Regras de engajamento

Lições da Bíblia1:

“Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto Se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo” (1Jo 3:8).

Em 1 Reis 18:19-40, encontramos uma narrativa impressionante que revela a natureza do conflito cósmico. Na experiência de Elias no monte Carmelo, o Senhor expôs os chamados “deuses” das nações. No entanto, os bastidores dessa história mostram que eles eram muito mais do que meras invenções da imaginação pagã. Por trás dos “deuses” que as nações pensavam que adoravam havia algo bem mais profundo.

Moisés disse: “Ofereceram sacrifícios aos demônios, não a Deus; sacrificaram a deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, diante dos quais os seus pais não tremeram” (Dt 32:17). Paulo acrescentou: “As coisas que eles sacrificam são sacrificadas a demônios e não a Deus; e eu não quero que vocês estejam em comunhão com os demônios” (1Co 10:20).

Por trás dos falsos “deuses” das nações, existiam, na verdade, demônios disfarçados. Isso significa, portanto, que todos os textos bíblicos que se referem à idolatria e aos deuses estrangeiros tratam do conflito cósmico.

Assim, podemos compreender melhor o tema do grande conflito. Além disso, essa verdade tem profundas implicações para entender melhor a natureza desse conflito e como ele lança luz sobre o problema do mal.

Sábado, 01 de março de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.

Um anjo atrasado

Lições da Bíblia1:

Os falsos “deuses” das nações eram demônios disfarçados. Textos bíblicos apresentam evidências de que os poderes demoníacos às vezes estão por trás dos poderes terrestres. Mesmo os anjos de Deus podem enfrentar a oposição das forças do inimigo.

1. Leia Daniel 10:1-14, com atenção especial aos versículos 12 e 13. O que essa passagem ensina que é mais relevante para o conflito cósmico? Por que o anjo enviado por Deus foi “resistido” durante 21 dias?

Daniel 10:1-14 (NAA)2: 1 No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, uma palavra foi revelada a Daniel, cujo nome é Beltessazar. A palavra era verdadeira e envolvia grande conflito. Ele entendeu a palavra e teve entendimento da visão. 2 Naqueles dias, eu, Daniel, fiquei de luto por três semanas. 3 Não comi nada que fosse saboroso, não provei carne nem vinho, e não me ungi com óleo algum, até que passaram as três semanas. 4 No dia vinte e quatro do primeiro mês, estando eu na margem do grande rio Tigre, 5 levantei os olhos e vi um homem vestido de linho, com um cinto de ouro puro de Ufaz na cintura. 6 O seu corpo era como o berilo, o seu rosto parecia um relâmpago, os seus olhos eram como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido, e a voz das suas palavras era como o barulho de uma multidão. 7 Só eu, Daniel, tive aquela visão. Os homens que estavam comigo nada viram, mas ficaram com muito medo, fugiram e se esconderam. 8 Assim, fiquei sozinho e contemplei esta grande visão, e não restou força em mim. O meu rosto mudou de cor e se desfigurou, e perdi as forças. 9 Contudo, ouvi a voz das suas palavras; e, ouvindo essa voz, caí sem sentidos, com o rosto em terra. 10 Eis que a mão de alguém tocou em mim, e me ajudou a ficar de joelhos, apoiado nas palmas das mãos. 11 Ele me disse: — Daniel, homem muito amado, esteja atento às palavras que vou lhe dizer. Fique em pé, porque fui enviado para falar com você. Enquanto ele falava comigo, eu me pus em pé, tremendo. 12 Então ele me disse: — Não tenha medo, Daniel, porque as suas palavras foram ouvidas, desde o primeiro dia em que você dispôs o coração a compreender e a se humilhar na presença do seu Deus. Foi por causa dessas suas palavras que eu vim. 13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias. Porém Miguel, um dos príncipes mais importantes, veio me ajudar, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. 14 Agora, vim para fazer com que você entenda o que vai acontecer com o seu povo nos últimos dias. Porque a visão se refere a dias ainda distantes.”

Como um anjo enviado de Deus foi “resistido” por três semanas? Sendo todo-poderoso, Deus tinha o poder de responder a Daniel imediatamente – isto é, se Ele quisesse. Caso o Senhor exercesse Seu poder para fazer isso, Ele poderia fazer com que um anjo aparecesse a Daniel naquele instante. Contudo, o “príncipe do reino da Pérsia” “resistiu” ao anjo de Deus durante três semanas (Dn 10:13). O que aconteceu?

“Durante três semanas, Gabriel se empenhou na luta com os poderes das trevas, procurando conter as influências que estavam agindo na mente de Ciro. […] Tudo o que o Céu podia fazer em favor do povo de Deus foi feito. A vitória foi finalmente ganha. As forças do inimigo foram contidas durante toda a vida de Ciro e de seu filho Cambises” (Ellen G. White, Profetas e Reis [CPB, 2021], p. 332).

Para que o conflito cósmico possa acontecer, Deus não deve exercer todo o Seu poder. O inimigo precisa receber alguma liberdade e poder autênticos, que não podem ser removidos de maneira arbitrária, mas restringidos por alguns parâmetros conhecidos por ambas as partes (cujos detalhes não nos são revelados). Parece que, dentro do conflito cósmico, existem alguns parâmetros aos quais até os anjos de Deus se submetem e que podemos chamar de “regras de engajamento”.

Em certo sentido, não é difícil compreender esses limites de atuação, pois o Senhor trabalha apenas por meio do amor, e o amor, e não a imposição, é o fundamento de Seu governo. Deus age unicamente por meio dos princípios que se originam do amor. Esse conceito nos ajuda a entender melhor o grande conflito.

Domingo, 02 de março de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A origem do conflito na Terra

Lições da Bíblia1:

A parábola do joio explica por que existem sementes ruins no campo se o proprietário plantou apenas sementes boas. Essa pergunta está ligada a outra: se tudo o que Deus criou era bom, como o mal surgiu em nosso mundo?

3. O que as palavras de Deus revelam sobre a condição do mundo quando Ele terminou de criá-lo, e por que essa avaliação é importante? Gn 1:31

Gn 1:31 (NAA): “Deus viu tudo o que havia feito, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.”

Quando Deus terminou de criar o mundo, “tudo” era “muito bom”. Em Gênesis 1, não há nenhum indício de mal na criação da Terra. Como, então, o mal surgiu na experiência humana?

4. Como o mal chegou à Terra? Que luz o livro de Gênesis lança sobre a natureza do conflito cósmico? Gn 3:1-7; Ap 12:7-9

Gn 3:1-7 (NAA)2: “1 Mas a serpente, mais astuta que todos os animais selvagens que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: — É verdade que Deus disse: “Não comam do fruto de nenhuma árvore do jardim”? 2 A mulher respondeu à serpente: — Do fruto das árvores do jardim podemos comer, 3 mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: “Vocês não devem comer dele, nem tocar nele, para que não venham a morrer.” 4 Então a serpente disse à mulher: — É certo que vocês não morrerão. 5 Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerem, os olhos de vocês se abrirão e, como Deus, vocês serão conhecedores do bem e do mal. 6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto e comeu; e deu também ao marido, e ele comeu. 7 Então os olhos de ambos se abriram; e, percebendo que estavam nus, costuraram folhas de figueira e fizeram cintas para si.

Ap 12:7-9 (NAA)2: “7 Então estourou a guerra no céu. Miguel e os seus anjos lutaram contra o dragão. Também o dragão e os seus anjos lutaram, 8 mas não conseguiram sair vitoriosos e não havia mais lugar para eles no céu. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo. Ele foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.

A serpente, identificada como o próprio diabo (Ap 12:7-9), levanta mentiras sobre o caráter de Deus. A serpente primeiro faz uma pergunta, tentando lançar dúvidas sobre a ordem do Criador e, na prática, quase invertendo o que Ele havia ordenado. Depois, a serpente desafia diretamente o que Deus havia dito ao declarar a Eva: “É certo que vocês não morrerão” (Gn 3:4).

Alguém, a serpente ou Deus, estava mentindo. E agora Eva tinha uma escolha a fazer: acreditaria em Deus ou na serpente?

A natureza do conflito está ligada acima de tudo a uma questão: em que ou em quem acreditamos, o que tem a ver com o amor. Isso ocorre porque o que acreditamos sobre alguém, sobre o tipo de pessoa que ela é, e se é confiável, definem se amaremos essa pessoa e confiaremos nela. E, no caso de Deus, se ouviremos o que Ele nos diz.

Leia Gênesis 3:15. A declaração de Deus à serpente, de que o Descendente da mulher (o Messias) feriria a cabeça da serpente, muitas vezes é mencionada como a primeira proclamação do evangelho (protoevangelho) feita nas Escrituras. Como essa promessa reforça a realidade do conflito e, ainda assim, traz esperança no meio dele?

Segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O grande conflito nas cartas de Paulo

Lições da Bíblia1

3. Por que Paulo emprega o tipo de ilustração utilizada em Efésios 6:10-20? Compare com Rm 13:11-14; 1Ts 5:6-8; 2Co 10:3-6

Ef 6:10-20 (NAA)2: “10 Quanto ao mais, sejam fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 11 Vistam-se com toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo. 12 Porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, mas contra os principados e as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais. 13 Por isso, peguem toda a armadura de Deus, para que vocês possam resistir no dia mau e, depois de terem vencido tudo, permanecer inabaláveis. 14 Portanto, fiquem firmes, cingindo-se com a verdade e vestindo a couraça da justiça. 15 Tenham os pés calçados com a preparação do evangelho da paz, 16 segurando sempre o escudo da fé, com o qual poderão apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17 Usem também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. 18 Orem em todo tempo no Espírito, com todo tipo de oração e súplica, e para isto vigiem com toda perseverança e súplica por todos os santos. 19 E orem também por mim, para que, no abrir da minha boca, me seja dada a palavra, para com ousadia tornar conhecido o mistério do evangelho, 20 pelo qual sou embaixador em cadeias, para que, em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazer.”

Rm 13:11-14 (NAA)2: “11 E digo isto a vocês que conhecem o tempo: já é hora de despertarem do sono, porque a nossa salvação está agora mais perto do que quando no princípio cremos. 12 Vai alta a noite, e o dia vem chegando. Deixemos, pois, as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. 13 Vivamos dignamente, como em pleno dia, não em orgias e bebedeiras, não em imoralidades e libertinagem, não em discórdias e ciúmes. 14 Mas revistam-se do Senhor Jesus Cristo e não façam nada que venha a satisfazer os desejos da carne.

1Ts 5:6-8 (NAA)2: “6 Assim, pois, não durmamos como os demais; pelo contrário, vigiemos e sejamos sóbrios. 7 Ora, os que dormem é de noite que dormem, e os que se embriagam é de noite que se embriagam. 8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé e do amor e tomando como capacete a esperança da salvação.

2Co 10:3-6 (NAA)2: “3 Porque, embora andemos na carne, não lutamos segundo a carne. 4 Porque as armas da nossa luta não são carnais, mas poderosas em Deus, para destruir fortalezas. Destruímos raciocínios falaciosos 5 e toda arrogância que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo pensamento à obediência de Cristo. 6 E estaremos prontos para punir qualquer desobediência, quando a obediência de vocês estiver completa.”

Paulo empregava linguagem militar e ilustrações, convidando os crentes a imitar o exemplo dos soldados. Embora Efésios 6:10-20 represente seu emprego mais longo e concentrado, a linguagem militar exibe uma de suas principais formas de comunicar o evangelho. Depois de conquistar os principados e potestades na cruz (Cl 2:15), Cristo exercita os resultados dessa vitória em Sua posição como Senhor sobre os poderes (Fp 2:9-11). Recrutando Seus seguidores como combatentes na guerra cósmica, Cristo lidera os exércitos de luz em direção a um grande dia de vitória (1Co 15:54-58; 2Ts 2:8; Rm 16:20). Ao reunir os empregos que Paulo fez do simbolismo militar, notamos que ele entendia que o conflito entre o bem e o mal é “uma guerra cósmica de longa duração: batalhas vêm e vão entre dois exércitos que se enfrentam através dos tempos até que um vença o confronto final” (Peter W. Macky, St. Paul’s Cosmic War Myth: A Military Version of the Gospel [Nova York: Peter Lang Publishing, Inc., 1998], p. 1).

O tema frequente de Paulo sobre a guerra cósmica também faz parte de Efésios. Em seu chamado à batalha (Ef 6:10-20), o apóstolo reuniu elementos do conflito cósmico que já tinha empregado: a capacitação dos crentes com o “poder” de Deus (Ef 1:18-20; 3:16, 20); a vitória e a exaltação de Cristo sobre os poderes (Ef 1:20-23); os crentes como um exército de pessoas ressuscitadas e fortalecidas por sua identificação com Cristo e capazes de lutar contra seu antigo mestre das trevas (Ef 2:1-10); o papel da igreja em revelar aos poderes sua condenação vindoura (Ef 3:10); o emprego do Salmo 68:18 para retratar Cristo como o divino Guerreiro conquistador (Ef 4:7-11) e o apelo para que os crentes se revestissem das vestes do evangelho (Ef 4:20-24). Quando chamados a colocar “toda a armadura” de Deus, estamos bem preparados para entender o papel central do conflito cósmico, mas, também, devemos permanecer firmes na promessa de participarmos da vitória final de Cristo.

Você já experimentou a realidade do conflito e da vitória que podemos reivindicar em Jesus? Entender a vitória de Cristo por nós é importante para nossa experiência?

Terça-feira, 12 de setembro de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A batalha no Céu

Lições da Bíblia1

Apocalipse 12 apresenta uma série de episódios dramáticos, retratos do conflito de longa data entre o bem e o mal, que começou no Céu, mas apocalipse 12 apresenta uma série de episódios dramáticos, retratos do terminará na Terra. Esses episódios nos levam ao fluxo do tempo, desde a cena inicial da rebelião de Satanás no Céu até seus ataques ferozes ao povo de Deus nos últimos dias.

1. Apocalipse 12:7-9 descreve esse conflito cósmico entre o bem e o mal. Como algo assim poderia ter acontecido no Céu? O que esses versos sugerem sobre a realidade do livre-arbítrio?

Apocalipse 12:7-9 (ARA)2: “7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos;todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.”

A liberdade de escolha é um princípio fundamental do governo de Deus, tanto no Céu quanto na Terra. Deus não criou robôs, nem no Céu nem na Terra. Criados à imagem divina, nós, como seres humanos, podemos fazer escolhas morais.

O poder de escolha está estreitamente alinhado com a capacidade de amar. Tirando o poder de escolha, destrói-se a capacidade de amar, pois o amor nunca pode ser forçado ou coagido. O amor é uma expressão de livre-arbítrio. Cada anjo do Céu foi confrontado com a escolha de retribuir o amor de Deus ou de se afastar em egoísmo, arrogância e orgulho. Assim como os anjos celestiais foram confrontados pelo amor com uma escolha eterna, o Apocalipse apresenta a cada um de nós escolhas eternas no conflito final da Terra.

Nunca houve neutralidade no conflito (Lc 11:23), e não haverá na guerra final da Terra. Assim como cada anjo escolheu o lado de Jesus ou o de Lúcifer, a humanidade será levada à escolha final e irrevogável no fim dos tempos. Quem terá nossa lealdade, adoração e obediência? Esse sempre foi o ponto em questão, e ainda será, contudo de forma mais dramática, na crise final da história da Terra.

Diante disso, eis a notícia incrivelmente boa: Apocalipse 12 descreve o triunfo de Cristo no conflito, e tudo o que nós, usando o livre-arbítrio, temos que fazer é escolher estar do lado Dele, o lado vencedor. É maravilhoso poder escolher um lado em uma batalha na qual sabemos, de antemão, qual será o lado vencedor.

O livre-arbítrio é sagrado porque Jesus nos deu esse dom mesmo sabendo que isso O levaria à cruz (2Tm 1:9). Que cuidado devemos ter ao usar essa dádiva santa e cara?

Domingo, 26 de março de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. As três mensagens do Apocalipse. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 512, abr. maio jun. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O grande conflito, próximo e pessoal

Lições da Bíblia1

José sofreu por causa de sua decisão fundamentada em princípios (Gn 39:11-20) e foi preso. Como propriedade de Potifar, José poderia ter sido morto. Potifar evidentemente não acreditou em sua esposa, mas tomou uma atitude para proteger sua reputação. Apesar das circunstâncias horríveis, as Escrituras dizem: “O Senhor, porém, estava com José” (Gn 39:21). A vida na Terra não é justa. O bem nem sempre é recompensado, e o mal nem sempre é punido. Mas há uma boa notícia: José encontrou descanso, mesmo na prisão, porque Deus estava com ele. José não se concentrou na injustiça da situação, não se retraiu nem desistiu de Deus.

7. O que José fez na prisão? Como ele se relacionou com as pessoas? Gn 39:21– 40:22

Gn 39:21– 40:22 (ARA)2: “21 O Senhor, porém, era com José, e lhe foi benigno, e lhe deu mercê perante o carcereiro; 22 o qual confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere; e ele fazia tudo quanto se devia fazer ali. 23 E nenhum cuidado tinha o carcereiro de todas as coisas que estavam nas mãos de José, porquanto o Senhor era com ele, e tudo o que ele fazia o Senhor prosperava.” 40 “1 Passadas estas coisas, aconteceu que o mordomo do rei do Egito e o padeiro ofenderam o seu senhor, o rei do Egito. 2 Indignou-se Faraó contra os seus dois oficiais, o copeiro-chefe e o padeiro-chefe.E mandou detê-los na casa do comandante da guarda, no cárcere onde José estava preso. 4 O comandante da guarda pô-los a cargo de José, para que os servisse; e por algum tempo estiveram na prisão. 5 E ambos sonharam, cada um o seu sonho, na mesma noite; cada sonho com a sua própria significação, o copeiro e o padeiro do rei do Egito, que se achavam encarcerados. 6 Vindo José, pela manhã, viu-os, e eis que estavam turbados. 7 Então, perguntou aos oficiais de Faraó, que com ele estavam no cárcere da casa do seu senhor: Por que tendes, hoje, triste o semblante?Eles responderam: Tivemos um sonho, e não há quem o possa interpretar. Disse-lhes José: Porventura, não pertencem a Deus as interpretações? Contai-me o sonho. 9 Então, o copeiro-chefe contou o seu sonho a José e lhe disse: Em meu sonho havia uma videira perante mim. 10 E, na videira, três ramos; ao brotar a vide, havia flores, e seus cachos produziam uvas maduras. 11 O copo de Faraó estava na minha mão; tomei as uvas, e as espremi no copo de Faraó, e o dei na própria mão de Faraó. 12 Então, lhe disse José: Esta é a sua interpretação: os três ramos são três dias; 13 dentro ainda de três dias, Faraó te reabilitará e te reintegrará no teu cargo, e tu lhe darás o copo na própria mão dele, segundo o costume antigo, quando lhe eras copeiro. 14 Porém lembra-te de mim, quando tudo te correr bem; e rogo-te que sejas bondoso para comigo, e faças menção de mim a Faraó, e me faças sair desta casa; 15 porque, de fato, fui roubado da terra dos hebreus; e, aqui, nada fiz, para que me pusessem nesta masmorra. 16 Vendo o padeiro-chefe que a interpretação era boa, disse a José: Eu também sonhei, e eis que três cestos de pão alvo me estavam sobre a cabeça; 17 e no cesto mais alto havia de todos os manjares de Faraó, arte de padeiro; e as aves os comiam do cesto na minha cabeça. 18 Então, lhe disse José: A interpretação é esta: os três cestos são três dias; 19 dentro ainda de três dias, Faraó te tirará fora a cabeça e te pendurará num madeiro, e as aves te comerão as carnes. 20 No terceiro dia, que era aniversário de nascimento de Faraó, deu este um banquete a todos os seus servos; e, no meio destes, reabilitou o copeiro-chefe e condenou o padeiro-chefe. 21 Ao copeiro-chefe reintegrou no seu cargo, no qual dava o copo na mão de Faraó; 22 mas ao padeiro-chefe enforcou, como José havia interpretado.”

Na prisão, José trabalhou com a realidade, não com o ideal. Fez contatos e ajudou os outros, embora a situação ali estivesse longe do ideal. Além disso, José não deixou de pedir ajuda e se tornar vulnerável. Ele pediu ajuda do copeiro, de quem tinha interpretado o sonho.

8. Qual é a perspectiva geral dos relacionamentos apresentada por Paulo? Ef 6:1-13

Ef 6:1-13 (ARA)2: “1 Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. 2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), 3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra. 4 E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. 5 Quanto a vós outros, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne com temor e tremor, na sinceridade do vosso coração, como a Cristo, 6 não servindo à vista, como para agradar a homens, mas como servos de Cristo, fazendo, de coração, a vontade de Deus; 7 servindo de boa vontade, como ao Senhor e não como a homens, 8 certos de que cada um, se fizer alguma coisa boa, receberá isso outra vez do Senhor, quer seja servo, quer livre. 9 E vós, senhores, de igual modo procedei para com eles, deixando as ameaças, sabendo que o Senhor, tanto deles como vosso, está nos céus e que para com ele não há acepção de pessoas. 10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.”

Nossos relacionamentos são reflexos em miniatura do grande conflito entre Deus e Satanás, que tem assolado o mundo ao longo dos tempos. Isso significa que não existem relacionamentos perfeitos e que as relações humanas devem ter uma dinâmica de desenvolvimento. Satanás tem interesse em usar nossos vínculos sociais – especialmente os mais próximos de nós – em seu proveito, a fim de nos ferir e frustrar a vontade de Deus para nossa vida. Podemos ser gratos porque não fomos deixados sozinhos para lutar essas batalhas. A Palavra de Deus estabelece princípios para nossa convivência. Sua promessa de nos dar sabedoria (Tg 1:5 [“Se, porém, algum de vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e nada lhes impropera; e ser-lhe-á concedida.”]) se estende aos relacionamentos. Como Ele esteve com José, promete estar conosco quando enfrentarmos dificuldades nas nossas relações sociais.

Pense na promessa de Deus em Tiago 1:5 e reserve um momento para pedir por sabedoria em seus relacionamentos. Como você pode se abrir à influência do Espírito Santo ao se relacionar com as pessoas?

Quinta-feira, 05 de agosto de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Descanso em Cristo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 505, jul. ago. set. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Poderes invisíveis em atuação

Lições da Bíblia

“A oração intercessória é uma arma poderosa na batalha entre o bem e o mal, chamada de ‘grande conflito’. Uma das revelações mais claras dessa luta está em Daniel 10.”1

“Você deve se lembrar de que o profeta Jeremias havia predito que os judeus ficariam em cativeiro babilônico por 70 anos. Ao fim da vida de Daniel, esse período estava terminando. Em 539 a.C., Babilônia foi conquistada pelos medos e persas. Então, uma parte do povo retornou para Jerusalém.”1

“No entanto, o profeta estava preocupado com a oposição severa que os judeus estavam sofrendo em relação à reconstrução do templo e da cidade de Jerusalém. Daniel jejuou e orou por três semanas. Ele intercedeu fervorosamente por seu povo. No final desse período, um glorioso ser angelical apareceu a ele.”1

“6. Leia Daniel 10:10-14. Quando as orações de Daniel foram ouvidas e o que temporariamente retardou a resposta divina? Assinale a alternativa correta:”1

Daniel 10:10 -14 (ARA)2: “10 Eis que certa mão me tocou, sacudiu-me e me pôs sobre os meus joelhos e as palmas das minhas mãos. 11 Ele me disse: Daniel, homem muito amado, está atento às palavras que te vou dizer; levanta-te sobre os pés, porque eis que te sou enviado. Ao falar ele comigo esta palavra, eu me pus em pé, tremendo. 12 Então, me disse: Não temas, Daniel, porque, desde o primeiro dia em que aplicaste o coração a compreender e a humilhar-te perante o teu Deus, foram ouvidas as tuas palavras; e, por causa das tuas palavras, é que eu vim. 13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu por vinte e um dias; porém Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu obtive vitória sobre os reis da Pérsia. 14 Agora, vim para fazer-te entender o que há de suceder ao teu povo nos últimos dias; porque a visão se refere a dias ainda distantes.”

A.(  ) Depois de vinte e um dias. O príncipe da Pérsia atrasou a intervenção do anjo.
B.(  ) Depois de três meses. A resposta foi retardada por causa do príncipe grego.

Resposta sugestiva: Alternativa A.

“Quem era o príncipe do reino da Pérsia? Certamente não era Ciro, o rei do Império Persa. É mais provável que a expressão ‘o príncipe do reino da Pérsia’ represente Satanás. Jesus o chamou de ‘príncipe do mundo’ (Jo 12:31; 14:30). Paulo o chamou de ‘o príncipe da potestade do ar’ (Ef 2:2). Se o príncipe da Pérsia representa Satanás, quem é Miguel? O termo Miguel é usado cinco vezes na Bíblia (Ap 12:7; Jd 9; Dn 10:13, 21; 12:1). Um estudo dessas passagens revela que Miguel (que significa ‘Quem é como Deus’) é outro termo para descrever Jesus como o Comandante de todos os anjos em combate direto contra Satanás. Cristo é o eterno Filho de Deus, preexistente, onipotente e divino. Uma de Suas funções como Comandante dos anjos é derrotar e finalmente destruir Satanás.”1

“Daniel 10 revela essa luta entre o bem e o mal. Enquanto Daniel orava, Miguel, o Todo-Poderoso Jesus, desceu do Céu para derrotar as forças do inferno. Embora às vezes não vejamos, Cristo atua para responder também às nossas orações de intercessão. Ele é um Salvador poderoso. Nenhuma de nossas orações passa despercebida.”1

“Como você vê a realidade do grande conflito em sua vida? O que essa batalha lhe revela sobre as escolhas que você precisa fazer?”1

Quarta-feira, 22 de julho de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Fazendo amigos para Deus: A alegria de participar de Sua missão. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 501, jul. ago. set. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Uma luta cósmica

Lições da Bíblia

“1. Compare Apocalipse 12:7-9, Efésios 6:12 e 2 Coríntios 10:4. Como essas passagens influenciam nossa compreensão da oração intercessória? Assinale a alternativa correta:”1

Apocalipse 12:7-9 (ARA)2: “7 Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; 8 todavia, não prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. 9 E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele, os seus anjos.”

Efésios 6:12 (ARA)2: “porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”

2 Coríntios 10:4 (ARA)2: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas”

A.(  ) Na oração, lutamos apenas contra as tentações da carne.
B.(  ) Batalhamos em oração contra as forças espirituais do mal, os principados e as potestades. Nossa luta não é contra carne nem sangue.

Resposta sugestiva: Alternativa B.

“A Bíblia levanta o véu entre o mundo visível e o invisível. Há uma luta entre o bem e o mal, entre as forças da justiça e as forças das trevas, entre Cristo e Satanás. Nesse conflito cósmico, Deus respeita a liberdade humana. Ele jamais manipulará a vontade nem coagirá a consciência. Ele envia Seu Espírito Santo para convencer homens e mulheres da verdade divina (Jo 16:7, 8). Anjos celestiais entram na batalha para influenciar as pessoas para a eternidade (Hb 1:14). Deus também organiza acontecimentos providenciais na vida dessas pessoas para levá-las até Ele.”1

“Porém, o Senhor não coage a consciência. A coerção é contrária ao reino de Deus. Ela é oposta ao princípio do amor, que é o fundamento de Seu governo. Nesse aspecto, a oração é muito importante. Embora Deus esteja fazendo tudo o que pode para alcançar as pessoas antes mesmo de orarmos, nossas orações liberam o imenso poder de Deus. Ele respeita nossa liberdade de escolha de orar por outras pessoas e, à luz do conflito entre o bem e o mal, quando oramos, Ele pode fazer mais do que se não orássemos.”1

“Considere esta declaração com atenção: “Faz parte do plano de Deus nos conceder, em resposta à oração da fé, o que Ele não daria se não pedíssemos assim” (Ellen G. White, O Grande Conflito, p. 525). Na guerra entre o bem e o mal, a oração faz a diferença. Quando oramos por alguém que não conhece a Cristo, a oração abre canais de bênção divina para fluir na vida dessas pessoas. Deus honra nossa escolha de orar por elas e atua ainda mais poderosamente em favor delas.”1

“Ao tratarmos do assunto da oração intercessória, devemos humildemente reconhecer que não entendemos completamente a atuação de Deus, mas isso não deve impedir que participemos continuamente das bênçãos que a oração oferece a nós e aos outros.”1

“Por que Deus atua mais poderosamente quando oramos do que quando negligenciamos a oração? Mesmo que não compreendamos plenamente como tudo funciona, por que a advertência bíblica de orar por outras pessoas deve nos levar a fazer exatamente isso?”1

Domingo, 19 de julho de 2020. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Fazendo amigos para Deus: A alegria de participar de Sua missão. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 501, jul. ago. set. 2020. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.