Se Tu, Senhor, observares iniquidades

Lições da Bíblia1

4. Leia o Salmo 130. Como a gravidade do pecado e a esperança para os pecadores são retratadas?

Salmo 130 (NAA)2: “1 Das profundezas clamo a ti, Senhor. 2 Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas. 3 Se tu, Senhor, observares iniquidades, quem, Senhor, poderá escapar? 4 Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. 5 Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra. 6 A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas anseiam pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã, 7 espere Israel no Senhor, pois no Senhor há misericórdia; nele, temos ampla redenção. 8 É ele quem redime Israel de todas as suas iniquidades.

A grande aflição do salmista estava relacionada aos seus próprios pecados e aos pecados de seu povo (Sl 130:3, 8). Os pecados do povo eram tão graves que ameaçavam separá-lo de Deus para sempre (Sl 130:3). As Escrituras mencionam registros de pecados sendo guardados para o Dia do Juízo (Dn 7:10; Ap 20:12) e nomes de pecadores sendo removidos do livro da vida (Êx 32:32; Sl 69:28; Ap 13:8). O salmista apelou a Deus pelo perdão que erradicaria o registro dos seus pecados (Sl 51:1, 9; Jr 31:34; Mq 7:19). Ele sabia que “Deus não está irado por natureza. Seu amor é eterno. Sua ‘ira’ é despertada apenas pela falha do homem em apreciar Seu amor. O propósito de Sua ira não é ferir, mas curar o homem; não é destruir, mas salvar o Seu povo da aliança” (Os 6:1, 2; Hans K. LaRondelle, Deliverance in the Psalms [Berrien Springs, MI: First Impressions, 1983], p. 180, 181). Notavelmente, é a prontidão divina em perdoar pecados, não em puni-los, que inspira reverência a Deus (Sl 130:4; Rm 2:4). A adoração genuína fundamenta-se na admiração do caráter amoroso de Deus, não no medo da punição.

Os filhos de Deus são chamados a esperar no Senhor (Sl 27:14; 37:34). O hebraico qawah, “esperar”, significa literalmente “esticar” e é a raiz da palavra hebraica para “esperança”. Assim, esperar no Senhor não é entregar-se passivamente a circunstâncias miseráveis, mas um “esticar-se” esperançoso ou aguardar ansiosamente a intervenção do Senhor. A esperança do salmista não estava fundamentada em seu otimismo, mas na Palavra de Deus (Sl 130:5). Esperar fielmente no Senhor não é em vão, pois, depois da noite escura, chega a manhã da libertação divina.

Veja como o apelo pessoal do salmista se tornou o de toda a comunidade (Sl 130:7, 8). O bem-estar do indivíduo é inseparável do bem-estar de todo o povo. Assim, não se ora apenas por si mesmo, mas pela comunidade. Como crentes, somos parte de uma comunidade, e o que impacta uma parte da comunidade afeta a todos.

“Se Tu, Senhor, observares iniquidades, quem, Senhor, poderá escapar?” (Sl 130:3). O que esse texto significa? O que seria de nós se Deus observasse nossas iniquidades?

Terça-feira, 13 de fevereiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

José, príncipe do Egito – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Leia, de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 174-182 [213-223] (“José no Egito”); p. 183-194 [224-232] (“José e seus irmãos”).

“Os três dias de confinamento foram de amarga tristeza para os filhos de Jacó. Eles refletiram sobre seu procedimento errado no passado, especialmente sua crueldade para com José. Sabiam que, se fossem condenados como espiões e não pudessem apresentar provas da sua inocência, todos teriam que morrer ou se tornar escravos. Duvidavam de que qualquer esforço deles pudesse levar seu pai a consentir que Benjamim se afastasse dele, após a morte cruel, como imaginava, que José havia sofrido. Tinham vendido José como escravo e temiam que Deus planejasse puni-los, permitindo que se tornassem escravos. José imaginava que seu pai e as famílias de seus irmãos pudessem estar sofrendo por causa da fome, e ele estava convencido de que seus irmãos tinham se arrependido do tratamento cruel que lhe haviam dado e que de forma nenhuma tratariam Benjamim como o trataram” (Ellen G. White, Spiritual Gifts, v. 3, p. 155, 156).

“José estava satisfeito. Provou seus irmãos e viu neles os frutos do verdadeiro arrependimento dos seus pecados” (Ellen G. White, Spiritual Gifts, v. 3, p. 165).

Perguntas para consideração

1. José teria sido tão gentil com seus irmãos se não tivesse alcançado sucesso? Há indícios na história de José que revelam o caráter dele e que explicam sua bondade?

2. Podemos ver em José uma espécie de precursor de Cristo e do que Cristo sofreu?

3. José havia posto seus irmãos à prova. De que maneira semelhante Deus nos prova?

4. Depois de muitos anos, os irmãos perceberam sua culpa pelo que fizeram a José. O que isso ensina sobre o poder da culpa? Embora sejamos perdoados e aceitemos o perdão de Deus, como perdoar a nós mesmos, apesar de não merecermos o perdão?

Sexta-feira, 17 de junho de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 

Já não resta sacrifício pelos pecados


Lições da Bíblia1

A advertência de Hebreus 6:4-6 é muito semelhante à encontrada em Hebreus 10:26-29. Paulo explicou que rejeitar o sacrifício de Jesus deixaria as pessoas sem nenhum meio para o perdão dos pecados, porque não há outra fonte de perdão além de Jesus Cristo (Hb 10:1-14).

Leia Hebreus 10:26-29. Como o autor descreve o pecado para o qual não há perdão?

Hebreus 10:26-29 (ARA)2: “26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; 27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. 28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. 29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?

O autor não disse que não haveria expiação por pecados cometidos após receber o conhecimento da verdade. Deus designou Jesus como nosso Advogado (1Jo 2:1). Por meio Dele temos o perdão dos pecados (1Jo 1:9). O pecado para o qual não há sacrifício ou expiação é pisar o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança e insultar o Espírito Santo (Hb 10:29). Revisemos o significado dessas expressões.

A expressão “pisou o Filho de Deus” (Hb 10:29) descreve a rejeição do governo de Jesus. O título “Filho de Deus” relembrava aos ouvintes que Deus colocou Jesus sentado à Sua direita e prometeu pôr os inimigos por “estrado” dos Seus pés (Hb 1:13; Hb 1:5-12, 14). Pisar Jesus implica que o apóstata trata Jesus como inimigo. No contexto do argumento da epístola (Hb 1:13), pode estar implícito que, no que diz respeito à vida do apóstata, Jesus foi tirado do trono (que agora é ocupado pelo próprio apóstata) e colocado no estrado. Isso é o que Lúcifer queria fazer no Céu (Is 14:12-14) e o que o “homem da iniquidade” tentaria fazer no futuro (2Ts 2:3, 4).

A expressão “profanou o sangue da aliança” refere-se à rejeição do sacrifício de Jesus (Hb 9:15-22), isto é, afirmar que o sangue de Jesus é desprovido de poder purificador.

A expressão “insultou o Espírito da graça” é muito poderosa. O termo grego enybrisas (“insulto”, “ultraje”) envolve manifestação de arrogância, que se refere à “insolência” ou ao “excesso de orgulho”. Esse termo está em forte contraste com a descrição do Espírito Santo como “o Espírito da graça”. Isso implica que o apóstata respondeu à oferta da graça de Deus com um insulto e que, por isso, está em uma posição insustentável. Ele rejeita Jesus, Seu sacrifício e o Espírito Santo.

Terça-feira, 08 de fevereiro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Hebreus mensagem para os últimos dias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 507, jan. fev. mar. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Impossível renová-los

Lições da Bíblia1

Compare Hebreus 6:4-6, Mateus 16:24, Romanos 6:6, Gálatas 2:20, 5:24 e 6:14. O que essa comparação sugere sobre o significado de crucificar Cristo?

Hebreus 6:4-6 (ARA)2: “4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, 6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.”

Mateus 16:24 (ARA)2: “24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”

Romanos 6:6 (ARA)2: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

Gálatas 2:20 (ARA)2: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”

Gálatas 5:24 (ARA)2: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

Gálatas 6:14 (ARA)2: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.”

O texto grego enfatiza a palavra “impossível”. É impossível para Deus restaurar aqueles que “caíram”, pois, “de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus” (Hb 6:6). Paulo enfatizou que não há outro meio de salvação exceto por Cristo (At 4:12). A salvação por qualquer outro meio é tão impossível quanto “que Deus minta” (Hb 6:18) ou agradar a Deus “sem fé” (Hb 11:6).

Crucificar novamente o Filho de Deus é uma expressão figurativa que busca descrever algo que acontece na relação pessoal entre Jesus e o crente.

Quando os líderes religiosos crucificaram Jesus, o fizeram porque Ele representava uma ameaça à sua supremacia e autonomia. Desejavam eliminá-Lo e destruir um inimigo poderoso e perigoso. O evangelho desafia a soberania e autodeterminação de uma pessoa no nível mais fundamental. A essência da vida cristã é tomar a cruz e negar a si mesmo (Mt 16:24). Isso significa crucificar “o mundo” (Gl 6:14), a “velha natureza” (Rm 6:6) e “a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gl 5:24). O propósito da vida cristã é que soframos uma espécie de morte. A menos que experimentemos essa morte para o eu, não podemos receber a nova vida que Deus deseja nos dar (Rm 6:1-11).

A luta entre Jesus Cristo e o eu é uma batalha espiritual mantida até a morte (Rm 8:7, 8; Gl 5:17). É uma batalha difícil que não se ganha de uma vez. Essa passagem não se refere à pessoa que às vezes falha na batalha contra a “velha natureza” e a “carne”. Esse pecado se refere à pessoa que, após ter experimentado a salvação genuína e o que ela envolve (Hb 6:4, 5), decide que Jesus é uma ameaça ao tipo de vida que deseja ter e se dedica a matar seu relacionamento com Ele. Ou seja, enquanto a pessoa não escolher se afastar totalmente de Cristo, ainda há esperança de salvação.

O que significa morrer para “si mesmo” e tomar a “cruz”? O que é mais difícil para você entregar ao domínio de Cristo?

Segunda-feira, 07 de fevereiro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Hebreus mensagem para os últimos dias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 507, jan. fev. mar. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Tratando a raiz do problema

Lições da Bíblia1

Alguns homens tinham descido o leito do paralítico à presença de Jesus, e todos olhavam para o Mestre. Curaria Ele um evidente pecador e repreenderia a enfermidade?

2. Qual foi a primeira coisa que Cristo fez pelo paralítico? Como Jesus o curou? Mc 2:5-12

Mc 2:5-12 (ARA)2: “5 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. 6 Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: 7 Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? 8 E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? 10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados —disse ao paralítico: 11 Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. 12 Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!”

Muitas vezes não estamos cientes da doença até percebermos os sintomas, pois costumamos pensar na doença apenas como sintomas. Pensamos que nos livrar dos sintomas significa a cura. Jesus trata a enfermidade de maneira diferente. Ele conhece a origem de todo sofrimento e toda doença e quer tratar primeiramente essa origem.

No caso do paralítico, em vez de tratar imediatamente os efeitos da doença, Jesus foi diretamente à origem do que mais incomodava o homem. O paralítico sentia o peso da culpa e separação de Deus mais severamente do que sua doença. Uma pessoa que obtém descanso em Deus é capaz de suportar qualquer sofrimento físico. Por isso, Jesus foi diretamente à origem e ofereceu primeiramente o perdão.

Os líderes religiosos ficaram chocados ao ouvir Jesus pronunciar o perdão. Em resposta às suas acusações silenciosas, Jesus lhes fez uma pergunta.

3. Como Jesus provocou os escribas? Com que problema Ele estava lidando? Mc 2:8, 9

Mc 2:8, 9 (ARA): “8 E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda?

Muitas vezes, as pessoas falam e não fazem, mas quando Deus fala, as coisas acontecem. Pela poderosa palavra de Deus, tudo passou a existir (Gn 1). Embora não possamos ver o perdão, ele é caro, pois custou a vida do Filho de Deus na cruz. Tudo o mais é secundário. A fim de demonstrar o poder e a realidade do perdão, Jesus decidiu curar o paralítico.

Deus deseja nos curar primeiramente por dentro. Às vezes Ele nos traz cura física imediata, como aconteceu com o paralítico, ou teremos que esperar pela manhã da ressurreição para experimentar a cura. Seja como for, o Salvador deseja que descansemos na certeza de Seu amor, graça e perdão hoje, mesmo em meio ao sofrimento.

Podemos obter descanso e paz, mesmo quando as orações pela cura não são atendidas logo?

Segunda-feira, 16 de agosto de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Descanso em Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 505, jul. ago. set. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Descanso após o perdão

Lições da Bíblia1

A família de José finalmente havia chegado ao Egito. Não havia mais segredos sombrios na família. Os irmãos dele devem ter admitido que tinham vendido José quando explicaram ao pai que o filho que ele pensava ter sido morto era então o primeiro-ministro do Egito. Embora nem sempre seja possível ou sábio restaurar relacionamentos, isso não significa que não possamos perdoar. É difícil abraçar o ofensor e chorar com ele, mas talvez desejemos expressar perdão verbalmente ou por uma carta. Chega a hora de abandonar a dor o máximo que pudermos. Talvez permaneça certa dor, mas pelo menos estaremos no caminho da cura.

7. Leia Gênesis 50:15-21. Qual era a preocupação dos irmãos de José, e por quê? O que esse medo revelava sobre eles mesmos?

Gênesis 50:15-21 (ARA)2: “15 Vendo os irmãos de José que seu pai já era morto, disseram: É o caso de José nos perseguir e nos retribuir certamente o mal todo que lhe fizemos. 16 Portanto, mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: 17 Assim direis a José: Perdoa, pois, a transgressão de teus irmãos e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, te rogamos que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. José chorou enquanto lhe falavam. 18 Depois, vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. 19 Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? 20 Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. 21 Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração.”

Os irmãos de José estavam morando no Egito havia dezessete anos (Gn 47:28), mas, quando Jacó morreu, eles ficaram com medo de que José se vingasse. Perceberam novamente quanto haviam ferido José. No entanto, José reafirmou seu perdão a eles após a morte do pai. Esse lembrete provavelmente foi bom para José, assim como para seus irmãos.

Se a ferida for profunda, provavelmente tenhamos que perdoar muitas vezes. Quando as lembranças do erro vierem à mente, precisamos orar a Deus e escolher perdoar outra vez.

8. Como Gênesis 50:20 explica, pelo menos parcialmente, a disposição de José de perdoar o pecado de seus irmãos contra ele?

Gênesis 50:20 (ARA)2: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.

José acreditava firmemente que sua vida era parte do plano de Deus para ajudar a salvar da fome o mundo daquela época e, posteriormente, ajudar sua família a cumprir a promessa de Deus de se tornar uma grande nação. Saber que Deus havia prevalecido sobre os planos malignos de seus irmãos a fim de realizar o bem ajudou José a perdoar.

A história de José teve um final feliz. Porém, quando o final de uma história não é tão feliz, o que podemos dizer? Com o fim do pecado e do grande conflito, quando os problemas forem resolvidos, essa história terá um final feliz? Essa esperança nos ajuda a lidar com tragédias?

Quinta-feira, 12 de agosto de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Descanso em Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 505, jul. ago. set. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Tornando prático

Lições da Bíblia1

A fim de perdoar, devemos admitir que estamos feridos. Isso é difícil de fazer, pois temos a tendência de tentar esconder nossos sentimentos em vez de trabalhá-los. Faz bem reconhecer diante de Deus emoções não cristãs como ressentimento e ira. Vemos isso frequentemente nos Salmos. Podemos nos sentir livres para dizer a Deus que não gostamos do que aconteceu nem de como fomos tratados e que isso nos entristece ou irrita, ou ambas as coisas. José chorou ao ver seus irmãos novamente e reviver alguns sentimentos de seu passado.

5. O que a declaração de Jesus na cruz revela sobre o momento certo para perdoar? Lc 23:34

Lc 23:34 (ARA)2: “Contudo, Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem. Então, repartindo as vestes dele, lançaram sortes.”

Jesus não esperou que pedíssemos perdão primeiro. Não temos que esperar nosso ofensor pedir perdão. Podemos perdoá-lo sem que ele aceite nosso perdão.

6. Como agir com aqueles que nos magoam? Lc 6:28; Mt 5:44

Lc 6:28 (ARA)2: “bendizei aos que vos maldizem, orai pelos que vos caluniam.

Mt 5:44 (ARA)2: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem;”

O perdão, como o amor, começa com uma escolha e não com um sentimento. Escolhemos perdoar, mesmo que nossas emoções não concordem com essa decisão. Deus sabe que em nossa própria força essa escolha é impossível, mas “para Deus tudo é possível” (Mc 10:27). Por isso, devemos orar por aqueles que nos feriram. Em alguns casos, eles podem já ter morrido, mas ainda podemos orar a Deus para que Ele nos dê capacidade de perdoá-los.

Evidentemente, nem sempre é fácil perdoar. A dor e os danos sofridos podem ser devastadores, deixando-nos feridos, paralisados, destruídos. A cura virá, se permitirmos, mas apegar-se à amargura, à ira e ao ressentimento tornará a cura muito mais difícil, se é que é possível.

A cruz é o melhor exemplo de quanto custou ao próprio Deus nos perdoar. Se o Senhor pôde passar por isso por nós, mesmo sabendo que muitos O rejeitariam, então certamente também podemos aprender a perdoar.

Quem você precisa perdoar, por causa dessa pessoa e por você mesmo?

Quarta-feira, 11 de agosto de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Descanso em Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 505, jul. ago. set. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Perdoar e esquecer?

Lições da Bíblia1

Perdão é a disposição de abandonar o direito ao ressentimento, condenação e vingança em relação a um ofensor ou a um grupo que age injustamente. A Dra. Marilyn Armour, terapeuta familiar que trabalhou com sobreviventes do Holocausto a fim de descobrir o que esses sobreviventes fizeram para dar sentido ao que lhes tinha acontecido, escreveu: “Toda a ideia de perdão é um ato intencional da vítima. Não é algo que simplesmente acontece”. Perdão não significa ausência de consequências nem deixar o agressor continuar com os comportamentos abusivos, mas significa entregar a Deus o ressentimento e o desejo de vingança. Do contrário, ira, amargura, ressentimento e ódio tornarão pior o que a pessoa nos fez.

4. O que nosso ato de perdoar os outros realiza por nós? Considere Mateus 18:21-35. Assinale a alternativa correta:

A. ( ) Ao perdoarmos os outros, recebemos o perdão de Deus.
B. ( ) O perdão de Deus é suficiente. Não precisamos perdoar os outros.

Resposta sugestiva: Alternativa A.

Mateus 18:21-35 (ARA)2: “21 Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? 22 Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 Por isso, o reino dos céus é semelhante a um rei que resolveu ajustar contas com os seus servos. 24 E, passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos. 25 Não tendo ele, porém, com que pagar, ordenou o senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía e que a dívida fosse paga. 26 Então, o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo, e tudo te pagarei. 27 E o senhor daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora e perdoou-lhe a dívida. 28 Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves. 29 Então, o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo, e te pagarei. 30 Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. 31 Vendo os seus companheiros o que se havia passado, entristeceram-se muito e foram relatar ao seu senhor tudo que acontecera. 32 Então, o seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda porque me suplicaste; 33 não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me compadeci de ti? 34 E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. 35 Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão.

Um dos segredos para aprender a perdoar é entender do que fomos perdoados em Cristo. Todos pecamos, não apenas contra outras pessoas, mas também contra Deus.

Todo pecado é, de fato, cometido contra o Criador. No entanto, em Jesus, podemos reivindicar o perdão completo por todos os pecados, mesmo sem merecermos, por causa da graça de Deus para conosco. Uma vez que compreendemos essa verdade, uma vez que fazemos desse perdão o nosso, uma vez que experimentamos a realidade do perdão de Deus, abandonamos a mágoa e perdoamos os outros. Não perdoamos porque os outros mereçam, mas porque é o que recebemos de Deus e o que precisamos fazer. Além disso, quantas vezes merecemos o perdão?

Como vimos, José também ofereceu uma segunda chance às relações familiares. Não havia ressentimentos ali; ele não se voltou às coisas que tinham acontecido no passado.

É difícil recomeçar em uma família em que as pessoas se especializam em descobrir a melhor maneira de ferir os outros. José não reagiu assim. Ele queria deixar o passado para trás e seguir com amor. Se ele tivesse agido de modo diferente, essa história teria tido outro final, não tão feliz assim.

“Bem-aventurados aqueles cujas transgressões são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; bem-aventurado aquele a quem o Senhor jamais atribuir pecado” (Rm 4:7, 8). O que recebemos de Jesus? Isso impacta nosso relacionamento com os que nos feriram?

Terça-feira, 10 de agosto de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Descanso em Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 505, jul. ago. set. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.