O livro e o sangue

Lições da Bíblia1:

1. Leia Êxodo 24:1-8. Quais funções a leitura da Palavra de Deus e a aspersão do sangue desempenharam na confirmação da aliança entre Deus e Seu povo?

Êxodo 24:1-8 (NAA):  1 Deus disse a Moisés: — Subam para junto do Senhor, você, Arão, Nadabe, Abiú e setenta dos anciãos de Israel; e adorem de longe. 2 Só Moisés se aproximará do Senhor; os outros não se aproximarão, nem o povo subirá com ele. 3 Moisés foi e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos. Então todo o povo respondeu a uma voz e disse: — Tudo o que o Senhor falou nós faremos. 4 Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado de manhã cedo, edificou um altar ao pé do monte e ergueu doze colunas, segundo as doze tribos de Israel. 5 E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao Senhor holocaustos e sacrifícios pacíficos de novilhos. 6 Moisés pegou a metade do sangue e o pôs em bacias; e a outra metade aspergiu sobre o altar. 7 Depois pegou o livro da aliança e o leu para o povo. E eles disseram: — Tudo o que o Senhor falou nós faremos e obedeceremos. 8 Então Moisés pegou aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: — Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês de acordo com todas estas palavras.

O Deus vivo da Bíblia é o Deus dos relacionamentos. Para nosso Senhor, o mais importante não é um objeto ou cronograma, mas a pessoa. Assim, Ele dedica bastante atenção às pessoas, e o propósito principal de Suas ações é construir um relacionamento pessoal com os seres humanos. Afinal, um Deus que “é amor” (1Jo 4:8) teria que ser um Deus que Se importasse com relacionamentos, pois como pode haver amor sem relacionamentos?

Jesus disse: “E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim” (Jo 12:32). Deus está interessado não apenas em nosso comportamento ético, na doutrina correta ou em um conjunto de ações adequadas, mas, acima de tudo, em um relacionamento pessoal e profundo conosco. As duas instituições estabelecidas na criação (Gn 1 e 2) tratam de relacionamento: a primeira envolve o relacionamento vertical com Deus (o sábado), e a segunda, o relacionamento horizontal entre seres humanos (o casamento).

A confirmação da aliança no Sinai teve o objetivo de reforçar o relacionamento especial que Deus desejava ter com Seu povo. Naquela cerimônia, o povo disse duas vezes: “Tudo o que o Senhor falou faremos” (Êx 24:3, 7). As pessoas realmente queriam fazer isso, mas não conheciam sua própria fragilidade e falta de poder. O sangue da aliança foi aspergido sobre o povo, indicando que somente pelos méritos de Cristo Israel seria capaz de seguir as instruções de Deus.

Não queremos aceitar que nossa natureza humana seja frágil, vulnerável e completamente pecaminosa. Temos uma tendência inerente ao mal. Para sermos capazes de fazer o bem, precisamos receber uma ajuda de fora de nós mesmos. Essa ajuda vem somente do alto, do poder de Deus, de Sua Palavra e do Espírito Santo. E mesmo com tudo isso à nossa disposição, facilmente caímos, não é verdade?

É por isso que um relacionamento pessoal e próximo com Deus era tão essencial para o povo daquela época, no Sinai, quanto é para nós hoje.

“Tudo o que o Senhor falou nós faremos.” Quantas vezes você disse a mesma coisa, mas depois falhou? Qual é a única solução?

Domingo, 31 de agosto de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro do êxodo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 521, jul. ago. set. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Pesach

Lições da Bíblia1:

4. Leia Êxodo 12:17-23. Qual era o papel do sangue na celebração dessa nova festa?

Êxodo 12:17-23 (NAA)2: 17 Guardem a Festa dos Pães sem Fermento, porque nesse mesmo dia tirei os exércitos de vocês da terra do Egito. Portanto, vocês guardarão este dia de geração em geração por estatuto perpétuo. 18 Vocês comerão pães sem fermento desde o dia catorze do primeiro mês, à tarde, até a tarde do dia vinte e um do mesmo mês. 19 Por sete dias, não se ache nenhum fermento em suas casas, porque todo aquele que comer pão levedado será eliminado da congregação de Israel, tanto o estrangeiro como o natural da terra. 20 Não comam nada que tenha fermento. Em todas as suas habitações, comam somente pães sem fermento. 21 Moisés chamou todos os anciãos de Israel e lhes disse: — Escolham e peguem cordeiros para as famílias de vocês, e matem esses animais para celebrar a Páscoa. 22 Peguem ramos de hissopo, molhem no sangue que estiver na bacia e marquem a viga superior da porta e suas ombreiras com o sangue que estiver na bacia. E que nenhum de vocês saia da porta da sua casa até pela manhã. 23 Porque o Senhor passará para matar os egípcios. Quando, porém, enxergar o sangue na viga superior da porta e em ambas as ombreiras, o Senhor passará por cima da porta e não permitirá que o Destruidor entre na casa de vocês para matá-los.

O sangue do animal sacrificado era um elemento central nessa celebração. Os participantes colocavam o sangue do cordeiro morto nos batentes das portas de suas casas. Dessa forma, demonstravam fé em Deus, crendo que Ele os livraria do destino reservado àqueles que não estavam sob a proteção do sangue. Que expressão poderosa do evangelho!

O cordeiro da Páscoa precisava ser sem defeito, pois simbolizava Jesus Cristo, o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). O sangue do animal tinha papel crucial: simbolizava proteção e era um sinal de vida em meio à morte iminente.

“O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês se encontram. Quando Eu vir o sangue, passarei por vocês, e não haverá entre vocês praga destruidora, quando Eu ferir a terra do Egito”(Êx 12:13).

O evangelho está ligado à celebração da Páscoa, pois ela apontava não apenas para a libertação da escravidão e a jornada à terra prometida, mas também para o sacrifício de Cristo pelos pecados e para Seus méritos, aplicados aos que são cobertos por Seu sangue.

Séculos depois, fazendo referência à Páscoa, Paulo escreveu: “Joguem fora o velho fermento, para que vocês sejam nova massa, como, de fato, já são, sem fermento. Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado” (1Co 5:7).

O fermento era utilizado na preparação de diferentes tipos de massa. Ele é mencionado pela primeira vez na Bíblia na preparação do pão sem fermento, na véspera da saída dos israelitas do Egito. O fermento também precisava ser removido das casas (Êx 12:8, 15-20; 13:3-7). Nesse contexto específico, o fermento simbolizava o pecado (1Co 5:6-8); portanto, não deveria ser usado durante a Páscoa, que durava uma semana.

O pão sem fermento simboliza o Messias sem pecado, que venceu todas as tentações e entregou a vida por nós (Jo 1:29; 1Co 5:7; Hb 4:15). Os “ramos de hissopo” (Êx 12:22), que eram molhados no sangue, simbolizavam a graça purificadora de Deus (Sl 51:7). Em resumo, toda a celebração da Pesach revela a obra redentiva de Jesus.

Foi necessário o sangue de Jesus, que é o próprio Deus, para fazer expiação pelo pecado. O que esse fato nos ensina sobre a gravidade do pecado?

Terça-feira, 29 de julho de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro do êxodo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 521, jul. ago. set. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Vinho e sangue

Lições da Bíblia1:

5. O que o Salmo 75 revela sobre algumas das questões que estarão em jogo no juízo? Leia também Mateus 26:26-29 e Apocalipse 14:9-12. Esses textos nos ajudam a entender essas questões?

Salmo 75 (NAA)2: 1 Graças te rendemos, ó Deus, graças te rendemos! Invocamos o teu nome, e declaramos as tuas maravilhas. 2 Pois disseste: “Quando chegar o tempo determinado, julgarei com retidão. 3 Ainda que tremam a terra e todos os seus moradores, eu firmarei as suas colunas.  4 Digo aos soberbos que não sejam arrogantes; e aos ímpios, que não fiquem de nariz empinado. 5 Não levantem orgulhosamente o seu nariz, nem falem com insolência.”  6 Porque não é do Oriente, não é do Ocidente, nem do deserto que vem o auxílio. 7 Deus é o juiz; a um ele humilha, a outro ele exalta.  8 Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho espumeja, cheio de mistura; dele dá a beber; sorvem-no, até a última gota, todos os ímpios da terra. 9 Quanto a mim, exultarei para sempre; cantarei louvores ao Deus de Jacó. 10 Ele diz: “Abaterei as forças dos ímpios; mas a força dos justos será exaltada.”

Mateus 26:26-29 (NAA)2: 26 Enquanto comiam, Jesus pegou um pão, e, abençoando-o, o partiu e deu aos discípulos, dizendo: — Tomem, comam; isto é o meu corpo. 27 A seguir, Jesus pegou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos seus discípulos, dizendo: — Bebam todos dele; 28 porque isto é o meu sangue, o sangue da aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados. 29 E digo a vocês que, desta hora em diante, nunca mais beberei deste fruto da videira, até aquele dia em que beberei com vocês o vinho novo, no Reino de meu Pai.

Apocalipse 14:9-12 (NAA)2: 9 Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo com voz forte: — Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na testa ou na mão, 10 também esse beberá do vinho do furor de Deus, preparado, sem mistura, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. 11 A fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre. E os adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do nome da besta não têm descanso algum, nem de dia nem de noite. 12 Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.

Alguns estudiosos acreditam que o Salmo 75 teria sido cantado na destruição sobrenatural do exército de Senaqueribe (2Cr 32; 2Rs 19) – uma história que parece apontar para a destruição final dos ímpios em Apocalipse 20. O povo de Deus estará dentro da cidade santa com seu Rei justo quando os exércitos do mal surgirão, para tentar cercá-los, mas serão destruídos pelo próprio Deus.

Uma das coisas que Deus corrigirá no juízo será a apropriação indevida de poder que ocorreu no mundo caído. As pessoas não vivem para os outros, nem para a glória de Deus, mas para si mesmas. A humanidade sofre as consequências de crer que não existe significado ou padrão moral objetivo no Universo. Segundo o filósofo ateu Friedrich Nietzsche, a vida não tem sentido, mas devemos inventá-lo e fingir que o Universo existe para nosso benefício. Cada um se comporta como se fosse um deus.

Será que essa filosofia funcionou bem para o próprio Nietzsche? Não! Ele perdeu a sanidade mental, desmaiando em uma rua na Itália após tentar impedir um homem de bater em um cavalo. Nietzsche passou os últimos 11 anos de vida internado em uma instituição para pessoas com doenças mentais antes de sua morte em 1900.

Mesmo diante dos problemas, somos chamados a ter esperança e não julgar o futuro pelos eventos atuais. É fácil se desesperar ao ver os pilares da civilização sendo corroídos pelos incrédulos, que defendem ideias antibíblicas a respeito de Deus. Os valores morais são atacados, mesmo em questões tão fundamentais quanto o fato de que Deus criou o ser humano como homem e mulher, com sexo masculino e feminino. Práticas imorais, das quais muitos teriam vergonha de falar, mesmo em particular, são elogiadas publicamente. O mundo vai de mal a pior (2Tm 3:1-5, 13).

Devemos fazer nossa parte para tentar melhorar a vida dos outros. Apesar disso, por que é importante lembrar que todas as coisas serão consertadas unicamente após a destruição do mundo atual e sua recriação sobrenatural?

Quata-feira, 28 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Sangue de touros e de bodes

Lições da Bíblia1:

Alguns criticam os sacrifícios, alegando que eles eram cruéis e, em certo sentido, injustos. No entanto, a intenção é exatamente essa. A morte de Cristo foi cruel, severa e injusta – o Inocente morreu pelos culpados. Isso era necessário para solucionar o problema do pecado. E esses sacrifícios apontavam para a morte de Cristo.

2. O que Hebreus 10:3-10 nos ensina sobre os sacrifícios que o povo de Deus oferecia na época do AT? Se os sacrifícios eram incapazes de salvar realmente os pecadores, por que eram oferecidos?

Hebreus 10:3-10 (NAA)2: 3 Entretanto, nesses sacrifícios ocorre recordação de pecados todos os anos, 4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. 5 Por isso, ao entrar no mundo, Cristo disse: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas preparaste um corpo para mim; 6 não te agradaste de holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então eu disse: ‘Eis aqui estou! No rolo do livro está escrito a meu respeito. Estou aqui para fazer, ó Deus, a tua vontade.’” 8 Depois de dizer, como acima: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem deles te agradaste” — coisas que se oferecem segundo a lei —, 9 num segundo momento acrescentou: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade.” Ele remove o primeiro para estabelecer o segundo. 10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.

Os animais eram símbolos que apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus. Os sacrifícios eram atos de fé, que proporcionavam aos pecadores uma forma concreta de expressar fé na obra do Messias vindouro. Consideramos esses símbolos como tipos, que foram cumpridos por um antítipo, que é a realidade. Alguns descrevem os sacrifícios como “mini-profecias” sobre a morte de Jesus na cruz.

Os rituais ligados aos sacrifícios eram como o pagamento por uma viagem. Quando compramos uma passagem de ônibus, trem ou avião, não fazemos imediatamente a viagem pela qual pagamos. Em vez disso, recebemos uma passagem ou cartão de embarque, que é uma espécie de garantia ou representação da jornada que está por vir. Podemos segurar aquele pedaço de papel o quanto quisermos, mas ele não nos levará a destino algum. Mas, quando embarcamos e a jornada começa, recebemos aquilo pelo qual pagamos, e a passagem de papel se torna desnecessária.

Algo semelhante ocorreu com os animais oferecidos em sacrifício. Eles tinham um papel importante, mas uma vez que o sacrifício real foi feito, eles perderam todo o sentido. E essa realidade ficou visível quando, na morte de Cristo, “o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38). Todo o sistema sacrifical, o templo e os rituais apontavam para a morte de Jesus. Uma vez que Ele cumpriu Sua promessa na cruz e ressuscitou, vencendo a morte, os tipos se tornaram desnecessários.

O pecado é tão terrível que somente a morte de Jesus poderia fazer expiação por ele (Jo 1:1-3, 14). O que isso nos diz sobre qual deve ser nossa atitude para com o pecado?

Segunda-feira, 05 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Carne e sangue como nós

Lições da Bíblia1

Hebreus diz que Jesus adotou a natureza humana para que pudesse nos representar e morrer por nós (Hb 2:9, 14-16; 10:5-10). Eis o fundamento do plano da salvação e nossa única esperança de vida eterna.

5. Leia Mateus 16:17; Gálatas 1:16; 1 Coríntios 15:50 e Efésios 6:12. A que debilidades da natureza humana essas passagens relacionam a expressão “carne e sangue”?

Mateus 16:17 (ARA)2: “Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.

Gálatas 1:16 (ARA)2: “revelar seu Filho em mim, para que eu o pregasse entre os gentios, sem detença, não consultei carne e sangue,”

1 Coríntios 15:50 (ARA)2: “Isto afirmo, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.”

Efésios 6:12 (ARA)2: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.

A expressão “carne e sangue” enfatiza a fragilidade humana (Ef 6:12), falta de compreensão (Mt 16:17; Gl 1:16) e sujeição à morte (1Co 15:50). Jesus foi feito como Seus irmãos “em todas as coisas” (Hb 2:17), o que significa que Ele Se tornou humano. Jesus não apenas “parecia” humano, mas era verdadeiramente um de nós.

No entanto, a carta também diz que o Senhor era diferente de nós em relação ao pecado. Primeiro, Ele não cometeu nenhum pecado (Hb 4:15). Segundo, tinha uma natureza humana, mas era “santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores” (Hb 7:26). Temos tendências malignas, a escravidão ao pecado está arraigada em nossa natureza. Somos carnais, vendidos à escravidão do pecado (Rm 7:14-20). O orgulho e outras motivações pecaminosas poluem até mesmo nossas boas ações. Contudo, a natureza de Jesus não foi prejudicada pelo pecado. Se Ele tivesse sido “carnal, vendido à escravidão do pecado”, como nós, também teria precisado de um Salvador. Em vez disso, veio como Salvador e Se ofereceu como sacrifício “sem mácula” a Deus por nós (Hb 7:26-28; 9:14).

Jesus destruiu o poder do diabo morrendo como a oferta imaculada pelos pecados, tornando possível o perdão e a reconciliação com Deus (Hb 2:14-17). Jesus também destruiu o domínio do pecado ao nos dar o poder para ter vida justa pelo cumprimento da promessa da nova aliança de escrever a lei em nosso coração (Hb 8:10). Ele derrotou o inimigo e nos libertou para que servíssemos “ao Deus vivo” (Hb 9:14). A destruição de Satanás, entretanto, acontecerá no juízo final (Ap 20:1-3, 10).

Se temos a promessa da vitória em Cristo, por que lutamos contra o pecado? Onde temos errado e como podemos viver segundo a alta vocação que temos Nele?

Terça-feira, 18 de janeiro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Hebreus mensagem para os últimos dias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 507, jan. fev. mar. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Sangue inocente

Lições da Bíblia

Introdução ao tema da Lição desta semana e comentários do autor

Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem(Hb 11:1).1

“O escritor argelino Albert Camus lutou com a questão do sofrimento humano. Em seu livro The plague [‘A peste’], ele utiliza uma peste como metáfora para os males que provocam dor e sofrimento à humanidade. Camus descreve uma cena na qual um garotinho, afligido pela pestilência, tem uma morte terrível. Posteriormente, um padre que havia testemunhado a tragédia disse a um médico que também estivera ali: ‘Esse tipo de coisa é revoltante, pois ultrapassa nossa compreensão humana. Mas talvez devamos amar o que não compreendemos.’ O doutor, enfurecido, retrucou: ‘Não, padre! Tenho uma ideia muito diferente do amor; e até o dia da minha morte, me recusarei a amar um sistema em que crianças são torturadas’ (Albert Camus, The plague; New York: First Vintage International Edition, 1991, p. 218).”1

“Essa cena reflete o que temos visto no livro de Jó: respostas superficiais e nada convincentes ao que não possui uma solução simples. Assim como o médico da história acima, Jó também sabia que as respostas dadas não correspondiam à realidade em questão. Portanto, eis o desafio: como encontramos respostas que fazem sentido para o que, muitas vezes, parece sem sentido? Nesta semana continuaremos nossa busca.”1

Sábado, 12 de novembro de 2016. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio  da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
__________________
1 LIÇÕES da escola sabatina. O livro de Jó. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 486, Out. Nov. Dez. 2016. Adulto, Professor.

Vida por vida

Lições da Bíblia.

“4. Leia Levítico 17:10, 11. Que função Deus deu ao sangue?” ”Também, qualquer homem da casa de Israel, ou dos estrangeiros que peregrinam entre eles, que comer algum sangue, contra aquela alma porei o meu rosto, e a extirparei do seu povo. Porque a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida.” (Levítico 17:10-11). “O sangue representava vida e simbolizava a remissão dos pecados.”

“Numa passagem em que Deus instruiu os israelitas a não comer sangue, Ele proveu uma razão interessante para essa proibição: o sangue representa a vida, e Deus tornou o sangue sacrifical um resgate pela vida humana. Uma vida, representada pelo sangue, resgata outra vida. O princípio de substituição, que se tornou explícito no Monte Moriá, quando Abraão ofereceu o sangue do carneiro em lugar do sangue de seu filho, está firmemente ancorado nos requisitos legais de Deus para o antigo Israel. Como em Gênesis 22, Deus mostra que Ele mesmo provê o meio para a expiação. Em hebraico, há uma ênfase na palavra ‘Eu’, na expressão ‘Eu o dei a vocês’ (Lv 17:11, NVI). Não podemos prover nosso próprio resgate. Deus deve concedê-lo.”

“O conceito é diferente do de outras religiões que utilizam sacrifícios. Na Bíblia, não é o ser humano que se aproxima de Deus na tentativa de acalmá-Lo, mas é Deus que oferece o meio para que a pessoa entre em Sua santa presença. Em Cristo, o próprio Deus oferece o sangue para o resgate.”

“5. Leia 1 Samuel 15:22 e Miqueias 6:6-8. Quais são alguns dos perigos do sistema de sacrifícios?” ”Samuel, porém, disse: Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, do que a gordura de carneiros (1 Samuel 15:22). “Com que me apresentarei diante do Senhor, e me prostrarei perante o Deus excelso? Apresentar-me-ei diante dele com holocausto, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de miríades de ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto das minhas entranhas pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus? (Miquéias 6:6-8). “Separados da justiça, obediência e humildade, os sacrifícios não têm valor.”

“Deus nunca pretendeu que o sistema de sacrifícios fosse um substituto para a atitude do coração. Ao contrário, os sacrifícios deviam abrir o coração do fiel para o Senhor. Se perdermos de vista o fato de que os sacrifícios expressam um relacionamento espiritual entre Deus e as pessoas, e que todos eles apontam para um sacrifício muito maior, Jesus Cristo, podemos facilmente confundir o ritual de sacrifícios com um aparelho automático para fazer expiação. Além do sacrifício, Deus deseja realmente que nosso coração esteja em paz com Ele (Sl 51:16, 17). Constantemente, os profetas de Israel acusaram o povo de falsa piedade e o exortaram a ‘[praticar] a justiça, e [amar] a misericórdia, e [andar] humildemente com o [seu] Deus’ (Mq 6:6-8; Compare com Is 1:10-17 ‘Ouvi a palavra do Senhor, governadores de Sodoma; dai ouvidos à lei do nosso Deus, ó povo de Gomorra. De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecerdes perante mim, quem requereu de vós isto, que viésseis pisar os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação. As luas novas, os sábados, e a convocação de assembleias … não posso suportar a iniquidade e o ajuntamento solene! As vossas luas novas, e as vossas festas fixas, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Quando estenderdes as vossas mãos, esconderei de vós os meus olhos; e ainda que multipliqueis as vossas orações, não as ouvirei; porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos; tirai de diante dos meus olhos a maldade dos vossos atos; cessai de fazer o mal; aprendei a fazer o bem; buscai a justiça, acabai com a opressão, fazei justiça ao órfão, defendei a causa da viúva.’).”

“De que forma enfrentamos o mesmo perigo apresentado acima? Por que é tão difícil perceber que podemos estar fazendo a mesma coisa que os antigos israelitas fizeram? Como podemos evitar esse erro?”

Quarta-feira, 16 de outubro de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Feitos do mesmo sangue

Lições da Bíblia.

“Em Gênesis 2:23, Adão recebeu a tarefa de dar nome à sua esposa, a quem chamou Havah. Essa palavra está relacionada com o verbo hebraico hayah, que significa ‘viver’ (os judeus, às vezes, usam uma expressão semelhante, lehayim [à vida!], usada quando se faz um brinde). A palavra hebraica para ‘Eva’ (Havah) pode ser traduzida como ‘doadora de vida’. O nome de Eva representa o fato de que ela é a ancestral de todos os seres humanos. Somos todos uma família no sentido mais literal.”

5. Como Paulo vincula a fraternidade de toda a humanidade com a criação? de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação;” (Atos 17:26); “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.” (Mat. 23:9). ”De um só, Deus fez toda a humanidade. Somos todos irmãos, filhos do mesmo Criador.”

“Estamos unidos no sentido de que todos nós descendemos de uma mulher, Eva, e de um homem, Adão. E Deus é o Pai de todos nós. Esse fato é a base da igualdade humana. Imagine como seriam diferentes as relações humanas se todas as pessoas reconhecessem essa verdade importante. Se já precisamos de uma prova de que somos realmente caídos, e de como o pecado nos prejudicou, temos isso no triste fato de que os seres humanos, muitas vezes, tratam uns aos outros de maneira pior do que algumas pessoas tratam os animais.”

“6. De que maneira o livro de Provérbios nos ajuda a entender a ligação entre a moralidade e o fato de que fomos criados por Deus?” O que oprime ao pobre insulta aquele que o criou, mas a este honra o que se compadece do necessitado.” (Prov. 14:31); O rico e o pobre se encontram; a um e a outro faz o SENHOR.” (Prov. 22:2). “Quem oprime o pobre insulta o Criador, mas quem tem compaixão do necessitado honra o Senhor; Deus é o Criador do rico e do pobre.”

“Muitos fatores têm dividido a humanidade: política, nacionalidade, etnia, e, claro, economia. O fator econômico é, sem dúvida, um dos mais importantes (embora nunca na medida que Karl Marx previu: os trabalhadores do mundo nunca se uniram; em vez disso, lutaram uns contra os outros com base na sua nacionalidade). Hoje, como sempre, os pobres e os ricos frequentemente consideram uns aos outros com desconfiança e desprezo. Quantas vezes esses sentimentos têm levado à violência, e até mesmo à guerra! As causas da pobreza e a solução para ela são questões que ainda nos deixam perplexos (‘Porque os pobres, sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes;’ Mat. 26:11), Mas uma coisa é certa na Palavra de Deus: ricos ou pobres, todos nós merecemos a dignidade que é nossa em virtude de nossas origens.”

“Anos atrás, depois que o darwinismo se tornou moda, alguns justificaram a exploração dos pobres pelos ricos com base no ‘darwinismo social’, com o seguinte raciocínio: Visto que, no mundo natural, o forte domina e explora os fracos, por que o mesmo princípio não deve ser aplicado na economia? Esse é outro exemplo de que uma compreensão correta das origens é fundamental para a compreensão da moralidade.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – terça-feira 29 de janeiro de 2013. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF