A oração de Jesus

Lições da Bíblia1:

João 17 costuma ser chamado de oração sacerdotal de Jesus. Ela conclui o discurso de despedida. Cristo veio ao mundo para que a humanidade finalmente fosse restaurada ao relacionamento pessoal e original com Deus. Jesus realizou com fidelidade os sinais que o Pai havia Lhe dado para fazer. Em palavras e atos, Ele levou Deus às pessoas.

Cristo logo estaria deixando este mundo. Ele queria compartilhar mais uma vez o amor que tinha pelos discípulos. Desejava que compreendessem a íntima relação que existe entre Ele, o Pai e o Espírito Santo. E, além disso, queria que os discípulos desenvolvessem o mesmo relacionamento pessoal que Ele mesmo tinha com Deus, o Pai, e com o Espírito Santo.

7. Que palavras e frases em João 17 mostram o desejo de Jesus de que existisse um relacionamento de amor entre Ele, o Pai e os discípulos?

João 17 (NAA): “1 Depois de dizer essas coisas, Jesus levantou os olhos ao céu e disse: — Pai, é chegada a hora. Glorifica o teu Filho, para que o Filho glorifique a ti, 2 assim como lhe deste autoridade sobre toda a humanidade, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos os que lhe deste. 3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste. 4 Eu te glorifiquei na terra, realizando a obra que me deste para fazer. 5 E agora, ó Pai, glorifica-me contigo mesmo com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo. 6 Manifestei o teu nome àqueles que me deste do mundo. Eram teus, tu os deste a mim, e eles têm guardado a tua palavra. 7 Agora eles reconhecem que todas as coisas que me tens dado provêm de ti, 8 porque eu lhes tenho transmitido as palavras que me deste, e eles as receberam, verdadeiramente reconheceram que saí de ti e creram que tu me enviaste. 9 — É por eles que eu peço; não peço pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10 Todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou glorificado. 11 Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, enquanto eu vou para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um. 12 Quando eu estava com eles, guardava-os no teu nome, que me deste; eu os protegi e nenhum deles se perdeu, exceto o filho da perdição, para que se cumprisse a Escritura. 13 Mas agora vou para junto de ti e isto falo no mundo para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos. 14 Eu lhes tenho dado a tua palavra, e o mundo os odiou, porque eles não são do mundo, como também eu não sou. 15 Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do mal. 16 Eles não são do mundo, como também eu não sou. 17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade. 18 Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. 19 E a favor deles eu me santifico, para que eles também sejam santificados na verdade. 20 — Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por meio da palavra que eles falarem, 21 a fim de que todos sejam um. E como tu, ó Pai, estás em mim e eu em ti, também eles estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. 22 Eu lhes transmiti a glória que me deste, para que sejam um, como nós o somos; 23 eu neles, e tu em mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim. 24 — Pai, a minha vontade é que, onde eu estou, também estejam comigo os que me deste, para que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do mundo. 25 Pai justo, o mundo não te conheceu. Eu, porém, te conheci, e também estes reconheceram que tu me enviaste. 26 Eu lhes fiz conhecer o teu nome e ainda o farei conhecer, a fim de que o amor com que me amaste esteja neles, e eu neles esteja.”

Ao lerem João 17, alguns concluem que a única coisa que importa é a unidade e o amor. Sem dúvida, o propósito de Deus é nos restaurar a um relacionamento pessoal Consigo mesmo e com todas as pessoas. No entanto, uma leitura mais atenta mostra que há uma ligação muito mais profunda entre amor e verdade.

“E a vida eterna é esta: que conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro” (Jo 17:3). Jesus Se refere ao “único Deus verdadeiro”, não ao que supomos a respeito Dele. “Manifestei o Teu nome àqueles que Me deste do mundo. […] e eles têm guardado a Tua palavra. […] verdadeiramente reconheceram que saí de Ti” (Jo 17:6, 8). “Santifica-os na verdade; a Tua palavra é a verdade” (Jo 17:17).

Cristo revelou o Pai, o que era essencial por causa dos conceitos errados sobre Deus. João mostra que Jesus levou essa missão a sério. Ele representou corretamente a Palavra e as ações de Deus. Se a verdade não fosse importante, por que ir tão longe?

Jesus enfrentou dificuldades e foi rejeitado pelas autoridades religiosas. Ele sofreu a indiferença do povo e até dos discípulos. Um deles O traiu e outro O negou três vezes. Jesus sofreu provações e morreu na cruz pelas mãos daqueles a quem tinha vindo salvar.

Como você pode refletir o amor de Deus, visto na relação entre Jesus e o Pai?

Quinta-feira, 12 de dezembro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Temas do Evangelho de João. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 518, out. nov. dez. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O segredo do ministério de Jesus

Lições da Bíblia1:

4. Que lições importantes aprendemos com essa história? Mc 1:35-39

Mc 1:35-39 (NAA)2: “35 Tendo-se levantado de madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus saiu e foi para um lugar deserto, e ali orava. 36 Simão e os que estavam com ele procuraram Jesus por toda parte. 37 Quando o encontraram, lhe disseram: — Todos estão à sua procura. 38 Jesus, porém, lhes disse: — Vamos a outros lugares, aos povoados vizinhos, a fim de que eu pregue também ali, pois foi para isso que eu vim. 39 Então ele foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demônios.”

Jesus Se levantou antes do nascer do sol e foi a um local tranquilo para orar. A oração era o foco das ações de Jesus. Todos os outros verbos da frase são mencionados de forma bastante sucinta: Ele Se levantou, saiu e foi (em grego, todos esses verbos estão no tempo aoristo, o que indica ações concluídas). Mas o verbo “orar” está no tempo imperfeito, que é usado, especialmente nesse texto, para indicar um processo em andamento. Isto é, Jesus estava orando e continuou orando. Era muito cedo quando Jesus saiu de casa, o que indica que Ele passou bastante tempo em oração.

Os evangelhos descrevem Jesus como um homem de oração (Mt 14:23; Mc 6:46; Jo 17). Esse foi um dos principais segredos do poder de Seu ministério.

5. O que Lucas 6:12 ensina sobre a vida de oração de Jesus?

Lucas 6:12 (NAA)2: “Naqueles dias, Jesus se retirou para o monte, a fim de orar, e passou a noite orando a Deus.”

Muitos cristãos estabelecem horários de oração. Essa prática é boa e correta, mas também pode se tornar uma rotina, algo feito de maneira quase mecânica. Uma forma de romper com um padrão fixo é mudar ocasionalmente o horário da oração ou orar durante mais tempo do que o habitual. A questão é não se prender a algum tipo de fórmula que nunca possa ser modificada.

Pedro e seus companheiros não acompanharam Jesus ao lugar de oração. Talvez soubessem da localização, porque O encontraram lá. Eles contaram a Jesus que todos O estavam procurando, sugerindo que o Mestre continuasse a emocionante experiência do dia anterior, com mais cura e ensino. Surpreendentemente, Jesus contestou, indicando que em outros lugares haveria um campo mais amplo de serviço. “Jesus, porém, lhes disse: – Vamos a outros lugares, aos povoados vizinhos, a fim de que Eu pregue também ali, pois foi para isso que Eu vim” (Mc 1:38).

Se o próprio Jesus precisou dedicar tanto tempo à oração, o que dizer de nós? O que o exemplo de Jesus nos ensina?

Quarta-feira, 10 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Ensina-nos a orar – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Leia o Salmo 42:8 e, de Ellen G. White, Educação, p. 112-118 (“Poesia e canto”). Qual é a relação entre a oração e o cântico de acordo com esses textos inspirados? Ellen G. White descreve os salmos penitentes de Davi (por exemplo, o Salmo 51) como a linguagem de sua alma e orações que ilustram a natureza da verdadeira tristeza pelo pecado (Caminho a Cristo, p. 24, 25). Ela encoraja os crentes a memorizar os salmos como meio de promover o sentido da presença divina na vida e destaca a prática de Jesus de proferir salmos quando se deparava com a tentação e com o temor. Ela observou também: “Quantas vezes pelas palavras de um cântico sagrado se abrem na alma as fontes do arrependimento, da fé, da esperança, do amor e da alegria! […] De fato, muitos hinos são orações” (Educação [CPB, 2021], p. 114, 118).

Quando oramos e cantamos os salmos, assumimos a persistência, ousadia, coragem e esperança dos salmistas. Eles nos encorajam a continuar nossa jornada espiritual e nos confortam com o fato de não estarmos sozinhos. Outras pessoas, como nós, passaram por tempos sombrios e, no entanto, foram triunfantes pela graça de Deus. Ao mesmo tempo, os salmos nos revelam os vislumbres da fervorosa intercessão de Cristo em nosso favor, pois Ele vive sempre para orar por nós (Hb 7:25).

Usar os salmos em oração e adoração torna a comunidade crente consciente de toda a gama de experiências humanas e ensina os adoradores a se envolverem nas várias facetas dessas experiências na adoração. Os salmos são orações e cânticos divino-humanos. Por essa razão, incluí-los de forma consistente na adoração traz a comunidade crente para o centro da vontade de Deus e da graça poderosa.

Perguntas para consideração

1. Por que a oração espontânea e não guiada não é a única maneira de orar? Como pode a nossa vida de oração se beneficiar dos salmos?

2. Os salmos podem enriquecer a experiência de oração em comunidade? Na prática, de que maneira sua igreja pode promover o uso dos salmos nos cultos de adoração?

3. O que os salmos revelam da complexidade da jornada da fé e da graça que cura?

Sexta-feira, 12 de janeiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 

Confiança em tempos de dificuldade

Lições da Bíblia1

Em momentos de desespero e sofrimento, surge a pergunta: O que o Senhor está fazendo? Por que Ele permitiu que essas coisas acontecessem? Os salmistas passaram por ocasiões semelhantes. E, por inspiração divina, registraram suas experiências.

2. O que diz o Salmo 44? Esse texto é relevante para os crentes de hoje?

Salmo 44 (NAA)2: “1 Ó Deus, nós ouvimos com os próprios ouvidos; nossos pais nos contaram o que fizeste outrora, em seus dias. 2 Com a tua mão expulsaste as nações e estabeleceste os nossos pais; afligiste os povos e ampliaste o território de nossos pais. 3 Pois não foi por sua espada que eles conquistaram a terra, nem foi o seu braço que lhes deu vitória, e sim a tua mão poderosa, e o teu braço, e a luz do teu rosto, porque te agradaste deles.  4 Tu és o meu rei, ó Deus; ordena a vitória de Jacó. 5 Com o teu auxílio, vencemos os nossos inimigos; em teu nome, pisamos sobre os que se levantam contra nós. 6 Não confio no meu arco, e não é a minha espada que me salva. 7 Pois tu nos salvaste dos nossos inimigos e cobriste de vergonha os que nos odeiam. 8 Em Deus, nos temos gloriado continuamente e para sempre louvaremos o teu nome. 9 Agora, porém, tu nos rejeitaste e nos expuseste à vergonha, e já não acompanhas os nossos exércitos. 10 Tu nos fazes bater em retirada diante dos nossos inimigos, e os que nos odeiam nos tomam por seu despojo. 11 Entregaste-nos como ovelhas para o matadouro e nos espalhaste entre as nações. 12 Vendes por nada o teu povo e não tens lucro com a sua venda. 13 Tu nos fazes objeto de deboche para os nossos vizinhos, de escárnio e de zombaria aos que nos rodeiam. 14 Tu fazes de nós provérbio entre as nações; os povos nos veem e balançam a cabeça. 15 A minha humilhação está sempre diante de mim; o meu rosto se cobre de vergonha, 16 ante os gritos do que afronta e blasfema, à vista do inimigo e do vingador. 17 Tudo isso nos sobreveio; entretanto, não nos esquecemos de ti, nem fomos infiéis à tua aliança. 18 O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram dos teus caminhos, 19 para nos esmagares onde vivem os chacais e nos envolveres com as sombras da morte. 20 Se tivéssemos esquecido o nome do nosso Deus ou se tivéssemos estendido as mãos a um deus estranho, 21 será que Deus não teria descoberto isso, ele, que conhece os segredos dos corações? 22 Mas, por amor de ti, somos entregues à morte continuamente, somos considerados como ovelhas para o matadouro. 23 Desperta! Por que dormes, Senhor? Desperta! Não nos rejeites para sempre! 24 Por que escondes o rosto e te esqueces da nossa miséria e da nossa opressão? 25 Pois a nossa alma está abatida até o pó, e o nosso corpo está como que pegado no chão. 26 Levanta-te para socorrer-nos; resgata-nos por amor da tua bondade.

A seletividade no uso dos salmos na adoração às vezes reflete a exclusividade de ânimos e palavras em nossas orações públicas. Tal restrição pode ser sinal de nossa incapacidade ou desconforto ao dar atenção aos fatos sombrios da vida. Ainda que pensemos que Deus nos trata injustamente quando o sofrimento nos atinge, não consideramos apropriado expressar isso na adoração pública ou na oração particular.

Essa relutância pode nos fazer perder o propósito da adoração. Deixar de expressar honesta e abertamente sentimentos e pontos de vista diante de Deus em oração nos torna escravos de nossas emoções. Isso também nos priva da confiança ao nos aproximarmos de Deus. Orar com base nos salmos dá a certeza de que, quando oramos e adoramos, não precisamos censurar ou negar nossa experiência.

O Salmo 44, por exemplo, ajuda os adoradores a proferir sua experiência de sofrimento de forma livre e adequada. Orar com base nos salmos nos ajuda a experimentar liberdade de expressão na oração. Os salmos apresentam palavras difíceis de encontrar e palavras que nem ousamos pronunciar. “O nosso coração não voltou atrás, nem os nossos passos se desviaram dos Teus caminhos, para nos esmagares onde vivem os chacais e nos envolveres com as sombras da morte” (Sl 44:18, 19).

Observe o começo do Salmo 44. No passado, Deus fez grandes coisas para o Seu povo. Por isso, expressa confiança em Deus, não “no meu arco” (Sl 44:6).

Apesar disso, o povo de Deus teve problemas. A lista de infortúnios e lamentos é longa. No entanto, em meio a tudo isso, o salmista clama a Deus: “Resgata-nos por amor da Tua bondade” (Sl 44:26). Na tribulação, ele reconhece o amor de Deus.

Relembrar o passado, quando a presença divina parecia muito real, pode ajudá-lo a lidar com os momentos em que os problemas o fazem pensar que Deus está distante?

Segunda-feira, 08 de janeiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Promovendo o uso de salmos na oração

Lições da Bíblia1

1. Leia Salmo 105:5; Colossenses 3:16 e Tiago 5:13. Qual é o lugar dos salmos na experiência de adoração do crente?

Salmo 105:5 (NAA)2: “Lembrem-se das maravilhas que ele fez, dos seus prodígios e dos juízos de seus lábios,”

Colossenses 3:16 (NAA)2: “Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração.”

Tiago 5:13 (NAA)2: “Alguém de vocês está sofrendo? Faça oração. Alguém está alegre? Cante louvores.”

Um modo simples de introduzir os salmos na vida é dedicar tempo cada dia à leitura de um salmo, começando com o Salmo 1 e seguindo a ordem do saltério. Outra forma é ler os salmos que correspondam à sua situação atual, conforme os diferentes tipos de salmos: (1) lamento, (2) lamento coletivo, (3) ação de graças, (4) hinos, (5) penitenciais, (6) sabedoria [salmos usados na busca da sabedoria e da orientação de Deus], (7) históricos, (8) salmos de ira e raiva e (9) salmos de peregrinação. Ao longo deste trimestre, veremos muitos salmos e os estudaremos no contexto em que surgiram. Como, então, devemos ler os salmos?

Primeiramente, leia cada salmo fazendo uma reflexão simples e, em seguida, ore. Refletir sobre o salmo envolve analisar diferentes aspectos dele: o modo como o salmista se dirige a Deus e as razões da oração. Considere como sua situação corresponde à do salmista e como o salmo pode ajudá-lo a organizar sua experiência. Você ficará surpreso com a frequência com que será capaz de relacionar suas experiências com o que está escrito ali e vê-las reproduzidas nos salmos.

Se algo no salmo o desafiar, considere, por exemplo, se ele corrige suas falsas esperanças presentes sobre algo que você esteja enfrentando. Contemple a mensagem do salmo à luz de Cristo e de Sua obra salvífica e da esperança que essa obra nos oferece a longo prazo. Somos beneficiados sempre que olhamos para tudo na Bíblia à luz de Cristo e da cruz.

Além disso, procure novos motivos que o salmo apresenta para oração e pense na importância deles para todos nós. Peça que Deus coloque Sua Palavra em seu coração e mente. Se o salmo corresponde à situação de alguém que você conheça, interceda em oração por essa pessoa. Os salmos abrangem tantos aspectos da vida, que podemos ser fortalecidos ao ler e absorver em nosso coração o que eles nos dizem.

O que significa permitir “que a palavra de Cristo habite ricamente em [nós]” (Cl 3:16)? Por que ler a Bíblia é o primeiro e mais crucial passo para essa experiência?

Domingo, 07 de janeiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Ensina-nos a orar

Lições da Bíblia1

“Jesus estava orando em certo lugar e, quando terminou, um dos Seus discípulos Lhe pediu: – Senhor, ensine-nos a orar como também João ensinou os discípulos dele” (Lc 11:1).

Entre os cristãos parece prevalecer uma crença de que apenas a oração espontânea, não aprendida, seja a verdadeira oração. No entanto, os discípulos de Jesus foram imensamente recompensados quando Lhe pediram que os ensinasse a orar. Deus colocou um livro de orações, Salmos, no centro da Bíblia, não apenas para nos mostrar como o antigo povo de Deus orava, mas também para nos ensinar como podemos orar no presente.

Desde as primeiras eras, o Livro dos Salmos tem moldado as orações do povo de Deus, incluindo as orações de Jesus (1Cr 16:7, 9; Ne 12:8; Mt 27:46; Ef 5:19). Nesta semana, veremos como os salmos ajudaram os fiéis a atravessar a jornada da vida e a crescer no relacionamento com Deus. Devemos recordar que o Livro dos Salmos é composto de orações e, assim, é inestimável, não só pela visão teológica, mas também porque pode enriquecer e transformar nossas orações individuais e em comunidade.

Orar com base nos salmos tem ajudado muitos crentes a estabelecer e a manter uma vida de oração regular e gratificante.

Nesta semana, continuaremos a analisar os salmos, especialmente no contexto de tempos em que as coisas não vão muito bem para nós.

Sábado, 06 de janeiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 

Orações inspiradas

Lições da Bíblia1

4. Leia 2 Samuel 23:1, 2 e Romanos 8:26, 27. O que esses textos nos ensinam sobre oração?

2 Samuel 23:1, 2 (NAA)2: “1 São estas as últimas palavras de Davi: Palavra de Davi, filho de Jessé; palavra do homem que foi exaltado, do ungido do Deus de Jacó, do suave salmista de Israel. 2 O Espírito do Senhor fala por meio de mim; e a sua palavra está na minha língua.”

Romanos 8:26, 27 (NAA)2: “26 Da mesma maneira, também o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza. Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.”  

Os salmos são orações inspiradas e louvores de Israel. Assim, neles a voz de Deus é misturada com a voz de Seu povo. Os salmos assumem a dinâmica de vívidas interações com Deus. Os salmistas se dirigem a Deus pessoalmente como “Deus meu”, “ó Senhor” e “Rei meu” (Sl 5:2; 84:3). Eles muitas vezes imploram: “Dá ouvidos” (Sl 5:1), “ouve, Senhor, a minha oração” (Sl 39:12), “considera” (Sl 25:18), “responde-me” (Sl 102:2) e “salva-me” (Sl 6:4). Essas são expressões de alguém que está orando a Deus.

A beleza e o apelo dos salmos como orações e louvores residem no fato de que eles são a Palavra de Deus na forma de orações piedosas e de louvores dos crentes. Assim, os salmos oferecem aos filhos de Deus momentos de proximidade, como descrito em Romanos 8:26, 27: “O Espírito nos ajuda em nossa fraqueza. Porque não sabemos orar como convém, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus”.

Jesus citou os salmos, como em Lucas 20:42, 43, quando citou do Salmo 110:1: “O próprio Davi afirma no Livro dos Salmos: ‘Disse o Senhor ao Meu Senhor: Sente-Se à Minha direita, até que Eu ponha os Seus inimigos por estrado dos Seus pés’”.

Embora alguns salmos tenham surgido de eventos históricos e de experiências dos salmistas, ou se refiram a essas experiências, bem como às experiências de Israel como nação, sua profundidade espiritual toca diferentes situações da vida e atravessa todas as fronteiras culturais, religiosas, étnicas e de sexo. Em outras palavras, ao ler Salmos, encontramos expressões de esperança, louvor, medo, raiva, pesar e tristeza, coisas que todos experimentam em todos os lugares e épocas, não importam as circunstâncias. Os salmos falam a todos, na linguagem de cada experiência.

Jesus citou os Salmos. O que esse fato nos diz sobre a importância que eles têm em nossa própria experiência de fé?

Quarta-feira, 03 de janeiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Lutando pela paz – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

“Um exército em batalha ficaria confuso e enfraquecido a menos que todos trabalhassem em conjunto. Se os soldados agirem segundo suas próprias ideias impulsivas, sem considerar a posição e a atuação dos outros, seriam átomos independentes; não poderiam fazer o trabalho de um corpo organizado. Portanto, os soldados de Cristo devem agir em harmonia. Não se deve valorizar o trabalho solitário. Se fizerem isso, em lugar de estar em perfeita harmonia, tendo uma só mente, um propósito, e consagrado a um grande objetivo, verão esforços infrutíferos, e terão seu tempo e sua capacidade desperdiçados. União é força. Algumas almas convertidas agindo em harmonia, por um grande propósito, sob uma direção, alcançarão vitórias em cada confronto” (Ellen G. White, Spalding e Magan Collection, p. 121).

Por que Paulo se autodenominou “embaixador em cadeias” (Ef 6:20)? Embaixadores desempenhavam papéis desafiadores na guerra. A autodescrição de Paulo se encaixa no contexto de sua metáfora militar. Os embaixadores deveriam ser tratados com o respeito devido à pessoa ou ao país que os enviava. Portanto, há um forte contraste entre a posição de Paulo como embaixador do Governante supremo do cosmos e o total desrespeito sinalizado por suas cadeias (literalmente, “cadeia”). No entanto, uma vez que os embaixadores usavam um “colar de ofício”, é provável que a menção de uma “cadeia” estivesse “temperada com ironia”, na qual ele considerava sua cadeia como “uma insígnia a ser usada com distinção” (David J. Williams, Paul’s Metaphors: Their Context and Character [Peabody, MA: Hendrickson, 1999], p. 152).

Perguntas para consideração

O que significa “lutar pela paz” num mundo caracterizado pela violência?

Que “dardos inflamados” estão sendo arremessados em sua direção? Como você pode garantir que o “escudo da fé” esteja preparado para apagá-los?

Como podemos conduzir o “ministério da oração” com base em Efésios 6:18-20?

Ef 6:18-20 (NAA)2: “18 Orem em todo tempo no Espírito, com todo tipo de oração e súplica, e para isto vigiem com toda perseverança e súplica por todos os santos. 19 E orem também por mim, para que, no abrir da minha boca, me seja dada a palavra, para com ousadia tornar conhecido o mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazer.”

De que modo devemos tratar os feridos no grande conflito? Como lidar com os crentes que, no calor da batalha, fogem ou passam para o outro lado?

Sexta-feira, 22 de setembro de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.