Hamã e Satanás

Lições da Bíblia1:

Na história de Ester, conhecemos Hamã, que tinha sede de posição e poder. Ele recebe grande destaque no império, acima de todos os outros oficiais (Et 3:1).

Nos textos que descrevem a queda de Lúcifer (Ez 28:11-15; Is 14:12-15), vemos paralelos com Hamã, inimigo maligno do povo de Deus, que se recusava a reconhecer a supremacia do Senhor. A história da tentação de Cristo revela as intenções mais abrangentes de Satanás, quando ele levou Jesus a um lugar muito alto para mostrar-Lhe os reinos do mundo (Mt 4:8-11). Cristo veio para redimir o mundo e reivindicá-lo como Seu – e Ele fez isso como um de nós. Jesus é o nosso Parente resgatador, e o preço que Ele pagou para redimir o mundo foi extremamente alto.

No livro do Apocalipse, vemos que a cobiça de Satanás por poder e adoração levará este mundo à crise final. Seus enganos convencerão o mundo a se maravilhar diante da besta e segui-la (Ap 13:3, 4), e serão relativamente poucas as exceções notáveis que se recusarão a adorar o inimigo. Com essas pessoas, ele recorrerá à força.

Hamã percebeu que Mordecai, que fazia parte do povo escolhido de Deus, não se submeteria a ele nem reconheceria seu suposto direito de ser “adorado”. Assim, Hamã “encheu-se de furor” e se tornou determinado a eliminar todo o povo de Mordecai da face da Terra (Et 3:5, 6).

4. Leia Ester 3:1-14; Apocalipse 12:14-17; 13:15. Que paralelos vemos entre essas passagens? Como a descrição da igreja remanescente em Ester é semelhante à descrição do povo de Deus no Apocalipse?

Ester 3:1-14 (NAA)2: 1 Depois disto, o rei Assuero engrandeceu Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e lhe deu um cargo mais elevado do que o de todos os oficiais que estavam com ele. 2 Todos os servos do rei, que estavam à porta do rei, se inclinavam e se prostravam diante de Hamã, porque esta era a ordem do rei a respeito dele. Mordecai, porém, não se inclinava nem se prostrava. 3 Então os servos do rei, que estavam à porta do rei, perguntaram a Mordecai: — Por que você está transgredindo as ordens do rei? 4 Dia após dia eles falavam com Mordecai, mas ele não lhes dava ouvidos. Então contaram isso a Hamã, para ver se as palavras de Mordecai se manteriam em pé, porque ele lhes tinha declarado que era judeu. 5 Quando Hamã viu que Mordecai não se inclinava nem se prostrava diante dele, encheu-se de furor. 6 Porém julgou que era pouco, nos seus propósitos, atentar apenas contra Mordecai, porque lhe haviam declarado de que povo era Mordecai. Por isso, Hamã procurou destruir todos os judeus, povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero. 7 No primeiro mês, que é o mês de nisã, no décimo segundo ano do reinado de Assuero, foi lançado o Pur, isto é, fizeram um sorteio na presença de Hamã, para determinar o dia e o mês; e foi sorteado o décimo segundo mês, que é o mês de adar. 8 Então Hamã disse ao rei Assuero: — Existe um povo espalhado e disperso entre os povos em todas as províncias do seu reino, cujas leis são diferentes das leis de todos os povos. Eles não cumprem as leis do rei e por isso não convém tolerá-los. 9 Se for do agrado do rei, decrete-se que sejam mortos, e eu porei nas mãos dos que executarem a obra trezentos e quarenta toneladas de prata para que entrem nos tesouros do rei. 10 Então o rei tirou da mão o seu anel-sinete e o deu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, inimigo dos judeus, 11 e lhe disse: — Fique com essa prata e faça com esse povo o que bem quiser. O rei decreta a morte dos judeus 12 No dia treze do primeiro mês, chamaram os secretários do rei e, segundo tudo o que Hamã havia ordenado, se escreveu aos sátrapas do rei, aos governadores de todas as províncias e aos chefes de cada povo. A ordem devia ser endereçada a cada província no seu próprio modo de escrever e a cada povo na sua própria língua. Foi escrita em nome do rei Assuero e selada com o anel-sinete do rei. 13 As cartas foram enviadas por meio de mensageiros a todas as províncias do rei, com instruções para que num só dia, o dia treze do décimo segundo mês, que é o mês de adar, todos os judeus, tanto os jovens como os velhos, as mulheres e as crianças, fossem destruídos, mortos e aniquilados, e que os seus bens fossem saqueados. 14 Uma cópia da carta, que determinava a proclamação da lei em todas as províncias, foi enviada a todos os povos, para que se preparassem para aquele dia.

Apocalipse 12:14-17 (NAA)2: 14 Mas foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, para o seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora do alcance da serpente. 15 Então, a serpente lançou da boca água como um rio atrás da mulher, a fim de fazer com que ela fosse arrastada pelas águas. 16 A terra, porém, socorreu a mulher: abriu a sua boca e engoliu o rio que o dragão tinha lançado de sua boca. 17 O dragão ficou irado com a mulher e foi travar guerra com o restante da descendência dela, ou seja, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus.

Apocalipse 13:15 (NAA)2: E lhe foi concedido poder para dar vida à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta.

Satanás reivindica este mundo, mas a presença de pessoas que permanecem leais a Deus, que guardam Seus mandamentos, desmente sua reivindicação de supremacia completa. “Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia no cristianismo, […] a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular fará com que essa minoria seja alvo de ódio universal” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 511).

Se fazemos concessões nos “pequenos” testes, como nos sairemos no teste final?

Quarta-feira, 11 de junho de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O príncipe (temporário) deste mundo

Lições da Bíblia1:

No conflito cósmico, Satanás e seus aliados recebem temporariamente poder de atuação significativo, que é limitado por alguns tipos de regras de engajamento.

Essas regras limitam não apenas as ações dos inimigos (o diabo e seus aliados), mas também a ação de Deus para eliminar ou reduzir o mal que (temporariamente) está sob jurisdição do inimigo. O Senhor não quebrará Suas promessas, pois Ele está em harmonia com as regras de engajamento, o que concede algum domínio limitado e temporário a Satanás. Por isso, Ele limita moralmente o Seu próprio curso de ação no futuro (sem, com isso, diminuir Seu poder e autoridade).

4. Leia João 12:31; 14:30; 16:11; 2 Coríntios 4:4; Lucas 4:6. O que esses textos ensinam sobre o governo do inimigo neste mundo?

João 12:31 (NAA)2: “Chegou o momento de este mundo ser julgado, e agora o seu príncipe será expulso.”

João 14:30 (NAA)2: “Já não falarei muito com vocês, porque aí vem o príncipe do mundo, e ele não tem poder sobre mim.”

João 16:11 (NAA)2: “do juízo, porque o príncipe deste mundo já está julgado.”

2 Coríntios 4:4 (NAA)2: “nos quais o deus deste mundo cegou o entendimento dos descrentes, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.”

Lucas 4:6 (NAA)2: “E disse: — Eu lhe darei todo este poder e a glória destes reinos, porque isso me foi entregue, e posso dar a quem eu quiser.”

O NT apresenta um confronto entre o reino da luz e o reino das trevas, sendo as trevas provenientes de Satanás e de sua rebelião. Parte da missão de Cristo era derrotar o reino de Satanás (1Jo 3:8).

No entanto, existem “regras” que limitam o que Deus pode fazer ao agir em harmonia com os princípios que fundamentam Seu governo. Esses limites incluem, por exemplo: (1) conceder livre-arbítrio às criaturas e (2) agir segundo as regras de engajamento pactuais, sobre as quais não temos pleno conhecimento, pelo menos por enquanto. Esses impedimentos e limitações à ação divina têm consequências significativas para a capacidade moral de Deus de reduzir e/ou eliminar imediatamente o mal neste mundo. Assim, o mal e o sofrimento continuam a existir, o que pode, de fato, levar muitas pessoas a questionar a existência de Deus ou a Sua bondade. No entanto, quando compreendemos o pano de fundo do grande conflito e os limites que o Senhor colocou sobre como Ele lidará com o mal, conseguimos, até certo ponto, entender melhor o porquê disso – pelo menos até o triunfo final de Deus sobre o mal.

Jesus chamou Satanás de “príncipe” deste mundo. Como esse fato nos ajuda a compreender, pelo menos um pouco, por que o mal ainda existe no mundo? É reconfortante perceber que se trata, na verdade, apenas de um domínio temporário!

Quarta-feira, 05 de março de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O dragão do Apocalipse

Lições da Bíblia1:

O livro do Apocalipse nos apresenta uma visão mais ampla de como os poderes celestiais atuam no conflito cósmico. O diabo é descrito como o “grande dragão” que se opõe a Deus e seduz “todo o mundo” (Ap 12:9).

2. O que Apocalipse 13:1-8 revela sobre os limites de atuação do inimigo?

Apocalipse 13:1-8 (NAA)2: “1 Vi emergir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e, sobre os chifres, dez diademas, e, sobre as cabeças, nomes de blasfêmia. 2 A besta que vi era semelhante a leopardo, com pés como de urso e boca como de leão. E o dragão deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade. 3 Uma das cabeças da besta parecia ter sido golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada. E toda a terra se maravilhou, seguindo a besta; 4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta. Também adoraram a besta, dizendo: — Quem é semelhante à besta? Quem pode lutar contra ela? 5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e foi-lhe dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses. 6 A besta abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. 7 Foi-lhe permitido, também, que lutasse contra os santos e os vencesse. Foi-lhe dada, ainda, autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação. 8 E ela será adorada por todos os que habitam sobre a terra, aqueles que, desde a fundação do mundo, não tiveram os seus nomes escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto.”

O dragão (Satanás) não apenas trava uma guerra contra o Senhor (Ap 12:7-9) e Seus servos (Ap 12:1-6), mas também é descrito como o líder que está por trás dos reinos terrenos que perseguem o povo de Deus ao longo dos séculos.

O dragão “deu à besta o seu poder, o seu trono e grande autoridade” (Ap 13:2, 5; 17:13, 14). A besta do mar recebeu uma “boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e foi-lhe dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses” (Ap 13:5).

Assim, o dragão (Satanás) concede poder e autoridade à primeira besta (que simboliza um poder político-religioso terrestre). Esse poder é exercido para usurpar a adoração que é exclusiva de Deus. A besta profere blasfêmias contra o nome do Senhor. Além disso, trava guerra e chega a vencer os santos de Deus, pelo menos por um período de tempo. Essa autoridade e poder de atuação mundial lhe são dadas pelo dragão, o príncipe usurpador deste mundo.

No entanto, também existem limites claros para Satanás e seus agentes, incluindo limites de tempo. “Ai da terra e do mar, pois o diabo desceu até vocês, cheio de fúria, sabendo que pouco tempo lhe resta” (Ap 12:12).

Satanás sabe que “pouco tempo lhe resta”, e os acontecimentos descritos no Apocalipse ocorrem dentro de cronogramas proféticos, que apresentam limites específicos para o domínio das forças do mal (veja Ap 12:14; 13:5).

Ap 12:14 (NAA)2: “Mas foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, para o seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora do alcance da serpente.”

Ap 13:5 (NAA)2: “Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e foi-lhe dada autoridade para agir durante quarenta e dois meses.”

No fim, o Senhor triunfará. Ele “lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Ap 21:4).

Mesmo que seja difícil ver isso agora, no fim o bem triunfará para sempre sobre o mal. Por que é tão importante que nunca nos esqueçamos dessa promessa maravilhosa?

Segunda-feira, 03 de março de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A origem do conflito na Terra

Lições da Bíblia1:

A parábola do joio explica por que existem sementes ruins no campo se o proprietário plantou apenas sementes boas. Essa pergunta está ligada a outra: se tudo o que Deus criou era bom, como o mal surgiu em nosso mundo?

3. O que as palavras de Deus revelam sobre a condição do mundo quando Ele terminou de criá-lo, e por que essa avaliação é importante? Gn 1:31

Gn 1:31 (NAA): “Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”

Quando Deus terminou de criar o mundo, “tudo” era “muito bom”. Em Gênesis 1, não há nenhum indício de mal na criação da Terra. Como, então, o mal surgiu na experiência humana?

4. Como o mal chegou à Terra? Que luz o livro de Gênesis lança sobre a natureza do conflito cósmico? Gn 3:1-7; Ap 12:7-9

Gn 3:1-7 (NAA)2: “1 Mas a serpente, mais astuta que todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: — É verdade que Deus disse: “Não comam do fruto de nenhuma árvore do jardim”? 2 A mulher respondeu à serpente: — Do fruto das árvores do jardim podemos comer, 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Vocês não devem comer dele, nem tocar nele, para que não venham a morrer.” 4 Então a serpente disse à mulher: — É certo que vocês não morrerão. 5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal. 6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu; e deu também ao marido, e ele comeu. 7 Então os olhos de ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, costuraram folhas de figueira e fizeram cintas para si.

Ap 12:7-9 (NAA)2: “7 Então estourou a guerra no céu. Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão. Também o dragão e os seus anjos lutaram, 8 mas não conseguiram sair vitoriosos e não havia mais lugar para eles no céu. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo. Ele foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.

A serpente, identificada como o próprio diabo (Ap 12:7-9), levanta mentiras sobre o caráter de Deus. A serpente primeiro faz uma pergunta, tentando lançar dúvidas sobre a ordem do Criador e, na prática, quase invertendo o que Ele havia ordenado. Depois, a serpente desafia diretamente o que Deus havia dito ao declarar a Eva: “É certo que vocês não morrerão” (Gn 3:4).

Alguém, a serpente ou Deus, estava mentindo. E agora Eva tinha uma escolha a fazer: acreditaria em Deus ou na serpente?

A natureza do conflito está ligada acima de tudo a uma questão: em que ou em quem acreditamos, o que tem a ver com o amor. Isso ocorre porque o que acreditamos sobre alguém, sobre o tipo de pessoa que ela é, e se é confiável, definem se amaremos essa pessoa e confiaremos nela. E, no caso de Deus, se ouviremos o que Ele nos diz.

Leia Gênesis 3:15. A declaração de Deus à serpente, de que o Descendente da mulher (o Messias) feriria a cabeça da serpente, muitas vezes é mencionada como a primeira proclamação do evangelho (protoevangelho) feita nas Escrituras. Como essa promessa reforça a realidade do conflito e, ainda assim, traz esperança no meio dele?

Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Um inimigo fez isso

Lições da Bíblia1:

1. Leia Mateus 13:24-27. Como essa parábola nos ajuda a compreender o mal que existe em nosso mundo?

Mateus 13:24-27 (NAA): “24 Jesus lhes propôs outra parábola, dizendo: — O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. 25 Mas, enquanto todos estavam dormindo, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e foi embora. 26 E, quando as plantas cresceram e produziram fruto, apareceu também o joio. 27 Então os servos do dono da casa chegaram e disseram: “Patrão, o senhor não semeou boa semente no seu campo? De onde, então, vem o joio?”

Jesus contou a história de um proprietário de terras que semeou apenas boas sementes no seu campo. Contudo, o joio acabou brotando no meio do trigo. Quando viram isso, os servos do proprietário lhe perguntaram: “Patrão, o senhor não semeou boa semente no seu campo? De onde, então, vem o joio?” (Mt 13:27). Essa pergunta é parecida com a que muitos fazem hoje em dia sobre o problema do mal: Se tudo o que Deus criou era bom, por que existe o mal?

2. Leia Mateus 13:28-30 à luz da explicação de Cristo nos versículos 37 a 40. Esses fatos também esclarecem a natureza do conflito cósmico?

Mateus 13:28-30 (NAA)2: “28 Ele, porém, lhes respondeu: ‘Um inimigo fez isso.’ Mas os servos lhe perguntaram: “O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?’ 29 O dono da casa respondeu: ‘Não! Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. 30 Deixem que cresçam juntos até a colheita. E, no tempo da colheita, direi aos ceifeiros: ‘Ajuntem primeiro o joio e amarrem-no em feixes para ser queimado; mas recolham o trigo no meu celeiro.’

Mateus 13:37-40 (NAA)2: “37 E Jesus respondeu: — O que semeia a boa semente é o Filho do Homem. 38 O campo é o mundo. A boa semente são os filhos do Reino; o joio são os filhos do Maligno. 39 O inimigo que o semeou é o diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os ceifeiros são os anjos. 40 Pois, assim como o joio é colhido e jogado no fogo, assim será no fim dos tempos.”

O dono do campo respondeu à pergunta de seu servo dizendo: “Um inimigo fez isso” (Mt 13:28). Depois, Jesus identificou aquele “que semeia a boa semente” como o “Filho do Homem”, que é Ele mesmo (Mt 13:37). Além disso, explicou que o “campo é o mundo” (Mt 13:38) e que o “inimigo que […] semeou” o joio é o “diabo” (Mt 13:39). Com isso, Jesus descreveu de maneira bastante explícita que existe um conflito cósmico entre Ele e Satanás. Por que existe o mal no mundo? O mal é resultado da obra de um inimigo (o diabo), que se opõe ao dono do campo. “Um inimigo fez isso” (Mt 13:28).

Essa resposta, no entanto, desperta o seguinte questionamento: “O senhor quer que a gente vá e arranque o joio?” (Mt 13:28). Em outras palavras: “Por que não acabar com o mal agora mesmo?” “Não!”, o senhor respondeu. “Porque, ao separar o joio, vocês poderão arrancar também com ele o trigo. Deixem que cresçam juntos até a colheita” (Mt 13:29, 30; compare com Mc 4:29). De acordo com a parábola, Deus acabará com o mal, mas arrancá-lo antes do momento certo resultaria em danos colaterais irreversíveis que acabariam prejudicando o bem.

Quais são alguns dos riscos de se tentar arrancar o joio neste momento? Ao mesmo tempo, por que isso não significa que devemos simplesmente ignorar o mal?

Domingo, 23 de fevereiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Os últimos enganos de Satanás – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

“‘Babilônia, a Grande’ designa, de maneira especial, as religiões apóstatas unidas no fim dos tempos […]. ‘Babilônia, a Grande’ é o nome escolhido pela Inspiração para dar nome à grande união religiosa tríplice do papado, protestantismo apostatado e espiritismo […]. O termo ‘Babilônia’ se refere às organizações em si e a seus líderes, não aos membros do movimento. Estes são chamados de “muitas águas” (Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 7, p. 944).

“Por meio de dois grandes erros – a imortalidade da alma e a santidade do domingo –, Satanás aprisionará o povo em sua armadilha. Enquanto o primeiro lança o fundamento do espiritismo, o segundo cria um laço de afinidade com Roma” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 489, 490).

No AT, os espíritos dos mortos tinham papel importante na religião babilônica. Os babilônios acreditavam na imortalidade da alma. Acreditavam que na morte a alma entrava no mundo espiritual. O conceito da alma imortal é estranho às Escrituras. Kaufmann Kohler identifica a origem da falsa crença da imortalidade. “A crença de que a alma continua existindo após a decomposição do corpo não é […] ensinada nas Escrituras. […] A crença na imortalidade da alma chegou aos judeus a partir do contato com o pensamento grego e principalmente por meio da filosofia de Platão, seu principal expoente, que foi levado a ela através dos mistérios órficos e mistérios de Elêusis, nos quais os conceitos babilônicos e egípcios foram estranhamente misturados” (The Jewish Encyclopedia, “Immortality of the Soul”, 1906).

Perguntas para consideração

A verdade sobre a morte é importante? Ela nos protege e nos conforta?

Alguns enganos do diabo são óbvios e outros são mais sutis. Como evitá-los?

Alguns fazem o mal acreditando que estão seguindo a vontade divina revelada na Bíblia. Como explicar isso? Qual é o papel da lei de Deus na explicação?

Sexta-feira, 02 de junho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. As três mensagens do Apocalipse. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 512, abr. maio jun. 2023. Adulto, Professor. 

Jesus vence, Satanás perde – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Em certo sentido, poderíamos argumentar que Deus não teve escolha: se Ele queria seres que pudessem amá-Lo e amar outras pessoas, teria que criá-los livres. Se não fossem livres, não poderiam amar, e o que seria nosso Universo sem amor? Seria o que alguns têm afirmado: nada além de uma máquina irracional que funciona de acordo com leis rígidas de causa e efeito, sem livre-arbítrio, nada além de pacotes de carne e sangue de partículas subatômicas que seguem apenas as leis da física. Não é uma descrição bonita, nem representa a verdade sobre nós. Quem pensa que nosso amor por nossos pais, filhos e cônjuges não é nada além do efeito de um aglomerado de átomos?

“Sendo a lei do amor o fundamento do governo de Deus, a felicidade de todos os seres inteligentes depende da perfeita harmonia com seus grandes princípios de justiça. Deus deseja de todos os seres criados por Ele o serviço de amor, que brote de um reconhecimento de Seu caráter. Ele não tem prazer na obediência forçada e concede a todos livre-arbítrio, para que Lhe possam prestar serviço voluntário.

“Enquanto todos os seres criados reconheciam a lealdade pelo amor, havia perfeita harmonia por todo o universo de Deus. A alegria da hoste celestial era cumprir o propósito do Criador. Tinham prazer em refletir Sua glória e manifestar Seu louvor. E, enquanto o amor para com Deus predominava, o amor de uns para com outros era cheio de confiança e abnegação. Nenhuma nota dissonante havia para desafinar as harmonias celestiais” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2021], p. 10).

Perguntas para consideração

Por que Apocalipse 12 é uma introdução adequada às três mensagens angélicas, especialmente tendo em vista o conflito iminente no tempo do fim?

Apocalipse 12 é reconfortante para você nas provas que enfrenta no dia a dia?

Alguns acreditam que nossas ações são em parte determinadas pela hereditariedade e pelo meio. Você concorda? Qual é o papel das nossas escolhas em nosso comportamento? Qual é a relação entre nossas escolhas e o poder de Deus em nós?

Sexta-feira, 31 de março de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. As três mensagens do Apocalipse. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 512, abr. maio jun. 2023. Adulto, Professor. 

Ataque satânico

Lições da Bíblia1

Desde o início, Satanás procurou destruir Cristo (Ap 12:4, 5). No entanto, falhou em suas tentativas. No nascimento de Cristo, um anjo avisou José e Maria sobre os planos cruéis de Herodes, e eles fugiram para o Egito. Jesus enfrentou as tentações de Satanás com a afirmação “Está escrito” e encontrou proteção na Palavra. Na cruz, Ele revelou a magnitude de Seu amor e nos libertou da condenação do pecado. Na ressurreição, como nosso Sumo Sacerdote vivo, Ele nos livra do poder do pecado.

2. Leia Apocalipse 12:4-6, 9; Efésios 5:25-27, 32 e Salmo 2:7-9 e defina os seguintes símbolos:

Apocalipse 12:4-6, 9 (ARA)2: “4 A sua cauda arrastava a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse. 5 Nasceu-lhe, pois, um filho varão, que há de reger todas as nações com cetro de ferro. E o seu filho foi arrebatado para Deus até ao seu trono. 6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. […] 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.

Efésios 5:25-27, 32 (ARA)2: “25 Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela, 26 para que a santificasse, tendo-a purificado por meio da lavagem de água pela palavra, 27 para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, porém santa e sem defeito. […] 32 Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja.”

Salmo 2:7-9 (ARA)2: “7 Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei.  8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. 9 Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.”

Dragão – diabo e Satanás

Mulher – Igreja

Filho do Homem – Jesus

Cetro de ferro – Governo eterno

Na Bíblia, o cetro é símbolo de domínio ou governo. Um cetro de ferro é símbolo de um governo indestrutível, todo-poderoso e invencível. Jesus enfrentou todas as tentações que experimentamos e foi vencedor! O diabo é um inimigo derrotado. Cristo triunfou sobre ele em Sua vida, morte e ressurreição. Visto que Jesus já derrotou o diabo na cruz do Calvário, podemos ser vitoriosos também. A vitória de Cristo foi completa, mas o grande conflito entre Cristo e Satanás ainda não acabou.

No entanto, quando aceitamos pela fé o que Cristo fez por nós, nossa dívida de pecado é cancelada, e nossos pecados, perdoados. Perante Deus, somos perfeitos, cobertos pela justiça de Cristo. Paulo escreveu sobre ser “achado Nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” (Fp 3:9). Se somos perdoados, não há nada de que possamos ser acusados. Jesus conquistou e venceu para sempre o pior que o pecado e o mal poderiam Lhe fazer. Ele atacou o mal e o venceu. Quando aceitamos Jesus pela fé, a vitória Dele é nossa.

Nunca houve neutralidade no conflito [cósmico entre o bem e o mal] (Lc 11:23), e não haverá na guerra final da Terra. Assim como cada anjo escolheu o lado de Jesus ou o de Lúcifer, a humanidade será levada à escolha final e irrevogável no fim dos tempos.

Segunda-feira, 27 de março de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. As três mensagens do Apocalipse. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 512, abr. maio jun. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.