Justiça e misericórdia no Antigo Testamento: parte 1

Lições da Bíblia

Deus “faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que têm fome. O Senhor liberta os encarcerados. O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama os justos. O Senhor guarda o peregrino, ampara o órfão e a viúva(Sl 146:7-9).1

“Anos atrás, num dia frio na cidade de Nova York, um menino de dez anos, descalço e tremendo, observava atentamente a vitrine de uma loja de sapatos. Uma mulher foi até o menino e perguntou por que ele estava observando a vitrine com tanto interesse. Ele disse que estava pedindo a Deus que lhe desse um par de sapatos. A mulher o tomou pela mão e o levou para dentro da loja. Ela pediu ao atendente que trouxesse seis pares de meias; pediu também uma bacia com água e uma toalha. Levando o rapazinho para o fundo da loja, ela tirou as luvas, lavou os pés dele e os enxugou com a toalha. O atendente chegou com as meias. A mulher colocou meias nos pés do menino e lhe deu um par de sapatos. Colocou a mão na cabeça dele e perguntou se ele se sentia mais confortável. Quando ela se virou para ir embora, o espantado rapazinho segurou a mão dela e perguntou, com lágrimas: ‘A senhora é a esposa de Deus?’”1

“Aquele menino falou uma verdade maior do que imaginava. A igreja de Deus é Sua noiva, Sua esposa. Como membros de Sua igreja, precisamos refletir seu caráter amoroso.”1

Introdução ao tema da Lição desta semana, comentários do autor.

 

Forme pequenos grupos entre os jovens de sua comunidade.
Fortaleça a comunhão e promova a missão.

 

Sábado, 09 de julho de 2016. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio  da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÕES da escola sabatina. O papel da igreja na comunidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 485, Jul. Ago. Set. 2016. Adulto, Professor.

Perdidos e achados – “[…] regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lucas 15:23-24 RA)

Lições da Bíblia.

“Mediante o ensino e exemplo pessoal, Jesus ensinou Seus discípulos a se associarem com pecadores, mesmo aqueles notórios como prostitutas e cobradores de impostos. De que outra forma eles fariam discípulos de todas as nações? Seus ensinamentos muitas vezes focalizavam esses pecadores. O fato de que Cristo os tenha caracterizado como ‘perdidos’ demonstra Sua misericórdia. Ele poderia tê-los caracterizado como ‘rebeldes’ (o que eles certamente eram) ou ‘depravados’. Em lugar disso, Ele escolheu a expressão ‘perdidos’.”1

“O termo ‘perdidos’ não carrega as mesmas conotações negativas contidas nas palavras ‘rebeldes’ e ‘depravados’. Em vez de punir pessoas caídas, devemos seguir o exemplo de Cristo. A expressão ‘perdidos’ é uma descrição generosa, porque a responsabilidade é colocada sobre os que procuram pecadores. Comentários depreciativos afastam as pessoas. Linguagem imparcial transmite aceitação e possibilidade de relacionamento. Portanto, devemos ter cuidado não apenas com a linguagem que falamos, mas também com o que pensamos, porque nossos pensamentos afetarão muito nossas atitudes para com os outros.”1

“5. Leia Lucas 15. Qual é a mensagem essencial dessas parábolas?”1 “Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles. Então, lhes propôs Jesus esta parábola: Qual, dentre vós, é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a, põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida. Digo-vos que, assim, haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento. Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido. Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. Continuou: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. Então, ele foi e se agregou a um do…igno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores. E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai, porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Ora, o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos criados e perguntou-lhe que era aquilo. E ele informou: Veio teu irmão, e teu pai mandou matar o novilho cevado, porque o recuperou com saúde. Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos; vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado. Então, lhe respondeu o pai: Meu filho, tu sempre estás comigo; tudo o que é meu é teu. Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” (Lucas 15:1-32 RA)2. O ser humano alienado pelo pecado e distante de Deus está perdido e carece ser resgatado da condição que o levará a morte eterna. É necessário que os pecadores arrependidos, regenerados pela graça de Deus, saiam em busca dos perdidos, dando-lhes um oportunidade de salvação.

“Mediante os evangelhos, Jesus encoraja os cristãos a se tornarem descobridores. Ele quer que amemos e alcancemos os perdidos, independentemente do tipo de pessoa que sejam ou de sua maneira de viver.”1

“Esse é o culto que o Senhor escolheu: ‘Que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo, e que deixes livres os quebrantados, e que despedaces todo o jugo […] e não te escondas daquele que é da tua carne’ (Is 58:6, 7, RC). Quando vos considerardes pecadores salvos unicamente pelo amor do Pai celestial, então tereis amor e compaixão por outros que sofrem no pecado. Não mais defrontareis a miséria e o arrependimento com ciúme e censura. Quando o gelo do amor-próprio se derreter de vosso coração, estareis em simpatia com Deus, e partilhareis de Sua alegria na salvação do perdido”3

“Como Deus vê os perdidos? Qual é a nossa responsabilidade para com eles?”1

Quinta-feira, 20 de março de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Discipulado. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 475, Jan. Fev. Mar. 2013. Adulto, Professor, p. 152

2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

3 WHITE, Ellen Gould; SCHWANTES, S. Julio. Parabolas de Jesus. 10. ed. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1998. p. 210-211

Publicanos e pecadores – ‘Misericórdia quero, e não sacrifício’ (Os 6:6)

Lições da Bíblia.

“É difícil imaginar como teria sido nosso mundo se não houvesse pecado. A beleza da natureza, mesmo depois de milênios, ainda atesta a majestade, o poder e a bondade de Deus. Nossa mente obscurecida pelo pecado não consegue entender plenamente como teriam sido a humanidade e as relações humanas se nosso mundo não houvesse caído. Uma coisa de que podemos ter certeza é que não existiriam as distinções de classe, preconceitos e fronteiras étnicas e culturais que causam impacto em cada sociedade e cultura. Também é triste dizer que é pouco provável o desaparecimento desses limites antes da volta de Cristo. Ao contrário, enquanto nosso mundo piora, não há dúvida de que essas barreiras se tornarão maiores. Como cristãos, porém, devemos fazer o que pudermos, e de todas as formas possíveis, para superar esses obstáculos que têm causado tanto pesar, sofrimento e dor em nosso mundo, especialmente naqueles que a sociedade rejeita em maior grau.”1

“5. Leia Mateus 9:9-13. De que maneira a essência do verdadeiro cristianismo é revelada no texto, não apenas no que Jesus disse, mas no que Ele fez? Concentre-se especialmente nas palavras: ‘Misericórdia quero, e não sacrifício’ (Os 6:6). Levando em conta o contexto, por que devemos ter cuidado para não ter a mesma atitude que Jesus condenou, visto que estamos inseridos em alguma sociedade específica e, portanto, influenciados por seus preconceitos e barreiras sociais?” “Partindo Jesus dali, viu um homem chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu. E sucedeu que, estando ele em casa, à mesa, muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. Ora, vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Mas Jesus, ouvindo, disse: Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes. Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].” (Mateus 9:9-13 RA)2. Jesus cumpriu sua missão de amor veio ao mundo para salvar pecadores. Os “publicanos e pecadores” representam os excluídos sociais rejeitados pelo preconceito e dureza de coração dos fariseus que se consideravam santos e irrepreensíveis, mas não viviam a luz que haviam recebido, eram hipócritas, atitude severamente condenada por Jesus.

"Os fariseus observaram Cristo assentado e comendo com publicanos e pecadores. Ele era calmo e senhor de si, gentil, cortês e amigável. Embora não pudessem deixar de admirar a figura apresentada, ela era tão diferente de seu próprio curso de ação que não podiam suportar a visão. Os altivos fariseus se exaltavam e menosprezavam os que não tinham sido favorecidos com os privilégios e a luz que eles tinham recebido. Odiavam e desprezavam os publicanos e pecadores. No entanto, aos olhos de Deus, sua culpa era maior. A luz do Céu estava brilhando em seu caminho, dizendo: ‘Este é o caminho, andai por ele’ (Is 30:21), mas eles haviam desprezado a dádiva" (Ellen G. White, The SDA Bible Commentary [Comentário Bíblico Adventista], v. 5, p. 1088).”1

Hoje é o dia de ser abençoado e de abençoar outras pessoas por meio da oração. Interceda por pelo menos cinco pessoas!

Quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Discipulado. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 475, Jan. Fev. Mar. 2013. Adulto, Professor, p. 86

2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Pecado e misericórdia

Lições da Bíblia.

“Como os que conhecem o Senhor podem testemunhar, o pecado nos separa de Deus. A boa notícia é que o Senhor colocou em prática um sistema para acabar com a separação causada pelo pecado e nos levar de volta para Ele. Evidentemente, o sacrifício está no centro desse sistema.”

“Existem basicamente três tipos de pecado descritos no Antigo Testamento, cada um correspondendo ao nível de consciência do pecador quando ele cometeu a transgressão: pecado inadvertido ou involuntário, pecado deliberado ou intencional, e pecado de rebelião. As ‘ofertas de purificação’ prescritas em Levítico 4:1–5:13 se aplicavam a casos de pecado não intencional, bem como a alguns casos de pecado deliberado (Lv 5:1). Enquanto havia uma oferta para essas duas primeiras categorias de pecado, nenhuma oferta foi mencionada para o pecado de rebelião, o tipo mais hediondo. O pecado de rebelião era cometido ‘na face’ de Deus, com mão levantada, e o rebelde não merecia nada menos do que ser eliminado (Nm 15:29-31). No entanto, parece que mesmo nesses casos, como ocorreu com Manassés, Deus oferecia perdão (‘E estando ele angustiado, suplicou ao Senhor seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais; sim, orou a ele; e Deus se aplacou para com ele, e ouviu-lhe a súplica, e tornou a trazê-lo a Jerusalém, ao seu reino. Então conheceu Manassés que o Senhor era Deus.’ 2 Crônicas 33:12-13).”

“1. O que 2 Samuel 14:9 revela sobre misericórdia, justiça e culpa? Leia também Dt 25:1, 2; 2Sm 14:1-11” “Disse a mulher tecoíta ao rei: A culpa, ó rei, meu senhor, caia sobre mim e sobre a casa de meu pai; o rei, porém, e o seu trono sejam inocentes.” (2 Samuel 14:9 RA); Em havendo contenda entre alguns, e vierem a juízo, os juízes os julgarão, justificando ao justo e condenando ao culpado. Se o culpado merecer açoites, o juiz o fará deitar-se e o fará açoitar, na sua presença, com o número de açoites segundo a sua culpa.” (Deuteronômio 25:1-2 RA); “Percebendo, pois, Joabe, filho de Zeruia, que o coração do rei começava a inclinar-se para Absalão, mandou trazer de Tecoa uma mulher sábia e lhe disse: Finge que estás profundamente triste, põe vestidos de luto, não te unjas com óleo e sê como mulher que há já muitos dias está de luto por algum morto. Apresenta-te ao rei e fala-lhe tais e tais palavras. E Joabe lhe pôs as palavras na boca. A mulher tecoíta apresentou-se ao rei, e, inclinando-se, prostrou-se com o rosto em terra, e disse: Salva-me, ó rei! Perguntou-lhe o rei: Que tens? Ela respondeu: Ah! Sou mulher viúva; morreu meu marido. Tinha a tua serva dois filhos, os quais brigaram entre si no campo, e não houve quem os apartasse; um feriu ao outro e o matou. Eis que toda a parentela se levantou contra a tua serva, e disseram: Dá-nos aquele que feriu a seu irmão, para que o matemos, em vingança da vida de quem ele matou e para que destruamos também o herdeiro. Assim, apagarão a última brasa que me ficou, de sorte que não deixam a meu marido nome, nem sobrevivente na terra. Disse o rei à mulher: Vai para tua casa, e eu darei ordens a teu respeito. Disse a mulher tecoíta ao rei: A culpa, ó rei, meu senhor, caia sobre mim e sobre a casa de meu pai; o rei, porém, e o seu trono sejam inocentes. Disse o rei: Quem falar contra ti, traze-mo a mim; e nunca mais te tocará. Disse ela: Ora, lembra-te, ó rei, do SENHOR, teu Deus, para que os vingadores do sangue não se multipliquem a matar e exterminem meu filho. Respondeu ele: Tão certo como vive o SENHOR, não há de cair no chão nem um só dos cabelos de teu filho.” (2 Samuel 14:1-11 RA). “A misericórdia seria demonstrada com a permissão de Davi para que Absalão voltasse para casa após matar o irmão; a justiça requeria a punição do criminoso; o próprio rei Davi assumiria a culpa ao perdoar o filho infrator. Deus nos perdoa e assume nossa culpa.”

“Deus é justo ao perdoar o pecador? Afinal, não é o pecador injusto e, portanto, digno de condenação (Dt 25:1)? A história da mulher de Tecoa pode ilustrar a resposta. Fingindo ser uma viúva, conforme orientação de Joabe, ela foi ao rei Davi, buscando seu julgamento. Joabe inventou uma história sobre seus dois filhos, na qual um havia matado o outro, e pediu que ela contasse a Davi. A lei israelita exigia a morte do assassino (Nm 35:31), mesmo que ele fosse o único homem que restasse na família. A mulher suplicou a Davi (que atuou como juiz) permissão para que o filho culpado ficasse livre.”

“Então, curiosamente, ela declarou: ‘A culpa, ó rei, meu senhor, caia sobre mim e sobre a casa de meu pai; o rei, porém, e o seu trono sejam inocentes’ (2Sm 14:9). Tanto a mulher quanto Davi entendiam que, se o rei decidisse permitir que o assassino ficasse livre, o próprio rei assumiria a culpa do assassino, e o seu trono de justiça (isto é, sua reputação como juiz) estaria em perigo. O juiz era moralmente responsável pelo que decidia. Por isso, a mulher se ofereceu para assumir essa culpa. Da mesma forma, Deus assumiu a culpa dos pecadores, a fim de declará-los justos. Para que fôssemos perdoados, o próprio Deus devia suportar nossa punição. Essa é a razão legal pela qual Cristo tinha que morrer para que fôssemos salvos.”

Domingo, 27 de outubro de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Deus é nossa força

Lições da Bíblia.

“5. Leia Naum 1–3. O que esses capítulos nos ensinam sobre o caráter de Deus? Como podemos aplicar o que é visto ali à nossa compreensão dos eventos dos últimos dias?” “Esta é a mensagem a respeito de Nínive, que Deus, por meio de uma visão, deu a Naum, que era da cidade de Elcos. O SENHOR é um Deus que não tolera outros deuses, um Deus irado que se vinga dos seus inimigos. O SENHOR tira vingança dos seus inimigos e na sua ira os castiga. O SENHOR é paciente mas poderoso e não deixa os culpados sem castigo. Ele anda pelo meio de tempestades e de ventos violentos; as nuvens são o pó que os seus pés levantam.” (Naum 1:1-3 NTLH). ”Deus é zeloso e vingador sobre a maldade das nações; é tardio em irar-Se e grande em poder; é justo e bom, uma fortaleza no dia da angústia e conhece os que nEle se refugiam. O Senhor condenará os incrédulos e perversos e resgatará os fiéis.”

“A profecia de Naum é a Palavra de Deus contra os reinos deste mundo representados por Nínive. Quando o profeta observou o mundo, viu a mão de Deus se movendo contra o Império Assírio. Ele anunciou que sua capital, Nínive, em breve cairia, para nunca mais se levantar novamente. Naum falou com absoluta confiança porque conhecia o caráter de Deus e, pelo dom da profecia (Na 1:1), o Senhor lhe havia mostrado o que aconteceria. O Senhor não deixará impune o culpado (Na 1:3; Êx 34:6, 7).”

“Os assírios tinham saqueado muitas nações e tinham desejo insaciável de poder. Sua crueldade era notória. Como ‘navalha’ de Deus (Is 7:20), eles haviam tosquiado avidamente seus vizinhos. Então, chegou o momento de quebrar a navalha. Instrumentos do juízo divino não estão isentos do julgamento. Nínive não mais existe, mas o testemunho profético permanece vivo. Isso nos faz lembrar que, embora a justiça de Deus pareça lenta, no fim das contas, nada pode impedi-la.”

“Como vimos em uma lição anterior, anos antes do tempo de Naum, os ninivitas, tendo ouvido a pregação de Jonas, se arrependeram e Deus poupou a cidade. Mas o arrependimento não durou. O povo voltou aos seus velhos caminhos. Muitos países que haviam sofrido sob seu jugo opressivo teriam recebido a notícia da queda de Nínive com estrondosa aclamação. Um mensageiro viria para trazer as boas notícias (Is 52:7) de que o poder da Assíria estava quebrado e seus deuses haviam sido derrotados. O povo de Deus poderia novamente adorar em paz (Na 1:15).”

Ainda que a ira divina seja grande, maior é a ternura de Sua misericórdia. Ele protege os que esperam a plenitude da Sua bondade. Naum ensina que Deus cuida dos que nEle confiam, mas mostra que, com um dilúvio avassalador Ele perseguirá Seus inimigos com trevas (Na 1:8). Deus estava por trás de tudo, pois Ele havia determinado que o dia do juízo de Nínive havia chegado.”

“O profeta mostra que Deus tem grande poder. Diante dEle, toda a criação treme. Ele não tolera o pecado para sempre. Ao mesmo tempo, Ele é o Salvador dos que confiam nEle. Não há meio termo. Estamos de um lado ou do outro. Jesus disse: ‘Quem não é por Mim é contra Mim’ (Mt 12:30).”

Quinta-feira, 30 de maio de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Lembrando a glória divina

Lições da Bíblia.

“5. Leia Habacuque 3. O que o profeta estava fazendo ali, e por que isso é tão importante, especialmente levando em conta as circunstâncias e perguntas difíceis que ele estava enfrentando?” Esta é uma oração do profeta Habacuque. Ó SENHOR, ouvi falar do que tens feito e estou cheio de temor. Faze agora, em nosso tempo, as coisas maravilhosas que fizeste no passado, para que nós também as vejamos. Mesmo que estejas irado, tem compaixão de nós! Deus vem vindo da terra de Edom, o Santo Deus vem do monte Parã. A sua glória cobre os céus, e na terra todos o louvam. Ele brilha como a luz, e raios de luz saltam da sua mão, onde se esconde o seu poder. Na frente dele vão pragas terríveis, e atrás vêm doenças mortais. Ele pára, e a terra treme; ele olha para as nações, e elas ficam com medo. Os montes antigos se abalam, caem as velhas montanhas por onde ele tem andado desde a eternidade. Vi que os povos de Cuchã estão aflitos e que os moradores de Midiã estão com medo. É contra os rios, ó SENHOR, que estás irado? É contra o mar que estás furioso? É por isso que montas os teus cavalos e vens vitorioso no teu carro de guerra? Pegas o teu arco e te preparas para atirar as tuas flechas. Tu cavas a terra com enchentes. As montanhas te viram e tremeram; uma tromba-d’água caiu do céu. As águas debaixo da terra rugiram; as suas ondas imensas se levantaram. O sol e a lua deixaram de brilhar quando viram o brilho das tuas flechas e a luz brilhante da tua lança. Na tua ira, marchaste pela terra inteira, na tua fúria, pisaste as nações. Saíste para salvar o teu povo, para salvar o rei que escolheste. Feriste o chefe dos maus e acabaste completamente com o seu exército. Com as tuas flechas, mataste o comandante dos soldados quando avançavam como uma tempestade para nos atacar; eles vinham orgulhosos, querendo nos destruir como quem mata um pobre em segredo. Montado nos teus cavalos marchaste pelo mar, pelas ondas furiosas do mar. Quando ouvi tudo isso, fiquei assustado, e os meus lábios tremeram de medo. Perdi todas as forças e não pude ficar de pé. Portanto, vou esperar, tranqüilo, o dia em que Deus castigará aqueles que nos atacam. Ainda que as figueiras não produzam frutas, e as parreiras não dêem uvas; ainda que não haja azeitonas para apanhar nem trigo para colher; ainda que não haja mais ovelhas nos campos nem gado nos currais, mesmo assim eu darei graças ao SENHOR e louvarei a Deus, o meu Salvador. O SENHOR Deus é a minha força. Ele torna o meu andar firme como o de uma corça e me leva para as montanhas, onde estarei seguro.” (Habacuque 3:1-19 NTLH). ”Entoando um cântico, no qual expressou sua angústia, orou a Deus suplicando ajuda, descreveu a atuação de Deus como Guerreiro e louvou ao Senhor por Sua atuação contra os inimigos de Seu povo e pela salvação de Seus fiéis.”

“Habacuque expressou sua aceitação dos caminhos de Deus em uma oração cantada (Hc 3:19). Tendo plena consciência do poder de Deus, ele pediu que o Senhor Se lembrasse de Sua misericórdia quando o juízo começasse. O profeta lembrou reverentemente os relatos dos grandes atos de Deus no passado e orou para que Ele trouxesse redenção em seus dias. Parecia que ele estava entre dois tempos. Com um olho olhava para trás, para o evento do Êxodo, enquanto com o outro, olhava adiante, para o dia do Senhor. Ele esperava uma revelação do poder de Deus em sua situação atual.”

“O hino do capítulo 3 descreve poeticamente a libertação de Israel da escravidão egípcia. O que havia acontecido na época do Êxodo era um prenúncio do grande dia do juízo. O piedoso não devia ficar ansioso a respeito do dia do Senhor, mas devia esperar, perseverar e se alegrar na esperança que lhe pertencia.”

“O hino era também uma celebração do poder, glória e natureza vitoriosa de Deus. O Senhor é descrito como soberano sobre toda a Terra. A revelação de Sua glória é comparável ao esplendor do nascer do Sol (Hc 3:4).”

“Deus julga as nações opressoras. No entanto, ao mesmo tempo, Ele operou a redenção do Seu povo em Seus ‘carros de vitória’ (Hc 3:8). O poder de Deus nem sempre é visível superficialmente, mas a pessoa de fé sabe que Deus está ali, não importa o que aconteça.”

“Habacuque nos convida a olhar com expectativa para a salvação do Senhor, quando Ele estabelecerá Sua justiça sobre a Terra e encherá o mundo com Sua glória. Ao cantar louvores ao Senhor, o povo de Deus encoraja uns aos outros a meditar sobre os atos passados de Deus e sobre a esperança para o futuro glorioso (Ef 5:19, 20; Cl 3:16). O próprio exemplo de Habacuque demonstra como se pode perseverar ao viver tendo essa visão da salvação.”

“Pense na liderança do Senhor sobre sua vida no passado. Isso o ajuda a confiar mais nEle e em Sua bondade, não importando o que o futuro trará? Por que é sempre tão importante olhar para o futuro final e eterno que nos espera?”

Terça-feira, 21 de maio de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Perdoado, mas incapaz de perdoar

Lições da Bíblia.

“5. Leia Jonas 4. Que lições importantes o profeta precisava aprender? Como sua hipocrisia foi revelada?” “Por causa disso, Jonas ficou com raiva e muito aborrecido. Então orou assim: —Ó SENHOR Deus, eu não disse, antes de deixar a minha terra, que era isso mesmo que ias fazer? Foi por isso que fiz tudo para fugir para a Espanha! Eu sabia que és Deus que tem compaixão e misericórdia. Sabia que és sempre paciente e bondoso e que estás sempre pronto a mudar de idéia e não castigar. Agora, ó SENHOR, acaba com a minha vida porque para mim é melhor morrer do que viver. O SENHOR respondeu: —Jonas, você acha que tem razão para ficar com tanta raiva assim? Aí Jonas saiu de Nínive, foi para o lado onde o sol nasce e sentou-se. Depois, construiu um abrigo e sentou-se na sombra, esperando para ver o que ia acontecer com a cidade. Então o SENHOR Deus fez crescer uma planta por cima de Jonas, para lhe dar um pouco de sombra, de modo que ele se sentisse mais confortável. E Jonas ficou muito satisfeito com a planta. Mas no dia seguinte, quando o sol ia nascer, por ordem de Deus um bicho atacou a planta, e ela secou. Depois que o sol nasceu, Deus mandou um vento quente vindo do leste. E Jonas quase desmaiou por causa do calor do sol, que queimava a sua cabeça. Então quis morrer e disse: —Para mim é melhor morrer do que viver! Mas Deus perguntou: —Jonas, você acha que está certo ficar com raiva por causa dessa planta? Jonas respondeu: —É claro que tenho razão para estar com raiva e, com tanta raiva, que até quero morrer! Então o SENHOR Deus disse: —Essa planta cresceu numa noite e na noite seguinte desapareceu. Você nada fez por ela, nem a fez crescer, mas mesmo assim tem pena dela! Então eu, com muito mais razão, devo ter pena da grande cidade de Nínive, onde há mais de cento e vinte mil crianças inocentes e também muitos animais! (Jonas 4:1-11 NTLH). “Embora Deus alerte a respeito das consequências do pecado, Ele deseja ajudar a todos; Deus ama os pecadores, mas odeia o pecado; o perdão divino alcança todas as etnias; Jonas reconheceu que precisava do perdão, mas não queria que os pagãos fossem perdoados. Jonas foi hipócrita porque teve compaixão de uma planta, mas não teve misericórdia dos habitantes de Nínive.”

“Jonas 4 revela algumas coisas surpreendentes sobre o profeta. Ele parecia preferir morrer em lugar de testemunhar sobre a graça e o perdão de Deus. Embora tivesse se alegrado em seu livramento da morte (Jn 2:7-9), visto que Nínive vivia, ele preferia morrer (Jn 4:2, 3).”

“Em contraste com Jonas, Deus é retratado na Bíblia como Alguém que não tem ‘prazer na morte do perverso’ (Ez 33:11). Jonas e muitos de seus compatriotas se alegraram nas misericórdias especiais de Deus para com Israel, mas queriam Sua ira sobre seus inimigos. Essa dureza de coração é repreendida severamente pela mensagem do livro de Jonas.”

“Que lições podemos aprender com os erros de Jonas? Como o preconceito compromete nosso testemunho cristão?”

“Dizem, com razão, que o livro de Jonas é um manual sobre a maneira de não ser um profeta. Jonas era um profeta de espírito rebelde e prioridades equivocadas. Ele não podia controlar seu desejo de vingança. Era mesquinho e mal-humorado. Em vez de se alegrar na graça que Deus mostrou também aos ninivitas, Jonas permitiu que seu orgulho egoísta e pecaminoso o tornasse ressentido.”

“Em suas últimas palavras, Jonas pediu a morte (Jn 4:8, 9), enquanto as últimas palavras de Deus foram uma confirmação de Sua graça imensurável, uma afirmação da vida.”

“O livro de Jonas é deixado em aberto. Seus versos finais confrontam os leitores com uma questão importante que permanece sem resposta: Será que a mudança miraculosa no coração dos ninivitas resultou em mudança radical no coração de Jonas? Há muita coisa na história de Jonas que é difícil de entender, especialmente sobre o próprio Jonas. Talvez, porém, a lição mais clara é a de que a graça e o perdão divinos vão muito além dos nossos. Como podemos aprender a ser mais bondosos e perdoadores com os que não merecem, como Deus foi com Jonas e com os ninivitas?”

Quinta-feira, 09 de maio de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Religião habitual

Lições da Bíblia.

“3. Leia Amós 5:23, 24, Oseias 6:6, Mateus 9:13 e Salmo 51:17. Qual é o princípio apresentado nesses textos e como aplicá-lo na vida espiritual? Podemos ser culpados de fazer exatamente o que devemos evitar?” “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras. Antes, corra o juízo como as águas; e a justiça, como ribeiro perene.” (Amós 5:23-24 RA); “Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos.” (Oséias 6:6 RA); “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento].” (Mateus 9:13 RA); “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Salmos 51:17 RA). “Se não praticamos a justiça, o som dos cânticos de louvor e dos instrumentos musicais não têm valor diante de Deus; misericórdia e conhecimento de Deus são mais importantes do que sacrifícios; arrependimento tem mais valor do que aparência de justiça.”

“Mais do que a maioria dos outros livros da Bíblia, Amós focaliza a injustiça, crueldade e desumanidade. Ele também apresenta a perspectiva divina sobre tais práticas. Amós pregou que Deus desprezava os rituais vazios do formalismo morto das pessoas, e Ele as chamava para a reforma. O Senhor não estava satisfeito com as formas de adoração exteriores e vazias oferecidas a Ele por aqueles que, ao mesmo tempo, estavam oprimindo os semelhantes para obter ganho pessoal. A vida deles revelava que haviam perdido de vista a essência do que significa seguir ao Senhor. Eles também tiveram uma compreensão totalmente errada do significado mais profundo de Sua lei.”

“Na verdade, Deus rejeitou seus rituais religiosos porque não procediam da fé. As palavras mais importantes de Amós 5:1-15 estão na ordem para buscar ao Senhor e viver (Am 5:6). A atitude de buscar ao Senhor é contrastada com o ato de fazer peregrinações aos famosos centros religiosos em Betel, Gilgal, e Berseba (Am 5:5), três cidades com santuários que estavam destinados à destruição.”

“O que Deus realmente queria era justiça e retidão na Terra. A ordem de ‘buscar ao Senhor’ é paralela à ordem de ‘buscar o bem’. O Senhor chamou o remanescente a se distanciar das más práticas, do formalismo religioso, e deixar que a retidão corra como um rio; e a justiça, como um ribeiro perene. Embora a justiça envolva o estabelecimento do que é certo diante de Deus, a retidão é a qualidade de vida em relação a Deus e aos outros na comunidade. A imagem aqui apresentada é a de um povo religioso, cuja religião tinha sido degenerada em nada, senão formas e ritos sem a mudança de coração que deve acompanhar a verdadeira fé (‘Circuncidai, pois, o vosso coração e não mais endureçais a vossa cerviz.’ Dt 10:16). Devemos ter muito cuidado!”

Segunda-feira, 29 de abril de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF