Compreendendo o sacrifício – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Cristo é o único digno de obter e garantir nossa salvação. Sua vida foi a única sem pecado, que satisfez perfeitamente a glória do Pai. Ele é o Cordeiro imaculado, e está à frente da raça humana como nossa garantia eterna. Ao mesmo tempo, Ele tomou sobre Si nossa culpa, satisfazendo o juízo que é a resposta de Deus ao pecado. Quando João testemunhou a cena extraordinária de seres celestiais ao redor do trono, foi instruído a parar de chorar porque o “Leão da tribo de Judá” venceu (Ap 5:5).

O pecado é terrível, e o ser humano é pecaminoso, a tal ponto que somente a morte de Jesus seria suficiente para resolver o problema do pecado. Se houvesse outra maneira de nos salvar, sem violar os princípios de Seu governo, Deus teria feito.

“A transgressão da lei de Deus exigia a vida do pecador. Em todo o Universo havia apenas um Ser que, em favor do homem, poderia satisfazer suas reivindicações. Visto que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus, unicamente um Ser igual a Ele poderia fazer expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser Cristo, poderia redimir da maldição da lei o ser humano decaído […]. Cristo tomaria sobre Si a culpa e a humilhação do pecado – pecado tão ofensivo para um Deus santo que separaria o Pai e o Filho. Cristo atingiria as profundezas da miséria para resgatar a raça que fora arruinada” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 39).

Perguntas para consideração

1. João viu um “Cordeiro que parecia que tinha sido morto” (Ap 5:6). Jesus foi “morto” desde a fundação do mundo (Ap 13:8). O que aprendemos sobre Deus pelo fato de que o plano da salvação já estava em vigor antes do surgimento do pecado?

2. Os ateus acreditam que estamos sozinhos em um Universo frio e indiferente. A Bíblia, por outro lado, diz que Deus amou o mundo de tal maneira que desceu até ele e morreu por ele. Isso muda nossa maneira de ver o mundo e nosso lugar nele? A cruz deve impactar o que fazemos?

3. O pecado é terrível. Por que só Cristo pode salvar a raça humana?

Sexta-feira, 09 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.

Sangue de touros e de bodes

Lições da Bíblia1:

Alguns criticam os sacrifícios, alegando que eles eram cruéis e, em certo sentido, injustos. No entanto, a intenção é exatamente essa. A morte de Cristo foi cruel, severa e injusta – o Inocente morreu pelos culpados. Isso era necessário para solucionar o problema do pecado. E esses sacrifícios apontavam para a morte de Cristo.

2. O que Hebreus 10:3-10 nos ensina sobre os sacrifícios que o povo de Deus oferecia na época do AT? Se os sacrifícios eram incapazes de salvar realmente os pecadores, por que eram oferecidos?

Hebreus 10:3-10 (NAA)2: 3 Entretanto, nesses sacrifícios ocorre recordação de pecados todos os anos, 4 porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados. 5 Por isso, ao entrar no mundo, Cristo disse: “Sacrifício e oferta não quiseste, mas preparaste um corpo para mim; 6 não te agradaste de holocaustos e ofertas pelo pecado. 7 Então eu disse: ‘Eis aqui estou! No rolo do livro está escrito a meu respeito. Estou aqui para fazer, ó Deus, a tua vontade.’” 8 Depois de dizer, como acima: “Sacrifícios, ofertas, holocaustos e ofertas pelo pecado não quiseste, nem deles te agradaste” — coisas que se oferecem segundo a lei —, 9 num segundo momento acrescentou: “Eis aqui estou para fazer, ó Deus, a tua vontade.” Ele remove o primeiro para estabelecer o segundo. 10 Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas.

Os animais eram símbolos que apontavam para o sacrifício expiatório do Cordeiro de Deus. Os sacrifícios eram atos de fé, que proporcionavam aos pecadores uma forma concreta de expressar fé na obra do Messias vindouro. Consideramos esses símbolos como tipos, que foram cumpridos por um antítipo, que é a realidade. Alguns descrevem os sacrifícios como “mini-profecias” sobre a morte de Jesus na cruz.

Os rituais ligados aos sacrifícios eram como o pagamento por uma viagem. Quando compramos uma passagem de ônibus, trem ou avião, não fazemos imediatamente a viagem pela qual pagamos. Em vez disso, recebemos uma passagem ou cartão de embarque, que é uma espécie de garantia ou representação da jornada que está por vir. Podemos segurar aquele pedaço de papel o quanto quisermos, mas ele não nos levará a destino algum. Mas, quando embarcamos e a jornada começa, recebemos aquilo pelo qual pagamos, e a passagem de papel se torna desnecessária.

Algo semelhante ocorreu com os animais oferecidos em sacrifício. Eles tinham um papel importante, mas uma vez que o sacrifício real foi feito, eles perderam todo o sentido. E essa realidade ficou visível quando, na morte de Cristo, “o véu do santuário se rasgou em duas partes, de alto a baixo” (Mc 15:38). Todo o sistema sacrifical, o templo e os rituais apontavam para a morte de Jesus. Uma vez que Ele cumpriu Sua promessa na cruz e ressuscitou, vencendo a morte, os tipos se tornaram desnecessários.

O pecado é tão terrível que somente a morte de Jesus poderia fazer expiação por ele (Jo 1:1-3, 14). O que isso nos diz sobre qual deve ser nossa atitude para com o pecado?

Segunda-feira, 05 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Compreendendo o sacrifício

Lições da Bíblia1:

“E cantavam um cântico novo, dizendo: ‘Digno és de pegar o livro e de quebrar os selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação’” (Ap 5:9).

Leituras da semana: Is 1:2-15; Hb 10:3-10; Êx 12:1-11; 1Co 5:7; Ag 2:7-9; Is 6:1-5; Ap 4:7-11

Quando Jesus foi em sua direção, João Batista declarou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29), uma referência inconfundível à ideia dos sacrifícios que apontavam para a morte substitutiva de Cristo em favor da humanidade.

Na Bíblia, não podemos fugir do tema do sacrifício animal. Ele corre como um fio escarlate pelas páginas sagradas e desempenha um papel central na grande cena do Apocalipse, em que João é levado até a sala do trono de Deus (Ap 4; 5). O fato de Jesus ser apresentado nessa cena crucial como “um Cordeiro que parecia que tinha sido morto” (Ap 5:6) é uma chave essencial para compreender todo o episódio profético.

Nesta semana estudaremos temas ligados aos sacrifícios do AT, que aumentam nossa compreensão do Cordeiro que foi morto, o Protagonista de Apocalipse 4 e 5. Os seres celestiais reconhecem que Ele é digno, quando ninguém mais é, e Sua dignidade revela o que Deus fez por meio dos sacrifícios. A dignidade de Cristo revela o amor infinito do Senhor, que fez o sacrifício supremo, um ato que levará os seres humanos e as criaturas inteligentes do Universo a se maravilharem por toda a eternidade.

Sábado, 03 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.

Quando Deus não Se agrada de sacrifícios

Lições da Bíblia1

8. Leia os Salmos 40:6-8; 50:7-23; 51:16-19. Que questão importante esses textos abordam? Por que, às vezes, Deus não Se agradava dos sacrifícios que Ele prescreveu em Sua Palavra (Êx 20:24)?

Sl 40:6-8 (NAA)2: “6 Sacrifícios e ofertas não quiseste; abriste os meus ouvidos; holocaustos e ofertas pelo pecado não requeres. 7 Então eu disse: ‘Eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; 8 agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração.’”

Sl 50:7-23 (NAA)2: 7 “‘Escute, meu povo, e eu falarei; ó Israel, e eu testemunharei contra você. Eu sou Deus, o seu Deus. 8 Não o repreendo pelos seus sacrifícios, nem pelos holocaustos que você continuamente me oferece. 9 Não aceitarei novilhos da sua casa, nem bodes dos seus apriscos. 10 Pois são meus todos os animais do bosque e o gado aos milhares sobre as montanhas. 11 Conheço todas as aves dos montes, e são meus todos os animais que vivem no campo.’ 12 ‘Se eu tivesse fome, não teria necessidade de dizê-lo a você, pois meu é o mundo e a sua plenitude. 13 Acaso como eu carne de touros? Ou bebo sangue de cabritos? 14 Ofereça a Deus sacrifício de ações de graças e cumpra os seus votos para com o Altíssimo. 15 Invoque-me no dia da angústia; eu o livrarei, e você me glorificará.’ 16 Mas ao ímpio Deus diz: ‘De que lhe serve repetir os meus preceitos e ter nos lábios a minha aliança, 17 se você odeia a disciplina e rejeita as minhas palavras? 18 Se vê um ladrão, você se torna amigo dele, e aos adúlteros você se associa. 19 Abre a boca para o mal, e a sua língua trama enganos. 20 Senta-se para falar contra o seu irmão e difama o filho de sua mãe. 21 Você tem feito essas coisas, e eu me calei; você pensava que eu era igual a você; mas agora eu o repreenderei e porei tudo à sua vista.’ 22 ‘Considerem, pois, nisto, vocês que se esquecem de Deus, para que eu não os despedace, sem haver quem os livre. 23 Aquele que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, farei com que veja a salvação de Deus.’

Sl 51:16-19 (NAA)2: “16 Pois não te agradas de sacrifícios; do contrário, eu os ofereceria; e não tens prazer em holocaustos. 17 Sacrifício agradável a Deus é o espírito quebrantado; coração quebrantado e contrito, não o desprezarás, ó Deus. 18 Faze bem a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica as muralhas de Jerusalém. 19 Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; e sobre o teu altar serão oferecidos novilhos.

Êx 20:24 (NAA)2: “Façam um altar de terra para mim e sobre ele vocês sacrificarão os seus holocaustos, as suas ofertas pacíficas, as suas ovelhas e os seus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei até vocês e os abençoarei.”

Como os profetas, os salmistas condenam várias formas erradas de adoração. O ponto principal nesses versos não é a aversão do Senhor aos sacrifícios e festivais de Israel, mas as razões para tal repugnância: a distância fatal entre adoração e espiritualidade. Deus não estava repreendendo Seu povo por seus sacrifícios e holocaustos, mas por sua maldade e atos de injustiça que cometiam na vida pessoal (Sl 50:8, 17-21). Os salmos não pregam contra o sacrifício e a adoração, mas contra o sacrifício vão e a adoração vazia demonstrada na injustiça desses adoradores.

Quando não há unidade entre a expressão externa da adoração e a motivação interna correta para ela, em geral os rituais se tornam mais importantes do que a experiência de se aproximar de Deus. Ou seja, as formas de adoração se tornam um fim em si mesmas, em oposição ao Deus a quem esses rituais devem apontar e revelar.

9. Leia João 4:23, 24. A que Jesus chamou atenção nessa passagem que se encaixa exatamente com as advertências dos salmos mencionados na lição de hoje?

Jo 4:23, 24 (NAA)2: “23 Mas vem a hora — e já chegou — em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Porque são esses que o Pai procura para seus adoradores. 24 Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

Sacrifícios não são suficientes. De que adiantavam esses sacrifícios se o coração dos que os ofereciam não estava cheio de arrependimento, fé e tristeza pelo pecado? Somente quando acompanhados de arrependimento e sincera ação de graças os sacrifícios de touros poderiam agradar a Deus como “sacrifícios de justiça” (Sl 51:19, veja também Sl 50:14). Jesus, ao citar Isaías, expressou isso assim: “Este povo Me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim” (Mt 15:8). Os problemas que os salmistas viram eram os mesmos que Jesus encontrou em relação a alguns, especialmente os líderes, durante o Seu ministério terreno.

Será que nós, tendo tanta luz e conhecimento, não caímos na armadilha de pensar que apenas conhecer a verdade e passar pelos rituais da verdade é suficiente?

Quinta-feira, 21 de março de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Ele morreu por nós

Lições da Bíblia1

5. O que a morte de Cristo realizou por nós? Jo 3:14-18; Rm 6:23

Jo 3:14-18 (ARA)2: “14 E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, 15 para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. 16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. 18 Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

Rm 6:23 (ARA)2: “porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Quando Jesus chegou ao rio Jordão para ser batizado, João Batista exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1:29). João reconheceu Cristo como o Cordeiro antitípico para quem apontavam os verdadeiros sacrifícios do AT.

Mas sacrifícios de animais não podiam tirar pecados por si só (Hb 10:4). Eles ofereciam apenas perdão condicional que dependia da eficácia do futuro sacrifício de Cristo na cruz. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1:9).

6. Leia João 3:16, 17. Que grande esperança temos nesses versos, especial- mente quando sentimos que merecemos ser condenados por algo que fizemos?

João 3:16, 17 (ARA)2: “16 Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. 17 Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.

Pense no que tudo isso significa. Jesus, Aquele que criou o cosmos (Jo 1:1-3), Se ofereceu por todos nós, um sacrifício pelos pecados, para que não sofrêssemos a justa condenação. Essa é a grande promessa do evangelho.

“Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito” para morrer por nós (Jo 3:16). Mas nunca devemos esquecer que Cristo Se ofereceu voluntariamente em nosso favor (Hb 9:14). Martinho Lutero se referiu à cruz como “o altar no qual Ele [Cristo], consumido pelo fogo do amor sem limites que ardia em Seu coração, apresentou o sacrifício vivo e santo de Seu corpo e de Seu sangue ao Pai com fervorosa intercessão, alto clamor e lágrimas ardentes e angustiantes” (Hb 5:7; Luther’s Works, v. 13 [St. Louis, MO: Concordia Publishing House, 1956], p. 319]). Cristo morreu uma vez por todas (Hb 10:10) e uma vez para sempre (Hb 10:12), pois Seu sacrifício é todo-suficiente e nunca perde poder.

E há mais: “Se não houvesse senão uma alma que aceitasse o evangelho de Sua graça, Cristo teria, para salvar aquela alma, preferido Sua vida de labuta e humilhação, e morte de ignomínia” (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 135).

Leia João 3:16 substituindo as expressões “o mundo” e “todo o que” pelo seu nome. Como tornar sua essa promessa a cada momento, especialmente quando sob tentação?

Quarta-feira, 02 de novembro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Um prefácio à cruz

Lições da Bíblia1

3. Quais foram as reações dos discípulos às predições de Jesus sobre Seus sofrimentos e Sua morte, e o que isso nos ensina quanto ao perigo de se interpretar erroneamente as Escrituras?

Mateus 16:21-23 (ARA)2: “21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. 22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. 23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.

Mateus 17:22, 23 (ARA)2: “22 Reunidos eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens; 23 e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente.

Marcos 9:30-32 (ARA)2: “30 E, tendo partido dali, passavam pela Galileia, e não queria que ninguém o soubesse; 31 porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará. 32 Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo.

Lucas 9:44, 45 (ARA)2: “44 Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras: o Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens. 45 Eles, porém, não entendiam isto, e foi-lhes encoberto para que o não compreendessem; e temiam interrogá-lo a este respeito.

Lucas 18:31-34 (ARA)2: “31 Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; 32 pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido; 33 e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. 34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele dizia.

Jesus nasceu e viveu para morrer. Cada passo que Ele dava O aproximava de Seu grande sacrifício expiatório na cruz do Calvário. Plenamente consciente de Sua missão, não permitiu que nada, nem ninguém O distraísse dela. Na verdade, “toda a Sua vida foi um prefácio de Sua morte na cruz” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 382).

No último ano de Seu ministério terrestre, Jesus falava de forma cada vez mais explícita a Seus discípulos sobre Sua morte iminente; porém, eles pareciam incapazes de aceitar e relutantes quanto à realidade das declarações Dele. Imbuídos de falsas noções sobre o papel do Messias, a última coisa que esperavam era que Jesus, especialmente como o Messias, morresse. Em suma, a falsa teologia deles os levou à dor e ao sofrimento desnecessários.

Jesus já havia declarado a Nicodemos: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que Nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3:14, 15). Em Cesareia de Filipe, Jesus disse a Seus discípulos que “era necessário que Ele fosse para Jerusalém, sofresse muitas coisas nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, fosse morto e, no terceiro dia, ressuscitasse” (Mt 16:21). Ao passar, em segredo, pela Galileia (Mc 9:30-32) e durante Sua jornada final a Jerusalém (Lc 18:31-34), Jesus falou novamente a Seus discípulos sobre Sua morte e ressurreição. Visto que não era o que queriam escutar, eles não deram atenção. Para nós, é muito fácil fazer o mesmo.

As pessoas, principalmente dentre o povo escolhido de Deus, tinham conceitos falsos sobre a primeira vinda do Messias. Quais são alguns conceitos falsos que existem em nossos dias com relação à segunda vinda de Jesus?

Segunda-feira, 31 de outubro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Cristo no crisol – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Textos de Ellen G. White: O Desejado de Todas as Nações, p. 550-559 [685-697] (“Angústia no Getsêmani”) e p. 596-609 [741-757] (“A glória do Calvário”).

“Três vezes fez essa oração. Três vezes Sua humanidade recuou diante do último e supremo sacrifício. Entretanto, surgiu a história da raça humana na mente do Redentor do mundo. Viu que, se os transgressores da lei fossem abandonados à mercê de si mesmos, teriam que perecer. Viu o desamparo humano e também o poder do pecado. As aflições e o sofrimento do mundo condenado surgiram diante Dele. Viu o futuro e tomou a decisão. Salvaria o ser humano custasse o que custasse de Sua parte. Aceitou Seu batismo de sangue, para que, por meio Dele, milhões de pessoas que estavam a perecer recebessem a vida eterna. Ele deixou as cortes celestiais, onde tudo é pureza, felicidade e glória, para salvar a única ovelha perdida, o único mundo decaído pela transgressão. E não Se desviaria de Sua missão. Ele Se tornaria a expiação de uma raça que quis pecar. Sua oração agora manifestava apenas submissão: ‘Se não é possível passar de Mim este cálice sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade’” (Mt 26:42; Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 555 [693]).

Perguntas para consideração

Saber que Cristo sofreu mais do que todos nos ajuda a enfrentar os nossos sofrimentos? O que os sofrimentos de Cristo em nosso favor de- vem significar para nós? Ellen G. White declarou: “Todo o sofrimento que constitui o resultado do pecado foi lançado no coração do inocente Filho de Deus” (Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 129).

Os sofrimentos de Cristo se assemelham aos nossos? Há diferenças? O que podemos aprender com o modo pelo qual Ele lidou com esses desafios?

Quais são as suas promessas bíblicas favoritas, às quais você se apega em meio à tristeza e à dor? Escreva-as, reivindique-as para si e compartilhe as com a classe.

Resuma os destaques da Lição do trimestre. Quais perguntas foram respondidas? Quais questões permanecem sem resposta? Como ajudar as pessoas a resolvê-las?

Sexta-feira, 23 de setembro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Provados pelo fogo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 509, jul. ago. set. 2022. Adulto, Professor. 

Monte Moriá

Lições da Bíblia1

Leia Gênesis 22:1-12 e Hebreus 11:17. Qual foi o significado desse teste? Que lições espirituais há nesse evento incrível?

Gênesis 22:1-12 (ARA)2: “1 Depois dessas coisas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! 2 Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei. 3 Levantou-se, pois, Abraão de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, tomou consigo dois dos seus servos e a Isaque, seu filho; rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. 4 Ao terceiro dia, erguendo Abraão os olhos, viu o lugar de longe. 5 Então, disse a seus servos: Esperai aqui, com o jumento; eu e o rapaz iremos até lá e, havendo adorado, voltaremos para junto de vós. 6 Tomou Abraão a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho; ele, porém, levava nas mãos o fogo e o cutelo. Assim, caminhavam ambos juntos. 7 Quando Isaque disse a Abraão, seu pai: Meu pai! Respondeu Abraão: Eis-me aqui, meu filho! Perguntou-lhe Isaque: Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; e seguiam ambos juntos. 9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia designado; ali edificou Abraão um altar, sobre ele dispôs a lenha, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha; 10 e, estendendo a mão, tomou o cutelo para imolar o filho. 11 Mas do céu lhe bradou o Anjo do Senhor: Abraão! Abraão! Ele respondeu: Eis-me aqui! 12 Então, lhe disse: Não estendas a mão sobre o rapaz e nada lhe faças; pois agora sei que temes a Deus, porquanto não me negaste o filho, o teu único filho.

Hebreus 11:17 (ARA)2: “Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as promessas,

Gênesis 22 se tornou um clássico na literatura mundial e inspirou filósofos e artistas, não apenas teólogos. Porém, é difícil entender o significado desse teste. A ordem de Deus contradiz a posterior proibição bíblica contra sacrifícios humanos (Lv 18:21) e parecia ir na contramão da promessa da aliança eterna por meio de Isaque (Gn 15:5).

Então, qual foi o propósito de Deus ao ordenar Abraão que fizesse isso? Por que testá-lo de maneira tão profunda?

A noção bíblica de “teste” (em hebraico, nissah) abrange duas ideias opostas. Refere-se à ideia de juízo, ou seja, um julgamento para saber o que está no coração de quem é provado (Dt 8:2; compare com Gn 22:12). Mas também traz a certeza da graça de Deus em favor dos provados (Êx 20:18-20).

Nesse caso, a fé que Abraão teve em Deus o levou a correr o risco de perder seu “futuro” (sua posteridade). E ainda, porque confiava em Deus, fez o que Ele pediu, não importava quanto fosse difícil entender. Afinal, o que é fé senão confiar no que não vemos ou não entendemos totalmente?

Além disso, a fé bíblica não é tanto sobre nossa capacidade de dar a Deus e se sacrificar por Ele – embora isso tenha um papel, sem dúvida (Rm 12:1) – mas sobre nossa capacidade de confiar Nele e receber Sua graça ao mesmo tempo em que compreendemos o quanto somos indignos.

Todas as obras de Abraão, sua dolorosa jornada com o filho e sua prontidão em obedecer e oferecer a Deus o melhor de si mesmo, por mais instrutivo que seja, não podiam salvá-lo. Por quê? Porque o próprio Senhor providenciou um carneiro para o sacrifício, o que apontava para sua única esperança de salvação, Jesus.

Abraão deve ter compreendido a graça. Não são as nossas obras para Deus que nos salvam, mas a obra de Deus por nós (Ef 3:8; compare com Rm 11:33), por mais que, como Abraão, sejamos chamados a trabalhar para Deus (Tg 2:2-23).

A história de Abraão e Isaque no Moriá ensina a você lições sobre a sua própria fé?

Domingo, 15 de maio de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.