Enganos do tempo do fim – Estudo adicional

Lições da Bíblia

Assista em vídeo a discussão do tema da semana.

Lições da Bíblia

“Reflitamos sobre as implicações da teoria da evolução no contexto dos eventos finais, especialmente no que diz respeito à função do sábado. Uma razão pela qual Charles Darwin, autor da teoria, promoveu a evolução foi que, não entendendo o grande conflito, ele teve dificuldade em conciliar o mal e o sofrimento com a ideia de um Criador amoroso. Por causa desse problema, ele buscou respostas em outra direção. Também não foi uma coincidência o fato de que, durante a segunda metade do século 19, quando Darwin estava revisando e reformulando sua teoria da evolução, Deus criou um movimento, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, que rejeitou a teoria de Darwin. É interessante o fato de que a Igreja Adventista, cujos fundamentos criacionistas são revelados em seu nome, tenha começado a crescer e se expandir na mesma época em que surgiu a teoria darwiniana.”1

“Se Darwin tivesse lido e acreditado nestas frases de Ellen G. White, talvez o mundo teria sido poupado de um dos maiores equívocos do pensamento desde o geocentrismo e a geração espontânea: ‘Se bem que a Terra estivesse maculada pela maldição, a natureza devia ainda ser o compêndio do homem. Não poderia agora representar apenas bondade, pois o mal se achava presente em toda parte, manchando a terra, o mar e o ar, com seu contato corruptor. Onde se havia encontrado escrito apenas o caráter de Deus, o conhecimento do bem, agora se achava […] escrito o caráter de Satanás, a ciência do mal. Pela natureza, que agora revelava o conhecimento do bem e do mal, o ser humano devia ser […] advertido quanto aos resultados do pecado’ (Educação, p. 26).”1

“Darwin desenvolveu suas especulações com base em uma falsa compreensão da natureza e do caráter de Deus e do mundo caído. Infelizmente, as implicações de sua teoria prenderão as pessoas nos enganos de Satanás, especialmente na crise final.”1

Perguntas para discussão

“1. É perigoso rejeitar o ensino bíblico de que Satanás é um ser literal?”1

“2. O que dizer aos que creem que a experiência de quase-morte prova que há vida após a morte?”1

“3. Os que aceitam a evolução serão mais suscetíveis aos enganos finais?”1

Sexta-feira, 01 de junho de 2018. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Preparação para o tempo do fim. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 492, abr. maio jun. 2018. Adulto, Professor.

O FRUTO DO ESPÍRITO

Por: Queila de Souza Garcia

“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio.” Gálatas 5:22.

Uma primeira leitura deste texto nos dá a impressão de existir um erro de concordância. Como podem tantas virtudes ser consideradas no singular e fazerem parte de um único elemento? Como pode um único fruto ser constituído de tantas características distintas e peculiares? Porém, o entendimento biológico de um fruto vegetal, ou seja, o resultado do crescimento do ovário de uma flor após a fertilização do(s) óvulo(s), pode nos ajudar a compreender com maior propriedade o versículo citado acima.

O fruto é composto por várias partes, podendo ser dissecado em pericarpo, mesocarpo, endocarpo (casca e polpa) e semente(s), com cor, aroma, textura e sabor característicos. Portanto, um único fruto pode apresentar uma gama de propriedades que o identificam.

Mas, o fruto para ser atraente e degustado com prazer deve estar maduro. O fruto verde não possui uma aparência desejável, é duro, amargo, ácido ou adstringente. Para que seja apreciado ele deve amadurecer, adquirindo aparência (cor) e odor atraentes, além de textura e sabor agradáveis.

De uma maneira geral, após completar seu desenvolvimento o fruto amadurece em resposta ao etileno, um hormônio vegetal gasoso. O aumento da concentração do etileno acelera o metabolismo respiratório do fruto e desencadeia a síntese e/ou a ativação de várias enzimas que são responsáveis pelas mudanças drásticas no fruto durante o seu amadurecimento. A partir deste ponto o processo se torna irreversível, e o fruto não tem mais controle sobre ele. Ocorre quebra das paredes celulares que alteram sua textura, fazendo com que ele se torne mais macio. O amido, os ácidos, os taninos são metabolizados tornando-o menos adstringente e mais doce. Concomitantemente são produzidas substâncias voláteis responsáveis pelo aroma. Ocorre uma alteração na composição dos pigmentos, através da quebra da clorofila e síntese de carotenóides e antocianinas que dão a coloração típica do fruto maduro. Para que o fruto seja considerado maduro ele precisa passar por toda essa transformação e possuir todas estas características e não apenas uma ou algumas delas.

O etileno, por ser gasoso, é volátil e, ao ser exalado pode agir em outros frutos que estiverem próximos ao fruto maduro. Vem daí a expressão “uma maçã podre contamina as outras”. O que é uma maçã podre? É um fruto no máximo de seu processo de maturação, que exala etileno suficiente para induzir a maturação de outros frutos.

Do ponto de vista da planta, o objetivo do amadurecimento do fruto é  a dispersão das sementes que, germinando darão origem a novas plantas. Quando o fruto atinge o auge da maturação ele se desintegra, ou seja, deixa de existir como órgão para que as sementes sejam disseminadas. Se por algum impedimento fisiológico a síntese ou a sensibilidade ao etileno for inibida, o fruto morre verde (imaturo) porque perde a capacidade de completar seu desenvolvimento através da maturação e assim deixa de cumprir seu papel biológico.

Podemos fazer uma analogia do fruto vegetal com o Fruto do Espírito. O ser humano é naturalmente carnal e pode ser comparado a um fruto verde: amargo, rude, sem sabor, odor e aparência agradáveis a Deus. A Bíblia nos diz que “a inclinação da carne é morte… e… os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Rom. 8: 6 e 8), porém, “todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Rom. 8: 14). Também temos a instrução de que “diariamente precisamos ser transformados pela influência do Espírito Santo; pois a obra do Espírito Santo é elevar os gostos, santificar o coração, enobrecer toda a pessoa, apresentando à alma os incomparáveis atrativos de Jesus” (E.G.White, Meditações Matinais, pág. 77, 1999). Portanto, a transformação necessária para amadurecer espiritualmente é obra do Espírito Santo.

O Espírito Santo é como o etileno que pode provocar mudanças drásticas e desejáveis na vida do cristão. À medida que recebe o Espírito Santo e permite Sua atuação, o ser humano pode desenvolver e amadurecer o fruto do Espírito. Torna-se amoroso, feliz, pacífico, longânimo, benigno, bondoso, fiel, e adquire mansidão e domínio próprio, tornando-se agradável a Deus. Desta forma fica claro que o Fruto do Espírito possui muitas características e para que Ele se manifeste de maneira completa não é suficiente adquirir uma ou algumas de suas características.

Quando permitimos que o Espírito Santo tome posse da nossa vida, nós perdemos o controle das nossas ações, agimos sob a influência dEle, somos dirigidos por Ele. As pessoas que entram em contato com esse “fruto maduro” são contaminadas pelo Espírito Santo que exala dele. Assim como o fruto vegetal, quando atingimos a completa maturidade espiritual morremos para o eu e estamos prontos a difundir a semente do evangelho através do nosso testemunho. Respondamos positivamente às palavras do apóstolo Paulo “andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas 5:16), para que possamos agradar a Deus e servir ao propósito dEle para as nossas vidas através da resposta ao Espírito Santo.

Queila de Souza Garcia é professora de Fisiologia Vegetal na Universidade Federal de Minas Gerais e membro da Igreja Central de Belo Horizonte, MG, Brasil.