O juízo pré-advento

Lições da Bíblia1:

A descrição do juízo encontrada em Daniel 7 apresenta um vislumbre por trás do véu – uma oportunidade inspiradora de ver como Deus está resolvendo o problema do pecado enquanto redime os que desejam viver em aliança com Ele.

6. Leia a descrição do juízo investigativo em Daniel 7:9, 10, 13, 14, 22, 26 e 27. Qual é o foco nesse juízo? Qual é o veredito dado no fim do processo? O que isso nos diz sobre o plano da salvação?

Daniel 7:9, 10, 13, 14, 22, 26 e 27 (NAA)2: 9 “Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou. Sua roupa era branca como a neve, e os cabelos da cabeça eram como a lã pura. O seu trono eram chamas de fogo, e as rodas do trono eram fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele. Milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele. Foi instalada a sessão do tribunal e foram abertos os livros.” […] 13 “Eu estava olhando nas minhas visões da noite. E eis que vinha com as nuvens do céu alguém como um filho do homem. Ele se dirigiu ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. 14 Foi-lhe dado o domínio, a glória e o reino, para que as pessoas de todos os povos, nações e línguas o servissem. O seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.” […] 22 Até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo. E veio o tempo em que os santos possuíram o reino. […] 26 Mas, depois, será instalada a sessão do tribunal para lhe tirar o domínio, para o destruir e o consumir até o fim. 27 O reino, o domínio e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.”

A Bíblia destaca que a raça humana é julgada pelo Senhor. “Deus há de trazer a juízo todas as obras” (Ec 12:14). Paulo nos lembra de que não devemos julgar uns aos outros, pois “todos temos de comparecer diante do tribunal de Deus” (Rm 14:10). Deus não precisa de registros para saber quem está salvo ou perdido, mas as criaturas têm perguntas, inclusive os anjos – que têm examinado o plano da salvação ao longo do tempo (1Pe 1:12). Eles testemunharam a rebelião de Satanás e viram um terço dos anjos sendo expulsos do Céu (Ap 12:4). E agora Deus traz os seres humanos à Sua presença! Ele abre os livros e permite que Seu povo veja tudo.

A história da súplica de Abraão por Sodoma e Gomorra, que é um tipo do juízo, apresenta algumas ideias importantes sobre o juízo. Os pecados de Sodoma estavam evidentemente sendo investigados: Deus mencionou que o pecado da cidade lhe dera uma reputação tal que o clamor contra ela era grande (Gn 18:20). Mas não foram apenas Sodoma e Gomorra que foram investigadas antes de sua destruição. Deus também deu a Abraão a oportunidade de examinar se Ele estava agindo de forma justa ao destruir os ímpios.

Entretanto, quem aparece em meio ao juízo celestial de Daniel 7 é o “Filho do Homem”, Jesus Cristo (Dn 7:13; Mt 20:28). A presença Dele é a única razão pela qual esse juízo é “a favor dos santos do Altíssimo” (Dn 7:22, NVI). É somente a perfeita justiça de Cristo que leva Seu povo a ser aprovado no juízo.

Imagine ser julgado e ter todos os seus segredos expostos diante de nosso Deus santo. Qual é sua única esperança no momento do juízo? (Ver a lição de sexta-feira.)

Quita-feira, 05 de junho de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O juízo pré-advento

Lições da Bíblia1

O conceito de julgamento antes do retorno de Cristo, ou o que chamamos de juízo “pré-advento”, é encontrado em muitas passagens nas Escrituras.

2. Leia Daniel 7:9-14; Mateus 22:1-14; Apocalipse 11:1, 18, 19 e 14:6, 7. Como essas passagens esclarecem a ideia de um juízo investigativo pré-advento no tribunal celestial? Qual é o significado desse juízo?

Daniel 7:9-14 (ARA)2: “9 Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente. 10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal, e se abriram os livros. 11 Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que o chifre proferia; estive olhando e vi que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado. 12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes dada prolongação de vida por um prazo e um tempo. 13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. 14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.”

Mateus 22:1-14 (ARA)2: “1 De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes: 2 O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho. 3 Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir. 4 Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. 5 Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio; 6 e os outros, agarrando os servos, os maltrataram e mataram. 7 O rei ficou irado e, enviando as suas tropas, exterminou aqueles assassinos e lhes incendiou a cidade. 8 Então, disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas os convidados não eram dignos. 9 Ide, pois, para as encruzilhadas dos caminhos e convidai para as bodas a quantos encontrardes. 10 E, saindo aqueles servos pelas estradas, reuniram todos os que encontraram, maus e bons; e a sala do banquete ficou repleta de convidados. 11 Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial 12 e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. 13 Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. 14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.”

Apocalipse 11:1, 18, 19 (ARA)2: “1 Foi-me dado um caniço semelhante a uma vara, e também me foi dito: Dispõe-te e mede o santuário de Deus, o seu altar e os que naquele adoram; […] 18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra. 19 Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada.”

Apocalipse 14:6, 7 (ARA)2: “6 Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, 7 dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”

O conceito de um juízo investigativo pré-advento do povo de Deus fundamenta- se em três ensinos bíblicos básicos. Um é a noção de que todos os mortos, justos ou injustos, permanecem inconscientes no túmulo até a ressurreição final (Jo 5:25-29). O segundo é a existência de um juízo universal de todos os seres humanos (2Co 5:10; Ap 20:11-13). O terceiro é o fato de que a primeira ressurreição será a recompensa abençoada para os justos, e a segunda ressurreição será a morte eterna para os ímpios (Jo 5:28, 29; Ap 20:4-6, 12-15).

O que isso significa é que, se todos os seres humanos serão julgados, isso deve ocorrer antes de suas respectivas ressurreições, porque nelas eles receberão a recompensa final.

O livro de Daniel nos ajuda a entender tanto o tempo quanto a natureza desse juízo pré-advento. No final dos 2.300 dias simbólicos, em 1844, o santuário celestial seria purificado (Dn 8:14, compare com Hb 9:23), e o juízo investigativo pré-advento começaria (Dn 7:9-14), duas formas diferentes de expressar o mesmo evento. E o juízo é em favor dos “santos do Altíssimo” (Dn 7:22). Ou seja, são boas notícias para o povo de Deus.

Em Mateus 22:1-14, Jesus falou de uma investigação dos convidados do casamento antes que a festa de casamento começasse.

No livro do Apocalipse, o juízo pré-advento investigativo é mencionado na tarefa de medir “os que adoram” no templo de Deus (Ap 11:1) e no anúncio de que “é chegada a hora em que Ele vai julgar” (Ap 14:7; compare com 14:14-16).

Como o conhecimento de um juízo no Céu deve impactar nossa maneira de viver?

Segunda-feira, 19 de dezembro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O juízo e o caráter de Deus

Lições da Bíblia1

Leia Romanos 3:21-26; 1:16, 17 e 5:8. O que a redenção na cruz para o perdão dos nossos pecados revela sobre Deus?

Romanos 3:21-26 (ARA)2: “21 Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; 22 justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, 23 pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, 24 sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 25 a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé, para manifestar a sua justiça, por ter Deus, na sua tolerância, deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; 26 tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus.”

Romanos 1:16, 17 (ARA)2: “16 Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; 17 visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé.”

Romanos 5:8 (ARA)2: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.

O perdão dos pecados envolve duas fases na mediação de Jesus nos dois compartimentos do santuário celestial. Primeiro, Jesus removeu nossos pecados e os carregou na cruz a fim de oferecer perdão a todos que crerem Nele (At 2:38; 5:31). Ele também inaugurou uma nova aliança, que Lhe permite pôr a lei de Deus no coração dos crentes por meio do Espírito Santo (Hb 8:10-12; Ez 36:25-27).

A segunda fase desse ministério consiste em um juízo, o juízo pré-advento, que ainda estava no futuro do ponto de vista de Hebreus (Hb 2:1-4; 6:2; 9:27, 28; 10:25). Esse juízo se inicia com o povo de Deus e é descrito em Daniel 7:9-27, Mateus 22:1-14 e Apocalipse 14:7. Seu propósito é mostrar a justiça de Deus ao perdoar Seu povo. Nele, o registro da vida de cada um será aberto para o Universo. O Juiz mostrará o que aconteceu no coração dos crentes, como aceitaram Jesus como Salvador e Seu Espírito na vida.

Ao falar sobre esse juízo, Ellen G. White escreveu: “O homem não pode por si mesmo defender-se dessas acusações. Em suas vestes manchadas de pecado, confessando sua culpa, ei-lo perante Deus. Mas Jesus, nosso Advogado, apresenta um eficaz rogo em favor de todos os que, mediante arrependimento e fé, confiaram a Ele a guarda de sua vida. Defende-lhes a causa e derrota seu acusador com os poderosos argumentos do Calvário. Sua perfeita obediência à lei de Deus, mesmo até à morte de cruz, conferiu-Lhe todo o poder no Céu e na Terra, e Ele pleiteia de Seu Pai misericórdia e reconciliação para o homem culpado. […] Mas, conquanto devamos reconhecer nosso estado pecaminoso, temos que confiar em Cristo como nossa justiça, nossa santificação e redenção. Não podemos contestar as acusações de Satanás contra nós. Cristo, unicamente, pode pleitear eficazmente em nosso favor. Ele é capaz de silenciar o acusador com argumentos fundamentados não em nossos méritos, mas nos Dele” (Testemunhos Para a Igreja, v. 5, p. 450, 451).

Por que a cruz e o ministério de Jesus em nosso favor sugerem que olhemos para o juízo com confiança, mas com humildade e arrependimento?

Quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Hebreus mensagem para os últimos dias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 507, jan. fev. mar. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O Juízo pré-advento – Vídeo

Lições da Bíblia.

Assista em vídeo a discussão do tema da semana.

“Aquele que mora no santuário celestial, julga justamente. Ele tem mais prazer em Seus filhos que pelejam com as tentações […] do que na multidão de anjos que Lhe circunda o trono” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 176).

“Satanás tem […] conhecimento dos pecados que tem levado o povo de Deus a cometer, e lança contra ele suas acusações, declarando que, por seus pecados, perdeu o direito à proteção divina e afirmando que tem o direito de destruí­lo. […] Mas conquanto os seguidores de Cristo tenham pecado, eles não se entregaram ao controle das forças satânicas. Arrependeram-se de seus pecados e procuraram o Senhor em humildade e contrição; e o Advogado divino pleiteia por eles. Aquele que tem sido insultado ao máximo pela ingratidão deles, Aquele que conhece seus pecados e também sua contrição, declara: ‘O Senhor te repreenda, ó Satanás. Eu dei a Minha vida por essas pessoas. Elas estão gravadas na palma das Minhas mãos. Elas podem ter imperfeições de caráter; podem ter falhado em seus esforços; mas se arrependeram, e Eu os perdoei e aceitei’” (Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 588, 589).

Perguntas para reflexão

“1. Onde surgiram as questões sobre a justiça, a lei e a retidão de Deus: na Terra ou no Céu? A resposta a essa pergunta explica por que há um julgamento celestial?”

“2. A Igreja Adventista tem proclamado a mensagem do Juízo por muitos anos. Cristo ainda não voltou. Como devemos reagir a essa aparente demora? Por que é importante lembrar que temos uma compreensão limitada do tempo? Pense em algumas das profecias de tempo muito longas e como alguém que viveu naqueles tempos poderia facilmente ter sido desencorajado acerca do que, de sua perspectiva, parecia estar demorando.”

“3. Muitos acreditam no conceito do Juízo, que está em toda a Bíblia. Como a ligação entre o Juízo e o santuário revela verdades sobre a natureza do Juízo e a certeza que ele oferece?”

Sexta-feira, 29 de novembro de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

No fim do julgamento

Lições da Bíblia.

“6. Quais serão os resultados do juízo pré-advento?” “No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça. Então escreveu o sonho, e relatou a suma das coisas. Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando, numa visão noturna, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande. E quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiam do mar. O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em dois pés como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem. Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças; e foi-lhe dado domínio. Depois disto, eu continuava olhando, em visões noturnas, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres. Eu considerava os chifres, e eis que entre eles subiu outro chifre, pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo da sua cabeça como lã puríssima; o seu trono era de chamas de fogo, e as rodas dele eram fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e miríades de miríades assistiam diante dele. Assentou-se para o juízo, e os livros foram abertos. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo destruído; pois ele foi entregue para ser queimado pelo fogo. Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes concedida prolongação de vida por um prazo e mais um tempo. Eu estava olhando nas minhas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído. Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbavam. Cheguei-me a um dos que estavam perto, e perguntei-lhe a verdadeira significação de tudo isso. Ele me respondeu e me fez saber a interpretação das coisas. Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o sempre, sim, para todo o sempre. Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremodo terrível, com dentes de ferro e unhas de bronze; o qual devorava, fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobrava; e também a respeito dos dez chifres que ele tinha na cabeça, e do outro que subiu e diante do qual caíram três, isto é, daquele chifre que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e parecia ser mais robusto do que os seus companheiros. Enquanto eu olhava, eis que o mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles, até que veio o ancião de dias, e foi executado o juízo a favor dos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. Assim me disse ele: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. Quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o quál será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. Proferirá palavras contra o Altíssimo, e consumirá os santos do Altíssimo; cuidará em mudar os tempos e a lei; os santos lhe serão entregues na mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo. Mas o tribunal se assentará em juízo, e lhe tirará o domínio, para o destruir e para o desfazer até o fim. O reino, e o domínio, e a grandeza dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo. O seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Aqui é o fim do assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram e o meu semblante se mudou; mas guardei estas coisas no coração.” (Daniel 7:1-28 RA). “O seres criados serão reconciliados com o Criador; a justiça de Deus será comprovada; os remidos serão libertados do pecado e do mal; o reino de Cristo será estabelecido; os santos reinarão com Ele; a rebelião será destruída.”

“Considere os resultados do juízo em diversas ações de longo alcance:”

“O Filho do Homem será coroado. Ele receberá ‘domínio, e glória, e o reino’ (Dn 7:14).”

“Os santos receberão o reino para sempre. O julgamento é para benefício dos santos que receberão o reino de Deus (Dn 7:22). Inequivocamente, o Filho do Homem e os santos têm um relacionamento muito próximo. Quando o Filho do Homem receber Seu reino, convidará os santos para Se unirem a Ele. Seu reino é o reino deles (Dn 7:27). Esse julgamento levará a um tempo em que o Rei eterno estará reunido com Seu povo. Essa será a maior recompensa dos santos e de Cristo.”

“A rebelião será derrotada e destruída. Os inimigos do povo de Deus serão julgados. Depois de fazer ‘guerra contra os santos’, o chifre pequeno será derrotado e destruído para sempre (Dn 7:25, 26).”

“A absoluta justiça de Deus será demonstrada. Uma vez que o julgamento nas cortes celestiais será público e os anjos participam das investigações sobre os assuntos humanos, todos podem ver por si mesmos que Deus é justo em Suas ações. Ele é capaz de manter tanto o amor quanto a justiça. Assim, no fim, o próprio Deus será vindicado, e todos reconhecerão que Ele é justo e amoroso. Todo o processo garantirá que o Universo será um lugar seguro para a eternidade (Sl 51:4; Rm 3:4).”

“O juízo pré-advento resultará na concretização da esperança de Deus e dos cristãos. O desejo de Deus é salvar Seu povo e erradicar o pecado, não deixando nenhuma dúvida sobre Seu amor e justiça. O anseio dos seres humanos é a salvação do pecado, da sua opressão em todas as formas e desfrutar vida eterna na presença dAquele que os ama. Assim, o julgamento será a garantia de um relacionamento eterno e confiante entre Deus e Sua criação.”

“O grande conflito terminou. Pecado e pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado. Uma única palpitação de harmonia e júbilo vibra por toda a vasta criação. DAquele que tudo criou emanam vida, luz e alegria por todos os domínios do espaço infinito. Desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 678).

Quarta-feira, 27 de novembro de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF