Por que foi permitido o pecado?

Lições da Bíblia.

Deus permitiu que Satanás levasse avante sua obra até que o espírito de desafeto amadurecesse em ativa revolta. Era necessário que seus planos se desenvolvessem completamente a fim de que todos pudessem ver sua verdadeira natureza e tendência. Lúcifer, sendo o querubim ungido, fora altamente exaltado; era grandemente amado pelos seres celestiais, e forte era sua influência sobre eles. O governo de Deus incluía não somente os habitantes do Céu, mas de todos os mundos que Ele havia criado; e Lúcifer concluiu que, se ele pôde levar consigo os anjos do Céu à rebelião, poderia também levar todos os mundos. Tinha ele artificiosamente apresentado a questão sob o seu ponto de vista, empregando sofisma e fraude, a fim de conseguir seus objetivos. Seu poder para enganar era muito grande. Disfarçando-se sob a capa da falsidade, alcançara uma vantagem. Todos os seus atos eram de tal maneira revestidos de mistério, que era difícil descobrir aos anjos a verdadeira natureza de sua obra. Antes que se desenvolvesse completamente, não poderia mostrar-se a coisa ruim que era; sua desafeição não seria vista como sendo rebelião. Mesmo os anjos fiéis não podiam discernir-lhe completamente o caráter, ou ver para onde sua obra estava a levar.

Lúcifer havia a princípio dirigido suas tentações de tal maneira que ele próprio não pareceu achar-se comprometido. Os anjos que ele não pôde trazer completamente para o seu lado, acusou-os de indiferença aos interesses dos seres celestiais. Da mesma obra que ele próprio estava a fazer, acusou os anjos fiéis. Consistia sua astúcia em perturbar com argumentos sutis, referentes aos propósitos de Deus. Tudo que era simples ele envolvia em mistério, e por meio de artificiosa perversão lançava a dúvida sobre as mais claras declarações de Jeová. E sua elevada posição, tão intimamente ligada com o governo divino, dava maior força a suas representações.

Deus apenas podia empregar meios que fossem coerentes com a verdade e justiça. Satanás podia usar o que Deus não podia – a lisonja e o engano. Procurara falsificar a Palavra de Deus, e de maneira errônea figurara Seu plano de governo, pretendendo que Deus não era justo ao impor leis aos anjos; que, exigindo submissão e obediência de Suas criaturas, estava simplesmente a procurar a exaltação de Si mesmo. Era, portanto, necessário demonstrar perante os habitantes do Céu, e de todos os mundos, que o governo de Deus é justo, que Sua lei é perfeita. Satanás fizera com que parecesse estar ele procurando promover o bem do Universo. O verdadeiro caráter do usurpador e seu objetivo real devem ser compreendidos por todos. Ele deve ter tempo para manifestar-se pelas suas obras iníquas.

A discórdia que sua conduta determinara no Céu, Satanás lançara sobre o governo de Deus. Todo o mal declarou ele ser o resultado da administração divina. Alegava que era seu objetivo aperfeiçoar os estatutos de Jeová. Por isso permitiu Deus que ele demonstrasse a natureza de suas pretensões, a fim de mostrar o efeito de suas propostas mudanças na lei divina. A sua própria obra o deve condenar. Satanás pretendera desde o princípio que não estava em rebelião. O Universo todo deve ver o enganador desmascarado. (Ellen G. White, Patriarcas e profetas, p. 15-16).

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – sexta-feira 8 de abril de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

O pecado e a natureza

Lições da Bíblia.

“Embora a natureza apresente em nossos dias muita maravilha e beleza, hoje, ela é uma espada de dois gumes. Existem beleza e maravilha, mas também existem terremotos, pragas, enfermidades e fome. Alguma coisa saiu terrivelmente errada.”

Como consequências do pecado surgiram medo, desconfiança, engano, doenças e, finalmente, a morte. “Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. […] E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” (Gên. 3:8-10,16-19).

O pecado trouxe consequências físicas e espirituais imediatas à vida humana. A natureza também sofreu os efeitos do pecado. Efeitos devastadores sobrevieram à criação em pelo menos três aspectos:

  1. “O solo foi amaldiçoado (Gn 3:17). Depois de sair do Jardim do Éden, Adão e Eva encontraram obstáculos imediatos para trabalhar a terra. O solo começou a produzir espinhos e cardos indesejáveis. Mais provavelmente, também, as pragas começaram a interferir no crescimento saudável. Depois da devastação do Dilúvio, as coisas só ficaram piores.”
  2. “Os seres humanos experimentaram mudanças significativas. A fadiga e dor se tornaram uma realidade. Mudou a relação entre o homem e a mulher. O capítulo parece sugerir que, originalmente, Eva não teria dor no parto. Também mudou a relação entre Adão e a Terra, e o trabalho passou a ser muito mais difícil que antes. Não sabemos como a consciência da morte iminente afetou o primeiro casal, mas deve ter mudado completamente sua perspectiva na vida.”
  3. “O pecado humano afetou o comportamento dos animais. Ódio, inveja, egoísmo, arrogância, etc., causaram agressão contra os seres humanos e os animais. Outras maneiras antes desconhecidas de prejudicar o ambiente (talvez comparáveis ao que estamos testemunhando hoje) podem ter acontecido. Os animais começaram a se matar uns aos outros em busca de alimento e poder. Como é descrito em Gênesis 3–6, corrupção e violência aumentaram a ponto de Deus Se arrepender por ter feito todas as criaturas (Gn 6:5-7).”

“A verdadeira extensão de todas essas transformações não nos é revelada, mas podemos supor que ocorreram profundas mudanças. Entretanto, Deus, em Sua infinita misericórdia, preservou grande parte da magnífica criação original para benefício dos seres humanos.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – segunda-feira 14 de março de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Confessai… os vossos pecados uns aos outros

Lições da Bíblia

Tiago nos aconselha a confessarmos uns aos outros os nossos pecados, àqueles a quem ofendemos. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.” (Tia. 5:16)

“O pecado contra meu próximo requer que eu confesse a ele a fim de obter perdão e para restabelecer o relacionamento. Também mostra que estou disposto a assumir a responsabilidade pelo que fiz e que espero aceitação e perdão e neles confio. Pela graça de Deus, uma pessoa nobre concederá perdão, não importando o tamanho da ofensa.”

“Existe ainda uma interpretação adicional do texto de Tiago, que oferece grandes possibilidades de cura. A confissão de pecados, erros e transgressões a alguém em quem você confia traz cura emocional. O ato de abrir a própria imperfeição a um amigo cristão piedoso ajuda a aliviar o fardo do pecado. Além disso, a confissão mútua aprofunda os relacionamentos interpessoais. Confiar e ser objeto de confiança provê o elo que torna a amizade genuína e duradoura. De fato, toda a profissão de aconselhamento está fundada no princípio de que a exposição dos problemas faz bem. Embora haja doenças mentais que necessitem de tratamento profissional, muitos sentimentos de angústia podem ser aliviados no nível da igreja e da comunidade. E isso é especialmente verdade com os problemas criados pela deterioração dos relacionamentos interpessoais – desentendimentos, calúnia, ciúmes, etc. Seguir o conselho de Tiago não só alivia o fardo psicológico como também traz força renovada para mudar o comportamento destrutivo.”

“Agora, uma palavra de precaução. Embora a revelação dos pecados cometidos a um amigo próximo possa trazer muito alívio, também deixa a pessoa vulnerável. Sempre existe o risco de que o amigo revele a outros a confidência, e isso é destrutivo para as partes envolvidas.”

“Mais importante é que sempre podemos confessar nossas transgressões ao Senhor, em plena confiança e com a certeza segura do perdão. ‘lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.’ (1 Ped. 5:7). Os relacionamentos defeituosos podem trazer incerteza e até temor e ansiedade. Outros podem ajudar, mas a ajuda mais segura vem do Senhor Jesus, que, a qualquer momento, está disposto a tomar todos os nossos cuidados, deixando-nos com um senso genuíno de alívio por ter deixado nossos fardos em Suas mãos.

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – quarta-feira 19 de janeiro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

O mundo de Baruque.

Lições da Bíblia.

“O mundo de Baruque era construído ao redor de certas realidades políticas, econômicas e religiosas que dominavam sua nação naquele tempo. Falando politicamente, o país de Judá estava se desgastando sob o jugo da dominação babilônica. Fortes subcorrentes nacionalistas afetavam todas as áreas da sociedade. O povo queria ser livre de Babilônia. Economicamente, as coisas estavam indo bastante bem, pelo menos para um setor da população que enriquecia mediante a exploração dos pobres. E, claro, havia o sistema religioso do antigo Judá, que devia formar o fundamento de toda a sociedade.”

O povo enfrentava problemas cruciais no campo moral e espiritual: “Palavra que da parte do SENHOR foi dita a Jeremias: Põe-te à porta da Casa do SENHOR, e proclama ali esta palavra, e dize: Ouvi a palavra do SENHOR, todos de Judá, vós, os que entrais por estas portas, para adorardes ao SENHOR. Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Emendai os vossos caminhos e as vossas obras, e eu vos farei habitar neste lugar. Não confieis em palavras falsas, dizendo: Templo do SENHOR, templo do SENHOR, templo do SENHOR é este. Mas, se deveras emendardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras praticardes a justiça, cada um com o seu próximo; se não oprimirdes o estrangeiro, e o órfão, e a viúva, nem derramardes sangue inocente neste lugar, nem andardes após outros deuses para vosso próprio mal, eu vos farei habitar neste lugar, na terra que dei a vossos pais, desde os tempos antigos e para sempre. Eis que vós confiais em palavras falsas, que para nada vos aproveitam. Que é isso? Furtais e matais, cometeis adultério e jurais falsamente, queimais incenso a Baal e andais após outros deuses que não conheceis, e depois vindes, e vos pondes diante de mim nesta casa que se chama pelo meu nome, e dizeis: Estamos salvos; sim, só para continuardes a praticar estas abominações! Será esta casa que se chama pelo meu nome um covil de salteadores aos vossos olhos? Eis que eu, eu mesmo, vi isto, diz o SENHOR.” (Jer. 7:1-11).

“O nome Baruque significa ‘aquele que é abençoado’, e Baruque parecia ser mesmo abençoado. Ele era escriba, o que significava que ele era altamente educado. Ele parece ter vindo de uma família de escribas, e tinha as conexões familiares corretas.”

“Exatamente como Baruque foi atraído para o serviço do sacerdote e profeta Jeremias, não sabemos. Talvez fosse a solidez da relação de Jeremias com Deus que haja atraído Baruque a ele. Realmente, o ideal social, político e econômico que Jeremias pregava está firmemente arraigado na revelação de Deus. Jeremias não tinha medo de se erguer em defesa da Palavra de Deus, mesmo quando fazer isso era considerado politicamente incorreto. Em suas visões, Jeremias alcançou uma compreensão sem igual sobre a falibilidade das estruturas em que sua sociedade confiava, e foi chamado pelo Senhor para advertir o povo mostrando-lhe aonde suas ações os levariam se não mudasse seus caminhos. Talvez fosse o desejo de fazer parte disso que tenha levado Baruque a seu papel especial.”

“Como essas palavras Jeremias 7:1-11 podem se aplicar a você, em sua experiência com o Senhor? Que coisas em sua vida precisam ser emendadas? Em que ‘palavras falsas’ você pode também estar confiando? Com que outros ‘deuses’ você pode estar caminhando? Quão aberto e honesto consigo mesmo você está disposto a ser ao confrontar essas perguntas?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – domingo 19 de dezembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

A queda de Geazi.

Lições da Bíblia.

“Às vezes, é difícil, ao menos sob a perspectiva de hoje, entender por que alguns personagens da Bíblia agiram de certa forma, especialmente diante de tantos eventos miraculosos. A incrível cura de Naamã ocorreu justamente à frente de Geazi. Ele viu não só o poder de Deus mas os atos de seu senhor, que se recusou a receber o dinheiro do capitão. Poderíamos pensar que aquele episódio era mais que suficiente para humilhá-lo diante de Deus e dos homens mas, aparentemente, isso não aconteceu.”

No raciocínio Geazi, aquele estrangeiro deveria ter pago uma espécie de “tributo” ao profeta. “Geazi, o moço de Eliseu, homem de Deus, disse consigo: Eis que meu senhor impediu a este siro Naamã que da sua mão se lhe desse alguma coisa do que trazia; porém, tão certo como vive o SENHOR, hei de correr atrás dele e receberei dele alguma coisa. Então, foi Geazi em alcance de Naamã; Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo e perguntou: Vai tudo bem? Ele respondeu: Tudo vai bem; meu senhor me mandou dizer: Eis que, agora mesmo, vieram a mim dois jovens, dentre os discípulos dos profetas da região montanhosa de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas vestes festivais. Disse Naamã: Sê servido tomar dois talentos. Instou com ele e amarrou dois talentos de prata em dois sacos e duas vestes festivais; pô-los sobre dois dos seus moços, os quais os levaram adiante dele. Tendo ele chegado ao outeiro, tomou-os das suas mãos e os depositou na casa; e despediu aqueles homens, que se foram. Ele, porém, entrou e se pôs diante de seu senhor. Perguntou-lhe Eliseu: Donde vens, Geazi? Respondeu ele: Teu servo não foi a parte alguma. Porém ele lhe disse: Porventura, não fui contigo em espírito quando aquele homem voltou do seu carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata e para tomares vestes, olivais e vinhas, ovelhas e bois, servos e servas? Portanto, a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua descendência para sempre. Então, saiu de diante dele leproso, branco como a neve.” (2 Reis 5:20-27).

“A Bíblia está cheia de advertências contra o amor ao dinheiro e os perigos das posses terrenas. Essas advertências são dirigidas não somente aos ricos. O problema não é a quantidade de posses materiais que temos, mas nossa atitude para com elas. A batalha contra a cobiça exige atenção constante. Precisamos ajustar continuamente os pensamentos com relação às nossas posses e rendê-las a Deus. Podemos manter constantemente a perspectiva doando ao Senhor não só as posses materiais, mas também o tempo. Se não formos cuidadosos, o amor às coisas materiais pode nos cegar quanto à nossa missão e verdadeiro propósito na vida e, no fim, provocar nossa ruína eterna.”

“É estranho que Geazi tenha jurado a si mesmo pelo Deus vivo e então saísse a enganar. Ele pensava que o Deus vivo não o via? Que testemunho poderoso sobre o poder que tem nosso coração corrupto de nos enganar!”

“Enquanto isso, Naamã foi muito generoso com os presentes que deu a Geazi, mas provavelmente tenha ido embora com algumas perguntas, especialmente quando seus dois servos voltaram com um relatório sobre o comportamento estranho do servo de Eliseu. Geazi deixou que sua cobiça interferisse com o testemunho que Eliseu queria dar a esse novo converso.”

“Evidentemente, no fim, o mesmo Deus que operou o milagre revelou a verdade a Eliseu sobre o que Geazi fizera e, assim, seu ministério e sua vida foram arruinados.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – quarta-feira 15 de dezembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Geazi: errando o alvo.

Lições da Bíblia.

“Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e tema a Ele somente. Cumpram os Seus mandamentos e obedeçam-lhe; sirvam-nO e apeguem-se a Ele” (Deuteronômio 13:4).

“Deus nos chama para ser servos guiados não pelas seduções terrenas mas pelo compromisso espiritual com Deus e com os outros.”

“Geazi, servo de Eliseu, tivera oportunidade, durante anos, para desenvolver o espírito de abnegação que caracterizava a vida de labores de seu mestre. Fora seu privilégio tornar-se um nobre porta-bandeira no exército do Senhor. Os melhores dons do Céu por muito tempo haviam estado ao seu alcance; contudo, voltando-lhes as costas, ao contrário cobiçara o brilho falso das riquezas mundanas. E agora os ocultos anseios do seu espírito avaro levaram-no a render-se a uma dominante tentação. ‘Eis’, raciocinou consigo, ‘que meu senhor impediu a este sírio Naamã que da sua mão se desse alguma coisa do que trazia; porém… hei de correr atrás dele, etomar dele alguma coisa’. E assim em segredo ‘foi Geazi em alcance de Naamã’.

E Naamã, vendo que corria atrás dele, saltou do carro a encontrá-lo, e disse-lhe: Vai tudo bem? E ele disse: Tudo vai bem’. Então Geazi proferiu uma deliberada mentira. ‘Meu senhor’, disse ele, ‘me mandou dizer: Eis que agora mesmo vieram a mim dois mancebos dos filhos dos profetas da montanha de Efraim; dá-lhes, pois, um talento de prata e duas mudas de vestidos’. Naamã alegremente concordou com esta solicitação, empenhando-se com Geazi para que levasse dois talentos de prata em vez de um, ‘com duas mudas de vestidos’, e ordenou a seus servos para que levassem o tesouro.

Ao aproximar-se Geazi da casa de Eliseu, despediu os servos, e escondeu a prata e os vestidos. Isto feito, ‘entrou, e pôs-se diante de seu senhor’; e, para abrigar-se de censura, proferiu segunda mentira. Em resposta à indagação do profeta: ‘Donde vens, Geazi?’ ele respondeu: ‘Teu servo não foi nem a uma nem a outra parte’.

Então veio a severa denúncia, mostrando que Eliseu sabia de tudo. ‘Porventura não foi contigo o meu coração’, disse ele, ‘quando aquele homem voltou de sobre o seu carro, a encontrar-te? Era isto ocasião para tomares prata, e para tomares vestidos, e olivais, e vinhas, e ovelhas, e bois e servos e servas? Portanto a lepra de Naamã se pegará a ti e à tua semente para sempre. Então saiu de diante dele leproso, branco como neve’. II Reis 5:20-27.” (Ellen G. White, Profetas e reis, p. 250-251).

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – sábado 11 de dezembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Lembrando-me de meus pecados.

Lições da Bíblia.

“Depois disto, adoeceu o filho da mulher, da dona da casa, e a sua doença se agravou tanto, que ele morreu. Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?” (1 Reis 17:17-18).

“A viúva dera seu último pão, e Deus operou um milagre. Ela e o filho escaparam miraculosamente da fome e tiveram uma fonte constante de comida. É difícil imaginar a surpresa dela ao ver esse milagre incrível acontecer, não uma só vez, mas dia a dia.”

A resposta natural do ser humano ao ter contato com Deus é de reconhecimento da própria indignidade, arrependimento, humilhação. “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” (Jó 42:5-6) “Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!” (Isa. 6:5) Fiquei, pois, eu só e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim; o meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e não retive força alguma.(Dan. 10:8) Vendo isto, Simão Pedro prostrou-se aos pés de Jesus, dizendo: Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador.” (Luc. 5:8) “Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o último” (Apoc. 1:17)

“Pelo profeta Elias, a viúva entrou em contato com Deus. Quando entramos em contato com um Deus santo, nossos pecados se tornam mais aparentes. E então, quando acontece algo terrível, podemos sentir que o Senhor está nos castigando. Em 1 Reis 17:18, ‘Então, disse ela a Elias: Que fiz eu, ó homem de Deus? Vieste a mim para trazeres à memória a minha iniqüidade e matares o meu filho?(1 Reis 17:18 RA) a viúva culpou o profeta de Deus por estar lá e, consequentemente, levá-la à presença de Deus.”

“Talvez ela visse o tipo de vida fiel e santa que Elias vivia, e ela se sentisse condenada em sua presença quando se comparava com ele. Ou, vivendo dia a dia com um milagre, talvez ela sentisse a presença de Deus e Sua santidade como nunca antes e, assim, sentisse sua pecaminosidade mais que nunca antes. Assim, naquele contexto, ela via seus pecados como a causa dessa tragédia.”

“De muitas formas, essa é uma reação comum. Frequentemente, culpamos a nós mesmos e nossos pecados pelas tragédias que nos atingem ou aos nossos queridos. O que fiz para meu filho ficar doente? Que pecado provocou essa calamidade em minha vida? Embora seja verdade que muitas vezes a dor e o sofrimento são resultado direto das escolhas pecaminosas que fazemos, também é verdade que muitas tragédias vêm por nenhuma razão aparente e certamente não por alguma culpa de nossa parte. Lembre-se da história de Jó. Até Deus admitiu que ele era um homem justo, e veja o que lhe aconteceu. Precisamos ser muito cuidadosos quando buscamos explicar a causa da tragédia em nossa vida. O mais importante é como respondemos a essas tragédias, pois nos demorar na suposta causa muito provavelmente não ajudará.”

“Todos enfrentamos tragédias inesperadas e inexplicáveis, não é mesmo? É parte do que significa sermos seres pecaminosos em um mundo pecaminoso. Como você pode aprender a confiar em Deus e amá-Lo, mesmo em meio a acontecimentos dolorosos?”

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Mentiras tentadoras.

Lições da Bíblia.

“A intervenção dramática de Deus na cerimônia de inauguração deu ao povo comum muito sobre que falar. Alguns jovens foram para casa e contaram ao pai sobre o homem de Deus. O nome do pai não é dado, mas sabemos que ele era velho e que ele mesmo era, de fato, um profeta. Esse velho profeta decidiu seguir o homem de Deus e o encontrou sentado à sombra de uma árvore.”

“Morava em Betel um profeta velho; vieram seus filhos e lhe contaram tudo o que o homem de Deus fizera aquele dia em Betel; […] E foi após o homem de Deus e, achando-o sentado debaixo de um carvalho, lhe disse: És tu o homem de Deus que vieste de Judá? Ele respondeu: Eu mesmo. Então, lhe disse: Vem comigo a casa e come pão. Porém ele disse: Não posso voltar contigo, nem entrarei contigo; não comerei pão, nem beberei água contigo neste lugar. Porque me foi dito pela palavra do SENHOR: Ali, não comerás pão, nem beberás água, nem voltarás pelo caminho por que foste. Tornou-lhe ele: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. (Porém mentiu-lhe.) Então, voltou ele, e comeu pão em sua casa, e bebeu água.” (1 Reis 13:11-19). A tentação sobre o homem de Deus foi semelhante a tentação enfrentada por Eva. “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal.” (Gên. 3:1-5).

“O homem de Deus deve ter entendido a urgência de sua missão. Ele fora orientado a dar sua mensagem ao rei e, então, não perder tempo para comer nem beber, mas voltar imediatamente. Porém, aqui estava ele, sentado sob uma árvore em Israel, relaxando. Ele poderia ter caminhado os dois quilômetros e, então, poderia ter sentado sob uma árvore em Judá. Perdendo seu senso de urgência, o homem de Deus deu chance à tentação.”

“O velho profeta enganou o homem de Deus. Não sabemos o que motivou o velho profeta a enganá-lo. Qualquer que fosse sua motivação, a Bíblia nos diz que ele ‘mentiu’ (1Rs 13:18). Nesse momento, o velho profeta se tornou agente de Satanás, o pai da mentira (Jo 8:44). Talvez uma parte ainda mais perturbadora da história seja que o homem de Deus parece ter sido enganado tão facilmente. Depois de tão obviamente ter sido guiado por Deus, depois de fazer tão claramente a vontade do Senhor, ele caiu na mentira e foi diretamente contra o que Deus lhe dissera que fizesse.”

A tentação sempre envolve a escolha de desobedecer à vontade revelada de Deus. As tentações não mudam tanto quanto as formas das tentações. Hebreus 4:15 nos diz que Jesus foi tentado como nós somos. […] Deus nos promete discernimento e “livramento” de forma que não sejamos enganados pelas mentiras de Satanás (1Co 10:13).”

“Quão facilmente você permite que as tentações o levem a entrar em conflito direto com a vontade revelada de Deus? O que você pode fazer, que escolhas pode adotar, para se proteger das tentações que o apanham tão facilmente?”

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