Justiça para os oprimidos

Lições da Bíblia1

2. Leia os Salmos 9:18; 12:5; 40:17; 41:1-3; 113:7; 146:6-10. Qual é a mensagem para nós, mesmo no presente?

Sl 9:18 (NAA)2: “Pois o necessitado não será esquecido para sempre, e a esperança dos aflitos não será frustrada perpetuamente.”

Sl 12:5 (NAA)2: “Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, eu me levantarei agora”, diz o Senhor, “e porei a salvo aquele que anseia por isso.”

Sl 40:17 (NAA)2: “Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim. Tu és o meu amparo e o meu libertador; não te demores, ó Deus meu!”

Sl 41:1-3 (NAA)2: “1 Bem-aventurado é aquele que ajuda os necessitados; o Senhor o livra no dia do mal. 2 O Senhor o protege, preserva-lhe a vida e o faz feliz na terra; não o entrega à vontade dos seus inimigos. 3 O Senhor o assiste no leito da enfermidade. Quando doente, tu lhe restauras a saúde.”

Sl 113:7 (NAA)2: “Ele levanta o pobre do pó e tira o necessitado do monte de lixo,”

Sl 146:6-10 (NAA)2: “6 que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade. 7 Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados. 8 O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos. 9 O Senhor guarda o estrangeiro, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios. 10 O Senhor reina para sempre; o seu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!”

Deus demonstra cuidado e preocupação especial pela justiça em relação aos diferentes grupos vulneráveis, incluindo os pobres, necessitados, oprimidos, órfãos, viúvas, viúvos e estrangeiros. Salmos, como a Lei e os profetas, são claros nesse ponto (Êx 22:21-27; Is 3:13-15). Muitos salmos usam a expressão “pobres e necessitados” e evitam representar os oprimidos em termos exclusivamente nacionais e religiosos. Isso é feito para destacar o cuidado universal de Deus por toda a humanidade.

A expressão “pobres e necessitados” não se limita à pobreza material, mas significa também vulnerabilidade e desamparo. Apela à compaixão divina e transmite a ideia de que o sofredor está sozinho e não tem outro auxílio senão Deus. “Pobre e necessitado” também representa a sinceridade, veracidade e amor daquele que confessa a total dependência de Deus e renuncia a qualquer traço de autossuficiência e autoafirmação.

Cuidar dos desfavorecidos (Sl 41:1-3) demonstra a fidelidade do povo a Deus. Prejudicar os vulneráveis era pecado particularmente abominável na cultura bíblica (Dt 15:7-11). Os salmos inspiram pessoas fiéis a levantar a voz contra toda opressão.

Os salmos também destacam a futilidade de fundamentar a confiança nos meios humanos perecíveis como fonte máxima de sabedoria e segurança. O povo de Deus deve resistir à tentação de depositar fé suprema para salvação em líderes e instituições humanas, especialmente quando diferem dos caminhos de Deus.

Em Sua graça, nosso Senhor Se identificou com os pobres tornando-se Ele mesmo pobre, para que, por meio da Sua pobreza, muitos se tornassem ricos (2Co 8:9). As riquezas de Cristo incluem a libertação de toda opressão trazida pelo pecado, e Ele nos promete a vida eterna no reino de Deus (Ap 21:4). Jesus Cristo cumpre as promessas dos salmos como o Juiz divino, que julgará todos os maus-tratos aos necessitados, bem como a negligência do dever para com eles (Mt 25:31-46).

Quanto pensamos nos “pobres e necessitados” entre nós, e quanto fazemos por eles?

Segunda-feira, 05 de fevereiro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro dos Salmos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 515, jan. fev. mar. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Uma voz para os que não têm voz

Lições da Bíblia

“Salomão escreveu que há ‘tempo de estar calado e tempo de falar’ (Ec 3:7). Ele estava certo. Encontrar o equilíbrio não é simples para ninguém. Mas, quando se trata de defender os oprimidos, de ser uma voz para os que não têm voz e vencer o mal com o bem é possível que tenhamos errado pelo demasiado silêncio quando nossa voz deveria ter sido ouvida.”1

“Os cristãos muitas vezes falam sobre ser as mãos e os pés de Jesus, referindo-se ao chamado para o serviço prático em favor dos outros, como Jesus deseja que façamos. Mas na função profética demonstrada na Bíblia, o primeiro chamado de Deus é para que homens e mulheres sejam Sua voz e, ao falarem em Seu nome, que também falem em nome daqueles que Deus deseja defender

(veja Sl 146:6-10 [‘6 que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e mantém para sempre a sua fidelidade. 7 Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados. 8 O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos.  9 O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva, porém transtorna o caminho dos ímpios. 10 O Senhor reina para sempre; o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia!’]).”1

“5. Leia Isaías 58:1-10. O que essa mensagem, dada em seu tempo, lugar e contexto específicos, diz a nós hoje, em outra época, lugar e contexto? O que mudou desde a época em que Isaías a escreveu?”1

Isaías (58:1-10 ARA)2: “1 Clama a plenos pulmões, não te detenhas, ergue a voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão e à casa de Jacó, os seus pecados. 2 Mesmo neste estado, ainda me procuram dia a dia, têm prazer em saber os meus caminhos; como povo que pratica a justiça e não deixa o direito do seu Deus, perguntam-me pelos direitos da justiça, têm prazer em se chegar a Deus, 3 dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho.Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto. 5 Seria este o jejum que escolhi, que o homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao Senhor? 6 Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? 8 Então, romperá a tua luz como a alva, a tua cura brotará sem detença, a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do Senhor será a tua retaguarda; 9 então, clamarás, e o Senhor te responderá; gritarás por socorro, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o dedo que ameaça, o falar injurioso; 10 se abrires a tua alma ao faminto e fartares a alma aflita, então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.”

“O apelo dos profetas por justiça nunca foi um caminho para a popularidade. Mas motivados pela ordem de Deus, compreendendo Seu desejo de justiça, compadecendo-se da condição dos pobres e oprimidos e buscando o melhor para a sociedade, os profetas ousaram ser a voz dos que não tinham voz, apesar da oposição, incômodo e perigo (1Pe 3:17).”1

“Com base em nossa compreensão do evangelho e no chamado para refletir Jesus para o mundo, os adventistas do sétimo dia também têm muitas coisas boas a oferecer em relação ao tratamento do problema do mal no mundo.”1

“Veja alguns exemplos: ‘Os adventistas […] creem que as ações para reduzir a pobreza e suas resultantes injustiças sejam uma parte importante da responsabilidade social cristã. A Bíblia revela claramente o interesse especial de Deus pelos pobres e Suas expectativas quanto à maneira em que Seus seguidores devem auxiliar os incapazes de cuidar de si mesmos. Todo ser humano carrega a imagem de Deus e é destinatário de Sua bênção (Lc 6:20). Quando trabalhamos com os pobres, seguimos o exemplo e o ensino de Jesus (Mt 25:35, 36). Como comunidade espiritual, os adventistas do sétimo dia defendem a justiça para os pobres e abrem ‘a boca a favor do mudo’ (Pv 31:8) e contra os que privam ‘os pobres de seus direitos’ (Is 10:2; NVI). Agimos de acordo com Deus que mantém ‘o direito do necessitado’ (Sl 140:12; Declaração Oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia Sobre a Pobreza Mundial, 24 de junho de 2010).”1

Quinta-feira, 19 de setembro de 2019. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. “Meus pequeninos irmãos”: servindo aos necessitados. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 496, jul. ago. set. 2019. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Salmos: cânticos de esperança para os oprimidos

Lições da Bíblia

“Como já observamos, Deus vê e ouve pessoas em aflição e dificuldade. Na maioria das vezes, nos Salmos, vemos o clamor de pessoas que confiavam em Deus, mas não viam a justiça sendo feita. As afirmações sobre a bondade, a justiça e o poder de Deus pareciam sufocadas diante da injustiça e opressão vivenciadas e observadas pelas vozes desses cânticos.”1

“No entanto, esses são os hinos dos que ainda estavam cantando. Nem sua vida nem sua fé haviam se extinguido. Ainda havia esperança; e a urgência era que Deus agisse antes que fosse tarde demais, antes que o mal triunfasse, antes que os oprimidos fossem destruídos pelo peso do mal trazido contra eles. Dessa maneira, os escritores dos Salmos tentaram preencher a lacuna entre as declarações de sua fé e as provações e tragédias da vida.”1

“1. Leia o Salmo 9:7-9, 13-20. Com base no texto, você imagina as circunstâncias em que Davi estava? Pode sentir a tensão entre sua fé na bondade de Deus e sua experiência? Como fica sua fé em meio às provações?”1

Salmo (9:7-9, 13-20 ARA)2: “7 Mas o SENHOR permanece no seu trono eternamente, trono que erigiu para julgar. 8 Ele mesmo julga o mundo com justiça; administra os povos com retidão. 9 O SENHOR é também alto refúgio para o oprimido, refúgio nas horas de tribulação. […] 13 Compadece-te de mim, SENHOR; vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte; 14 para que, às portas da filha de Sião, eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação. 15 Afundam-se as nações na cova que fizeram, no laço que esconderam, prendeu-se-lhes o pé. 16 Faz-se conhecido o SENHOR, pelo juízo que executa; enlaçado está o ímpio nas obras de suas próprias mãos. 17 Os perversos serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus. 18 Pois o necessitado não será para sempre esquecido, e a esperança dos aflitos não se há de frustrar perpetuamente. 19 Levanta-te, SENHOR; não prevaleça o mortal. Sejam as nações julgadas na tua presença. 20 Infunde-lhes, SENHOR, o medo; saibam as nações que não passam de mortais.”

“Ao longo dos Salmos, a repetida resposta a essa tensão é a esperança e a promessa do bom e justo juízo de Deus. O mal e a injustiça parecem triunfar por enquanto, mas Deus julgará os malfeitores e os injustos. Eles serão punidos, enquanto os que eles feriram e oprimiram serão restaurados e renovados.”1

“Na obra Lendo os Salmos, C. S. Lewis descreveu sua surpresa inicial com o entusiasmo e o anseio pelo juízo de Deus expressados repetidamente nos Salmos. Observando que muitos leitores da Bíblia hoje consideram o juízo como algo a ser temido, ele considerou a perspectiva judaica original e escreveu: ‘Centenas e milhares de pessoas que foram despojadas de tudo o que possuíam e que tinham o direito inteiramente ao seu lado seriam, por fim, ouvidas. É claro que elas não temiam o juízo. Sabiam que seu caso era inquestionável – desde que conseguissem ser ouvidas. Quando Deus viesse, sua causa, por fim, seria julgada’ (C. S. Lewis, Lendo os Salmos [Viçosa, MG: Editora Ultimato, 2015], p. 19).”1

“Nos Salmos, vemos esperança para os oprimidos, mesmo agora, em meio a seus sofrimentos e decepções.”1

“Quais razões temos para considerar a ideia de juízo uma coisa positiva e não algo a ser temido?”1

Domingo, 21 de julho de 2019. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. “Mesus pequeninos irmãos”: servindo aos necessitados. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 496, jul. ago. set. 2019. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.