O Doador de dons.

Lições da Bíblia.

“Foi um milagre espetacular. A mão de Jeroboão, que se paralisara completamente, de forma que ele ‘não a podia recolher’ (1Rs 13:4), foi restaurada imediatamente. Depois dessa evidência tão convincente, esperaríamos pelo menos uma confissão pública de Jeroboão, o rei. Mas os milagres não podem mudar nossa vontade. Mesmo depois de uma intervenção dramática de Deus, é surpreendentemente fácil encontrar uma ‘explicação’ natural ou simplesmente voltar aos nossos velhos hábitos.”

“A convicção deve se basear na Palavra de Deus, não em sinais, muitas vezes de origem espúria.” O próprio Jesus disse: “Abraão, porém, lhe respondeu: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos.” (Luc. 16:31) ”Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão.” (João 10:25-28) “Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai.” (João 15:24).

“Em vez de abandonar suas atividades de adoração e dar início sincero a uma reforma, Jeroboão simplesmente mudou de tática (veja 1Rs 13:7-10). Ele convidou o homem de Deus à sua casa e lhe ofereceu uma recompensa. Esse foi um movimento político destinado a neutralizar o efeito da mensagem sobre os que haviam testemunhado o milagre. O rei Jeroboão se ofereceu para admitir o homem de Deus como seu empregado. Só a pessoa que está no controle ou que solicita um serviço está em posição de oferecer recompensa, mas o homem de Deus nunca deve estar à venda. Ele deve inteira submissão a Deus e não pode permitir que as mensagens de Deus sejam modificadas por quem o estiver patrocinando.”

De maneira geral, os profetas recusaram o oferecimento de presentes: (Após curado Naamã propôs um presente para o Profeta Eliseu) “Voltou ao homem de Deus, ele e toda a sua comitiva; veio, pôs-se diante dele e disse: Eis que, agora, reconheço que em toda a terra não há Deus, senão em Israel; agora, pois, te peço aceites um presente do teu servo. Porém ele disse: Tão certo como vive o SENHOR, em cuja presença estou, não o aceitarei. Instou com ele para que o aceitasse, mas ele recusou.” (2 Reis 5:14-16). (O Rei Belsazar propôs ao profeta Daniel recompensas) ”Eu, porém, tenho ouvido dizer de ti que podes dar interpretações e solucionar casos difíceis; agora, se puderes ler esta escritura e fazer-me saber a sua interpretação, serás vestido de púrpura, terás cadeia de ouro ao pescoço e serás o terceiro no meu reino. Então, respondeu Daniel e disse na presença do rei: Os teus presentes fiquem contigo, e dá os teus prêmios a outrem; todavia, lerei ao rei a escritura e lhe farei saber a interpretação.” (Dan. 5:16-17)

“O oferecimento de um presente coloca o doador em posição de poder, e o receptor ‘deve’ algo ao doador. O homem de Deus recusou o presente do rei e continuou a declarar que não comeria nem beberia no território de Israel. Não aceitando a hospitalidade de Jeroboão, o homem de Deus disse ‘não’ à mistura da adoração verdadeira com a idolatria. […] Mediante a lição prática de não comer e nem beber e até voltar para casa por um caminho diferente, o homem de Deus devia mostrar quão revoltante era para Deus o sistema idólatra.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – terça-feira 30 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Deus intervém.

Lições da Bíblia.

“Em meio aos movimentos políticos de Jeroboão, Deus interveio e Se fez ouvir. Ele falou por meio de um profeta de Judá. Esse profeta sem nome apareceu no momento em que Jeroboão se postava diante de seu altar na cerimônia de dedicação do santuário. Todos os personagens importantes do reino de Israel deveriam estar presentes. Deus escolheu o momento mais oportuno para agir. O resultado foi dramático.”

“Eis que, por ordem do SENHOR, veio de Judá a Betel um homem de Deus; e Jeroboão estava junto ao altar, para queimar incenso. Clamou o profeta contra o altar, por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti. Deu, naquele mesmo dia, um sinal, dizendo: Este é o sinal de que o SENHOR falou: Eis que o altar se fenderá, e se derramará a cinza que há sobre ele. Tendo o rei ouvido as palavras do homem de Deus, que clamara contra o altar de Betel, Jeroboão estendeu a mão de sobre o altar, dizendo: Prendei-o! Mas a mão que estendera contra o homem de Deus secou, e não a podia recolher. O altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, segundo o sinal que o homem de Deus apontara por ordem do SENHOR. Então, disse o rei ao homem de Deus: Implora o favor do SENHOR, teu Deus, e ora por mim, para que eu possa recolher a mão. Então, o homem de Deus implorou o favor do SENHOR, e a mão do rei se lhe recolheu e ficou como dantes.” (1 Reis 13:1-6)

“Embora seu nome não seja mencionado, o profeta é chamado de homem de Deus. Esse era um título utilizado comumente para alguém reconhecido como mensageiro de Deus. Foi usado para Moisés (Dt 33:1) e Elias (1Rs 17:18). Esse título relaciona nosso profeta sem nome com alguns dos grandes profetas do Antigo Testamento. Deste modo, as expectativas do leitor a seu respeito são elevadas. O homem de Deus clamou contra o altar de Jeroboão e deu uma profecia. Na profecia, um nome específico, Josias, foi mencionado (1Rs 13:2). Isso é surpreendente, porque Josias nasceu quase três séculos mais tarde. Traz-nos à lembrança Ciro, o persa, cujo nome foi mencionado pelo profeta Isaías cerca de duzentos anos antes de seu nascimento (veja Is 44:28; 45:1).”

“Quais foram os pontos principais da mensagem do homem de Deus? Primeiro, o altar era ilegal, e o homem de Deus predisse que um descendente de Davi, chamado Josias, o profanaria. Era exatamente isso que Jeroboão mais temia. Ele estava estabelecendo esses centros de adoração para evitar a perda de seu reino, especialmente para alguém que se assentasse no trono de Davi. A segunda parte da mensagem fornece uma demonstração imediata do poder de Deus, garantindo, assim, o futuro cumprimento da profecia. Ante os olhos de todos, o altar se fendeu. Talvez Deus tenha feito isso para lembrar aos espectadores as tábuas dos Dez Mandamentos que Moisés havia quebrado na adoração do primeiro bezerro de ouro. Parece que Jeroboão não aprendeu nada da história. Ele tinha dois bezerros de ouro, em vez de um. E então, em vez de se arrepender, Jeroboão apontou para o homem de Deus. Nos tempos bíblicos, apontar a mão, a vara ou o cetro sempre era sinal de julgamento. Jeroboão queria prendê-lo. Tudo por se submeter à vontade de Deus.”

“Nesta história, como vemos a misericórdia de ­Deus apresentada, mesmo a um teimoso tão grande quanto Jeroboão? Com que frequência você expressa atitude semelhante para com a clara guia de ­Deus? Quais foram as consequências pessoais dessa atitude?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – segunda-feira 29 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

A política da religião.

Lições da Bíblia.

“Depois da morte de Salomão, as infelizes decisões de Roboão, seu filho, levaram à divisão da nação, com o rei Jeroboão governando Israel, no reino do Norte, e Roboão em Judá, no reino do Sul (veja 1Rs 12).”

Não muito depois da divisão, Jeroboão conduziu o reino do Norte por um caminho muito perigoso. Sua intenção não era levar deliberadamente Israel da adoração de Deus à idolatria; mas estava agindo movido pela conveniência política. Ele criou dois centros de adoração, um em Betel e um em Dã. Afirmava estar tentando facilitar as coisas para os israelitas, de forma que eles não tivessem que viajar toda a distância até Jerusalém a fim de adorar. Os bezerros de ouro eram simplesmente uma lembrança visual de Deus (não uma representação) e deveriam tornar mais aceitável a adoração para o israelita comum. Aquilo que começou como um movimento político, porém, levou à transgressão dos Dez Mandamentos (Êx 20:4, 5).”

A semelhança do episódio do bezerro de ouro em Êxodo 32, os bezerros de ouro de Jeroboão levaram o povo à idolatria. “Jeroboão edificou Siquém, na região montanhosa de Efraim, e passou a residir ali; dali edificou Penuel. Disse Jeroboão consigo: Agora, tornará o reino para a casa de Davi. Se este povo subir para fazer sacrifícios na Casa do SENHOR, em Jerusalém, o coração dele se tornará a seu senhor, a Roboão, rei de Judá; e me matarão e tornarão a ele, ao rei de Judá. Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito! Pôs um em Betel e o outro, em Dã. E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia até Dã, cada um para adorar o bezerro. Jeroboão fez também santuários nos altos e, dentre o povo, constituiu sacerdotes que não eram dos filhos de Levi. Fez uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, igual à festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar; semelhantemente fez em Betel e ofereceu sacrifícios aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que levantara. No décimo quinto dia do oitavo mês, escolhido a seu bel-prazer, subiu ele ao altar que fizera em Betel e ordenou uma festa para os filhos de Israel; subiu para queimar incenso. (1 Reis 12:25-33)

“É necessário ser inovador na adoração e adaptar a adoração ao nosso contexto cultural específico, mas devemos ser muito cuidadosos. Mesmo o pequeno desvio de um claro mandamento de Deus tem efeitos de longo alcance. No caso de Israel, os bezerros de ouro levaram a nação por um caminho em direção ao pecado aberto. Mas as coisas não pararam aí. Jeroboão também foi obrigado a fazer outras mudanças. Ele tentou convencer alguns dos levitas que viviam dentro de suas fronteiras a servir como sacerdotes em seus santuários recentemente estabelecidos. Porém, eles perceberam os perigos e não se dispuseram a contradizer os mandamentos de Deus; deste modo, Jeroboão foi compelido a sagrar sacerdotes de entre pessoas comuns (1Rs 12:31, 32), que, por sua vez, degradaram o ofício sagrado.”

“Que pressões culturais sua igreja está enfrentando? Você é suscetível às pressões culturais ao seu redor? Você está disposto a comprometer sua fidelidade nas “pequenas” coisas?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – domingo 28 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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O homem de Deus. A obediência não é opcional.

Lições da Bíblia.

“Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:20, 21).

“O homem de Deus de Judá profetizou fielmente e voltou para casa, simplesmente para cair na tentação de duvidar da Palavra de Deus. Devemos seguir nossa consciência, em vez de depender de outra pessoa para interpretar a Palavra de Deus para nós.”

“A história tem lugar nos primeiros anos da monarquia dividida, tempo de tensão política e religiosa. Sob a liderança de Jeroboão (e com a bênção expressa do Senhor, 1Rs 11:29-39), as dez tribos de Israel se separaram de Roboão, filho de Salomão e herdeiro do reino de Davi. Havia guerra iminente, e foi durante esse tempo de instabilidade e mudança que Deus enviou Seu profeta com uma mensagem específica ao rei Jeroboão sobre a adoração idólatra no reino do Norte, que, finalmente, provaria ser sua ruína.”

“Sob a superfície dessa história de um profeta sem nome se encontra a importante questão da obediência e com que seriedade Deus considera nossa submissão. Quaisquer que sejam as perguntas sem respostas, esta história mostra que qualquer expressão de evangelho sem a consequente obediência é, necessariamente, um falso evangelho.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – sábado 27 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus.

Lições da Bíblia.

“A religião de Cristo ligará em íntima fraternidade todos os que lhe aceitarem os ensinos. Foi missão de Jesus reconciliar os homens com Deus, e assim uns com os outros. Mas o mundo em grande parte se acha sob o domínio de Satanás, o acérrimo adversário de Cristo. O evangelho apresenta-lhes princípios de vida que se acham totalmente em desacordo com seus hábitos e desejos, e eles se erguem em rebelião contra ele. Odeiam a pureza que lhes revela e condena os pecados, e perseguem e destroem os que com eles insistem em suas justas e santas reivindicações. É neste sentido que o evangelho é chamado uma espada, visto que as elevadas verdades que traz ocasionam o ódio e a contenda.

A misteriosa providência que permite sofrerem os justos perseguição às mãos dos ímpios, tem sido causa de grande perplexidade a muitos que são fracos na fé. Alguns se dispõem mesmo a lançar de si a confiança em Deus, por permitir Ele que os mais vis dos homens prosperem, enquanto os melhores e mais puros são afligidos e atormentados pelo cruel poder daqueles. Como, pergunta-se, pode Aquele que é justo e misericordioso, e que também é de poder infinito, tolerar tal injustiça e opressão? É esta uma questão com que nada temos que ver. Deus deu suficientes evidências de Seu amor, e não devemos duvidar de Sua bondade por não podermos compreender a operação de Sua providência. Disse o Salvador a Seus discípulos, prevendo as dúvidas que lhes oprimiriam a alma nos dias de provação e trevas: ‘Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu Senhor. Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós.’ João 15:20. Jesus sofreu por nós mais do que qualquer de Seus seguidores poderá sofrer pela crueldade de homens ímpios. Os que são chamados a suportar a tortura e o martírio não estão senão seguindo as pegadas do dileto Filho de Deus.” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 47).

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – sexta-feira 26 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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Construindo uma nação.

Lições da Bíblia.

“O exemplo de fidelidade de Rispa chamou a atenção de Davi. O autor bíblico inclui novamente a genealogia completa de Rispa quando Davi foi informado de sua ação. Ela não era uma mãe qualquer. Ela era filha de Aiá e concubina de Saul. O fato de ela estar na montanha “perante o Senhor” perto dos sete corpos, parece ter motivado Davi a considerar isso um ato muito importante: ele ordenou o sepultamento apropriado de Saul, de Jônatas e dos descendentes de Saul.”

Foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá e concubina de Saul. Então, foi Davi e tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho, dos moradores de Jabes-Gileade, os quais os furtaram da praça de Bete-Seã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que feriram Saul em Gilboa. Dali, transportou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho; e ajuntaram também os ossos dos enforcados. Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra.” (2 Sam. 21:11-14)

“Muitos dos vizinhos de Israel consideravam que um enterro apropriado era essencial para a habilidade do falecido de chegar a um lugar em que os deuses distribuiriam justiça. As pirâmides do Egito eram tumbas enormes, testemunhando sobre a importância do sepultamento na cultura egípcia. Em contraste, as práticas de sepultamento de Israel não eram elaboradas, porque os autores bíblicos consideravam que a morte era um estado de inconsciência (Ec 9:5, 6). Esse enterro, porém, foi muito significativo, pois marcou o fim das lutas entre as tribos e lançou o fundamento de um Israel unido.”

De acordo com o texto bíblico a causa da longa seca e fome podem ser entendidas com a falta de reconciliação, simbolizada pelo sepultamento dos restos dos adversários de Davi. “Enterraram os ossos de Saul e de Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim, em Zela, na sepultura de Quis, seu pai. Fizeram tudo o que o rei ordenara. Depois disto, Deus se tornou favorável para com a terra.” (2 Sam. 21:14).

“A fome não terminou logo que os sete descendentes de Saul foram executados. Deus respondeu ao apelo em favor da terra só depois que Davi proveu um lugar respeitável de descanso para os restos de Saul e seus descendentes. Em outras palavras, embora justiça e retidão sejam elementos importantes de nossa interação uns com os outros, requer-se também reconciliação. O exemplo de fidelidade de Rispa, mesmo sob condições desesperadoras, parece ter provocado fidelidade e reconciliação em escala muito maior, resultando em um Israel preparado para começar a curar as feridas da guerra entre as tribos. O papel de Rispa nessa parte crucial do reinado de Davi ensina uma lição importante que perdura ao longo dos séculos: as circunstâncias, apenas, não fazem nem destroem um filho de Deus; ao contrário, por nossas escolhas, para o bem ou para o mal, determinamos se seremos um fator de pouca importância ou se nossa fidelidade ainda influenciará poderosamente as pessoas ao nosso redor. Mediante uma vida fiel, Rispa influenciou sutilmente a conduta de uma nação.”

“Pense no poder do exemplo: por suas ações, Rispa, a concubina de um inimigo, influenciou grandemente Davi. O que isso deve nos dizer sobre o poder de nossa influência, não importando quem somos? Pense naqueles a quem você está influenciando. Como você pode ser uma influência melhor do que é atualmente?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – quinta-feira 25 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Fidelidade é um estilo de vida.

Lições da Bíblia.

“Davi consentiu com o pedido dos gibeonitas, e sete descendentes de Saul foram encontrados. É aqui que encontramos Rispa novamente. Seus dois filhos com o rei Saul estavam entre os selecionados para execução a fim de que fosse alcançada a “expiação”. 2 Samuel 21:3 usa a palavra hebraica expiação, que aparece também em contextos como o Dia de Expiação em Levítico 16. Em 2 Samuel 21:1-9 há um exemplo de textos nas Escrituras que não conseguimos explicar completamente, mas ainda assim precisamos simplesmente confiar no Senhor.”

Há situações na Bíblia em que, apesar de não compreendermos, precisamos confiar na bondade e misericórdia de Deus: “Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao SENHOR, e o SENHOR lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas. Então, chamou o rei os gibeonitas e lhes falou. […] Disse Davi: Que é, pois, que quereis que vos faça? Responderam ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em limite algum de Israel, de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR, em Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. Disse o rei: Eu os darei. Porém o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por causa do juramento ao SENHOR, que entre eles houvera, entre Davi e Jônatas, filho de Saul. Porém tomou o rei os dois filhos de Rispa, filha de Aiá, que tinha tido de Saul, a saber, a Armoni e a Mefibosete, como também os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita; e os entregou nas mãos dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o SENHOR; caíram os sete juntamente. Foram mortos nos dias da ceifa, nos primeiros dias, no princípio da ceifa da cevada.” (2 Sam. 21:1-9)

“Davi se lembrou da promessa feita a seu amigo Jônatas (1Sm 20:12-17, 42) e, consequentemente, não entregou o filho de Jônatas, Mefibosete, aos gibeonitas. Isso enfatiza um ponto importante no texto bíblico: embora Saul houvesse quebrado um voto de Israel aos gibeonitas, Davi honrou seu voto a Jônatas, mesmo depois de sua morte.”

Rispa, demostrando coragem, protegeu os corpos de seus filhos e dos outros cinco, para que não fossem consumidos pelas aves de rapina nem por outros animais. (Davi) “[…] os entregou nas mãos dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o SENHOR; caíram os sete juntamente. Foram mortos nos dias da ceifa, nos primeiros dias, no princípio da ceifa da cevada. Então, Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou que as aves do céu se aproximassem deles de dia, nem os animais do campo, de noite.(2 Sam. 21:9-10)

“O autor enfatiza sua elevada consideração pelos atos de Rispa mencionando novamente o nome do seu pai (cf. 2Sm 3:7), em contraste com Davi, que não é chamado de rei nem por sua linhagem. Só podemos imaginar a dor e o pesar de Rispa ao vigiar os corpos dos sete executados. Ela construiu uma cabana provisória de pano de saco, e lá, a céu aberto, acampou perto dos corpos em decomposição e os protegeu da profanação por pássaros e animais. Rispa não fez isso nem por um nem por sete dias, mas parece que vigiou os corpos por muitas semanas, até começarem as chuvas do outono. Rispa foi não apenas mãe dedicada, mas se distinguiu como exemplo de fidelidade em uma história dominada por homens que nem sempre foram fiéis.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – quarta-feira 24 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Olho por olho ou uma solução conveniente?

Lições da Bíblia.

“Houve uma terrível fome em Israel. O texto hebraico enfatiza o longo período sem nenhuma chuva (‘por três anos consecutivos’). Isso não era normal. O povo considerava que Deus era diretamente responsável por dar chuva e reter chuva. Davi consultou ao Senhor. Não sabemos por que meios ele recebeu a resposta de Deus, mas seu conteúdo é muito claro: ‘Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa’ (2Sm 21:1).”

“Houve, em dias de Davi, uma fome de três anos consecutivos. Davi consultou ao SENHOR, e o SENHOR lhe disse: Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas. Então, chamou o rei os gibeonitas e lhes falou. Os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do resto dos amorreus; e os filhos de Israel lhes tinham jurado poupá-los, porém Saul procurou destruí-los no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá. Perguntou Davi aos gibeonitas: Que quereis que eu vos faça? E que resgate vos darei, para que abençoeis a herança do SENHOR? Então, os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Que é, pois, que quereis que vos faça? Responderam ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu e procurou que fôssemos assolados, sem que pudéssemos subsistir em limite algum de Israel, de seus filhos se nos dêem sete homens, para que os enforquemos ao SENHOR, em Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. Disse o rei: Eu os darei.” (2 Sam. 21:1-6)

“Esse é um assunto difícil e provoca debates entre os estudiosos. Onde está a justiça de Deus aqui? A justiça é algo coletivo ou individual? Alguns comentaristas sugerem que Davi usou a fome como desculpa conveniente para se livrar de possíveis rivais ao trono e que a resposta do Senhor em 2 Samuel 21:1 tenha sido uma espécie de manipulação inteligente das mensagens divinas para o interesse próprio de Davi; mas, no texto bíblico, não existe nenhuma indicação de que essa tenha sido sua motivação. O que o texto claramente afirma é que Saul procurou aniquilar os gibeonitas, que estavam ligados com os “amorreus”, os habitantes originais de Canaã antes de Israel tomar posse da Palestina.”

“O texto destaca um princípio muito importante das Escrituras: embora a salvação dependa de nossas decisões, nossas ações e escolhas afetam muitos ao nosso redor e nunca ocorrem em isolamento. Quando reis fiéis reinavam em Jerusalém, Judá seguia a lei de Deus e buscava viver de acordo com a vontade de Deus; por outro lado, reis infiéis derrubavam muitos em Israel.”

“Nos textos históricos do Antigo Testamento, não existe referência à tentativa de Saul de destruir os gibeonitas. Porém, o exemplo de vingança de Saul na cidade sacerdotal de Nobe (1Sm 21) sugere que Saul era capaz disso. Aparentemente, o zelo de Saul parece bom (afinal, os gibeonitas eram estrangeiros), mas a avaliação divina desse ato destaca a elevada consideração de Deus para a fidelidade (Js 9:15-21). espera que honremos nossas promessas. Como veremos, Rispa nos dá (e ao rei Davi!) um exemplo de fidelidade.”

“Embora não entendamos completamente por que deveria haver fome por causa dos pecados de Saul, devemos nos lembrar de que nossas ações trazem consequências – sempre. […] O que mantém você mais em linha: o medo das consequências de suas ações erradas ou o desejo de não agir de forma errada?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – terça-feira 23 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF