Perseguição à igreja apostólica

Lições da Bíblia1:

O AT e o NT apresentam antecedentes dos eventos finais. A vida não era fácil para os cristãos do primeiro século. Foram odiados pelos compatriotas judeus, que os viam como ameaça à fé de Moisés e enfrentaram a ira dos romanos: “Os poderes da Terra e do mal se mobilizaram contra Cristo na pessoa de Seus seguidores. O paganismo previa que, se o evangelho triunfasse, seus templos e altares desapareceriam; então, convocou suas forças para destruir o cristianismo. Acenderam-se as fogueiras da perseguição” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 30).

Uma história do livro de Atos mostra, de forma bastante poderosa, o que o povo de Deus pode esperar ao nos dirigirmos para o cenário de Apocalipse 13.

6. Quais elementos de Atos 12:1-17 prenunciam os eventos finais?

Atos 12:1-17 (NAA)2: 1 Por aquele tempo, o rei Herodes mandou prender alguns da igreja para os maltratar. 2 Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. 3 Vendo que isto agradava aos judeus, prosseguiu, mandando prender também Pedro. E eram os dias dos pães sem fermento. 4 Depois de prendê-lo, lançou-o na prisão, entregando-o a quatro escoltas de quatro soldados cada uma, para o guardarem. A intenção de Herodes era apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. 5 E assim Pedro estava guardado na prisão; mas havia oração incessante a Deus por parte da igreja a favor dele. 6 Na noite anterior ao dia em que Herodes ia apresentá-lo ao povo, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes. Sentinelas, junto à porta, guardavam a prisão. 7 Eis, porém, que sobreveio um anjo do Senhor, e uma luz iluminou a prisão. O anjo tocou no lado de Pedro e o despertou, dizendo:Levante-se depressa! Então as correntes caíram das mãos dele. 8 E o anjo continuou: — Coloque o cinto e calce as sandálias. E ele assim o fez. O anjo lhe disse mais: — Ponha a capa e siga-me. 9 Então, saindo, Pedro o seguia, não sabendo que era real o que estava sendo feito pelo anjo; ele pensava que era uma visão. 10 Depois de terem passado a primeira e a segunda sentinela, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade, o qual se abriu automaticamente; e, saindo, enveredaram por uma rua, e logo adiante o anjo se afastou dele. 11 Então Pedro, caindo em si, disse: — Agora sei que, de fato, o Senhor enviou o seu anjo e me livrou da mão de Herodes e de toda a expectativa do povo judeu. 12 Ao se dar conta disso, Pedro resolveu ir à casa de Maria, mãe de João, também chamado Marcos, onde muitas pessoas estavam congregadas e oravam. 13 Quando ele bateu à porta da frente, uma empregada, chamada Rode, foi ver quem era. 14 Reconhecendo a voz de Pedro, ficou tão alegre que nem o fez entrar, mas voltou correndo para anunciar que Pedro estava à porta. 15 Então os outros disseram: — Você ficou louca! Ela, porém, persistia em afirmar que era verdade. Então disseram: — É o anjo dele. 16 Enquanto isso, Pedro continuava batendo. Quando abriram a porta, viram-no e ficaram admirados. 17 Ele, porém, fazendo-lhes sinal com a mão para que se calassem, contou-lhes como o Senhor o tinha tirado da prisão. E acrescentou: — Anunciem isto a Tiago e aos irmãos. E, saindo, foi para outro lugar.

Tiago havia sido decapitado, e Pedro seria o próximo; os cristãos enfrentavam pena de morte. Um dos aspectos notáveis da história é que Pedro estava dormindo naquela noite terrível em sua vida! O anjo teve que tocar no lado dele para acordá-lo!

Pedro foi libertado miraculosamente e se dirigiu a uma reunião de crentes que tiveram dificuldade em acreditar que ele realmente havia sido libertado, embora estivessem orando por isso. Eles ficaram admirados – o que nos faz pensar com que frequência oramos e mal ousamos acreditar que Deus realmente nos responderá.

Alguns crentes foram livrados, mas outros foram mortos. À medida que nos aproximamos do fim dos tempos, isso também acontecerá. Até Pedro, embora liberto naquela ocasião, acabou morrendo por sua fé. O próprio Jesus chegou a lhe dizer como isso iria acontecer: “Em verdade, em verdade lhe digo que, quando era mais moço, você se cingia e andava por onde queria. Mas, quando você for velho, estenderá as mãos, e outro o cingirá e o levará para onde você não quer ir. Jesus disse isso para significar com que tipo de morte Pedro havia de glorificar a Deus. Depois de falar assim, Jesus acrescentou: – Siga-Me” (Jo 21:18, 19).

Depois de dizer a Pedro como ele morreria, Jesus concluiu: “Siga-Me” (Jo 21:19). Isso fortalece nossa decisão de seguir a Jesus, mesmo diante de uma ameaça de morte?

Quarta-feira, 18 de junho de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Perseguidos, mas triunfantes

Lições da Bíblia1

1. Leia Daniel 7:23-25; Apocalipse 12:6, 14. A que períodos de tempo proféticos essas passagens se referem?

Daniel 7:23-25 (NAA)2: “23 — Então ele disse: ‘O quarto animal será um quarto reino na terra, que será diferente de todos os outros reinos. Ele devorará toda a terra, e a pisará com os pés, e a fará em pedaços.  24 Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele reino. Depois deles, se levantará outro rei, que será diferente dos primeiros, e derrotará três reis. 25 Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo.”

Apocalipse 12:6, 14 (NAA)2: “6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar, para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias. […] 14 Mas foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse para o deserto, para o seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora do alcance da serpente.”

Sempre que o povo permanece fiel a Deus, Satanás se enfurece. A perseguição vem em seguida. Daniel descreveu um tempo em que a igreja medieval faria guerra contra o povo de Deus e o oprimiria (Dn 7:21, 25). João descreveu esse mesmo período como um tempo em que a igreja seria forçada a fugir para o deserto, onde seria “sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo” (Ap 12:14). “A mulher [a igreja], porém, fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar” (Ap 12:6). Os fiéis foram sustentados no deserto. A Palavra os fortaleceu e sustentou, à medida que o conflito se alastrava nesse longo e sombrio período de dominação papal.

Os fiéis encontraram um “lugar preparado” para eles. Durante os tempos de sua maior provação, encontraram refúgio no amor e cuidado de Deus (ver Sl 46).

Os 1.260 dias e o tempo, tempos e a metade de um tempo (Ap 12:6, 14) se referem ao mesmo período (3,5 tempos ou anos x 360 dias/ano = 1.260 dias). A profecia bíblica é frequentemente escrita em símbolos. Nas porções proféticas de Daniel e Apocalipse, um dia profético equivale a um ano literal (Nm 14:34; Ez 4:6).

O princípio dia-ano não repousa apenas nesses dois textos, mas em amplo fundamento. William Shea, estudioso do AT, apresenta 23 linhas de evidência no AT para esse princípio. Os intérpretes têm usado esse princípio ao longo dos séculos.

Os visigodos, vândalos e ostrogodos eram tribos que acreditavam nas doutrinas de forma diferente do ensino de Roma. Os 1.260 dias começaram quando a última dessas tribos bárbaras, os ostrogodos, foram expulsos de Roma em 538 d.C. O período de escuridão espiritual continuou até 1798 d.C., quando o general de Napoleão, Berthier, removeu o papa de Roma. Muitos foram martirizados nesse período porque obedeceram à Bíblia. Mesmo na morte, triunfaram. Em Cristo eram livres da culpa e do domínio do pecado, e vencedores “por causa do sangue do Cordeiro”. A vitória de Cristo na cruz era deles. A morte deles é um descanso até o retorno de Cristo.

Como o cumprimento das profecias bíblicas fortalece sua fé?

Domingo, 21 de abril de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O grande conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 516, abr. mai. jun. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Fiéis em meio à perseguição

Lições da Bíblia1

Apesar da perseguição, a igreja cristã cresceu rapidamente. Fiéis proclamaram a Palavra com poder; vidas foram transformadas e dezenas de milhares se converteram.

5. Quais foram os desafios que a igreja do NT enfrentou e como ocorreu seu crescimento? At 2:41; 4:4, 31; 5:42 e 8:1-8

At 2:41 (NAA)2: “Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.”

At 4:4, 31 (NAA)2: “4 Porém muitos dos que ouviram a palavra creram, subindo o número desses homens a quase cinco mil. […] 31 Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com ousadia, anunciavam a palavra de Deus.

At 5:42 (NAA)2: “E todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar e de pregar que Jesus é o Cristo.

At 8:1-8 (NAA)2: “E Saulo consentia na morte de Estêvão. Naquele dia, teve início uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém. Todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judeia e da Samaria. 2 Alguns homens piedosos sepultaram Estêvão e fizeram grande lamentação por ele. 3 Saulo, porém, queria destruir a igreja. Indo de casa em casa, arrastava homens e mulheres, lançando-os na prisão. 4 Enquanto isso, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra. 5 Filipe foi à cidade de Samaria e anunciava Cristo ao povo dali. 6 As multidões, unânimes, davam atenção às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele fazia. 7 Pois os espíritos imundos, gritando em alta voz, saíam de muitos que estavam possuídos por eles; e muitos paralíticos e coxos foram curados. 8 E houve grande alegria naquela cidade.”

Os discípulos enfrentaram ameaças (At 4:17), prisão (At 5:17, 18), perseguição (At 8:1) e morte (At 7:59; 12:2); contudo, corajosamente proclamaram o Cristo ressuscitado, e as igrejas se multiplicaram na Judeia, Galileia e Samaria (At 9:31).

O inferno foi abalado. As amarras satânicas foram desfeitas. A superstição desmoronou-se diante do poder de Cristo ressuscitado. O evangelho triunfou diante de probabilidades desanimadoras. Os discípulos já não se acovardavam no cenáculo. O medo foi embora como uma sombra que se desvanecia.

Um vislumbre do Senhor ressuscitado mudou a vida dos discípulos. Jesus lhes deu razão para viver. O Senhor não só lhes deu a Grande Comissão (Mc 16:15), mas também a grande promessa: “Vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão Minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até os confins da Terra” (At 1:8).

O evangelho alcançou os cantos remotos da Terra (Cl 1:23). Embora o último discípulo, João, tivesse morrido no fim do primeiro século, outros pegaram a tocha da verdade. Plínio, o Moço, governador da Bitínia, na costa norte da atual Turquia, escreveu ao imperador Trajano por volta de 110 d.C. Sua declaração é significativa porque foi feita quase 80 anos após a cruz. Plínio falou dos julgamentos que conduzia para encontrar e executar cristãos: “Muitas pessoas de todas as idades e classes e de ambos os sexos estão sendo colocados em perigo pela acusação, e isso vai continuar. O contágio dessa superstição [cristianismo] se espalhou não apenas nas cidades, mas também nas aldeias e distritos rurais” (Henry Bettenson, Documents of the Christian Church [Nova York: Oxford University Press, 2011], p. 4).

O que a igreja do fim dos tempos pode aprender com a igreja primitiva?

Terça-feira, 09 de abril de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O grande conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 516, abr. mai. jun. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A cadeia da impiedade

Lições da Bíblia1

A profecia referente à marca da besta é sobre intolerância religiosa, boicote econômico, perseguição e decreto de morte. Surpreendentemente, é também uma mensagem de encorajamento. Mesmo no pior momento, Deus sustentará Seu povo, “os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12). E, entre esses mandamentos, é claro, está o quarto, o sábado do sétimo dia.

João fala do pior momento, do clímax da guerra de Satanás contra Deus (Ap 13). A primeira estratégia satânica nessa campanha é o engano. Apocalipse 13 fala sobre um tempo no futuro em que o diabo trabalhará por meio de um poder político-religioso terrestre chamado besta e recorrerá à força.

A perseguição religiosa não é novidade. Existe desde que Caim matou Abel por adorar a Deus da forma como Ele instruiu que fizessem (ver Gn 4:1-8). Jesus disse que a perseguição aconteceria até mesmo aos crentes no primeiro século e ao longo dos séculos: “Chegará a hora”, Ele avisou, “em que todo aquele que os matar pensará que, com isso, está prestando culto a Deus” (Jo 16:2 [“Eles vos expulsarão das sinagogas; mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso tributar culto a Deus.”]; veja também Mt 10:22 [“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus;”]; 1Pe 4:12 [“Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo;”]).

A marca da besta será o último elo dessa cadeia ímpia. Como as perseguições no passado, ela foi projetada para forçar todos a se conformarem com determinado conjunto de crenças e com um sistema aprovado de adoração.

4. O que o povo de Deus enfrentará no momento decisivo? Ap 13:15-17

Ap 13:15-17 (ARA)2: “15 e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. 16 A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, 17 para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.

A perseguição começará com sanções econômicas: “Para que ninguém possa comprar ou vender” a menos que tenha “a marca”. Quando isso acontecer, a maioria se renderá. Qualquer um que não se submeter será posto sob um decreto de morte.

Por meio de concessões quanto aos ensinos bíblicos, o diabo está preparando cristãos professos para receber a marca da besta quando o teste final vier sobre nós. O amor de Deus por nós nos fortalecerá e nos preservará durante os tempos difíceis.Leia Gálatas 6:7-9 [“7 Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. 8 Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. 9 E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos.”]. Embora essa passagem não pertença ao contexto dos eventos dos últimos dias, por que o princípio contido nela é tão relevante para as questões sobre a marca da besta e sobre fidelidade?

Terça-feira, 06 de junho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. As três mensagens do Apocalipse. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 512, abr. maio jun. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Perseguidor da igreja

Lições da Bíblia

“Paulo era um judeu helenista. Ele nascera em Tarso, a capital da Cilícia (At 21:39). Contudo, até certo ponto, desviava-se do estereótipo helenista, pois foi levado a Jerusalém, onde estudou sob a orientação de Gamaliel (At 22:3), o mestre farisaico mais influente da época. Como fariseu, Paulo era estritamente ortodoxo, embora seu zelo beirasse o fanatismo (Gl 1:14). Por essa razão, ele levou Estêvão à morte e se tornou a figura fundamental na perseguição que se seguiu.”1

“1. De acordo com Atos 26:9-11, como Paulo descreve suas ações contra a igreja?”1

Atos (26:9-11 ARA)2: “9 Na verdade, a mim me parecia que muitas coisas devia eu praticar contra o nome de Jesus, o Nazareno; 10 e assim procedi em Jerusalém. Havendo eu recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos nas prisões; e contra estes dava o meu voto, quando os matavam. 11 Muitas vezes, os castiguei por todas as sinagogas, obrigando-os até a blasfemar. E, demasiadamente enfurecido contra eles, mesmo por cidades estranhas os perseguia.

“Paulo afirma em outra passagem que o evangelho era uma pedra de tropeço para os judeus (1Co 1:23). Além do fato de que Jesus não se encaixava na tradicional expectativa judaica de um Messias soberano, eles não podiam, de nenhuma maneira, aceitar a ideia de que Aquele que morrera em uma cruz pudesse ser o Messias de Deus, pois as Escrituras declaram que quem é pendurado em madeiro está sob a maldição divina (Dt 21:23). Para os judeus, portanto, a crucificação era em si mesma uma contradição grotesca, a prova mais clara de que as afirmações da igreja sobre Jesus eram falsas.”1

“Lucas, em Atos 9:1, 2, descreve Saulo de Tarso agindo contra os cristãos. Damasco era uma cidade importante que ficava a cerca de 217 quilômetros ao norte de Jerusalém, e possuía uma grande população judaica. Os judeus que viviam fora da Judeia eram organizados em uma espécie de rede, cuja sede estava em Jerusalém (o Sinédrio). As sinagogas funcionavam como centros de apoio para as comunidades locais. Havia constante comunicação entre o Sinédrio e essas comunidades por meio de cartas normalmente levadas por um shaliah, ‘enviado’ (do hebraico shalah, ‘enviar’). Um shaliah era um agente oficial nomeado pelo Sinédrio para realizar várias funções religiosas.”1

“Quando Paulo pediu ao sumo sacerdote, o presidente do Sinédrio, que lhe desse cartas dirigidas às sinagogas em Damasco, ele se tornou um shaliah, com autoridade para prender os seguidores de Jesus e trazê-los para Jerusalém (compare com At 26:12). Em grego, o equivalente a shaliah é apóstolos, do qual deriva a palavra ‘apóstolo’. Portanto, antes de ser um apóstolo de Jesus Cristo, Paulo era um apóstolo do Sinédrio.”1

“Você já foi zeloso por (ou contra) algo e depois mudou de ideia? Quais lições você aprendeu com essa experiência?”1

Domingo, 29 de julho de 2018. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro de Atos dos Apóstolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 493, jul. ago. set. 2018. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

A segunda prisão dos apóstolos

Lições da Bíblia

“Se os apóstolos podiam ser usados para trazer o juízo de Deus sobre o pecado, como no caso de Ananias e Safira, eles também poderiam ser usados para trazer a graça de Deus aos pecadores. Seu poderoso ministério de cura (At 5:12-16 [‘12 Muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos. E costumavam todos reunir-se, de comum acordo, no Pórtico de Salomão. 13 Mas, dos restantes, ninguém ousava ajuntar-se a eles; porém o povo lhes tributava grande admiração. 14 E crescia mais e mais a multidão de crentes, tanto homens como mulheres, agregados ao Senhor, 15 a ponto de levarem os enfermos até pelas ruas e os colocarem sobre leitos e macas, para que, ao passar Pedro, ao menos a sua sombra se projetasse nalguns deles. 16 Afluía também muita gente das cidades vizinhas a Jerusalém, levando doentes e atormentados de espíritos imundos, e todos eram curados.’]2) era uma prova tangível de que o Espírito de Deus estava atuando por meio deles. É impressionante que as pessoas acreditavam que até mesmo a sombra de Pedro podia curar as pessoas. O paralelo mais próximo nos evangelhos é o de uma mulher que havia sido curada ao tocar as vestes de Jesus (Lc 8:43, 44). Lucas, no entanto, não declara que a sombra de Pedro realmente tinha poder de cura, mas que as pessoas pensavam assim. No entanto, mesmo que a superstição popular estivesse envolvida, Deus ainda assim concedia a Sua graça.”1

“Não obstante, quanto mais os apóstolos eram cheios do Espírito, e sinais e prodígios se multiplicavam, mais os líderes religiosos se enchiam de inveja. Isso os levou a prender os apóstolos uma segunda vez (At 5:17, 18 [‘17 Levantando-se, porém, o sumo sacerdote e todos os que estavam com ele, isto é, a seita dos saduceus, tomaram-se de inveja, 18 prenderam os apóstolos e os recolheram à prisão pública.’]2). Foi somente após sua libertação miraculosa (At 5:19-24) e outro discurso ousado de Pedro, destacando que eles deveriam ‘obedecer antes a Deus do que aos homens’ (At 5:29, NVI), que algumas autoridades começaram a considerar a possibilidade de que influências sobrenaturais poderiam estar em operação.”1

5 De acordo com Atos 5:34-39, como Gamaliel tentou dissuadir o Sinédrio de tirar a vida dos apóstolos?

Atos 5:34-39 ARA)2: “34 Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu, chamado Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo o povo, mandou retirar os homens, por um pouco, 35 e lhes disse: Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens. 36 Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. 37 Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. 38 Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; 39 mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele.”.

“O Sinédrio era controlado pelos saduceus, sendo os fariseus uma minoria influente. Gamaliel era um fariseu e um doutor da lei. Ele era tão altamente estimado pelos judeus, que se tornou conhecido como Rabban (‘nosso mestre’), em vez de simplesmente Rabi (‘meu mestre’). Paulo foi um de seus discípulos (At 22:3).”1

“Gamaliel relembrou outros dois movimentos rebeldes na história recente de Israel, que também haviam atraído seguidores e causado tumultos. Seus líderes, no entanto, haviam sido mortos e, seus seguidores, completamente dispersos. A lição que ele extraiu disso foi que, se o movimento cristão fosse de origem humana, logo desapareceria. Por outro lado, se fosse um movimento divino, como afirmavam os apóstolos, como poderiam resistir? O conselho de Gamaliel prevaleceu. Os apóstolos foram açoitados e, mais uma vez, ordenados a não falar em nome de Jesus.”1

“Bons conselhos podem muitas vezes ser necessários e úteis. Como podemos ser mais abertos a receber conselhos, mesmo quando eles apresentam o que não queremos ouvir?”1

Quinta-feira, 19 de julho de 2018. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro de Atos dos Apóstolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 493, jul. ago. set. 2018. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O surgimento da oposição

Lições da Bíblia

“Não demorou muito para que o sucesso da igreja despertasse a oposição de alguns líderes de Jerusalém. O templo de Jerusalém era dirigido pelo sumo sacerdote e seus associados, que em sua maioria eram saduceus. O sumo sacerdote também era o presidente do conselho do Sinédrio, que naquela época era composto principalmente de saduceus e fariseus. Visto que os saduceus não acreditavam na ressurreição, eles ficaram muito perturbados, pois Pedro e João ensinavam que Jesus havia ressuscitado dos mortos. Presos pelos guardas do templo, os apóstolos foram detidos até o dia seguinte, quando foram levados perante o conselho (At 4:1-7).”1

“3. Leia Atos 4:1-18. Quando perguntaram qual era a autoridade pela qual os apóstolos estavam agindo, como Pedro respondeu? Qual mensagem fundamental nas palavras de Pedro os líderes consideraram tão ameaçadora?”1

Atos (4:1-18 ARA)2: “1 Falavam eles ainda ao povo quando sobrevieram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus, 2 ressentidos por ensinarem eles o povo e anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos; 3 e os prenderam, recolhendo-os ao cárcere até ao dia seguinte, pois já era tarde. 4 Muitos, porém, dos que ouviram a palavra a aceitaram, subindo o número de homens a quase cinco mil. 5 No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os anciãos e os escribas 6 com o sumo sacerdote Anás, Caifás, João, Alexandre e todos os que eram da linhagem do sumo sacerdote; 7 e, pondo-os perante eles, os arguiram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? 8 Então, Pedro, cheio do Espírito Santo, lhes disse: Autoridades do povo e anciãos, 9 visto que hoje somos interrogados a propósito do benefício feito a um homem enfermo e do modo por que foi curado, 10 tomai conhecimento, vós todos e todo o povo de Israel, de que, em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes, e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante vós. 11 Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. 12 E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. 13 Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus. 14 Vendo com eles o homem que fora curado, nada tinham que dizer em contrário. 15 E, mandando-os sair do Sinédrio, consultavam entre si, 16 dizendo: Que faremos com estes homens? Pois, na verdade, é manifesto a todos os habitantes de Jerusalém que um sinal notório foi feito por eles, e não o podemos negar; 17 mas, para que não haja maior divulgação entre o povo, ameacemo-los para não mais falarem neste nome a quem quer que seja. 18 Chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem, nem ensinassem em o nome de Jesus.”.

“O desafio quanto à autoridade apresentado pelos líderes judeus sugere uma preocupação com o poder. Pedro, no entanto, declarou não apenas que o milagre tinha sido realizado em nome de Jesus, mas também que a salvação vinha somente Dele. Os apóstolos estavam diante do mais alto conselho judaico; entretanto, eles estavam a serviço de uma autoridade muito maior. Aqueles homens eram simples pescadores galileus, sem instrução formal; por isso, sua coragem e eloquência impressionaram os que estavam ali. Embora os líderes não percebessem isso, os apóstolos estavam cheios do Espírito Santo, exatamente como Jesus havia predito (Mt 10:16-20).”1

“Sem poder negar o milagre, visto que o homem curado também estava presente de modo que todos podiam vê-lo, os membros do Sinédrio ordenaram aos apóstolos que parassem de pregar. Eles temiam a mensagem tanto quanto a crescente popularidade do movimento. Visto que não avaliaram apropriadamente as evidências, eles permitiram que o preconceito e o desejo de autopreservação ditassem suas ações.”1

“As palavras finais de Pedro estão entre as joias mais preciosas do livro de Atos: ‘Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos’ (At 4:19, 20).”1

“Pense no desejo de poder e quanto ele é perigoso, em qualquer nível e contexto. Sendo cristãos chamados para ser servos, por que devemos ter cuidado com a sedução do poder?”1

Terça-feira, 17 de julho de 2018. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro de Atos dos Apóstolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 493, jul. ago. set. 2018. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

A segunda prisão dos apóstolos

Lições da Bíblia

“Se os apóstolos podiam ser usados para trazer o juízo de Deus sobre o pecado, como no caso de Ananias e Safira, eles também poderiam ser usados para trazer a graça de Deus aos pecadores. Seu poderoso ministério de cura (At 5:12-16) era uma prova tangível de que o Espírito de Deus estava atuando por meio deles. É impressionante que as pessoas acreditavam que até mesmo a sombra de Pedro podia curar as pessoas. O paralelo mais próximo nos evangelhos é o de uma mulher que havia sido curada ao tocar as vestes de Jesus (Lc 8:43, 44). Lucas, no entanto, não declara que a sombra de Pedro realmente tinha poder de cura, mas que as pessoas pensavam assim. No entanto, mesmo que a superstição popular estivesse envolvida, Deus ainda assim concedia a Sua graça.”1

“Não obstante, quanto mais os apóstolos eram cheios do Espírito, e sinais e prodígios se multiplicavam, mais os líderes religiosos se enchiam de inveja. Isso os levou a prender os apóstolos uma segunda vez (At 5:17, 18). Foi somente após sua libertação miraculosa (At 5:19-24) e outro discurso ousado de Pedro, destacando que eles deveriam ‘obedecer antes a Deus do que aos homens’ (At 5:29, NVI), que algumas autoridades começaram a considerar a possibilidade de que influências sobrenaturais poderiam estar em operação.”1

“5. De acordo com Atos 5:34-39, como Gamaliel tentou dissuadir o Sinédrio de tirar a vida dos apóstolos?”1

Atos (5:34-39 ARA)2: 34 Mas, levantando-se no Sinédrio um fariseu, chamado Gamaliel, mestre da lei, acatado por todo o povo, mandou retirar os homens, por um pouco, 35 e lhes disse: Israelitas, atentai bem no que ides fazer a estes homens. 36 Porque, antes destes dias, se levantou Teudas, insinuando ser ele alguma coisa, ao qual se agregaram cerca de quatrocentos homens; mas ele foi morto, e todos quantos lhe prestavam obediência se dispersaram e deram em nada. 37 Depois desse, levantou-se Judas, o galileu, nos dias do recenseamento, e levou muitos consigo; também este pereceu, e todos quantos lhe obedeciam foram dispersos. 38 Agora, vos digo: dai de mão a estes homens, deixai-os; porque, se este conselho ou esta obra vem de homens, perecerá; 39 mas, se é de Deus, não podereis destruí-los, para que não sejais, porventura, achados lutando contra Deus. E concordaram com ele.”.

“O Sinédrio era controlado pelos saduceus, sendo os fariseus uma minoria influente. Gamaliel era um fariseu e um doutor da lei. Ele era tão altamente estimado pelos judeus, que se tornou conhecido como Rabban (‘nosso mestre’), em vez de simplesmente Rabi (‘meu mestre’). Paulo foi um de seus discípulos (At 22:3).”1

“Gamaliel relembrou outros dois movimentos rebeldes na história recente de Israel, que também haviam atraído seguidores e causado tumultos. Seus líderes, no entanto, haviam sido mortos e, seus seguidores, completamente dispersos. A lição que ele extraiu disso foi que, se o movimento cristão fosse de origem humana, logo desapareceria. Por outro lado, se fosse um movimento divino, como afirmavam os apóstolos, como poderiam resistir? O conselho de Gamaliel prevaleceu. Os apóstolos foram açoitados e, mais uma vez, ordenados a não falar em nome de Jesus.”1

“Bons conselhos podem muitas vezes ser necessários e úteis. Como podemos ser mais abertos a receber conselhos, mesmo quando eles apresentam o que não queremos ouvir?”1

Quinta-feira, 28 de junho de 2018. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Preparação para o tempo do fim. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 492, abr. maio jun. 2018. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.