O Príncipe da paz

Lições da Bíblia1:

5. Como os textos seguintes descrevem o futuro que Deus havia planejado para Seu povo? Is 9:6; 11:1-5; 60:17; Os 2:18; Mq 4:3

Isaías 9:6 (NAA)2: Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: “Maravilhoso Conselheiro”, “Deus Forte”, “Pai da Eternidade”, “Príncipe da Paz”.

Isaías 11:1-5 (NAA)2: 1 Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes brotará um renovo. 2 Repousará sobre ele o Espírito do Senhor, o Espírito de sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor. 3 Ele terá o seu prazer no temor do Senhor. Não julgará segundo a aparência, nem decidirá pelo que ouviu dizer, 4 mas julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor dos mansos da terra. Castigará a terra com a vara de sua boca e com o sopro dos seus lábios matará o perverso. 5 O cinto dele será a justiça, e a verdade será a faixa na cintura.

Isaías 60:17 (NAA)2: “Em vez de bronze, eu lhe trarei ouro; em vez de ferro, eu lhe trarei prata; em vez de madeira, bronze, e, em vez de pedras, ferro. Farei com que a paz seja o seu inspetor e com que a justiça seja o seu opressor.

Oséias 2:18 (NAA)2: Naquele dia, farei a favor dela uma aliança com os animais selvagens, com as aves do céu e com os animais que rastejam sobre a terra. Tirarei da terra o arco, a espada e a guerra e farei com que o meu povo repouse em segurança.

Miqueias 4:3 (NAA)2: Ele julgará entre muitos povos e corrigirá nações poderosas e distantes. Estas transformarão as suas espadas em lâminas de arados e as suas lanças, em foices. Nação não levantará a espada contra nação, nem aprenderão mais a guerra.

Embora o foco principal da lição desta semana sejam as guerras do AT ordenadas e conduzidas por Deus, precisamos mencionar a presença de outro tema igualmente significativo dos escritos proféticos do AT: o futuro de paz na era messiânica. O Messias é descrito como o “Príncipe da Paz” (Is 9:6). Ele irá inaugurar um reino dominado pela paz, onde o leão e o cordeiro pastarão juntos (Is 11:1-8), no qual não haverá “mal nem dano” (Is 11:9), e onde a paz reinará (Is 60:17) e fluirá “como um rio” (Is 66:12).

6. Leia 2 Reis 6:16-23. O que essa história revela sobre os propósitos mais profundos de Deus para Seu povo e a humanidade?

2 Reis 6:16-23 (NAA)2: 16 Ele respondeu: — Não tenha medo, porque são mais os que estão conosco do que os que estão com eles. 17 E Eliseu orou e disse: — Senhor, peço-te que abras os olhos dele para que veja. O Senhor abriu os olhos do moço, e ele viu que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, ao redor de Eliseu. 18 E, quando os sírios desceram contra ele, Eliseu orou ao Senhor e disse: — Peço-te que firas esta gente de cegueira. E ele os feriu de cegueira, conforme a palavra de Eliseu. 19 Então Eliseu lhes disse: — Não é este o caminho, nem esta a cidade; sigam-me, e eu os guiarei ao homem que vocês estão procurando. E os guiou à cidade de Samaria. 20 Quando eles chegaram a Samaria, Eliseu disse: — Ó Senhor, abre os olhos destes homens para que vejam. E o Senhor abriu os olhos deles, e viram; e eis que estavam dentro de Samaria. 21 Quando o rei de Israel os viu, perguntou a Eliseu: — Meu pai, devo matá-los? Devo matá-los? 22 Ele respondeu: — Não os mate! Você mataria aqueles que fizesse prisioneiros com a sua espada e o seu arco? Ordena que lhes deem pão e água, para que comam, bebam e voltem para o seu senhor. 23 Então o rei ofereceu-lhes um grande banquete, e comeram e beberam. Ele os despediu e eles voltaram para o seu senhor. E da parte da Síria não houve mais investidas na terra de Israel.

Considere a história do exército sírio sendo alimentado por iniciativa de Eliseu. Em vez de matá-los (2Rs 6:22), ele lhes mostrou o ideal supremo, a paz, que sempre foi o desejo de Deus para Seu povo. É interessante observar que Eliseu estava totalmente ciente da superioridade do exército invisível que cercava o inimigo (2Rs 6:16, 17). Por mais que Deus esteja envolvido em um conflito cósmico que também afetou nosso planeta, o objetivo final da redenção não é um conflito perpétuo ou mesmo colocar o inimigo em um estado eterno de sujeição e servidão, mas, em vez disso, obter a paz eterna. Assim como violência gera violência (Mt 26:52), paz gera paz. A história conclui com estas palavras: “Assim, as tropas de Arã param de invadir o território de Israel” (2Rs 6:23, NVI).

De que maneiras, ao imitar Jesus, você pode ser um agente de paz nos conflitos que enfrenta hoje?

Quinta-feira, 30 de outubro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Segurança e paz de Sião

Lições da Bíblia1

7. Como o mundo é poeticamente retratado no Salmo 46:1-7?

Sl 47:1-7 (NAA)2: “1 Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. 2 Portanto, não temeremos, ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem no seio dos mares;ainda que as águas tumultuem e espumejem e na sua fúria os montes estremeçam. 4 Há um rio, cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. 5 Deus está no meio dela; jamais será abalada. Deus a ajudará desde o romper da manhã. 6 Bramam nações, reinos se abalam. Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve. 7 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.

O salmo faz uma descrição vívida do mundo em confusão, retratado com as imagens de desastres naturais de intensidade sem precedentes (Sl 46:2, 3). A imagem das águas perturbadas muitas vezes retrata as nações rebeldes e vários problemas que os ímpios causam no mundo (Sl 93:3, 4; 124:2-5). Da mesma forma, no Salmo 46, as imagens de calamidades naturais retratam o mundo controlado por nações que guerreiam (Sl 46:6). Evidentemente o mundo não conhece a Deus, pois o Senhor está no meio de Seu povo, e onde Ele habita há paz (Sl 46:4, 5). No entanto, embora o mundo O rejeite, Deus não abandona o mundo. Ele está presente no mundo, pois está entre o Seu povo. Em outras palavras, ainda que tudo pareça ruim, a presença divina está aqui, e, conhecendo essa verdade fundamental, encontramos esperança e encorajamento.

O Senhor, que é o refúgio perfeito, é a Fonte da paz e da segurança duradouras de Sião. As palavras que destacam a segurança de Sião no Salmo 46:3 são “ainda que”. Embora o mundo esteja em confusão, o povo de Deus está seguro. Isso mostra que a paz não é o resultado da total ausência de provações, mas um dom de Deus a Seus filhos confiantes. Confiança irrestrita em Deus pode dar ao Seu filho paz e segurança em meio à tempestade (Mt 8:23-27). A questão é: Deus deixará o mundo às suas escolhas e ações destrutivas para sempre?

8. Como Deus responde à violência e destruição no mundo? Sl 46:6-11

Sl 46:6-11 (NAA)2: “6 Bramam nações, reinos se abalam. Deus faz ouvir a sua voz, e a terra se dissolve.O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio. Venham contemplar as obras do Senhor, que tem feito desolações na terra.Ele faz cessar as guerras até os confins do mundo, quebra o arco e despedaça a lança; queima os carros no fogo. 10 Aquietem-se e saibam que eu sou Deus; sou exaltado entre as nações, sou exaltado na terra. 11 O Senhor dos Exércitos está conosco; o Deus de Jacó é o nosso refúgio.”

Deus responde com tamanho desagrado que Sua palavra, que criou a Terra, agora faz com que ela se dissolva (Sl 46:6). No entanto, a dissolução não termina em destruição, mas em renovação. Observe que Deus estende Sua paz de Sião até os confins da Terra. Ele fará cessar as guerras e extinguirá as ferramentas de destruição, que as nações perversas usaram para trazer opressão ao mundo (Sl 46:9). Essa é a grande esperança dos cristãos, que se cumprirá na segunda vinda de Jesus.

Como podemos ter paz e confiar em Deus em meio a um mundo turbulento?

Quarta-feira, 13 de março de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Ore pela paz de Jerusalém

Lições da Bíblia1

3. Leia Salmo 122:1-5. Quais eram os sentimentos dos adoradores ao chegarem a Jerusalém? O que esperavam encontrar ali?

Salmo 122:1-5 (NAA)2: “1 Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do Senhor. 2 Pararam os nossos pés junto às tuas portas, ó Jerusalém! 3 Jerusalém, que estás construída como cidade compacta, 4 para onde sobem as tribos, as tribos do Senhor, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do Senhor.Lá estão os tronos de justiça, os tronos da casa de Davi.

O Salmo 122 expressa a emoção dos peregrinos ao chegar a Jerusalém. Com alegria, os fiéis se juntavam três vezes durante o ano para comemorar a bondade de Deus para com eles no passado e no presente (Dt 16:16). Jerusalém era o centro da vida da nação, pois ali estavam o “testemunho de Israel” (Sl 122:4, ACF) e os tronos de justiça (Sl 122:5). “O testemunho de Israel” refere-se ao santuário, chamado de “o tabernáculo do testemunho” (Nm 1:50) e continha a “arca do testemunho” (Êx 25:22). Os tronos estabelecidos para justiça retratam o sistema judicial em Jerusalém (2Sm 8:15). A peregrinação era, portanto, o tempo em que se podia buscar e obter justiça. A fidelidade a Deus e a administração da justiça às pessoas deviam sempre andar juntas.

4. Leia Salmo 122:6-9. Qual é a principal oração do povo de Deus?

Salmo 122:6-9 (NAA)2: “6 Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam. 7 Reine paz dentro de teus muros e prosperidade nos teus palácios. 8 Por amor dos meus irmãos e amigos, eu peço: haja paz em ti! Por amor da Casa do Senhor, nosso Deus, buscarei o teu bem.”

Orar pela paz de Jerusalém invocava as bênçãos divinas sobre a cidade e seus habitantes e unia os adoradores, fazendo com que a paz se espalhasse entre eles (Sl 122:8). Jerusalém só poderia ser a cidade da paz se existisse paz entre Deus e Seu povo, e entre os próprios filhos de Deus. Assim, a oração pela paz de Jerusalém transmitia um apelo ao povo para que vivesse em paz com Deus e uns com os outros. Na paz de Jerusalém, o povo prosperaria (Sl 147:12-14).

O salmo nos ensina que a oração pelo bem-estar da comunidade de fé deve ser o assunto principal das orações dos filhos de Deus, pois somente o povo forte e unido pode proclamar as boas-novas da paz e salvação de Deus ao mundo (Jo 13:34, 35).

Orar pela paz de Jerusalém ainda é um privilégio e uma responsabilidade dos crentes, pois mantém viva a esperança da vinda do reino de paz de Deus no fim dos tempos, que abrangerá não apenas a cidade de Jerusalém, mas o mundo inteiro (Is 52:7; 66:12, 13; Ap 21–22).

Na prática, como podemos promover a harmonia entre nós como povo de Deus?

Segunda-feira, 11 de março de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Lutando pela paz – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

“Um exército em batalha ficaria confuso e enfraquecido a menos que todos trabalhassem em conjunto. Se os soldados agirem segundo suas próprias ideias impulsivas, sem considerar a posição e a atuação dos outros, seriam átomos independentes; não poderiam fazer o trabalho de um corpo organizado. Portanto, os soldados de Cristo devem agir em harmonia. Não se deve valorizar o trabalho solitário. Se fizerem isso, em lugar de estar em perfeita harmonia, tendo uma só mente, um propósito, e consagrado a um grande objetivo, verão esforços infrutíferos, e terão seu tempo e sua capacidade desperdiçados. União é força. Algumas almas convertidas agindo em harmonia, por um grande propósito, sob uma direção, alcançarão vitórias em cada confronto” (Ellen G. White, Spalding e Magan Collection, p. 121).

Por que Paulo se autodenominou “embaixador em cadeias” (Ef 6:20)? Embaixadores desempenhavam papéis desafiadores na guerra. A autodescrição de Paulo se encaixa no contexto de sua metáfora militar. Os embaixadores deveriam ser tratados com o respeito devido à pessoa ou ao país que os enviava. Portanto, há um forte contraste entre a posição de Paulo como embaixador do Governante supremo do cosmos e o total desrespeito sinalizado por suas cadeias (literalmente, “cadeia”). No entanto, uma vez que os embaixadores usavam um “colar de ofício”, é provável que a menção de uma “cadeia” estivesse “temperada com ironia”, na qual ele considerava sua cadeia como “uma insígnia a ser usada com distinção” (David J. Williams, Paul’s Metaphors: Their Context and Character [Peabody, MA: Hendrickson, 1999], p. 152).

Perguntas para consideração

O que significa “lutar pela paz” num mundo caracterizado pela violência?

Que “dardos inflamados” estão sendo arremessados em sua direção? Como você pode garantir que o “escudo da fé” esteja preparado para apagá-los?

Como podemos conduzir o “ministério da oração” com base em Efésios 6:18-20?

Ef 6:18-20 (NAA)2: “18 Orem em todo tempo no Espírito, com todo tipo de oração e súplica, e para isto vigiem com toda perseverança e súplica por todos os santos. 19 E orem também por mim, para que, no abrir da minha boca, me seja dada a palavra, para com ousadia tornar conhecido o mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazer.”

De que modo devemos tratar os feridos no grande conflito? Como lidar com os crentes que, no calor da batalha, fogem ou passam para o outro lado?

Sexta-feira, 22 de setembro de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Sapatos: a igreja como arauto da paz

Lições da Bíblia1

Um soldado romano, preparando-se para a batalha, usaria um par de sandálias resistentes. Uma sola de várias camadas continha travas robustas, que ajudavam a manter a posição e “ficar firmes” (Ef 6:11, 13, 14). Paulo explicou esse calçado usando a linguagem de Isaías 52:7 [“Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: ‘O seu Deus reina!’”], que celebra o momento em que um mensageiro traz a notícia de que Yahweh venceu a batalha por Seu povo (Is 52:8-10) e a paz reinava.

3. Paulo destacou a paz oito vezes em Efésios. Por que ele usou uma metáfora militar se desejava a paz? Ef 1:2; 2:14, 15, 17; 4:3; 6:15, 23

Ef 1:2 (NAA)2: “Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês.”

Ef 2:14, 15, 17 (NAA)2: “14 Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade. 15 Cristo aboliu a lei dos mandamentos na forma de ordenanças, para que dos dois criasse em si mesmo uma nova humanidade, fazendo a paz, […] 17 E, quando veio, Cristo evangelizou paz a vocês que estavam longe e paz também aos que estavam perto;”

Ef 4:3 (NAA)2: “fazendo tudo para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.”

Ef 6:15, 23 (NAA)2: “15 Tenham os pés calçados com a preparação do evangelho da paz, […] 23 Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo.”

Paulo celebrou a paz como obra de Cristo, “nossa paz”, Aquele que pregou paz “aos que estavam longe e paz também aos que estavam perto” (Ef 2:14-17), unindo judeus e gentios em “uma nova humanidade” (Ef 2:15). Mantendo a história do evangelho e Sua obra geradora de paz, celebrando Sua vitória passada e olhando para o brado de vitória futura, os crentes calçam os pés para a batalha. Como o mensageiro em Isaías 52:7, os crentes são mensageiros que proclamam a vitória e a paz de Cristo.

No entanto, Paulo não quer que entendamos seu chamado à batalha como um chamado para pegar armas militares contra os inimigos. É por isso que ele descreve os crentes como proclamadores do “evangelho da paz” (Ef 6:15). Ele também não deseja que os crentes sejam combativos em seus relacionamentos, uma vez que enfatizou a unidade, encorajou o discurso gentil e a amabilidade (Ef 4:25–5:2). A igreja deve “lutar pela paz” empregando o arsenal evangélico das virtudes (humildade, paciência, perdão, etc.) e práticas cristãs (oração, adoração). Tais atos são estratégicos, apontando para o grande plano de Deus de unificar todas as coisas em Cristo (Ef 1:9, 10). Como o texto a seguir nos ajuda a entender o que as metáforas militares de Paulo devem significar? “Deus nos chama a vestir a armadura. Não queremos a armadura de Saul, mas a armadura completa de Deus. Assim podemos avançar na obra com o coração cheio de ternura, compaixão e amor semelhantes aos de Cristo” (Ellen G. White, [Australasian] Union Conference Record, 28 de julho de 1899).

Terça-feira, 19 de setembro de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Lutando pela paz

Lições da Bíblia1

“Segurando sempre o escudo da fé, com o qual poderão apagar todos os dardos inflamados do maligno. Usem também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6:16, 17).

No livro devocional O Peregrino, clássico de John Bunyan, escrito enquanto ele estava na prisão, Christian é escoltado até o arsenal de armas de um palácio e lhe é mostrado “todo tipo de artefato [armamento], que seu Senhor havia provido para peregrinos, como espada, escudo, capacete, couraça e sapatos que não se desgastavam. E havia ali o suficiente para armar [habilitar] tantos homens para o serviço do Senhor quanto há estrelas no céu”. Antes de Christian partir, ele foi novamente escoltado para o arsenal onde “o armaram [habilitaram] da cabeça aos pés com o que era impenetrável, para que ele não fosse atacado no caminho”.

O que Bunyan escreveu em 1678 d.C. lembra um documento escrito cerca de 1.600 anos antes, a Epístola aos Efésios, também escrita na prisão. Nela, o notável apóstolo missionário imaginou um grande exército, a igreja, visitando o arsenal de Deus e se vestindo da panoplia divina, termo grego para armadura completa, da cabeça aos pés. O arsenal de Deus tem o suficiente do melhor armamento para que todo soldado do Seu exército seja “vestido com aço do norte da cabeça aos pés”, enquanto se propuser a promover a paz em Seu nome.

Sábado, 16 de setembro de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 

Jesus, pregador da paz

Lições da Bíblia1

4. Como Paulo resumiu o ministério de Cristo em Efésios 2:17, 18?

Efésios 2:17, 18 (ARA)2: “17 E, quando veio, Cristo evangelizou paz a vocês que estavam longe e paz também aos que estavam perto; 18 porque, por meio dele, ambos temos acesso ao Pai em um só Espírito.”

O conceito de paz é importante em Efésios, visto que a carta começa e termina com bênçãos de paz: “e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo” (Ef 1:2; Ef 6:23). Antes, em Efésios 2:11-22, Paulo argumentou que Cristo personifica a paz, “Porque Ele é a nossa paz”, e que Sua cruz produz paz (Ef 2:14-16). Cristo não só destrói algo – a hostilidade entre judeu e gentio –, mas cria uma nova humanidade, marcada por relacionamentos de reconciliação e paz (Ef 2:14-17). Tal paz não é apenas ausência de conflito, mas ecoa o conceito hebraico de shalom, a experiência de totalidade e bem-estar, no relacionamento com Deus (Rm 5:1) e com o próximo.

5. Como Paulo imaginava os crentes compartilhando a mensagem de paz de Jesus? Ef 4:3; 6:14, 15; compare Rm 10:14, 15 com Ef 2:17-19; Is 52:7; 57:19

Ef 4:3 (NAA)2: “fazendo tudo para preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz.”

6:14, 15 (ARA)2: “14 Portanto, fiquem firmes, cingindo-se com a verdade e vestindo a couraça da justiça. 15 Tenham os pés calçados com a preparação do evangelho da paz,

Rm 10:14, 15 (NAA)2: “14 Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? 15 E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!’”

Ef 2:17-19 (NAA)2: “17 E, quando veio, Cristo evangelizou paz a vocês que estavam longe e paz também aos que estavam perto; 18 porque, por meio dele, ambos temos acesso ao Pai em um só Espírito. 19 Assim, vocês não são mais estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus,

Is 52:7 (NAA)2: “7 Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: ‘O seu Deus reina!’”

Is 57:19 (ARA)2: “‘Como fruto dos seus lábios criei a paz, paz para os que estão longe e para os que estão perto’, diz o Senhor, ‘e eu o sararei.

Os evangelhos contêm exemplos de Jesus como pregador da paz. Em Suas mensagens de despedida aos discípulos, prometeu a eles e a nós: “Deixo com vocês a paz, a Minha paz lhes dou” (Jo 14:27). E concluiu: “Falei essas coisas para que em Mim vocês tenham paz. No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: Eu venci o mundo” (Jo 16:33). Após Sua ressurreição, quando apareceu aos discípulos, repetidamente dizia: “Que a paz esteja com vocês” (Jo 20:19, 21, 26).

Em Efésios 2:17, 18, Paulo ressaltou que a pregação da paz de Cristo se estendia além do período de Seu ministério terrestre. Ele “anunciou paz” tanto aos “que estavam longe” (gentios antes de serem convertidos) como aos “que estavam perto” (judeus; comparar com Ef 2:11-13). Ao aceitar essa proclamação, todos os crentes experimentam uma bênção profunda.

Como ser pregador da paz, e não condutor de conflito? A que situações você pode ajudar a levar a cura?

Quarta-feira, 26 de julho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O nobre Príncipe da Paz

Lições da Bíblia1

“Um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: ‘Maravilhoso Conselheiro’, Deus Forte, ‘Pai da Eternidade’, ‘Príncipe da Paz’” (Is 9:6)

O Dr. Robert Oppenheimer, que supervisionou a criação da primeira bomba atômica, apresentou-se diante de um Comitê do Congresso nos Estados Unidos. Perguntaram se havia alguma defesa contra a arma. “Certamente”, respondeu o físico. “E ela é…” Diante do silêncio do público, ele disse: “a paz”. (Compilado por Paul Lee Tan, Enciclopedia of 7.700 Illustrations:  Signs ofthe Times; Rockville, Maryland: Assurance Publishers, 1985, p. 989).

A paz é um sonho vago e inatingível. Desde que a História passou a ser registrada, estima-se que o mundo esteve completamente em paz apenas cerca de 8% do tempo. Pelo menos oito mil tratados foram violados (ibid., p. 987, adaptado). Durante os cinquenta anos seguintes ao fim da Primeira Guerra Mundial (a guerra que deveria supostamente ter acabado com todas as guerras), houve apenas dois minutos de paz para cada ano de guerra.

Em 1895, Alfred Nobel, o inventor da dinamite, estipulou um fundo para estabelecer um prêmio para indivíduos que dessem uma contribuição extraordinária à paz (ibid., p. 988). Contudo, nos últimos anos, até alguns vencedores do Nobel da Paz estiveram envolvidos em conflitos violentos.

Nesta semana, estudaremos sobre o Único que traz a paz real e eterna.

Sábado, 23 de janeiro de 2021. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Isaías: Consolo para o povo de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 503, jan. fev. mar. 2021. Adulto, Professor.