, avançado em anos; e foi reunido ao seu povo.”

Depois que Sara morreu, Abraão se casou novamente. Como Isaque, ele foi consolado após a morte de Sara (Gn 24:67), cuja memória com certeza ainda devia estar vívida na mente do patriarca, assim como na de seu filho.

A identidade de sua nova esposa não é clara. O cronista menciona os filhos de Quetura e os filhos de Agar, sem mencionar o nome de Agar (1Cr 1:28-31). Para alguns estudiosos, isso sugere que Quetura e Agar fossem a mesma pessoa. Além disso, Abraão se comportou com os filhos de Quetura da mesma forma que com o filho de Agar: ele os mandou embora para evitar qualquer influência espiritual e para fazer distinção clara entre seu filho com Sara e os outros filhos.

Ele deu “tudo o que tinha a Isaque”, enquanto “aos filhos das concubinas que tinha, Abraão deu presentes” (Gn 25:5, 6). Em 1 Crônicas 1:32, 33, Quetura é chamada de “concubina”. Porém, não temos evidências conclusivas sobre essa possível identificação de Quetura com Agar. A sutil alusão a Sara (Gn 24:67) foi um prelúdio ao novo casamento de Abraão com Quetura.

Gênesis 25:1-4, 12-18 apresenta uma lista dos filhos que Abraão teve com Quetura, bem como uma lista dos filhos de Ismael. O propósito da genealogia após o casamento de Abraão com Quetura, que lhe deu seis filhos, em contraste com seus outros dois filhos (Isaque e Ismael), talvez seja oferecer evidência imediata da promessa de Deus de que Abraão seria o pai de muitas nações.

A segunda genealogia traz os descendentes de Ismael, que compunham 12 tribos (Gn 17:20), assim como aconteceria com Jacó (Gn 35:22-26), embora a aliança de Deus seja reservada à descendência de Isaque (Gn 17:21), não à de Ismael, um ponto sobre o qual as Escrituras são claras.

O relato da morte de Abraão, entre as duas genealogias (Gn 25:7-11), testifica a bênção de Deus e revela o cumprimento de Sua promessa a Abraão, feita muitos anos antes: de que ele morreria “em boa velhice” (Gn 15:15; Ec 6:3).

O Senhor foi fiel às Suas promessas de graça ao fiel servo Abraão, cuja fé é descrita como um grande exemplo, senão o melhor, da confiança no Deus que nos salva mediante a fé (Rm 4:1-12).

Quinta-feira, 19 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Dúvidas de Abraão

Lições da Bíblia1

2. Leia Gênesis 16:1-16. Qual é o significado da decisão de Abrão de se envolver com Agar, apesar da promessa de Deus a ele? Como as duas mulheres representam duas atitudes de fé (Gl 4:21-31)?

Gênesis 16:1-16 (ARA)2: “1 Ora, Sarai, mulher de Abrão, não lhe dava filhos; tendo, porém, uma serva egípcia, por nome Agar, 2 disse Sarai a Abrão: Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, e assim me edificarei com filhos por meio dela. E Abrão anuiu ao conselho de Sarai. 3 Então, Sarai, mulher de Abrão, tomou a Agar, egípcia, sua serva, e deu-a por mulher a Abrão, seu marido, depois de ter ele habitado por dez anos na terra de Canaã. 4 Ele a possuiu, e ela concebeu. Vendo ela que havia concebido, foi sua senhora por ela desprezada. 5 Disse Sarai a Abrão: Seja sobre ti a afronta que se me faz a mim. Eu te dei a minha serva para a possuíres; ela, porém, vendo que concebeu, desprezou-me. Julgue o Senhor entre mim e ti.Respondeu Abrão a Sarai: A tua serva está nas tuas mãos, procede segundo melhor te parecer. Sarai humilhou-a, e ela fugiu de sua presença. 7 Tendo-a achado o Anjo do Senhor junto a uma fonte de água no deserto, junto à fonte no caminho de Sur, 8 disse-lhe: Agar, serva de Sarai, donde vens e para onde vais? Ela respondeu: Fujo da presença de Sarai, minha senhora. 9 Então, lhe disse o Anjo do Senhor: Volta para a tua senhora e humilha-te sob suas mãos. 10 Disse-lhe mais o Anjo do Senhor: Multiplicarei sobremodo a tua descendência, de maneira que, por numerosa, não será contada. 11 Disse-lhe ainda o Anjo do Senhor: Concebeste e darás à luz um filho, a quem chamarás Ismael, porque o Senhor te acudiu na tua aflição. 12 Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos. 13 Então, ela invocou o nome do Senhor, que lhe falava: Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê? 14 Por isso, aquele poço se chama Beer-Laai-Roi; está entre Cades e Berede. 15 Agar deu à luz um filho a Abrão; e Abrão, a seu filho que lhe dera Agar, chamou-lhe Ismael. 16 Era Abrão de oitenta e seis anos, quando Agar lhe deu à luz Ismael.”

Gl 4:21-31 (ARA)2: “21 Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei: acaso, não ouvis a lei? 22 Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. 23 Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. 24 Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar. 25 Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. 26 Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; 27 porque está escrito: Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama, tu que não estás de parto; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que os da que tem marido. 28 Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. 29 Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. 30 Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre. 31 E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.

Quando Abrão duvidou (Gn 15:2), Deus assegurou que ele teria um filho. Dez anos depois, Abrão ainda não tinha descendente. O patriarca parecia ter perdido a fé: não mais acreditava que fosse possível ter um filho com Sarai, que, sem esperança, o incentivou a recorrer a uma prática da época no antigo Oriente Próximo: arranjar uma substituta. Agar, serva de Sarai, foi nomeada para essa função. Funcionou. A estratégia pareceu mais eficiente do que a fé nas promessas divinas.

A passagem que descreve a relação de Sarai com Abrão relembra a história de Adão e Eva no jardim do Éden. Os dois textos compartilham uma série de temas comuns (Sarai, como Eva, foi ativa; Abrão, como Adão, foi passivo), como também verbos e frases (“ouvir a voz”, “receber” e “dar”). Esse paralelo entre as duas histórias implica na desaprovação divina quanto a esse curso de ação.

Paulo se referiu a essa história para mostrar seu ponto de vista sobre obras versus graça (Gl 4:23-26). Em ambos os relatos, o resultado foi o mesmo: a recompensa imediata da atitude humana alheia à vontade de Deus levou a problemas posteriores. Observe que Deus esteve ausente durante toda a ação. Sarai falou sobre o Senhor, mas nunca falou com Ele; nem Deus falou com nenhum deles. Essa ausência divina é marcante, especialmente depois da intensa presença divina no capítulo anterior.

Deus apareceu a Agar, mas somente depois que ela saiu da casa de Abrão. Essa aparição inesperada revela a presença do Senhor, apesar do esforço humano para agir sem Ele. A referência ao “Anjo do Senhor” (Gn 16:7) é um título frequentemente identificado com o Senhor, YHWH (Gn 18:1, 13, 22). Dessa vez foi Deus quem tomou a iniciativa e anunciou a Agar que ela daria à luz um filho, Ismael, cujo nome significava “Deus ouve” (Gn 16:11). Ironicamente, a história, que termina com a ideia de ouvir (shama’), ecoa o ato de ouvir no início da narrativa, quando Abrão “ouviu” (shama’) a voz de Sarai (Gn 16:2, ARC).

Por que é tão fácil cometer o mesmo tipo de erro que Abrão cometeu nesse caso?

Segunda-feira, 09 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

A fé de Abraão

Lições da Bíblia1

Como Abraão revelou o que significa viver pela fé? Qual é o significado do sacrifício que Deus pediu que Abrão fizesse? Gn 15; Rm 4:3, 4, 9, 22

Gn 15 (ARA)2: “1 Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. 2 Respondeu Abrão: Senhor Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? 3 Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa será o meu herdeiro. 4 A isto respondeu logo o Senhor, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade.Ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça.Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra.Perguntou-lhe Abrão: Senhor Deus, como saberei que hei de possuí-la?Respondeu-lhe: Toma-me uma novilha, uma cabra e um cordeiro, cada qual de três anos, uma rola e um pombinho. 10 Ele, tomando todos estes animais, partiu-os pelo meio e lhes pôs em ordem as metades, umas defronte das outras; e não partiu as aves. 11 Aves de rapina desciam sobre os cadáveres, porém Abrão as enxotava. 12 Ao pôr do sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram; 13 então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. 14 Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes riquezas. 15 E tu irás para os teus pais em paz; serás sepultado em ditosa velhice. 16 Na quarta geração, tornarão para aqui; porque não se encheu ainda a medida da iniquidade dos amorreus. 17 E sucedeu que, posto o sol, houve densas trevas; e eis um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo que passou entre aqueles pedaços. 18 Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates: 19 o queneu, o quenezeu, o cadmoneu, 20 o heteu, o ferezeu, os refains, 21 o amorreu, o cananeu, o girgaseu e o jebuseu.”

Rm 4:3, 4, 9, 22 (ARA)2: “3 Pois que diz a Escritura? Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado para justiça. 4 Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida. […] 9 Vem, pois, esta bem-aventurança exclusivamente sobre os circuncisos ou também sobre os incircuncisos? Visto que dizemos: a fé foi imputada a Abraão para justiça. […] Pelo que isso lhe foi também imputado para justiça.”

A primeira resposta de Deus à preocupação de Abrão sobre um herdeiro (Gn 15:1-3) foi que ele teria um filho e este seria “gerado por [Abrão]” (Gn 15:4). A mesma linguagem foi usada pelo profeta Natã para se referir à semente do futuro rei messiânico (2Sm 7:12). Abrão foi tranquilizado e “creu no Senhor” (Gn 15:6), porque compreendeu que o cumprimento da promessa divina não dependia da sua própria justiça, mas da justiça de Deus (Gn 15:6; compare com Rm 4:5, 6).

Essa noção é extraordinária, em especial naquela cultura. Na religião dos antigos egípcios, por exemplo, o juízo se dava com base na contagem das obras humanas de justiça em comparação à justiça da deusa Maat, que representava a justiça divina. Em suma, a pessoa devia ganhar a “salvação”.

Então, Deus preparou uma cerimônia de sacrifício para Abrão realizar. Basicamente, o sacrifício apontava para a morte de Cristo pelos nossos pecados. Somos salvos pela graça, o dom da justiça de Deus, simbolizado por esses sacrifícios. Contudo, essa cerimônia em particular transmitiria mensagens específicas a Abrão. As aves de rapina sobre os cadáveres dos animais sacrificais (Gn 15:9-11) significavam que os descendentes de Abrão seriam escravos por “quatrocentos anos” (Gn 15:13), ou quatro gerações. Na quarta geração, seus descendentes voltariam para lá (Gn 15:16).

A última cena da cerimônia de sacrifício foi dramática: “um fogareiro fumegante e uma tocha de fogo passaram entre aqueles pedaços” (Gn 15:17). Esse acontecimento extraordinário significou o compromisso de Deus em cumprir Sua promessa de aliança de dar terras aos descendentes de Abraão (Gn 15:18).

Os limites da terra prometida, “desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gn 15:18), nos lembram dos limites do jardim do Éden (Gn 2:13, 14). Portanto, essa profecia tinha mais em vista do que o êxodo e uma pátria para Israel. No horizonte distante dessa profecia, nos descendentes de Abraão tomando o país de Canaã se vislumbrava a salvação do povo de Deus, que, no tempo do fim, retornará ao Éden.

Como manter o foco e a esperança em Cristo? Podemos depender das nossas obras?

Domingo, 08 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

A aliança com Abraão

Lições da Bíblia1

“Abrão respondeu: ‘Senhor Deus, que me darás, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer?’” (Gn 15:2).

Em Gênesis 15 chegamos ao momento crucial em que Deus formalizou Sua aliança com Abraão. A aliança abraâmica é a segunda, após a aliança com Noé.

A exemplo da aliança de Noé, a de Abraão envolvia outras nações também, pois, em última instância, a aliança com Abraão é parte da aliança eterna, oferecida a toda a humanidade (Gn 17:7; Hb 13:20).

Esse período da vida de Abraão é cheio de temor e risos. Abrão sentiu medo (Gn 15:1), assim como Sara (Gn 18:15) e Agar (Gn 21:17). Abrão riu (Gn 17:17); Sara (Gn 18:12) e Ismael também (Gn 21:9). Esses capítulos ressoam sensibilidade e calor humanos. Abrão se interessou pela salvação dos sodomitas perversos; ele cuidou de Sarai, Agar e Ló; e foi hospitaleiro para com os três estrangeiros (Gn 18:6).

É nesse contexto que Abrão, cujo nome indica nobreza e respeitabilidade, teve seu nome alterado para Abraão, que significa “pai de muitas nações” (Gn 17:5). Assim, vemos mais indícios da natureza universal do que Deus planejava fazer por meio de Sua aliança com Abraão.

Sábado, 06 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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As raízes de Abraão – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Texto de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 102-114 [133-145] (“Abraão em Canaã”).

“Quando Deus escolheu Abraão, não foi apenas para ele ser o amigo especial de Deus, mas para ser um instrumento por meio do qual o Senhor pudesse conceder às nações privilégios preciosos e especiais. Ele devia ser uma luz em meio às trevas morais que o cercavam.

“Sempre que Deus abençoa Seus filhos com luz e verdade, não é unicamente para que eles possam receber o dom da vida eterna, mas para que os que os cercam também possam ser iluminados espiritualmente. […] ‘Vocês são o sal da Terra.’ E quando Deus faz com que os Seus filhos sejam sal, não é apenas para sua própria preservação, mas para que sejam instrumentos para a preservação de outros. […]

“Estamos resplandecendo como pedras vivas no edifício de Deus? […] Não seremos possuidores da genuína religião, a menos que ela exerça sobre nós uma influência controladora em cada transação comercial. A religião prática deve envolver nosso trabalho. Devemos possuir a graça transformadora de Cristo em nosso coração. Precisamos reduzir grandemente o eu, e ter mais de Jesus” (Ellen G. White, Refletindo a Cristo [Meditação Matinal, 10 de julho], p. 207).

Perguntas para consideração

1. O que significa ser abençoado (Gn 12:2)? Como ser uma bênção para os outros?

2. Qual foi o erro da meia-verdade de Abrão a respeito de sua irmã-esposa? O que é pior, mentir ou dizer uma verdade e, ao mesmo tempo, mentir tecnicamente?

3. Leia a resposta de Abrão à oferta do rei de Sodoma (Gn 14:21-23). Que lição tiramos dessa história? Abrão teria sido justificado se tivesse aceitado a oferta?

Sexta-feira, 06 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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A coalizão de Babel

Lições da Bíblia1

4. Leia Gênesis 14:1-17. Que ponto relevante vemos no fato de que essa guerra ocorreu logo após a doação da terra prometida? O que essa história nos ensina sobre Abrão?

Gênesis 14:1-17 (ARA)2: “1 Sucedeu naquele tempo que Anrafel, rei de Sinar, Arioque, rei de Elasar, Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim, 2 fizeram guerra contra Bera, rei de Sodoma, contra Birsa, rei de Gomorra, contra Sinabe, rei de Admá, contra Semeber, rei de Zeboim, e contra o rei de Bela (esta é Zoar). 3 Todos estes se ajuntaram no vale de Sidim (que é o mar Salgado). 4 Doze anos serviram a Quedorlaomer, porém no décimo terceiro se rebelaram. 5 Ao décimo quarto ano, veio Quedorlaomer e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim, 6 e aos horeus no seu monte Seir, até El-Parã, que está junto ao deserto. 7 De volta passaram em En-Mispate (que é Cades) e feriram toda a terra dos amalequitas e dos amorreus, que habitavam em Hazazom-Tamar. 8 Então, saíram os reis de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Bela (esta é Zoar) e se ordenaram e levantaram batalha contra eles no vale de Sidim, 9 contra Quedorlaomer, rei de Elão, contra Tidal, rei de Goim, contra Anrafel, rei de Sinar, contra Arioque, rei de Elasar: quatro reis contra cinco. 10 Ora, o vale de Sidim estava cheio de poços de betume; os reis de Sodoma e de Gomorra fugiram; alguns caíram neles, e os restantes fugiram para um monte. 11 Tomaram, pois, todos os bens de Sodoma e de Gomorra e todo o seu mantimento e se foram. 12 Apossaram-se também de Ló, filho do irmão de Abrão, que morava em Sodoma, e dos seus bens e partiram. 13 Porém veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; este habitava junto dos carvalhais de Manre, o amorreu, irmão de Escol e de Aner, os quais eram aliados de Abrão.14 Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã. 15 E, repartidos contra eles de noite, ele e os seus homens, feriu-os e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. 16 Trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo. 17 Após voltar Abrão de ferir a Quedorlaomer e aos reis que estavam com ele, saiu-lhe ao encontro o rei de Sodoma no vale de Savé, que é o vale do Rei.

Essa foi a primeira guerra narrada nas Escrituras (Gn 14:2). A coalizão de quatro exércitos da Mesopotâmia e da Pérsia contra outra coalizão de cinco exércitos cananeus, incluindo os reis de Sodoma e Gomorra (Gn 14:8), sugere um grande conflito (Gn 14:9). Essa operação militar está relacionada com a rebelião dos povos cananeus contra seus suseranos babilônios (Gn 14:4, 5). Embora essa história se refira a um conflito histórico específico, o momento dessa guerra “global”, após a dádiva da terra prometida a Abrão, confere a esse evento um significado espiritual particular.

O envolvimento de tantos povos de Canaã sugere que a questão em jogo era a soberania sobre a terra. Ironicamente, o acampamento de Abrão, a parte realmente interessada, visto ser ele o dono da terra, é a única força que permaneceu fora do conflito, pelo menos no início.

A razão para a neutralidade de Abrão é que, para ele, aquela terra não havia sido adquirida pela força das armas nem por estratégias políticas. O reino de Abrão foi um presente de Deus. A única razão pela qual ele interviria seria pelo destino de seu sobrinho Ló, que fora feito prisioneiro durante as batalhas (Gn 14:12, 13).

“Abraão, habitando em paz nos carvalhais de Manre, soube por um dos fugitivos a história da batalha e a calamidade que sobreviera ao seu sobrinho. Não havia guardado no coração nenhum ressentimento pela ingratidão de Ló. Todo o seu afeto por ele veio à tona, e decidiu resgatá-lo. Procurando antes de tudo o conselho divino, Abraão se preparou para a guerra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 105 [135]).

Mas Abrão não confrontou toda a coalizão. No que deve ter sido uma operação de comando rápida e noturna, atacou apenas o campo em que Ló era mantido prisioneiro. Seu sobrinho foi salvo e com ele o rei de Sodoma. Assim, Abrão demonstrou grande coragem e força. Sua influência na região cresceu, as pessoas viram o tipo de homem que ele era e aprenderam algo mais sobre o Deus a quem ele servia.

Qual é a influência de nossas ações? Que mensagem nossos atos dão sobre nossa fé?

Quarta-feira, 04 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Abrão e Ló

Lições da Bíblia1

3. Leia Gênesis 13:1-18. O que essa história nos ensina sobre caráter?

Gênesis 13:1-18 (ARA)2: “1 Saiu, pois, Abrão do Egito para o Neguebe, ele e sua mulher e tudo o que tinha, e Ló com ele. 2 Era Abrão muito rico; possuía gado, prata e ouro. 3 Fez as suas jornadas do Neguebe até Betel, até ao lugar onde primeiro estivera a sua tenda, entre Betel e Ai, 4 até ao lugar do altar, que outrora tinha feito; e aí Abrão invocou o nome do Senhor. 5 Ló, que ia com Abrão, também tinha rebanhos, gado e tendas. 6 E a terra não podia sustentá-los, para que habitassem juntos, porque eram muitos os seus bens; de sorte que não podiam habitar um na companhia do outro. 7 Houve contenda entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló. Nesse tempo os cananeus e os ferezeus habitavam essa terra. 8 Disse Abrão a Ló: Não haja contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores, porque somos parentes chegados. 9 Acaso, não está diante de ti toda a terra? Peço-te que te apartes de mim; se fores para a esquerda, irei para a direita; se fores para a direita, irei para a esquerda. 10 Levantou Ló os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), como o jardim do Senhora, como a terra do Egito, como quem vai para Zoar. 11 Então, Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu para o Oriente; separaram-se um do outro. 12 Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma. 13 Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor. 14 Disse o Senhor a Abrão, depois que Ló se separou dele: Ergue os olhos e olha desde onde estás para o norte, para o sul, para o oriente e para o ocidente; 15 porque toda essa terra que vês, eu ta darei, a ti e à tua descendência, para sempre. 16 Farei a tua descendência como o pó da terra; de maneira que, se alguém puder contar o pó da terra, então se contará também a tua descendência. 17 Levanta-te, percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura; porque eu ta darei. 18 E Abrão, mudando as suas tendas, foi habitar nos carvalhais de Manre, que estão junto a Hebrom; e levantou ali um altar ao Senhor.”

Abrão voltou para onde estava antes, como se sua viagem ao Egito tivesse sido um mero desvio infeliz. A história de Deus com Abrão teve então um novo início, onde havia parado desde sua primeira viagem à terra prometida. A primeira parada de Abrão foi Betel (Gn 13:3), assim como em sua primeira viagem à terra (Gn 12:3-8). Abrão se arrependeu e voltou a ser “ele mesmo”: Abrão, o homem de fé.

A reconexão de Abrão com Deus se mostrou na sua relação com as pessoas, em sua maneira de lidar com o problema de Ló, seu sobrinho, quanto ao uso da terra. O próprio Abrão propôs um acordo pacífico e permitiu que Ló escolhesse primeiro (Gn 13:9, 10), um ato generoso e bondoso, indicativo do tipo de homem que Abrão era.

O fato de Ló ter escolhido a melhor parte, a planície bem irrigada, sem se preocupar com a maldade de seus futuros vizinhos (Gn 13:10-13), revela sua ganância e seu caráter. A frase “para si” lembra os antediluvianos, que tomaram “para si” (Gn 6:2).

Em contraste, a mudança de Abrão foi um ato de fé. Abrão não escolheu a terra, mas a recebeu pela graça de Deus. Ao contrário de Ló, Abrão olhou para a terra apenas por ordem divina (Gn 13:14). Somente quando Abrão se separou de Ló foi que Deus falou com ele novamente (Gn 13:14). Esse é o primeiro registro de que o Senhor falou com Abrão desde seu chamado em Ur. “Erga os olhos e olhe de onde você está para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste; porque toda essa terra que você está vendo, Eu a darei a você e à sua descendência, para sempre” (Gn 13:14, 15). Deus, então, convidou Abrão a “percorrer” a terra como um ato de apropriação. “Levante-se e percorra essa terra no seu comprimento e na sua largura, porque Eu a darei a você” (Gn 13:17).

O Senhor, porém, deixou bem claro que Ele, Deus, estava dando a terra a Abrão. Era um dom da graça, do qual Abrão devia se apropriar pela fé, uma fé que levasse à obediência. Somente a obra de Deus realizaria tudo o que Ele havia prometido a Abrão (ver Gn 13:14-17).

Como podemos aprender a ser gentis e generosos com os outros, mesmo quando não são assim conosco?

Terça-feira, 03 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.