Ensinar aos transgressores os Teus caminhos

Lições da Bíblia1:

Depois que Isaías viu o Senhor na sala do trono, e depois que foi informado de que “a sua iniquidade foi tirada, e o seu pecado, perdoado”, ele respondeu ao chamado divino dizendo: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is 6:7, 8). Uma vez que ele estava em paz com Deus, apesar de conhecer suas falhas, estava pronto para trabalhar para o Senhor.

Isso também ocorre conosco? Como proclamar a salvação aos outros se nós não a recebemos? Só podemos recebê-la pela fé em Jesus e no que Ele fez por nós.

5. Leia o Salmo 51:7-15. O que Davi prometeu fazer depois que Deus o perdoasse e purificasse do pecado?

Salmo 51:7-15 (NAA)2: 7 Purifica-me com hissopo, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve. 8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que exultem os ossos que esmagaste. 9 Esconde o teu rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades. 10 Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um espírito inabalável. 11 Não me lances fora da tua presença, nem me retires o teu Santo Espírito. 12 Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito voluntário. 13 Então ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores se converterão a ti. 14 Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua exaltará a tua justiça. 15 Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará o teu louvor.

Ser chamado à presença de Deus é, em última análise, ser enviado de volta ao lugar em que estávamos. Em Sua sabedoria, Deus designou os redimidos para servir como Sua voz para o mundo caído. Em breve, o mundo sentirá o impacto do povo de Deus. O apelo final à humanidade caída iluminará o mundo inteiro (Ap 18:1).

“Tão logo uma pessoa aceita a Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o precioso amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração. Se estivermos revestidos da justiça de Cristo e cheios da alegria que Seu Espírito produz, será impossível nos contermos. Se já provamos e vimos que o Senhor é bom, teremos alguma coisa a dizer. Como Filipe, ao encontrarmos o Salvador, convidaremos outros para Sua presença” (Ellen G. White, Caminho a Cristo [CPB, 2024], p. 50).

As três mensagens angélicas estão fundamentadas no “evangelho eterno”. O fundamento do evangelho, a salvação em Jesus, é proclamado antes da adoração ao Criador, da queda de Babilônia, ou da advertência contra a adoração à “besta e a sua imagem” (Ap 14:6-9). E isso porque as mensagens dos três anjos significam, acima de tudo, a esperança e a promessa que temos em Jesus e no que Ele fez por nós. Fora do “evangelho eterno”, realmente não temos nada de valor a dizer ao mundo.

Antes da proclamação das três mensagens angélicas, somos conduzidos ao “evangelho eterno”. Qual é a importância dessa verdade fundamental para todas as nossas crenças?

Quinta-feira, 22 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Eis-me aqui, envia-me a mim

Lições da Bíblia1:

Uma igreja decidiu reformar um porão antigo para criar um novo salão de reuniões sociais. Uma das primeiras coisas que fizeram foi instalar novas luzes, acreditando que elas tornariam o espaço mais bonito. Uma vez instaladas, no entanto, o espaço parecia ainda pior, porque luzes intensas geralmente revelam as imperfeições.

A visão impressionante do trono de Deus deixou Isaías dolorosamente ciente de seus defeitos. “Ai de mim! Estou perdido!”, lamentou ele. “Sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Is 6:5). Sentiríamos o mesmo se fôssemos subitamente levados à presença visível do Senhor. A luz celestial é brilhante o suficiente para deixarmos de lado todas as nossas desculpas. Na presença de Deus, sentimos que estamos perdidos. Isaías estava prestes a ter a experiência mais marcante de sua vida.

1. Leia Isaías 6:6-8. Isaías sabia que o pecado destrói, pois o salário do pecado é a morte. No entanto, em vez de nos abandonar às consequências do pecado, um Deus de amor nos atrai para Si. Qual foi o resultado do encontro de Isaías com Deus? Por que ele é importante?

Isaías 6:6-8 (NAA)2: 6 Então um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma pinça. 7 Com a brasa tocou a minha boca e disse: — Eis que esta brasa tocou os seus lábios. A sua iniquidade foi tirada, e o seu pecado, perdoado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: — A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Eu respondi: — Eis-me aqui, envia-me a mim.

