Eis-me aqui, envia-me a mim

Lições da Bíblia1:

Uma igreja decidiu reformar um porão antigo para criar um novo salão de reuniões sociais. Uma das primeiras coisas que fizeram foi instalar novas luzes, acreditando que elas tornariam o espaço mais bonito. Uma vez instaladas, no entanto, o espaço parecia ainda pior, porque luzes intensas geralmente revelam as imperfeições.

A visão impressionante do trono de Deus deixou Isaías dolorosamente ciente de seus defeitos. “Ai de mim! Estou perdido!”, lamentou ele. “Sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6:5). Sentiríamos o mesmo se fôssemos subitamente levados à presença visível do Senhor. A luz celestial é brilhante o suficiente para deixarmos de lado todas as nossas desculpas. Na presença de Deus, sentimos que estamos perdidos. Isaías estava prestes a ter a experiência mais marcante de sua vida.

1. Leia Isaías 6:6-8. Isaías sabia que o pecado destrói, pois o salário do pecado é a morte. No entanto, em vez de nos abandonar às consequências do pecado, um Deus de amor nos atrai para Si. Qual foi o resultado do encontro de Isaías com Deus? Por que ele é importante?

Isaías 6:6-8 (NAA)2: 6 Então um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma pinça. 7 Com a brasa tocou a minha boca e disse: — Eis que esta brasa tocou os seus lábios. A sua iniquidade foi tirada, e o seu pecado, perdoado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: — A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Eu respondi: — Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías foi purificado quando um serafim pegou uma brasa do altar e tocou sua boca com ela. Provavelmente era o altar de incenso, onde a intercessão era feita pelo povo (Ap 8:3, 4). Os pecados de Isaías foram perdoados, e ele estava apto a ficar na presença de Deus. Além disso, foi designado para representar Deus perante o mundo.

A palavra “serafim” significa “aquele que queima”. Jesus descreveu o ministério de João Batista usando as seguintes palavras: “João era a lâmpada que estava acesa e iluminava, e, por algum tempo, vocês quiseram se alegrar com a sua luz” (Jo 5:35). João obviamente era um pecador que necessitava de graça e salvação, mas seu ministério apontava para o Único que poderia trazer graça e salvação.

Jesus veio ao mundo como a representação perfeita da glória do Pai – e Deus enviou um profeta, um pecador, que realizou uma tarefa semelhante à dos serafins.

Somente depois de saber que seu pecado estava purificado, Isaías disse: “Eis-me aqui, envia-me a mim.” Purificados pelo sangue de Jesus, podemos responder como Isaías?

Domingo, 11 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Deus é tardio em irar-Se

Lições da Bíblia1:

Deus fica irado diante do mal porque Ele é amor. O Senhor é tão compassivo e cheio de graça que um profeta bíblico chegou a criticá-Lo por ser misericordioso demais!

Reflita sobre a reação de Jonas ao perdão de Deus aos ninivitas. O que isso nos diz sobre Jonas e sobre Deus? Jn 4:1-4; Mt 10:8

Jn 4:1-4 (NAA)2: “1 Mas Jonas ficou muito aborrecido e com raiva. 2 Ele orou ao Senhor e disse: — Ah! Senhor! Não foi isso que eu disse, estando ainda na minha terra? Por isso, me adiantei, fugindo para Társis, pois sabia que tu és Deus bondoso e compassivo, tardio em irar-se e grande em misericórdia, e que mudas de ideia quanto ao mal que anunciaste. 3 Agora, Senhor, peço que me tires a vida, porque para mim é melhor morrer do que viver. 4 E o Senhor disse: — Você acha que é razoável essa sua raiva?”

Mt 10:8 (NAA)2: “Curem enfermos, ressuscitem mortos, purifiquem leprosos, expulsem demônios. Vocês receberam de graça; portanto, deem de graça.”

A reação de Jonas revela dois fatos principais. Primeiro, mostra a severidade de Jonas. Ele odiava tanto os assírios pelo que haviam feito a Israel que não queria que Deus lhes demonstrasse misericórdia alguma.

Que lição para nós! Devemos ter cuidado com essa atitude, mesmo que pareça lógica. As pessoas que receberam a graça de Deus deveriam ser as primeiras a reconhecer que essa graça é imerecida e, assim, estar dispostas a estendê-la aos outros.

Em segundo lugar, a reação de Jonas reforça o fato de que a compaixão é central no caráter de Deus. Jonas estava tão familiarizado com a misericórdia de Deus que sabia que Ele desistiria de trazer juízo contra Nínive (Jn 4:2). Deus trata de forma justa e misericordiosa a todos os povos e nações.

A expressão traduzida como “tardio em irar-Se” (NAA) ou “paciente” (NTLH) significa literalmente “ter um nariz comprido”. No hebraico, a ira era associada metaforicamente ao nariz, e o comprimento do nariz representa quanto tempo alguém leva para ficar irado.

Referências a Deus como tendo um “nariz comprido” significam que Ele é tardio em irar-Se e muito paciente. Enquanto podemos ficar irados rapidamente, Deus é longânimo e paciente, concedendo Sua graça de maneira generosa. No entanto, isso não significa justificar o pecado ou fechar os olhos à injustiça. Pelo contrário, o próprio Deus, na cruz, realizou expiação do pecado e do mal, para que pudesse ser justo e, ao mesmo tempo, declarar justos aqueles que creem em Jesus (Rm 3:25, 26).

Você já falhou em demonstrar misericórdia a alguém que o ofendeu? Como podemos nos lembrar do que Deus fez por nós para então estender graça aos outros? Como fazer isso sem justificar o pecado nem tolerar o abuso e a opressão?

Segunda-feira, 27 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Misericórdia perdida

Lições da Bíblia1:

O amor de Deus é eterno e sempre imerecido. No entanto, podemos aceitá-lo ou rejeitá-lo, mas isso ocorre apenas porque Deus nos ama voluntariamente, com Seu amor perfeito e eterno, antes mesmo de fazermos qualquer coisa (Jr 31:3). Nosso amor por Deus é uma resposta ao que já recebemos, mesmo antes de pedirmos.

5. Leia 1 João 4:7-20, com ênfase nos versículos 7 e 19. O que esse texto nos diz sobre a prioridade do amor de Deus?

1 João 4:7-20 (NAA)2: “7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, se Deus nos amou de tal maneira, nós também devemos amar uns aos outros. 12 Nunca ninguém viu Deus. Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. 13 Nisto conhecemos que permanecemos nele e que ele permanece em nós: pelo fato de nos ter dado do seu Espírito. 14 E nós temos visto e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele permanece em Deus. 16 E nós conhecemos o amor e cremos neste amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele. 17 Nisto o amor é aperfeiçoado em nós, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, assim como ele é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe medo; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem teme não é aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 E o mandamento que dele temos é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão.”

O amor de Deus sempre vem em primeiro lugar. Se Ele não nos amasse primeiro, não poderíamos amá-Lo em retorno. Embora Deus nos tenha criado com a capacidade de amar e ser amados, Ele próprio é a base e a fonte do amor. No entanto, temos a escolha de aceitar esse amor e, em seguida, refleti-lo na vida. Essa verdade é exemplificada na parábola do servo que não queria perdoar (Mt 18:23-35).

Na parábola, era impossível o servo pagar o que devia. Ele devia ao senhor dez mil talentos. Um talento equivalia a cerca de seis mil denários. E um denário era o que um trabalhador recebia por um dia de trabalho (Mt 20:2). Um trabalhador levaria seis mil dias para ganhar um talento. Descontando os dias de folga, ele conseguiria trabalhar 300 dias por ano e, assim, ganhar 300 denários. Levaria cerca de 20 anos para pagar um talento, que consistia em seis mil denários (seis mil dividido por 300 é igual a 20). Para juntar dez mil talentos, então, um trabalhador médio teria que trabalhar 200 mil anos. Em resumo, o servo jamais conseguiria pagar a dívida. Mesmo assim, o senhor sentiu compaixão do servo e perdoou generosamente a sua enorme dívida.

Porém, quando o servo perdoado se recusou a perdoar a dívida muito menor de 100 denários de um de seus conservos e o lançou na prisão por causa da dívida, o senhor ficou indignado e anulou seu perdão. O servo perdeu o acesso ao amor e ao perdão de seu senhor. Embora a compaixão e a misericórdia de Deus jamais se esgotem, podemos rejeitar e até mesmo perder o acesso aos benefícios dessas dádivas.

Já pensou em tudo aquilo que Deus já lhe perdoou e no custo do perdão? O que isso deve lhe ensinar sobre perdoar os outros?

Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Se Tu, Senhor, observares iniquidades

Lições da Bíblia1

4. Leia o Salmo 130. Como a gravidade do pecado e a esperança para os pecadores são retratadas?

Salmo 130 (NAA)2: “1 Das profundezas clamo a ti, Senhor. 2 Escuta, Senhor, a minha voz; estejam alertas os teus ouvidos às minhas súplicas. 3 Se tu, Senhor, observares iniquidades, quem, Senhor, poderá escapar? 4 Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. 5 Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na sua palavra. 6 A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas anseiam pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã, 7 espere Israel no Senhor, pois no Senhor há misericórdia; nele, temos ampla redenção. 8 É ele quem redime Israel de todas as suas iniquidades.

A grande aflição do salmista estava relacionada aos seus próprios pecados e aos pecados de seu povo (Sl 130:3, 8). Os pecados do povo eram tão graves que ameaçavam separá-lo de Deus para sempre (Sl 130:3). As Escrituras mencionam registros de pecados sendo guardados para o Dia do Juízo (Dn 7:10; Ap 20:12) e nomes de pecadores sendo removidos do livro da vida (Êx 32:32; Sl 69:28; Ap 13:8). O salmista apelou a Deus pelo perdão que erradicaria o registro dos seus pecados (Sl 51:1, 9; Jr 31:34; Mq 7:19). Ele sabia que “Deus não está irado por natureza. Seu amor é eterno. Sua ‘ira’ é despertada apenas pela falha do homem em apreciar Seu amor. O propósito de Sua ira não é ferir, mas curar o homem; não é destruir, mas salvar o Seu povo da aliança” (Os 6:1, 2; Hans K. LaRondelle, Deliverance in the Psalms [Berrien Springs, MI: First Impressions, 1983], p. 180, 181). Notavelmente, é a prontidão divina em perdoar pecados, não em puni-los, que inspira reverência a Deus (Sl 130:4; Rm 2:4). A adoração genuína fundamenta-se na admiração do caráter amoroso de Deus, não no medo da punição.

Os filhos de Deus são chamados a esperar no Senhor (Sl 27:14; 37:34). O hebraico qawah, “esperar”, significa literalmente “esticar” e é a raiz da palavra hebraica para “esperança”. Assim, esperar no Senhor não é entregar-se passivamente a circunstâncias miseráveis, mas um “esticar-se” esperançoso ou aguardar ansiosamente a intervenção do Senhor. A esperança do salmista não estava fundamentada em seu otimismo, mas na Palavra de Deus (Sl 130:5). Esperar fielmente no Senhor não é em vão, pois, depois da noite escura, chega a manhã da libertação divina.

Veja como o apelo pessoal do salmista se tornou o de toda a comunidade (Sl 130:7, 8). O bem-estar do indivíduo é inseparável do bem-estar de todo o povo. Assim, não se ora apenas por si mesmo, mas pela comunidade. Como crentes, somos parte de uma comunidade, e o que impacta uma parte da comunidade afeta a todos.

“Se Tu, Senhor, observares iniquidades, quem, Senhor, poderá escapar?” (Sl 130:3). O que esse texto significa? O que seria de nós se Deus observasse nossas iniquidades?

Terça-feira, 13 de fevereiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

José, príncipe do Egito – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Leia, de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 174-182 [213-223] (“José no Egito”); p. 183-194 [224-232] (“José e seus irmãos”).

“Os três dias de confinamento foram de amarga tristeza para os filhos de Jacó. Eles refletiram sobre seu procedimento errado no passado, especialmente sua crueldade para com José. Sabiam que, se fossem condenados como espiões e não pudessem apresentar provas da sua inocência, todos teriam que morrer ou se tornar escravos. Duvidavam de que qualquer esforço deles pudesse levar seu pai a consentir que Benjamim se afastasse dele, após a morte cruel, como imaginava, que José havia sofrido. Tinham vendido José como escravo e temiam que Deus planejasse puni-los, permitindo que se tornassem escravos. José imaginava que seu pai e as famílias de seus irmãos pudessem estar sofrendo por causa da fome, e ele estava convencido de que seus irmãos tinham se arrependido do tratamento cruel que lhe haviam dado e que de forma nenhuma tratariam Benjamim como o trataram” (Ellen G. White, Spiritual Gifts, v. 3, p. 155, 156).

“José estava satisfeito. Provou seus irmãos e viu neles os frutos do verdadeiro arrependimento dos seus pecados” (Ellen G. White, Spiritual Gifts, v. 3, p. 165).

Perguntas para consideração

1. José teria sido tão gentil com seus irmãos se não tivesse alcançado sucesso? Há indícios na história de José que revelam o caráter dele e que explicam sua bondade?

2. Podemos ver em José uma espécie de precursor de Cristo e do que Cristo sofreu?

3. José havia posto seus irmãos à prova. De que maneira semelhante Deus nos prova?

4. Depois de muitos anos, os irmãos perceberam sua culpa pelo que fizeram a José. O que isso ensina sobre o poder da culpa? Embora sejamos perdoados e aceitemos o perdão de Deus, como perdoar a nós mesmos, apesar de não merecermos o perdão?

Sexta-feira, 17 de junho de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 

Já não resta sacrifício pelos pecados


Lições da Bíblia1

A advertência de Hebreus 6:4-6 é muito semelhante à encontrada em Hebreus 10:26-29. Paulo explicou que rejeitar o sacrifício de Jesus deixaria as pessoas sem nenhum meio para o perdão dos pecados, porque não há outra fonte de perdão além de Jesus Cristo (Hb 10:1-14).

Leia Hebreus 10:26-29. Como o autor descreve o pecado para o qual não há perdão?

Hebreus 10:26-29 (ARA)2: “26 Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; 27 pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários. 28 Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. 29 De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça?

O autor não disse que não haveria expiação por pecados cometidos após receber o conhecimento da verdade. Deus designou Jesus como nosso Advogado (1Jo 2:1). Por meio Dele temos o perdão dos pecados (1Jo 1:9). O pecado para o qual não há sacrifício ou expiação é pisar o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança e insultar o Espírito Santo (Hb 10:29). Revisemos o significado dessas expressões.

A expressão “pisou o Filho de Deus” (Hb 10:29) descreve a rejeição do governo de Jesus. O título “Filho de Deus” relembrava aos ouvintes que Deus colocou Jesus sentado à Sua direita e prometeu pôr os inimigos por “estrado” dos Seus pés (Hb 1:13; Hb 1:5-12, 14). Pisar Jesus implica que o apóstata trata Jesus como inimigo. No contexto do argumento da epístola (Hb 1:13), pode estar implícito que, no que diz respeito à vida do apóstata, Jesus foi tirado do trono (que agora é ocupado pelo próprio apóstata) e colocado no estrado. Isso é o que Lúcifer queria fazer no Céu (Is 14:12-14) e o que o “homem da iniquidade” tentaria fazer no futuro (2Ts 2:3, 4).

A expressão “profanou o sangue da aliança” refere-se à rejeição do sacrifício de Jesus (Hb 9:15-22), isto é, afirmar que o sangue de Jesus é desprovido de poder purificador.

A expressão “insultou o Espírito da graça” é muito poderosa. O termo grego enybrisas (“insulto”, “ultraje”) envolve manifestação de arrogância, que se refere à “insolência” ou ao “excesso de orgulho”. Esse termo está em forte contraste com a descrição do Espírito Santo como “o Espírito da graça”. Isso implica que o apóstata respondeu à oferta da graça de Deus com um insulto e que, por isso, está em uma posição insustentável. Ele rejeita Jesus, Seu sacrifício e o Espírito Santo.

Terça-feira, 08 de fevereiro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Hebreus mensagem para os últimos dias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 507, jan. fev. mar. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Impossível renová-los

Lições da Bíblia1

Compare Hebreus 6:4-6, Mateus 16:24, Romanos 6:6, Gálatas 2:20, 5:24 e 6:14. O que essa comparação sugere sobre o significado de crucificar Cristo?

Hebreus 6:4-6 (ARA)2: “4 É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, 5 e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, 6 e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.”

Mateus 16:24 (ARA)2: “24 Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”

Romanos 6:6 (ARA)2: “sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;

Gálatas 2:20 (ARA)2: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”

Gálatas 5:24 (ARA)2: “E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências.

Gálatas 6:14 (ARA)2: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo.”

O texto grego enfatiza a palavra “impossível”. É impossível para Deus restaurar aqueles que “caíram”, pois, “de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus” (Hb 6:6). Paulo enfatizou que não há outro meio de salvação exceto por Cristo (At 4:12). A salvação por qualquer outro meio é tão impossível quanto “que Deus minta” (Hb 6:18) ou agradar a Deus “sem fé” (Hb 11:6).

Crucificar novamente o Filho de Deus é uma expressão figurativa que busca descrever algo que acontece na relação pessoal entre Jesus e o crente.

Quando os líderes religiosos crucificaram Jesus, o fizeram porque Ele representava uma ameaça à sua supremacia e autonomia. Desejavam eliminá-Lo e destruir um inimigo poderoso e perigoso. O evangelho desafia a soberania e autodeterminação de uma pessoa no nível mais fundamental. A essência da vida cristã é tomar a cruz e negar a si mesmo (Mt 16:24). Isso significa crucificar “o mundo” (Gl 6:14), a “velha natureza” (Rm 6:6) e “a carne, com as suas paixões e os seus desejos” (Gl 5:24). O propósito da vida cristã é que soframos uma espécie de morte. A menos que experimentemos essa morte para o eu, não podemos receber a nova vida que Deus deseja nos dar (Rm 6:1-11).

A luta entre Jesus Cristo e o eu é uma batalha espiritual mantida até a morte (Rm 8:7, 8; Gl 5:17). É uma batalha difícil que não se ganha de uma vez. Essa passagem não se refere à pessoa que às vezes falha na batalha contra a “velha natureza” e a “carne”. Esse pecado se refere à pessoa que, após ter experimentado a salvação genuína e o que ela envolve (Hb 6:4, 5), decide que Jesus é uma ameaça ao tipo de vida que deseja ter e se dedica a matar seu relacionamento com Ele. Ou seja, enquanto a pessoa não escolher se afastar totalmente de Cristo, ainda há esperança de salvação.

O que significa morrer para “si mesmo” e tomar a “cruz”? O que é mais difícil para você entregar ao domínio de Cristo?

Segunda-feira, 07 de fevereiro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Hebreus mensagem para os últimos dias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 507, jan. fev. mar. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Tratando a raiz do problema

Lições da Bíblia1

Alguns homens tinham descido o leito do paralítico à presença de Jesus, e todos olhavam para o Mestre. Curaria Ele um evidente pecador e repreenderia a enfermidade?

2. Qual foi a primeira coisa que Cristo fez pelo paralítico? Como Jesus o curou? Mc 2:5-12

Mc 2:5-12 (ARA)2: “5 Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os teus pecados estão perdoados. 6 Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: 7 Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? 8 E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? 10 Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados —disse ao paralítico: 11 Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. 12 Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!”

Muitas vezes não estamos cientes da doença até percebermos os sintomas, pois costumamos pensar na doença apenas como sintomas. Pensamos que nos livrar dos sintomas significa a cura. Jesus trata a enfermidade de maneira diferente. Ele conhece a origem de todo sofrimento e toda doença e quer tratar primeiramente essa origem.

No caso do paralítico, em vez de tratar imediatamente os efeitos da doença, Jesus foi diretamente à origem do que mais incomodava o homem. O paralítico sentia o peso da culpa e separação de Deus mais severamente do que sua doença. Uma pessoa que obtém descanso em Deus é capaz de suportar qualquer sofrimento físico. Por isso, Jesus foi diretamente à origem e ofereceu primeiramente o perdão.

Os líderes religiosos ficaram chocados ao ouvir Jesus pronunciar o perdão. Em resposta às suas acusações silenciosas, Jesus lhes fez uma pergunta.

3. Como Jesus provocou os escribas? Com que problema Ele estava lidando? Mc 2:8, 9

Mc 2:8, 9 (ARA): “8 E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? 9 Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda?

Muitas vezes, as pessoas falam e não fazem, mas quando Deus fala, as coisas acontecem. Pela poderosa palavra de Deus, tudo passou a existir (Gn 1). Embora não possamos ver o perdão, ele é caro, pois custou a vida do Filho de Deus na cruz. Tudo o mais é secundário. A fim de demonstrar o poder e a realidade do perdão, Jesus decidiu curar o paralítico.

Deus deseja nos curar primeiramente por dentro. Às vezes Ele nos traz cura física imediata, como aconteceu com o paralítico, ou teremos que esperar pela manhã da ressurreição para experimentar a cura. Seja como for, o Salvador deseja que descansemos na certeza de Seu amor, graça e perdão hoje, mesmo em meio ao sofrimento.

Podemos obter descanso e paz, mesmo quando as orações pela cura não são atendidas logo?

Segunda-feira, 16 de agosto de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Descanso em Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 505, jul. ago. set. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.