Praticando a oração no campo de batalha

Lições da Bíblia1

Ao concluir a exortação de batalha, Paulo instou os crentes à oração contínua “por todos os santos” e por si mesmo como embaixador em cadeias (Ef 6:18-20). Esse chamado à oração pode ser visto como uma extensão das imagens militares, uma vez que clamar a Deus (ou aos deuses) em oração era uma prática comum no antigo campo de batalha. Para citar um exemplo bíblico: após a mensagem de Jaaziel sobre a batalha, Josafá levou “todo o Judá e os moradores de Jerusalém” a se prostrarem “diante do Senhor” e O adorarem (2Cr 20:18). Embora a oração não seja uma sétima peça da armadura, é parte integrante da exortação de batalha e da metáfora militar de Paulo.

No primeiro de dois pedidos de oração, Paulo pediu aos leitores que fizessem oração fervorosa, urgente e perseverante “por todos os santos” (Ef 6:18). Para que a igreja seja bem-sucedida na luta contra os poderes do mal, precisará praticar a dependência de Deus por meio da oração inspirada no Espírito.

O segundo pedido de oração de Paulo foi por si mesmo, para que Deus lhe concedesse a mensagem certa (“me seja dada a palavra”), no tempo devido (“no abrir da minha boca”), para transmiti-la da maneira correta (“com ousadia”) e com um tema muito importante, “o mistério do evangelho” (Ef 6:19). Essa última frase se refere ao que chamamos de “segredo revelado” da intervenção divina em Cristo para resgatar gentios e judeus (Ef 3:1-13), criando “uma nova humanidade” (Ef 2:15; 2:11-22) como sinal do plano maior de “unir todas as coisas” em Cristo (Ef 1:10).

5. Reveja os seguintes “chamados à oração” no NT. Qual deles o inspira mais e por quê? Lc 18:1-8; Fp 4:6; Cl 4:2; 1Ts 5:16-18

Lc 18:1-8 (NAA)2: “1 Jesus lhes contou uma parábola para mostrar que deviam orar sempre e nunca desanimar: 2 — Em certa cidade havia um juiz que não temia a Deus, nem respeitava ninguém. 3 Havia também, naquela mesma cidade, uma viúva que sempre o procurava, dizendo: “Julgue a minha causa contra o meu adversário.” 4 Por algum tempo, ele não a quis atender, mas depois pensou assim: “É bem verdade que eu não temo a Deus, nem respeito ninguém. 5 Porém, como esta viúva fica me incomodando, vou julgar a sua causa, para não acontecer que, por fim, venha a molestar-me.” 6 Então o Senhor disse: — Ouçam bem o que diz este juiz iníquo. 7 Será que Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los? 8 Digo a vocês que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando o Filho do Homem vier, será que ainda encontrará fé sobre a terra?

Fp 4:6 (NAA)2: “Não fiquem preocupados com coisa alguma, mas, em tudo, sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela oração e pela súplica, com ações de graças.

Cl 4:2 (NAA)2: “Continuem a orar, vigiando em oração com ação de graças.

1Ts 5:16-18 (NAA)2: “16 Estejam sempre alegres. 17 Orem sem cessar. 18 Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus.”

Por que os crentes são instados com frequência a orar com fervor e perseverança? A metáfora militar de Paulo sugere duas respostas: (1) a ameaça de batalha espiritual contra uma gama de inimigos sobrenaturais é terrível e real; (2) as promessas divinas de força espiritual e vitória são ilustradas por meio das metáforas militares (Ef 6:10-17). A oração fervorosa e constante dá oportunidade para ouvirmos atentamente essas promessas, celebrá-las e agradecer a Deus os recursos de Sua graça.

Quinta-feira, 21 de setembro de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Oração e ações de graça

Lições da Bíblia1

Motivado pelas notícias de que os crentes em Éfeso estavam crescendo na fé em Jesus e no amor uns pelos outros (talvez essas informações tenham sido compartilhadas por Tíquico; Ef 6:21, 22), Paulo contou-lhes o quanto orava por eles.

1. Compare os dois relatos de oração de Paulo em Efésios 1:15-23 e 3:14-21. Que temas os textos têm em comum?

Efésios 1:15-23 (ARA)2: “15 Por isso, também eu, tendo ouvido a fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos, 16 não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, 17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, 18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos 19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder; 20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, 21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro. 22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés e, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, 23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.”

Efésios 3:14-21 (ARA)2: “14 Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, 15 de quem toma o nome toda família, tanto no céu como sobre a terra, 16 para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; 17 e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, 18 a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade 19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus. 20 Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, 21 a ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!”

Às vezes, nosso padrão de oração tem um tom pesaroso, e lamentamos os desafios e problemas. Os relatos de oração de Paulo em Efésios sugerem que a ação de graças é a língua original da oração. Agradecemos as bênçãos divinas. Buscamos discernir Deus em ação em circunstâncias difíceis e O louvamos por Sua presença transformadora em nossa vida. Celebrando a graça e o poder do Jesus exaltado (Ef 1:20-23), somos gratos por abençoar pessoas sob nossa influência. Eis o segredo transformador de Paulo: a oração é a chave do louvor e da ação de graças.

Paulo também disse: “não cesso de dar graças por vocês, mencionando-os nas minhas orações” (Ef 1:16; veja também Fp 1:3, 4; 1Ts 1:2; 5:16-18).

O que significa orar sem cessar (1Ts 5:17)? Não significa que estamos sempre ajoelhados em oração, mas que, abençoados por Deus, vivemos com o coração aberto à presença e ao poder divinos, buscando sinais para demonstrarmos gratidão a Ele. Significa prontidão para processar as questões da vida na presença divina e buscar o conselho divino à medida que experimentamos as reviravoltas da vida. Significa não viver distanciado de Deus, mas comprometido com Ele, sempre aberto à Sua liderança.

Às vezes vemos a oração como uma gentileza, um complemento ao discipulado que deve ser exercido quando for conveniente. Paulo ilustrou uma noção diferente. Ele levava a sério a tarefa de orar pelos efésios e o fazia agradecendo (Ef 1:16; 1:3-14) e intercedendo por eles (Ef 1:17-23; 3:14-21). Para ele, a oração é uma tarefa central da fé cristã. Esses versos apresentam um chamado à oração, um convite para considerar o próprio “ministério de oração” à luz da dedicação de Paulo a ele.

Por que é importante sempre apresentar a Deus, em oração, seus motivos de gratidão?

Domingo, 09 de julho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Abordagem bíblica e com espírito de oração

Lições da Bíblia

“5. Leia Atos 17:11; 8:35; 15:15, 16. O que os apóstolos e os membros da igreja primitiva fizeram quando foram confrontados com questões difíceis? Por que as Escrituras ainda são a melhor fonte para sua própria interpretação?”1

Atos 17:11 (ARA): “Ora, estes de Bereia eram mais nobres que os de Tessalônica; pois receberam a palavra com toda a avidez, examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.”

Atos 8:35 (ARA): “Então, Filipe explicou; e, começando por esta passagem da Escritura, anunciou-lhe a Jesus.”

Atos 15:15, 16 (ARA): “15 Conferem com isto as palavras dos profetas, como está escrito: 16 Cumpridas estas coisas, voltarei e reedificarei o tabernáculo caído de Davi; e, levantando-o de suas ruínas, restaurá-lo-ei.”

“A melhor solução para as dificuldades da Bíblia ainda se encontra na própria Bíblia. Lidamos melhor com os problemas bíblicos quando os estudamos à luz de todas as Escrituras, em vez de apenas lidarmos com um único texto isoladamente dos outros ou de toda a Palavra. Devemos, de fato, usar a Bíblia para compreender a própria Bíblia. Aprender a escavar as grandes verdades encontradas nas Escrituras é uma das coisas mais importantes que podemos fazer.”1

“Se você não entende uma passagem das Escrituras, tente reunir algum conhecimento de outras passagens bíblicas que tratam do mesmo assunto. Sempre busque encontrar declarações claras das Escrituras para esclarecer as passagens que são menos claras. Também é muito importante nunca obscurecer declarações inequívocas das Escrituras, trazendo a elas passagens difíceis de entender. Em vez de usar fontes extrabíblicas, a filosofia ou a ciência para explicar o significado da Bíblia, devemos permitir que o próprio texto das Escrituras nos revele seu significado.”1

“Dizem que, quando estamos ajoelhados, literalmente olhamos para as dificuldades de uma nova perspectiva, pois, em oração, sinalizamos que precisamos de ajuda divina para interpretar e compreender as Escrituras. Em oração, buscamos a iluminação de nossa mente por meio do mesmo Espírito Santo que inspirou os escritores bíblicos a escrever o que escreveram.”1

“Em oração, nossos motivos são revelados e podemos dizer a Deus por que desejamos entender o que lemos. Em oração, pedimos ao Senhor que abra nossos olhos para a Sua Palavra e nos dê um espírito disposto a seguir e praticar a Sua verdade (isso é fundamental!). Quando Deus nos guia mediante Seu Espírito Santo em resposta às nossas orações, Ele não contradiz o que revelou na Bíblia. Deus sempre estará em harmonia com a Bíblia. O Senhor confirmará o que Ele mesmo inspirou os escritores bíblicos a nos comunicar e edificará com base nesses escritos.”1

“Como a oração ajuda você a ter a atitude correta para compreender mais e obedecer à Palavra?”1

Peça a Deus a capacidade de ser fiel com alegria e generosidade.

Quinta-feira, 18 de junho de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Com interpretar as Escrituras Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 500, abr. mai. jun. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Novamente, jejum e oração

Lições da Bíblia

“1. Leia Daniel 10:1-3. O que o profeta estava fazendo novamente?”1

Daniel 10:1-3 (ARA)2: “1 No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome é Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; ele entendeu a palavra e teve a inteligência da visão. 2 Naqueles dias, eu, Daniel, pranteei durante três semanas. Manjar desejável não comi, nem carne, nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas inteiras.

“Daniel não explicou as razões de seu prolongado período de luto. Mas uma intercessão tão fervorosa provavelmente tenha sido motivada pela situação dos judeus, que tinham acabado de retornar de Babilônia à Palestina.”1

“2. Leia Esdras 4:1-5. Quais desafios os judeus estavam enfrentando em seu retorno? Assinale ‘V’ para verdadeiro ou ‘F’ para falso:”1

Esdras 4:1-5 (ARA)2: “1 Ouvindo os adversários de Judá e Benjamim que os que voltaram do cativeiro edificavam o templo ao Senhor, Deus de Israel, 2 chegaram-se a Zorobabel e aos cabeças de famílias e lhes disseram: Deixai-nos edificar convosco, porque, como vós, buscaremos a vosso Deus; como também já lhe sacrificamos desde os dias de Esar-Hadom, rei da Assíria, que nos fez subir para aqui. 3 Porém Zorobabel, Jesua e os outros cabeças de famílias lhes responderam: Nada tendes conosco na edificação da casa a nosso Deus; nós mesmos, sozinhos, a edificaremos ao Senhor, Deus de Israel, como nos ordenou Ciro, rei da Pérsia. 4 Então, as gentes da terra desanimaram o povo de Judá, inquietando-o no edificar; alugaram contra eles conselheiros para frustrarem o seu plano, todos os dias de Ciro, rei da Pérsia, até ao reinado de Dario, rei da Pérsia.

A. (   ) Oposição na reconstrução do templo, da parte dos povos ao redor.
B. (   ) Estavam sem condições financeiras para concluir a reconstrução.

Resposta sugestiva: V; F.

“Em Esdras 4:1-5, vemos que, naquele momento, os judeus estavam enfrentando forte oposição ao tentarem reconstruir o templo. Os samaritanos tinham enviado relatórios falsos à corte persa, incitando o rei a interromper a obra. Diante dessa crise, Daniel implorou a Deus por três semanas para que Ele influenciasse Ciro a permitir que a obra continuasse.”1

“Naquele momento, Daniel estava provavelmente perto de noventa anos de idade. Ele não estava pensando em si, mas em seu povo e nos desafios que enfrentava. Ele persistiu em oração por três semanas inteiras antes de receber uma resposta de Deus. Durante esse tempo, o profeta seguiu uma dieta muito modesta, abstendo-se de comida de sua escolha e até mesmo de unguento. Ele estava completamente indiferente ao seu conforto e aparência, mas estava profundamente preocupado com o bem-estar de seus companheiros judeus em Jerusalém a milhares de quilômetros de distância.”1

“Ao observarmos a vida de oração de Daniel, aprendemos algumas lições valiosas. Primeiramente, devemos persistir em oração, mesmo quando nossas petições não são respondidas imediatamente. Em segundo lugar, devemos dedicar tempo para orar por outras pessoas. Há algo especial na oração intercessória. Lembre-se de que ‘mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos’ (Jó 42:10). Em terceiro lugar, a oração leva Deus a fazer algo concreto e real. Portanto, oremos sempre, todos os tipos de prece. Diante de provações insuportáveis, grandes problemas e desafios esmagadores, levemos nossos fardos a Deus em oração (Ef 6:18).”1

Leia Daniel 10:12 (ARA)2: “Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim.”

O que esse texto revela sobre a oração como uma experiência objetiva que leva Deus a fazer alguma coisa, em vez de ser apenas uma experiência subjetiva que faz com que nos sintamos bem a respeito de Deus?

Peça ao Senhor, cada dia, o batismo do Espírito Santo.

Sábado, 08 de março de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Daniel. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 499, jan. fev. mar. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

A obra do Messias

Lições da Bíblia

“A oração intercessória de Daniel aborda dois assuntos principais: os pecados do povo e a desolação de Jerusalém. Portanto, a resposta de Deus trata das petições a respeito dessas duas questões. Mediante a obra do Messias, o povo seria redimido, e o santuário seria ungido. Contudo, as duas petições específicas foram respondidas de maneiras que transcendem o horizonte histórico imediato de Daniel: a obra do Messias beneficiaria toda a humanidade.”1

“5. Leia Daniel 9:21-27. Que obra deveria ser feita dentro do período de 70 semanas? Por que somente Jesus podia realizá-la?”1

Daniel 9:21-27 (ARA): “21 Falava eu, digo, falava ainda na oração, quando o homem Gabriel, que eu tinha observado na minha visão ao princípio, veio rapidamente, voando, e me tocou à hora do sacrifício da tarde. 22 Ele queria instruir-me, falou comigo e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido. 23 No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; considera, pois, a coisa e entende a visão. 24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, para dar fim aos pecados, para expiar a iniquidade, para trazer a justiça eterna, para selar a visão e a profecia e para ungir o Santo dos Santos. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as praças e as circunvalações se reedificarão, mas em tempos angustiosos. 26 Depois das sessenta e duas semanas, será morto o Ungido e já não estará; e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será num dilúvio, e até ao fim haverá guerra; desolações são determinadas. 27 Ele fará firme aliança com muitos, por uma semana; na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; sobre a asa das abominações virá o assolador”

“1. ‘Fazer cessar a transgressão’. A palavra hebraica para ‘transgressão’ (pesha’) sugere a violação proposital da parte de um inferior contra um superior (por exemplo, Pv 28:24). Essa palavra também ocorre na Bíblia a respeito da declarada oposição dos seres humanos a Deus (Ez 2:3). Contudo, mediante o sangue de Jesus, a rebelião contra Deus é aniquilada, e o homem recebe os méritos que fluem do Calvário.”1

“2. ‘Dar fim aos pecados’. O verbo ūlahātêm tem o significado de ‘selar’ e, nesse texto, significa que o pecado é perdoado. Desde a queda, a humanidade tem sido incapaz de viver de acordo com os padrões de Deus, mas o Messias cuidaria de nossos fracassos.”1

“3. ‘Expiar a iniquidade’. Como Paulo declarou: ‘Aprouve a Deus que, Nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio Dele, reconciliasse Consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a Terra, quer nos Céus’ (Cl 1:19,20). De igual maneira, nesse texto somente Jesus pode proporcionar essa realidade.”

“4. ‘Trazer a justiça eterna’. Cristo tomou o nosso lugar na cruz e, por meio disso, concedeu-nos a bendita condição de ‘ser justos’ diante de Deus. Somente pela fé podemos receber essa justiça que vem do Senhor.”1

“5. ‘Selar a visão e a profecia’. Quando Cristo Se ofereceu em sacrifício, as profecias do Antigo Testamento que apontavam para Sua obra expiatória foram seladas, no sentido de terem sido cumpridas.”1

“6. ‘Ungir o Santo dos Santos’. O Santo dos Santos mencionado aqui não é uma pessoa, mas um lugar. Portanto, a declaração se refere à inauguração do ministério de intercessão de Cristo no santuário celestial (Hb 8:1).”

Aproxime-se de Cristo com arrependimento e confissão.

Quarta-feira, 04 de março de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Daniel. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 499, jan. fev. mar. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Um apelo à graça

Lições da Bíblia

“2. Leia Daniel 9:3-19. Com base em que Daniel fez seu apelo por misericórdia? Assinale ‘V’ para verdadeiro ou ‘F’ para falso:”1

Daniel 9:3-19 (ARA)2: 3 Voltei o rosto ao Senhor Deus, para o buscar com oração e súplicas, com jejum, pano de saco e cinza. 4 Orei ao Senhor, meu Deus, confessei e disse: ah! Senhor! Deus grande e temível, que guardas a aliança e a misericórdia para com os que te amam e guardam os teus mandamentos; 5 temos pecado e cometido iniquidades, procedemos perversamente e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos; 6 e não demos ouvidos aos teus servos, os profetas, que em teu nome falaram aos nossos reis, nossos príncipes e nossos pais, como também a todo o povo da terra. 7 A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós, o corar de vergonha, como hoje se vê; aos homens de Judá, os moradores de Jerusalém, todo o Israel, quer os de perto, quer os de longe, em todas as terras por onde os tens lançado, por causa das suas transgressões que cometeram contra ti. 8 Ó Senhor, a nós pertence o corar de vergonha, aos nossos reis, aos nossos príncipes e aos nossos pais, porque temos pecado contra ti. 9 Ao Senhor, nosso Deus, pertence a misericórdia e o perdão, pois nos temos rebelado contra ele 10 e não obedecemos à voz do Senhor, nosso Deus, para andarmos nas suas leis, que nos deu por intermédio de seus servos, os profetas. 11 Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso, a maldição e as imprecações que estão escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramaram sobre nós, porque temos pecado contra ti. 12 Ele confirmou a sua palavra, que falou contra nós e contra os nossos juízes que nos julgavam, e fez vir sobre nós grande mal, porquanto nunca, debaixo de todo o céu, aconteceu o que se deu em Jerusalém. 13 Como está escrito na Lei de Moisés, todo este mal nos sobreveio; apesar disso, não temos implorado o favor do Senhor, nosso Deus, para nos convertermos das nossas iniquidades e nos aplicarmos à tua verdade. 14 Por isso, o Senhor cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as suas obras que faz, pois não obedecemos à sua voz. 15 Na verdade, ó Senhor, nosso Deus, que tiraste o teu povo da terra do Egito com mão poderosa, e a ti mesmo adquiriste renome, como hoje se vê, temos pecado e procedido perversamente. 16 Ó Senhor, segundo todas as tuas justiças, aparte-se a tua ira e o teu furor da tua cidade de Jerusalém, do teu santo monte, porquanto, por causa dos nossos pecados e por causa das iniquidades de nossos pais, se tornaram Jerusalém e o teu povo opróbrio para todos os que estão em redor de nós. 17 Agora, pois, ó Deus nosso, ouve a oração do teu servo e as suas súplicas e sobre o teu santuário assolado faze resplandecer o rosto, por amor do Senhor. 18 Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. 19 Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.

A. (   ) Com base no bom procedimento de Israel.
B. (   ) Com base na justiça do Senhor e em Sua misericórdia.

Resposta sugestiva: F; V.

“Devemos observar especialmente alguns pontos na oração de Daniel: Primeiramente, em nenhuma parte da oração o profeta pediu qualquer tipo de explicação para as calamidades que haviam acontecido com o povo judeu. Ele sabia o motivo. De fato, na maior parte da oração o próprio Daniel explicou a razão para essas calamidades: ‘Não obedecemos à voz do SENHOR, nosso Deus, para andarmos nas Suas leis, que nos deu por intermédio de Seus servos, os profetas’ (Dn 9:10). A última vez em que vimos Daniel necessitando compreender alguma coisa foi no fim do capítulo 8, quando ele declarou que não compreendia a visão das 2.300 tardes e manhãs (Dn 8:27).”1

“O segundo ponto é que essa oração é um apelo à graça de Deus, à Sua disposição de perdoar Seu povo, mesmo que tivesse pecado e feito o mal. Em certo sentido, vemos aqui uma poderosa ilustração do evangelho, de pessoas pecadoras que não tinham mérito próprio, mas que buscaram a graça que não merecem e o perdão ao qual não têm direito. Não é esse um exemplo da nossa situação individual diante de Deus?”1

“3. Leia Daniel 9:18,19. Que outra razão Daniel deu para que o Senhor respondesse à sua oração? Assinale a alternativa correta:”1

Daniel 9:18,19 (ARA)2: “18 Inclina, ó Deus meu, os ouvidos e ouve; abre os olhos e olha para a nossa desolação e para a cidade que é chamada pelo teu nome, porque não lançamos as nossas súplicas perante a tua face fiados em nossas justiças, mas em tuas muitas misericórdias. 19 Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não te retardes, por amor de ti mesmo, ó Deus meu; porque a tua cidade e o teu povo são chamados pelo teu nome.”

A. (   ) A honra do nome de Deus.
B. (   ) A promessa de que não pecariam mais.

Resposta sugestiva: Alternativa A.

“Outro aspecto da oração de Daniel merece ser mencionado: o apelo à honra do nome de Deus. Ou seja, a oração não foi motivada pela conveniência pessoal de Daniel nem de seu povo, mas por causa do próprio Deus (Dn 9:17-19). Em outras palavras, uma resposta positiva à oração do profeta traria honra ao nome de Deus.”1

Leia 2Reis 19:15-19. Em quais aspectos a oração de Ezequias se parece com a de Daniel? De acordo com Mateus 5:16, como podemos também glorificar a Deus?

2Reis 19:15-19 (ARA)2: “15 e orou perante o Senhor, dizendo: Ó Senhor, Deus de Israel, que estás entronizado acima dos querubins, tu somente és o Deus de todos os reinos da terra; tu fizeste os céus e a terra. 16 Inclina, ó Senhor, o ouvido e ouve; abre, Senhor, os olhos e vê; ouve todas as palavras de Senaqueribe, as quais ele enviou para afrontar o Deus vivo. 17 Verdade é, Senhor, que os reis da Assíria assolaram todas as nações e suas terras 18 e lançaram no fogo os deuses deles, porque deuses não eram, senão obra de mãos de homens, madeira e pedra; por isso, os destruíram. 19 Agora, pois, ó Senhor, nosso Deus, livra-nos das suas mãos, para que todos os reinos da terra saibam que só tu és o Senhor Deus.”

Segunda-feira, 02 de março de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Daniel. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 499, jan. fev. mar. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Da confissão à consolação

Lições da Bíblia

“Ó Senhor, ouve; ó Senhor, perdoa; ó Senhor, atende-nos e age; não Te retardes, por amor de Ti mesmo, ó Deus meu; porque a Tua cidade e o Teu povo são chamados pelo Teu nome” (Dn 9:19).

“O capítulo 9 de Daniel contém uma das grandiosas orações da Bíblia. Em momentos cruciais de sua vida, o profeta recorreu à oração para enfrentar os desafios que estavam diante dele. Quando ele e seus colegas estavam prestes a ser mortos por causa do misterioso sonho de um rei pagão, o profeta se aproximou de Deus em oração (Dn 2). E quando um decreto real proibiu petições a qualquer deus, exceto ao rei, Daniel continuou fazendo suas orações diárias em direção a Jerusalém (Dn 6). Portanto, ao considerarmos a oração em Daniel 9, lembremo-nos de que a visão das 2.300 tardes e manhãs em Daniel 8 havia impactado grandemente o profeta. Embora os contornos gerais dessa profecia tivessem sido explicados, Daniel não conseguiu compreender o período de tempo comunicado no diálogo entre os dois seres celestiais: ‘Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado’ (Dn 8:14). Somente no capítulo 9 o profeta recebeu mais luz, e dessa vez, também, em resposta à fervorosa oração.”1

Sábado, 29 de fevereiro de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Daniel. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 499, jan. fev. mar. 2020. Adulto, Professor. 

A oração de Daniel

Lições da Bíblia

“Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6:6).1

“3. Leia Daniel 6:10. Por que Daniel simplesmente não orou de uma forma que ninguém o visse? Assinale a alternativa correta:”1

Daniel 6:10 (ARA): “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer.”

A. (   ) Porque queria se exibir para os oficiais.
B. (   ) Embora fosse discreto, ele não podia negar sua fé e sua confiança em Deus.

Resposta sugestiva: Alternativa B.

“Daniel era um estadista experiente, mas, acima de tudo, era servo de Deus. Sendo assim, ele era o único membro do governo que entendia o que estava por trás do decreto do rei. Para Dario, essa ordem representava uma oportunidade para fortalecer a unidade do reino, mas para os conspiradores era uma estratégia para se livrarem de Daniel.”1

“Evidentemente, as verdadeiras causas e os motivos por trás da conspiração residiam na batalha cósmica entre Deus e as forças do mal. Naquela ocasião (539 a.C.), o profeta já havia recebido as visões registradas em Daniel 7 (553 a.C.) e 8 (551 a.C.). Portanto, ele entendia o decreto real não como uma questão de mera política humana, mas como um exemplo dessa guerra cósmica. A visão do Filho do Homem entregando o reino ao povo do Altíssimo e o auxílio animador do anjo intérprete (Dn 7) podem ter lhe dado coragem para enfrentar a crise com determinação. Ele também pode ter refletido sobre a experiência de seus companheiros, que tinham sido corajosos o suficiente para desafiar o decreto de Nabucodonosor (Dn 3).”1

“Portanto, ele não mudou seus hábitos devocionais, mas continuou sua costumeira prática de orar três vezes por dia em direção a Jerusalém. Apesar da proibição de fazer petições a qualquer homem ou deus, exceto ao rei, Daniel também não tomou precauções para esconder nem disfarçar sua vida de oração durante aqueles trinta dias críticos. Ele era uma minoria absoluta, já que era o único, entre dezenas de governadores e outros oficiais, contrariando o decreto real. Contudo, mediante sua aberta vida de oração, ele demonstrou que a lealdade que devia a Deus vinha antes de sua lealdade ao rei e a seu decreto irrevogável.”1

“Leia Atos 5:27-32 [‘27 Trouxeram-nos, apresentando-os ao Sinédrio. E o sumo sacerdote interrogou-os, 28 dizendo: Expressamente vos ordenamos que não ensinásseis nesse nome; contudo, enchestes Jerusalém de vossa doutrina; e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem. 29 Então, Pedro e os demais apóstolos afirmaram: Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens. 30 O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro. 31 Deus, porém, com a sua destra, o exaltou a Príncipe e Salvador, a fim de conceder a Israel o arrependimento e a remissão de pecados. 32 Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos que lhe obedecem.’]2.

“Embora a admoestação seja clara nesse texto, quando agimos em oposição à lei humana, por que devemos estar sempre certos de que estamos fazendo verdadeiramente a vontade de Deus?”1

Dez Dias de Oração e Resgate – 6º dia: hoje vamos orar por decisões importantes que precisamos tomar.

Terça-feira, 11 de fevereiro de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Daniel. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 499, jan. fev. mar. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.