Isaías foi purificado quando um serafim pegou uma brasa do altar e tocou sua boca com ela. Provavelmente era o altar de incenso, onde a intercessão era feita pelo povo (Ap 8:3, 4). Os pecados de Isaías foram perdoados, e ele estava apto a ficar na presença de Deus. Além disso, foi designado para representar Deus perante o mundo.

A palavra “serafim” significa “aquele que queima”. Jesus descreveu o ministério de João Batista usando as seguintes palavras: “João era a lâmpada que estava acesa e iluminava, e, por algum tempo, vocês quiseram se alegrar com a sua luz” (Jo 5:35). João obviamente era um pecador que necessitava de graça e salvação, mas seu ministério apontava para o Único que poderia trazer graça e salvação.

Jesus veio ao mundo como a representação perfeita da glória do Pai – e Deus enviou um profeta, um pecador, que realizou uma tarefa semelhante à dos serafins.

Somente depois de saber que seu pecado estava purificado, Isaías disse: “Eis-me aqui, envia-me a mim.” Purificados pelo sangue de Jesus, podemos responder como Isaías?

Domingo, 11 de maio de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Os dois maiores pecados

Lições da Bíblia1:

Segundo Jesus, os dois maiores mandamentos são o amor a Deus e o amor uns aos outros. Cumprir esses mandamentos inclui fazer sacrifícios que mostram, de forma concreta, o amor aos outros, que é o que realmente significa seguir os passos de Jesus.

Podemos nos perguntar: se os dois maiores mandamentos são o amor a Deus e o amor aos outros, então quais são os dois maiores pecados?

Leia o Salmo 135:13-19. O que esse texto revela sobre um pecado comum que é enfatizado em toda a Bíblia?

Salmo 135:13-19 (NAA)2: “13 O teu nome, Senhor, permanece para sempre; a tua memória, Senhor, passará de geração em geração. 14 Pois o Senhor julga o seu povo e se compadece dos seus servos. 15 Os ídolos das nações são prata e ouro, obra de mãos humanas. 16 Têm boca e não falam; têm olhos e não veem; 17 têm ouvidos e não ouvem; pois não há alento de vida em sua boca. 18 Tornam-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam. 19 Casa de Israel, bendigam o Senhor! Casa de Arão, bendigam o Senhor!”

O AT enfatiza com frequência a importância de amar a Deus acima de todas as coisas (Dt 6:5). O amor a Deus é o oposto do grande pecado da idolatria.

4. Leia Zacarias 7:9-12. De acordo com essa passagem, o que Deus condena? Como esse pecado e a idolatria estão em oposição aos dois grandes mandamentos?

Zacarias 7:9-12 (NAA)2: “9 — Assim falou o Senhor dos Exércitos: “Julguem segundo a verdade e sejam bondosos e misericordiosos uns com os outros. 10 Não oprimam a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, e que ninguém faça planos para prejudicar o seu próximo.” 11 Porém eles não quiseram atender e, rebeldes, me viraram as costas e taparam os ouvidos, para que não ouvissem. 12 Sim, fizeram o seu coração duro como diamante, para que não ouvissem a lei, nem as palavras que o Senhor dos Exércitos tinha enviado pelo seu Espírito, mediante os profetas que nos precederam; daí veio a grande ira do Senhor dos Exércitos.”

Não é apenas a idolatria que desperta a ira do amor de Deus, mas também o sofrimento infligido ao Seu povo, seja individual ou coletivamente. O Senhor fica irado com a injustiça pelo fato de que Ele é amor.

Os dois grandes pecados enfatizados ao longo do AT são falhas no cumprimento dos dois grandes mandamentos: amar a Deus e amar uns aos outros. Os dois maiores pecados representam a ausência de amor. Em resumo, não podemos guardar os mandamentos se não amarmos a Deus e aos outros.

De fato, 1 João 4:20 e 21 afirma: “Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. E o mandamento que Dele temos é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão.”

Por que o amor a Deus não pode ser separado do amor aos outros? Como você entende essa ligação inseparável?

Segunda-feira, 17 de março de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O planeta Terra se envolve

Lições da Bíblia1

Deus criou a Terra perfeita. Lemos na Bíblia que Ele “viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom” (Gn 1:31). Não havia mancha de pecado ou mal em lugar nenhum. Mas Ele deu a Adão e Eva a mesma liberdade de escolha que havia dado a Lúcifer. Ele não queria robôs na Terra, assim como não queria robôs no Céu.

O Senhor plantou uma árvore no jardim e a chamou de árvore do conhecimento do bem e do mal. Ele fez questão de falar com Adão e Eva sobre isso, pois queria ter certeza de que soubessem que tinham uma escolha.

Satanás foi à árvore e, visto que Eva se demorava ali, ele lhe disse: “‘É certo que vocês não morrerão. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal’” (Gn 3:4, 5). Em outras palavras, “Se você comer desta árvore, entrará em uma nova esfera de existência, sentirá emoção, terá uma sensação que nunca teve antes. Eva, Deus está privando você de algo. Aqui, pegue o fruto proibido e coma-o.”

Quando Eva, e mais tarde Adão, fizeram sua escolha, abriram uma porta que Deus queria manter fechada para sempre. Era a porta para o pecado, para o sofrimento, a aflição, a doença e a morte.

5. Leia Gênesis 3:1-3; Romanos 3:23; 5:12. O que esses textos têm em comum? Descreva os principais resultados do pecado que afligem toda a humanidade.

Gn 3:1-3 (NAA)2: “1 Mas a serpente, mais astuta que todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: — É verdade que Deus disse: ‘Não comam do fruto de nenhuma árvore do jardim’? 2 A mulher respondeu à serpente: — Do fruto das árvores do jardim podemos comer, 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Vocês não devem comer dele, nem tocar nele, para que não venham a morrer.’

Rm 3:23 (NAA)2: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,”

Rm 5.12 (NAA)2: “Portanto, assim como por um só ser homano entrou o pecado no mundo, e pelo pecado veio a morte, assim também a morte passou a toda a humanidade, porque todos pecaram.”

Em essência, o pecado é rebelião contra Deus. Ele nos separa do Criador. Uma vez que Deus é a fonte da vida, separar-se Dele leva à morte. Também leva à preocupação, ansiedade, doença e enfermidade. O sofrimento em nosso mundo é, basicamente, resultado de viver em um planeta devastado pelo pecado. Isso certamente não significa que toda vez que sofremos ou ficamos doentes é porque pecamos, e sim que cada um de nós é afetado por viver em um planeta assolado pelo pecado.

Leia Gênesis 3:15; Levítico 5:5, 6; João 1:29.

Gn 3:15 (NAA)2: “Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e o descendente dela. Este lhe ferirá a cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar.”

Lv 5:5, 6 (NAA)2: “5 Quem for culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou. 6 Como sua oferta pela culpa, pelo pecado que cometeu, essa pessoa trará ao Senhor, do gado miúdo, uma cordeira ou uma cabrita como oferta pelo pecado; assim, o sacerdote, por essa pessoa, fará expiação do seu pecado.”

Jo 1:29 (NAA)2: “No dia seguinte, vendo que Jesus vinha em sua direção, João disse: — Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”

Que promessa Deus fez a Adão e Eva no jardim depois que pecaram e que lhes deu esperança, apesar da culpa e do desespero? O que Ele fez no Éden que apontava para a solução futura do problema do pecado?

Terça-feira, 02 de abril de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O grande conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 516, abr. mai. jun. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A espiral descendente do pecado

Lições da Bíblia1

1. Compare Efésios 4:17-32 com Colossenses 3:1-17. Como Paulo defendia que os crentes vivessem a fim de incentivar a unidade da igreja?

Efésios 4:17-32 (NAA)2: “17 Isto, portanto, digo e no Senhor testifico: não vivam mais como os gentios, que vivem na vaidade dos seus próprios pensamentos, 18 tendo o seu entendimento obscurecido, separados da vida que Deus concede, por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração. 19 Tendo-se tornado insensíveis, eles se entregaram à libertinagem para, de forma desenfreada, cometer todo tipo de impureza. 20 Mas não foi assim que vocês aprenderam de Cristo, 21 se é que, de fato, ouviram falar dele e nele foram instruídos, segundo é a verdade em Jesus. 22 Quanto à maneira antiga de viver, vocês foram instruídos a deixar de lado a velha natureza, que se corrompe segundo desejos enganosos, 23 a se deixar renovar no espírito do entendimento de vocês, 24 e a se revestir da nova natureza, criada segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade. 25 Por isso, deixando a mentira, que cada um fale a verdade com o seu próximo, porque somos membros do mesmo corpo. 26 Fiquem irados e não pequem. Não deixem que o sol se ponha sobre a ira de vocês, 27 nem deem lugar ao diabo. 28 Aquele que roubava não roube mais; pelo contrário, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o necessitado. 29 Não saia da boca de vocês nenhuma palavra suja, mas unicamente a que for boa para edificação, conforme a necessidade, e, assim, transmita graça aos que ouvem. 30 E não entristeçam o Espírito de Deus, no qual vocês foram selados para o dia da redenção. 31 Que não haja no meio de vocês qualquer amargura, indignação, ira, gritaria e blasfêmia, bem como qualquer maldade. 32 Pelo contrário, sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando uns aos outros, como também Deus, em Cristo, perdoou vocês.”

Colossenses 3:1-17 (NAA)2: “1 Portanto, se vocês foram ressuscitados juntamente com Cristo, busquem as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. 2 Pensem nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra. 3 Porque vocês morreram, e a vida de vocês está oculta juntamente com Cristo, em Deus. 4 Quando Cristo, que é a vida de vocês, se manifestar, então vocês também serão manifestados com ele, em glória. 5 Portanto, façam morrer tudo o que pertence à natureza terrena: imoralidade sexual, impureza, paixões, maus desejos e a avareza, que é idolatria; 6 por causa destas coisas é que vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. 7 Vocês também andaram nessas mesmas coisas, no passado, quando viviam nelas. 8 Agora, porém, abandonem igualmente todas estas coisas: ira, indignação, maldade, blasfêmia, linguagem obscena no falar. 9 Não mintam uns aos outros, uma vez que vocês se despiram da velha natureza com as suas práticas 10 e se revestiram da nova natureza que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que a criou. 11 Aqui não pode haver mais grego e judeu, circuncisão e incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre, mas Cristo é tudo e está em todos. 12 Portanto, como eleitos de Deus, santos e amados, revistam-se de profunda compaixão, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência. 13 Suportem-se uns aos outros e perdoem-se mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outra pessoa. Assim como o Senhor perdoou vocês, perdoem também uns aos outros. 14 Acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. 15 Que a paz de Cristo seja o árbitro no coração de vocês, pois foi para essa paz que vocês foram chamados em um só corpo. E sejam agradecidos. 16 Que a palavra de Cristo habite ricamente em vocês. Instruam e aconselhem-se mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus com salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão no coração. 17 E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em ação, façam em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.”

Na seção anterior, Efésios 4:1-16, o tema de Paulo foi a unidade da igreja. Quando comparamos Efésios 4:1 com Efésios 4:17, notamos a semelhança entre essas duas exortações sobre como andar ou viver. No início do capítulo 4, o apóstolo falou da unidade e do estilo de vida que a sustenta de uma perspectiva positiva. Dos versos 17 em diante, Paulo abordou o mesmo tema a partir de uma perspectiva mais negativa.

Em Efésios 4:17-24, Paulo contrastou o estilo de vida gentílico, o qual considerava uma unidade enfraquecedora (Ef 4:17-19), com padrões de vida verdadeiramente cristãos que alimentam a unidade (Ef 4:20-24). Ao ler a crítica afiada de Paulo ao depravado estilo de vida gentílico, devemos recordar sua convicção de que os gentios são redimidos por Deus por intermédio de Cristo e a eles é oferecida plena associação ao povo de Deus (Ef 2:11-22; 3:1-13). Em Efésios 4:17-19, ele deu uma descrição limitada e negativa dos “gentios na carne” (Ef 2:11).

Paulo não estava preocupado apenas com pecados ou comportamentos específicos dos gentios, mas com o padrão de comportamento que exibiam, uma trajetória descendente nas garras do pecado. No centro de Efésios 4:17-19 está um retrato de uma espiritualidade insensível: “na vaidade dos seus próprios pensamentos, tendo o seu entendimento obscurecido, separados da vida que Deus concede” (Ef 4:17, 18). Essa espiritualidade insensível é a fonte do entendimento obscurecido destacado no início da passagem (“por causa da ignorância em que vivem, pela dureza do seu coração. Tendo-se tornado insensíveis”; Ef 4:18, 19) e da prática sexual depravada sublinhada no fim (“se entregaram à libertinagem para, de forma desenfreada, cometer todo tipo de impureza”; Ef 4:19). Afastados de Deus, eles não sabiam como viver e, separados de Sua graça salvadora, continuavam em uma espiral descendente de pecado e depravação.

Qual foi sua própria experiência com o poder do pecado de arrastar uma pessoa para baixo, na espiral descendente de uma vida cada vez mais escravizada no pecado?

Domingo, 13 de agosto de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Iludidos por nossos desejos

Lições da Bíblia1

“Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, […] e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Ef 2:3).

Sem a intervenção divina, a existência é dominada não apenas pelas forças externas (Ef 2:2), mas também pelas internas: “as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2:3; compare com Tg 1:14, 15; 1Pe 1:14).

2. O que Paulo quis dizer ao afirmar que seus ouvintes tinham sido “por natureza filhos da ira, como também os demais”? Ef 2:3; 5:6

Ef 2:3 (ARA)2: “entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.”

Ef 5:6 (ARA)2: “Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas, vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”

A realidade da vida perdida é muito angustiante, mas suas consequências para os últimos dias são ainda mais assustadoras. Pecadores, “por natureza filhos da ira, como também os demais” (Ef 2:3) estão sob a ameaça do juízo no fim dos tempos.

A expressão “por natureza filhos da ira” aponta também para outra realidade assustadora. Embora ainda tenhamos a imagem de Deus, há algo profundamente errado em nós. Ser cristão não é apenas uma questão de dominar um ou dois maus hábitos, ou superar “transgressões e pecados” ameaçadores (Ef 2:1). Não lutamos apenas contra pecados, mas contra o pecado. Somos inclinados à rebelião contra Deus e à autodestruição. Os seres humanos, por natureza, exibem um padrão de comportamento autodestrutivo e pecaminoso, seguindo os ditames de Satanás e seus próprios desejos pecaminosos inatos (Ef 2:2, 3). Os crentes já foram “por natureza filhos da ira”.

Paulo empregou o tempo passado: “éramos por natureza filhos da ira” (Ef 2:3). Isso não significa que os crentes já não possuam mais inclinação inerente ao mal. Parte considerável da carta (Ef 4:17–5:21) alertou que atos pecaminosos, enraizados em uma natureza pecaminosa, continuavam sendo uma ameaça para os cristãos. No entanto, isso significa que o “velho homem” não deve mais dominar o crente, que, através do poder de Cristo, pode “deixar de lado a velha natureza” e “se revestir da nova natureza, criada segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef 4:22-24).

O ser humano continua corrompido mesmo depois da entrega a Jesus? O que isso ensina sobre a importância de nos apegarmos a Ele a todo momento?

Segunda-feira, 17 de julho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Consequências do pecado

Lições da Bíblia1

6. Com base em Gênesis 3:7-19 e Romanos 5:12, quais foram as principais consequências do pecado?

Gênesis 3:7-19 (ARA)2: “7 Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. 8 Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. 9 E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? 10 Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. 11 Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? 12 Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. 13 Disse o Senhor Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. 14 Então, o Senhor Deus disse à serpente: Visto que isso fizeste, maldita és entre todos os animais domésticos e o és entre todos os animais selváticos; rastejarás sobre o teu ventre e comerás pó todos os dias da tua vida. 15 Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. 16 E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará. 17 E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. 18 Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. 19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.

Romanos 5:12 (ARA)2: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”

Cativada pelo discurso persuasivo da serpente, Eva não previu as consequências de longo alcance do caminho que havia escolhido seguir. Comer do fruto proibido não era tão significativo quanto o que representava. Com esse ato de desobediência, Eva quebrou sua lealdade a Deus e assumiu uma nova lealdade, a Satanás.

Gênesis 3 descreve a queda de Adão e Eva e algumas de suas consequências mais trágicas. De uma perspectiva teológica, ambos foram acometidos de teofobia (medo de Deus) e se esconderam do Senhor (Gn 3:8). A partir de uma avaliação psicossocial, sentiram vergonha de si mesmos e começaram a se acusar mutuamente (Gn 3:7, 9-13). Do ponto de vista físico, suavam, sentiam dor e, por fim, morreriam (Gn 3:16-19). E de uma perspectiva ecológica, o mundo natural havia se deteriorado (Gn 3:17, 18).

O Jardim do Éden não mais era o lugar bonito e agradável que costumava ser. “Ao testemunharem, no murchar da flor e no cair da folha, os primeiros sinais da decadência, Adão e sua companheira choraram mais profundamente do que as pessoas costumam chorar pelos seus mortos. A morte das débeis e delicadas flores era realmente um motivo para tristeza, mas quando as belas árvores perderam suas folhas, essa cena lembrou- lhes o fato cruel de que a morte é o destino de todo ser vivente” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 37, 38).

Adão e Eva não morreram de imediato, no sentido de terem deixado de viver, mas naquele mesmo dia receberam sua sentença de morte. O Senhor disse a Adão: “No suor do seu rosto você comerá o seu pão, até que volte à terra, pois dela você foi formado; porque você é pó, e ao pó voltará” (Gn 3:19). A queda trouxe consequências trágicas para a humanidade, como a morte (Rm 5:12).

O fato doloroso é que temos sofrido as consequências do que aconteceu no Éden. No entanto, podemos ser gratos porque, por meio de Jesus e de Sua cruz, temos esperança de vida eterna sabendo que o pecado jamais se levantará novamente.

Que lições aprendemos com a experiência de Eva sobre as consequências do pecado?

Quarta-feira, 05 de outubro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Ingratidão misteriosa

Lições da Bíblia1

3. Leia Ezequiel 28:12-19. O que podemos aprender desta passagem sobre a misteriosa origem do mal?

Ezequiel 28:12-19 (ARA)2: “12 Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o Senhor Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura. 13 Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados. 14 Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas. 15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniquidade em ti. 16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras. 17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem. 18 Pela multidão das tuas iniquidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam. 19 Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.”

Grande parte do livro de Ezequiel foi escrita em linguagem simbólico-apocalíptica. Em muitos casos, entidades específicas (pessoas, animais, objetos) e eventos locais são usados para representar e descrever realidades cósmicas e/ou históricas mais abrangentes. Em Ezequiel 28:1-10, o Senhor falou do rei de Tiro (antiga e próspera cidade portuária fenícia) como um governante rico e orgulhoso que era apenas um “homem”, mas que afirmava ser um deus que se assentava sobre a cadeira de um deus.

Em Ezequiel 28:12-19, essa realidade histórica se tornou uma analogia para descrever a queda de Lúcifer nas cortes celestiais. Assim, o rei de Tiro, um ser humano que vivia “no coração dos mares”, passou a representar “um querubim […] que foi ungido” e vivia “no Éden, jardim de Deus”, e “no monte santo” (Ez 28:2, 8, 13, 14).

Uma declaração crucial no relato se encontra em Ezequiel 28:15: “Você era perfeito nos seus caminhos, desde o dia em que foi criado até que se achou iniquidade em você”. A perfeição de Lúcifer incluía o potencial para o mal, e isso porque, como ser moral, ele possuía livre-arbítrio, o que faz parte da essência da perfeição.

Lúcifer foi criado perfeito, e isso incluía sua capacidade de escolher livremente. No entanto, ao abusar dessa perfeição pelo mau uso de seu livre-arbítrio, corrompeu-se por se considerar mais importante do que de fato era.

Não mais satisfeito com a forma como Deus o criou e o honrou, Lúcifer perdeu sua gratidão para com o Criador e desejou receber mais reconhecimento do que merecia. Como isso pôde acontecer com um ser angelical perfeito, que vivia em um universo perfeito, como já mencionado, é um mistério.

“O pecado é algo misterioso e inexplicável. Não havia razão para sua existência; tentar explicá-lo é procurar uma razão para ele, e isso seria justificá-lo. O pecado apareceu num Universo perfeito, algo que se revelou inescusável” (Ellen G. White, A Verdade Sobre os Anjos, p. 30).

Paulo disse que devemos dar graças “em tudo” (1Ts 5:18). Como essas palavras podem nos ajudar a superar a ingratidão e autopiedade, especialmente em tempos difíceis?

Terça-feira, 27 de setembro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Provados pelo fogo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 509, jul. ago. set. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.