A natureza da liberdade cristã

Lições da Bíblia.

“A ordem de Paulo para que os gálatas permanecessem firmes na liberdade não foi feita isoladamente. A afirmação de um fato importante a precede: ‘Cristo nos libertou’. Por que os cristãos deviam ficar firmes em sua liberdade? Porque Cristo já os havia libertado. Em outras palavras, nossa liberdade é o resultado do que Cristo já fez por nós.”

“Esse padrão de afirmação de um fato seguida por uma exortação é típico nas cartas de Paulo (1Co 6:20; 10:13, 14; Cl 2:6). Por exemplo, em Romanos 6, Paulo fez várias declarações indicativas da nossa condição em Cristo, como esta: ‘Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com Ele’ (Rm 6:6, NVI). Com base neste fato, Paulo pôde então anunciar a exortação imperativa: ‘Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais’ (Rm 6:12, NVI). Esta era a maneira de Paulo dizer, essencialmente: ‘Torne-se o que você já é em Cristo’. A vida ética do evangelho não apresenta a responsabilidade de ter que tentar fazer coisas a fim de provar que somos filhos de Deus. Ao contrário, fazemos coisas porque já somos Seus filhos.”

“2. Do que Cristo nos libertou?” “Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça.” (Rm 6:14). “e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça.” (Rm 6:18). “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8:1). “Assim, também nós, quando éramos menores, estávamos servilmente sujeitos aos rudimentos do mundo;” (Gl 4:3). “Outrora, porém, não conhecendo a Deus, servíeis a deuses que, por natureza, não o são;” (Gl 4:8). “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão.” (Gl 5:1). “Visto, pois, que os filhos têm participação comum de carne e sangue, destes também ele, igualmente, participou, para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida.” (Hb 2:14-15). “Pecado; condenação; rudimentos do mundo; falsos deuses; [escravidão do pecado] medo da morte eterna.”

“O uso da palavra liberdade para descrever a vida cristã é mais destacado nas cartas de Paulo do que em qualquer outro lugar no Novo Testamento. A palavra liberdade e seus cognatos ocorrem 28 vezes nas cartas de Paulo, em contraste com apenas 13 vezes em outros lugares.”

O que Paulo quis dizer por liberdade? Em primeiro lugar, não se trata de um mero conceito abstrato. Não se refere à liberdade política, liberdade econômica, nem à liberdade de viver da maneira que nos agrade. Ao contrário, é uma liberdade fundamentada em nossa relação com Jesus Cristo. O contexto sugere que Paulo estava se referindo à liberdade da escravidão e da condenação de um cristianismo fundamentado na lei, mas nossa liberdade inclui muito mais. Ela inclui libertação do pecado, da morte eterna e do diabo.”

“Fora de Jesus Cristo, a existência humana é caracterizada como escravidão: da lei, dos elementos do mal que dominam o mundo, do pecado, da carne e do diabo. Deus enviou Seu Filho ao mundo para quebrar o domínio desses senhores de escravos” (Timothy George, Galatians, p. 354).

“Você se sente escravizado por alguma coisa? Memorize Gálatas 5:1 e peça a Deus que torne real em sua vida a liberdade que você tem em Cristo.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – segunda-feira 05 de dezembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Cristo nos libertou

Lições da Bíblia.

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão” (Gl 5:1, NVI).

“Como a ordem de mobilização de um líder militar para suas tropas vacilantes, Paulo ordenou aos gálatas que não submetessem sua liberdade em Cristo.”

“A impetuosidade e a veemência do tom de Paulo fazem com que suas palavras quase saltem da página para a ação. Na verdade, isso parece ser exatamente o que Paulo pretendia. Embora esse verso esteja ligado tematicamente ao que vem antes e depois dele, a forma repentina pela qual ele ocorreu e a falta de ligações sintáticas em grego sugerem que Paulo queria que esse verso se destacasse como um gigantesco painel de propagandas. Liberdade em Cristo resume todo o raciocínio de Paulo, e os gálatas estavam em perigo de abandoná-la.”

“1. Leia Gálatas 1:3, 4; 2:16 e 3:13. Quais são algumas das metáforas usadas nesses versos? Como essas figuras nos ajudam a entender o que Cristo fez por nós?” “A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,” (Gál. 1:3-4 NVI). “sabemos que ninguém é justificado pela prática da Lei, mas mediante a fé em Jesus Cristo. Assim, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pela prática da Lei, porque pela prática da Lei ninguém será justificado.” (Gál. 2:16 NVI).Cristo nos redimiu da maldição da Lei quando se tornou maldição em nosso lugar, pois está escrito: ‘Maldito todo aquele que for pendurado num madeiro’” (Gál. 3:13 NVI). “Resgate; justificação pela fé; redenção da maldição da lei; pagou o preço pelos pecados; na cruz Jesus Se entregou para nos livrar da maldição da lei; pagou o preço pelos pecados; não tínhamos condições de pagar essa dívida por meio de nossas obras.”

“As palavras de Paulo, ‘Foi para a liberdade que Cristo nos libertou’ (Gl 5: 1, NVI), podem sugerir que ele tivesse outra metáfora em mente. A redação dessa frase é similar à fórmula utilizada na sagrada libertação (alforria) de escravos. Pelo fato de que os escravos não tinham direitos legais, havia a crença de que uma divindade poderia comprar sua liberdade, e em compensação, o escravo, embora realmente livre, pertenceria legalmente ao deus. Evidentemente, na prática o processo era fictício; era o escravo que entregava o dinheiro à tesouraria do templo para obter sua liberdade. Considere, por exemplo, a fórmula utilizada em uma das quase mil inscrições encontradas no templo da sacerdotisa de Apolo, em Delfos, que datam de 201 a.C a 100 d.C: ‘Para a liberdade, Apolo, o deus do templo de Delfos, comprou de Sosibus de Amfissa uma escrava cujo nome é Niceia… No entanto, em troca da liberdade, Niceia, a escrava adquirida, se dedicou a Apolo’ (Ben Witherington III, Grace in Galatia [Graça na Galácia], Grand Rapids, Michigan: William B. Eerdmans Publishing Company, 1998, p. 340).”

“Essa fórmula compartilha uma semelhança fundamental com as palavras de Paulo, mas há uma diferença básica. Na metáfora de Paulo, nenhuma ficção está envolvida. Nós não pagamos o preço da compra (1Co 6:20; 7:23). O preço era alto demais para nós. Éramos impotentes para alcançar por nós mesmos a salvação, mas Jesus entrou em ação e fez por nós o que não poderíamos ter feito (pelo menos não poderíamos, sem perder a vida). Ele pagou a penalidade pelos nossos pecados, assim nos libertando da condenação.”

“Considere sua vida. Você já pensou que poderia salvar a si mesmo? Quanto devemos ser gratos pelo que recebemos em Jesus?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – domingo 04 de dezembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Liberdade em Cristo

Lições da Bíblia.

“Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião à vontade da carne; ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor” (Gl 5:13, NVI).

“O sacrifício de Cristo nos liberta da escravidão do pecado para que possamos escolher livremente Cristo e Seu estilo de vida. A liberdade que surge da fé em Cristo nos liberta da escravidão do pecado, da morte e do diabo. Somos livres para expressar fé em Cristo por meio do serviço amoroso e alegre, cumprindo assim a lei, que nos ordena: ‘ame os outros como a si mesmo’.”

“E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus e reduzir-nos à escravidão;” (Gál. 2:4). “Em Gálatas 2:4, Paulo mencionou resumidamente a importância de proteger a ‘liberdade’ que temos em Cristo Jesus. Mas o que Paulo queria dizer quando falou de ‘liberdade’, como ele fazia com tanta frequência? O que essa liberdade abrange? Até que ponto vai essa liberdade? Será que ela tem limites? Qual é a ligação entre a liberdade em Cristo e a lei?”

“Paulo abordou essas questões advertindo os gálatas de dois perigos. O primeiro era o legalismo. Os oponentes de Paulo na Galácia estavam tão envolvidos tentando ganhar o favor de Deus por seu comportamento que perderam de vista a natureza libertadora da obra de Cristo e a salvação que já tinham em Cristo mediante a fé. O segundo perigo era a tendência de abusar da liberdade que Cristo comprou para nós, caindo na licenciosidade. Os que apoiavam esse ponto de vista erroneamente acreditavam que a liberdade era contrária à lei.”

“Tanto o legalismo quanto a licenciosidade são contrários à liberdade, porque eles igualmente mantêm seus adeptos em uma forma de escravidão. Porém, o apelo de Paulo aos gálatas foi que eles se mantivessem firmes na verdadeira liberdade que era sua legítima propriedade em Cristo.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – sábado 03 de dezembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

A Lei e os Concertos

Lições da Bíblia.

Deus os levou ao Sinai; manifestou Sua glória; deu-lhes Sua lei, com promessa de grandes bênçãos sob condição de obediência: ‘Se diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto, então… Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo.’ Êxo. 19:5 e 6. O povo não compreendia a pecaminosidade de seus corações, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entraram em concerto com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça, declararam: ‘Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos.’ Êxo. 24:7. Haviam testemunhado a proclamação da lei, com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do monte; e no entanto apenas algumas semanas se passaram antes que violassem seu concerto com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar o favor de Deus mediante um concerto que tinham violado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e necessidade de perdão, foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado no concerto abraâmico e prefigurado nas ofertas sacrificais. Agora, pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do pecado. Estavam então, preparados para apreciar as bênçãos do novo concerto.

As condições do ‘velho concerto’ eram: Obedece e vive – ‘cumprindo-os [estatutos e juízos] o homem, viverá por eles’ (Ezeq. 20:11; Lev. 18:5); mas ‘maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei’. Deut. 27:26. O ‘novo concerto’ foi estabelecido com melhores promessas: promessas do perdão dos pecados, e da graça de Deus para renovar o coração, e levá-lo à harmonia com os princípios da lei de Deus. ‘Este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a Minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração. … Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados.’ Jer. 31:33 e 34.

A mesma lei que fora gravada em tábuas de pedra, é escrita pelo Espírito Santo nas tábuas do coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue expia os nossos pecados. Sua obediência é aceita em nosso favor. Então o coração renovado pelo Espírito Santo produzirá os ‘frutos do Espírito’. Mediante a graça de Cristo viveremos em obediência à lei de Deus, escrita em nosso coração. Tendo o Espírito de Cristo, andaremos como Ele andou. Pelo profeta Ele declarou a respeito de Si mesmo: ‘Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a tua lei está dentro do Meu coração.’ Sal. 40:8. E, quando esteve entre os homens, disse: ‘O Pai não Me tem deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada.’ João 8:29.” (Ellen G. White, Patriarcas e profetas, p. 371-372).

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – sexta-feira 02 de dezembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Ismael e Isaque hoje

Lições da Bíblia.

“O breve esboço que Paulo fez da história de Israel se destinava a combater os argumentos apresentados pelos seus adversários, que afirmavam que eram os verdadeiros descendentes de Abraão e que Jerusalém – o centro do cristianismo judaico e da lei – era sua mãe. Os gentios, conforme a acusação deles, eram ilegítimos. Se eles quisessem se tornar verdadeiros seguidores de Cristo, deviam primeiramente se tornar filhos de Abraão, submetendo-se à lei da circuncisão.”

“A verdade, Paulo disse, é o oposto. Esses legalistas não eram os filhos de Abraão, mas eram filhos ilegítimos, como Ismael. Ao colocar sua confiança na circuncisão, eles estavam confiando ‘na carne’, como Sara fez com Hagar e como os israelitas fizeram com a lei de Deus no Sinai. Os cristãos gentios, no entanto, eram filhos de Abraão não pela descendência natural, mas, como Isaque, pela linhagem sobrenatural. ‘Como Isaque, eles eram um cumprimento da promessa feita a Abraão… Como Isaque, seu nascimento na liberdade era o efeito da graça divina; como Isaque, eles pertenciam à coluna da aliança da promessa’ (James D. G. Dunn, The Epistle to the Galatians [A Epístola aos Gálatas], Londres: Hendrickson Publishers, 1993, p. 256).”

“9. O que os verdadeiros descendentes de Abraão enfrentarão neste mundo? “Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre. E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.” (Gál. 4:28-31). “Isaque cresceu e foi desmamado. Nesse dia em que o menino foi desmamado, deu Abraão um grande banquete. Vendo Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual ela dera à luz a Abraão, caçoava de Isaque, disse a Abraão: Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho. Pareceu isso mui penoso aos olhos de Abraão, por causa de seu filho. Disse, porém, Deus a Abraão: Não te pareça isso mal por causa do moço e por causa da tua serva; atende a Sara em tudo o que ela te disser; porque por Isaque será chamada a tua descendência.” (Gên. 21:8-12). “Serão perseguidos pelos filhos de Abraão.”

Ser o filho prometido trouxe a Isaque não somente bênçãos, mas também oposição e perseguição. Em referência à perseguição, Paulo tinha em mente a cerimônia de Gênesis 21:8-10, em que Isaque foi honrado e Ismael apareceu zombando dele. A palavra hebraica em Gênesis 21:9, significa literalmente ‘rir’, mas a reação de Sara sugere que Ismael estava zombando de Isaque ou ridicularizando-o. Embora o comportamento de Ismael possa parecer insignificante para nós hoje, ele revelava hostilidades mais profundas, numa situação em que o direito de primogenitura da família estava em jogo. Muitos governantes da antiguidade tentaram assegurar sua posição eliminando rivais em potencial, incluindo irmãos (Jz 9:1-6). Embora Isaque enfrentasse oposição, ele também desfrutava todos os privilégios do amor, proteção e favor relacionados com a condição de ser o herdeiro de seu pai.”

“Como descendentes espirituais de Isaque, não devemos ficar surpresos quando sofremos dificuldades e oposição, mesmo dentro da própria família da igreja.”

“De que forma você tem sofrido perseguição, especialmente dos mais próximos de você, por causa de sua fé? Responda a esta pergunta difícil: você tem perseguido outras pessoas por causa de sua fé?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quinta-feira 01 de dezembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Hagar e o Monte Sinai (Gl 4:21-31)

Lições da Bíblia.

“7. Que tipo de relação de aliança Deus desejava estabelecer com Seu povo no Sinai? Quais são as semelhanças entre essa aliança e a promessa de Deus a Abraão?” “Falou mais Deus a Moisés e lhe disse: Eu sou o SENHOR. Apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, O SENHOR, não lhes fui conhecido. Também estabeleci a minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra em que habitaram como peregrinos. Ainda ouvi os gemidos dos filhos de Israel, os quais os egípcios escravizam, e me lembrei da minha aliança. Portanto, dize aos filhos de Israel: eu sou o SENHOR, e vos tirarei de debaixo das cargas do Egito, e vos livrarei da sua servidão, e vos resgatarei com braço estendido e com grandes manifestações de julgamento. Tomar-vos-ei por meu povo e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR, vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas do Egito. E vos levarei à terra a qual jurei dar a Abraão, a Isaque e a Jacó; e vo-la darei como possessão. Eu sou o SENHOR. (Êxo. 6:2-8). “Subiu Moisés a Deus, e do monte o SENHOR o chamou e lhe disse: Assim falarás à casa de Jacó e anunciarás aos filhos de Israel: Tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águia e vos cheguei a mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel.” (Êxo. 19:3-6). “Achou-o numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos. Como a águia desperta a sua ninhada e voeja sobre os seus filhotes, estende as asas e, tomando-os, os leva sobre elas, assim, só o SENHOR o guiou, e não havia com ele deus estranho.” (Deut. 32:10-12). “Deus prometeu libertá-los da escravidão egípcia; eles seriam seu povo, e Ele o seu Deus. Receberiam a terra da promessa e seriam reino e sacerdotes e deveriam ser fieis”

“Deus queria partilhar com os filhos de Israel no Sinai a mesma relação de aliança que havia compartilhado com Abraão. De fato, existem semelhanças entre as palavras de Deus em Gênesis 12:1-3 e Suas palavras a Moisés em Êxodo 19. Em ambos os casos, Deus enfatizou o que Ele faria por Seu povo. Ele não pediu que os israelitas prometessem fazer qualquer coisa para obter Suas bênçãos; em vez disso, eles deviam obedecer como uma resposta a essas bênçãos. As palavras hebraicas traduzidas como ‘obedecer’ e ‘guardar’ em Êxodo 19:5, literalmente significam ‘ouvir’. Essas palavras de Deus não implicam em justiça pelas obras. Pelo contrário, Ele queria que Israel tivesse a mesma fé que caracterizava a resposta de Abraão a Suas promessas (pelo menos na maior parte do tempo!).”

“8. Se a relação de aliança que Deus ofereceu a Israel no Sinai é similar àquela dada a Abraão, por que Paulo identificou o Monte Sinai com a experiência negativa de Hagar?” “Veio Moisés, chamou os anciãos do povo e expôs diante deles todas estas palavras que o SENHOR lhe havia ordenado. Então, o povo respondeu à uma: Tudo o que o SENHOR falou faremos. E Moisés relatou ao SENHOR as palavras do povo.” (Êxo. 19:7-8). “Agora, com efeito, obteve Jesus ministério tanto mais excelente, quanto é ele também Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas. Porque, se aquela primeira aliança tivesse sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para uma segunda.” (Heb. 8:6-7). “Porque o povo transformou a boa aliança do Sinai em uma tentativa de aliança as promessas por meio das obras assim como no caso de Abraão, Sara e Hagar. Por fim, o povo se tornou infiel.”

“A aliança no Sinai foi destinada a apontar a pecaminosidade da humanidade e o remédio da graça abundante de Deus, simbolizada nas cerimônias do santuário. O problema com a aliança do Sinai não estava com Deus, mas com as promessas defeituosas do povo (Hb 8:6). Em vez de responder às promessas de Deus com humildade e fé, os israelitas responderam com autoconfiança. ‘Tudo o que o Senhor falou faremos’ (Êx 19:8). Depois de viver como escravos no Egito por mais de 400 anos, eles não tinham uma concepção verdadeira da majestade de Deus nem da extensão de sua própria pecaminosidade. Da mesma forma que Abraão e Sara tentaram ajudar Deus a cumprir Suas promessas, os israelitas procuraram transformar a aliança da graça de Deus em uma aliança de obras. Hagar simboliza o Sinai, no sentido de que ambos revelam tentativas humanas de salvação pelas obras.”

“Paulo não afirma que a lei dada no Sinai era ruim, tampouco que havia sido abolida. Ele estava preocupado com o equívoco legalista dos gálatas em relação à lei. ‘Em vez de servir para convencê-los da absoluta impossibilidade de agradar a Deus pela guarda da lei, a lei alimentava neles uma determinação profundamente arraigada de depender de recursos pessoais a fim de agradar a Deus. Assim, a lei não servia ao propósito da graça de conduzir os judaizantes a Cristo. Em vez disso, ela os separava de Cristo’ (O. Palmer Robertson, The Christ of the Covenants [O Cristo das Alianças], Phillipsburg, New Jersey, Presbyterian and Reformed Publishing Co., 1980, p. 181).”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quarta-feira 30 de novembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Abraão, Sara e Hagar

Lições da Bíblia.

“5. Por que Paulo tinha uma visão tão depreciativa do incidente com Hagar? Que ponto crucial sobre a salvação foi apresentado através dessa história do Antigo Testamento?” “Dizei-me vós, os que quereis estar sob a lei: acaso, não ouvis a lei? Pois está escrito que Abraão teve dois filhos, um da mulher escrava e outro da livre. Mas o da escrava nasceu segundo a carne; o da livre, mediante a promessa. Estas coisas são alegóricas; porque estas mulheres são duas alianças; uma, na verdade, se refere ao monte Sinai, que gera para escravidão; esta é Agar. Ora, Agar é o monte Sinai, na Arábia, e corresponde à Jerusalém atual, que está em escravidão com seus filhos. Mas a Jerusalém lá de cima é livre, a qual é nossa mãe; porque está escrito: Alegra-te, ó estéril, que não dás à luz, exulta e clama, tu que não estás de parto; porque são mais numerosos os filhos da abandonada que os da que tem marido. Vós, porém, irmãos, sois filhos da promessa, como Isaque. Como, porém, outrora, o que nascera segundo a carne perseguia ao que nasceu segundo o Espírito, assim também agora. Contudo, que diz a Escritura? Lança fora a escrava e seu filho, porque de modo algum o filho da escrava será herdeiro com o filho da livre. E, assim, irmãos, somos filhos não da escrava, e sim da livre.” (Gál. 4:21-31). “Hagar representava a aliança do Monte Sinai, que gerava filhos para escravidão da salvação pelas obras da lei. A aliança do Monte Calvário estava fundamentada na promessa do Filho de Deus, com base na fé. Isaque e Sara foram símbolos dessa aliança.”

“O lugar de Hagar na história de Gênesis está diretamente relacionado ao fato de Abrão ter deixado de crer na promessa de Deus. Como uma escrava egípcia na casa de Abrão, Hagar provavelmente tivesse se tornado propriedade de Abrão como uma das muitas dádivas que Faraó deu a ele em troca de Sarai. O evento está associado com o primeiro ato de incredulidade de Abrão quanto à promessa de Deus (Gn 12:11-16).”

“Depois de esperar dez anos pelo nascimento do filho prometido, Abrão e Sarai permaneciam sem filhos. Concluindo que Deus precisava da ajuda deles, Sarai deu Hagar a Abrão como concubina. Se bem que estranho para nós hoje, o plano de Sarai foi bastante engenhoso. De acordo com os costumes antigos, uma escrava poderia servir legalmente como mãe de aluguel para sua patroa estéril. Assim, Sarai podia considerar como dela própria qualquer criança nascida de seu marido e Hagar. Embora o plano tenha gerado uma criança, não se tratava do filho que Deus havia prometido.”

“Nessa história, temos um poderoso exemplo de como mesmo um grande homem de Deus falhou em sua fé quando enfrentou circunstâncias assustadoras. Em Gênesis 17:18, 19, Abraão pediu a Deus que aceitasse Ismael como seu herdeiro. O Senhor, naturalmente, rejeitou essa oferta. O único elemento ‘miraculoso’ no nascimento de Ismael foi a disposição de Sarai para compartilhar seu marido com outra mulher! Não houve nada fora do normal com relação ao nascimento de uma criança para essa mulher, uma criança nascida ‘segundo a carne’. Tivesse Abrão confiado no que Deus lhe havia prometido, em vez de permitir que as circunstâncias dominassem essa confiança, nada disso teria acontecido, e muito sofrimento teria sido evitado.”

“6. Em contraste com o nascimento de Ismael, considere as circunstâncias que envolveram o nascimento de Isaque. Por que essas circunstâncias exigiram tanta fé por parte de Abraão e Sara?” “Disse também Deus a Abraão: A Sarai, tua mulher, já não lhe chamarás Sarai, porém Sara. Abençoá-la-ei e dela te darei um filho; sim, eu a abençoarei, e ela se tornará nações; reis de povos procederão dela. Então, se prostrou Abraão, rosto em terra, e se riu, e disse consigo: A um homem de cem anos há de nascer um filho? Dará à luz Sara com seus noventa anos? Disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de ti. Deus lhe respondeu: De fato, Sara, tua mulher, te dará um filho, e lhe chamarás Isaque; estabelecerei com ele a minha aliança, aliança perpétua para a sua descendência.” (Gên. 17:15-19). “Disse um deles: Certamente voltarei a ti, daqui a um ano; e Sara, tua mulher, dará à luz um filho. Sara o estava escutando, à porta da tenda, atrás dele. Abraão e Sara eram já velhos, avançados em idade; e a Sara já lhe havia cessado o costume das mulheres. Riu-se, pois, Sara no seu íntimo, dizendo consigo mesma: Depois de velha, e velho também o meu senhor, terei ainda prazer? Disse o SENHOR a Abraão: Por que se riu Sara, dizendo: Será verdade que darei ainda à luz, sendo velha?” (Gên. 18:10-13). Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe havia feito a promessa. Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável como a areia que está na praia do mar.” (Heb. 11:11-12). “Ara era estéreo e já havia ultrapassado a idade adequada para ter filhos. A promessa dependia de um milagre.”

“De que forma sua falta de fé nas promessas de Deus tem lhe causado sofrimento? Como você pode aprender com esses erros e confiar na Palavra de Deus, não importando o que aconteça? Que escolhas podem ajudar você a fortalecer sua capacidade de confiar nas promessas de Deus?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – terça-feira 29 de novembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

A aliança abraâmica

Lições da Bíblia.

“3. Que promessas da aliança Deus fez a Abrão em Gênesis 12:1-5? Qual foi a resposta de Abrão?” “Ora, disse o SENHOR a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as famílias da terra. Partiu, pois, Abrão, como lho ordenara o SENHOR, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos quando saiu de Harã. Levou Abrão consigo a Sarai, sua mulher, e a Ló, filho de seu irmão, e todos os bens que haviam adquirido, e as pessoas que lhes acresceram em Harã. Partiram para a terra de Canaã; e lá chegaram.” (Gên. 12:1-5). “Fazer dele uma grande nação; abençoá-lo, engrandecer-lhe o nome e abençoar todos os povos por meio dele. Abraão acreditou as promessas. E partiu pela fé, obedecendo ao chamado.”

“As promessas iniciais de Deus para Abrão formam uma das passagens mais poderosas do Antigo Testamento. Esses versos são todos sobre a graça de Deus. Foi o Senhor, não Abrão, que fez as promessas. Abrão não havia feito nada para obter ou merecer o favor de Deus, nem existe ali nenhuma indicação que sugira que Deus e Abrão de alguma forma trabalharam juntos para chegar a esse acordo. Deus fez todas as promessas. Abrão, em contrapartida, foi chamado a exercer fé na certeza da promessa de Deus, não uma pretensa e frágil “fé”, mas uma fé que se manifestou quando ele (com 75 anos de idade) deixou seus familiares e se dirigiu à terra que Deus havia prometido.”

“Com a ‘bênção’ pronunciada sobre Abraão e, através dele, a todos os seres humanos, o Criador renovou Seu propósito redentor. Ele havia ‘abençoado’ Adão e Eva no paraíso (Gn 1:28; 5:2) e depois ‘abençoou Deus a Noé e a seus filhos’ após o Dilúvio (9:1). Dessa forma, Deus tornou clara Sua promessa anterior de um Redentor que iria redimir a humanidade, destruir o mal e restaurar o paraíso (Gn 3:15). Deus confirmou Sua promessa de abençoar ‘todos os povos’ em Sua obra universal de proclamação do evangelho” (Hans K. LaRondelle, Our Creator Redeemer, p. 22, 23).

“4. Após dez anos de espera pelo nascimento do filho prometido, que perguntas Abrão tinha sobre a promessa de Deus?” “Depois destes acontecimentos, veio a palavra do SENHOR a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. Respondeu Abrão: SENHOR Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? Disse mais Abrão: A mim não me concedeste descendência, e um servo nascido na minha casa será o meu herdeiro. A isto respondeu logo o SENHOR, dizendo: Não será esse o teu herdeiro; mas aquele que será gerado de ti será o teu herdeiro. Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Ele creu no SENHOR, e isso lhe foi imputado para justiça.” (Gên. 15:1-6). “Que recompensa terei se ainda não tenho herdeiro e o meu servo herdará a minha casa?”

“Abrão acreditou, mas também teve dúvidas ao longo do caminho. Sua fé foi crescente. Como o pai do relato de Marcos 9:24, Abrão basicamente disse a Deus em Gênesis 15:8: ‘Eu creio! Ajuda-me na minha falta de fé!’. Em resposta, Deus graciosamente assegurou a Abrão sobre a certeza da Sua promessa, ao entrar numa aliança formal com ele (Gn 15:7-18). O que torna essa passagem tão surpreendente não é o fato de que Deus tivesse entrado em uma aliança com Abrão, mas o quanto Ele estava disposto a ceder para realizá-la. Ao contrário de outros governantes do antigo Oriente Próximo, que rejeitavam a ideia de fazer promessas obrigatórias com seus servos, Deus não apenas deu Sua palavra, mas, simbolicamente, passando por entre os pedaços dos animais sacrificados, colocou em risco Sua própria vida nesse pacto. Jesus, no fim das contas, deu a vida para tornar Sua promessa uma realidade.”

Quais são algumas áreas nas quais você deve estender a mão pela fé e crer no que parece impossível? Como você pode aprender a se manter firme, não importando o que aconteça?

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – segunda-feira 28 de novembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF