O centurião – “[…] seja feito conforme a tua fé. […]” (Mateus 8:13 RA)

Lições da Bíblia.

“Embora vários encontros de Cristo com pessoas poderosas tenham terminado de forma áspera, houve exceções notáveis, como aconteceu com Nicodemos. Outro encontro construtivo envolveu um oficial militar romano – o centurião.”1

“3. Leia Mateus 8:5-13; Lucas 7:1-10. O que podemos aprender com esses relatos sobre a obra de testemunhar a pessoas de destaque?”1 “Tendo Jesus entrado em Cafarnaum, apresentou-se-lhe um centurião, implorando: Senhor, o meu criado jaz em casa, de cama, paralítico, sofrendo horrivelmente. Jesus lhe disse: Eu irei curá-lo. Mas o centurião respondeu: Senhor, não sou digno de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, tenho soldados às minhas ordens e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvindo isto, admirou-se Jesus e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como esta. Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão, Isaque e Jacó no reino dos céus. Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes. Então, disse Jesus ao centurião: Vai-te, e seja feito conforme a tua fé. E, naquela mesma hora, o servo foi curado.” (Mateus 8:5-13 RA)2; “Tendo Jesus concluído todas as suas palavras dirigidas ao povo, entrou em Cafarnaum. E o servo de um centurião, a quem este muito estimava, estava doente, quase à morte. Tendo ouvido falar a respeito de Jesus, enviou-lhe alguns anciãos dos judeus, pedindo-lhe que viesse curar o seu servo. Estes, chegando-se a Jesus, com instância lhe suplicaram, dizendo: Ele é digno de que lhe faças isto; porque é amigo do nosso povo, e ele mesmo nos edificou a sinagoga. Então, Jesus foi com eles. E, já perto da casa, o centurião enviou-lhe amigos para lhe dizer: Senhor, não te incomodes, porque não sou digno de que entres em minha casa. Por isso, eu mesmo não me julguei digno de ir ter contigo; porém manda com uma palavra, e o meu rapaz será curado. Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu servo: faze isto, e ele o faz. Ouvidas estas palavras, admirou-se Jesus dele e, voltando-se para o povo que o acompanhava, disse: Afirmo-vos que nem mesmo em Israel achei fé como esta. E, voltando para casa os que foram enviados, encontraram curado o servo.” (Lucas 7:1-10 RA)2. O testemunho do centurião romano falou alto em meio aos lideres religiosos judeus, pois estes conheciam a Palavra de Deus e não criam em Jesus, enquanto um “pagão” romano demostrava uma fé monumental. Em Seu amor incondicional Jesus não fez acepção de pessoas e atendeu a suplica de um romano considerado um opressor de sua nação.

“O servo de um centurião estava enfermo de paralisia. Entre os romanos, os servos eram escravos, comprados e vendidos nos mercados, e muitas vezes tratados rude e cruelmente; mas o centurião era ternamente afeiçoado a seu servo, e desejava grandemente seu restabelecimento. Acreditava que Jesus podia curá-lo. Não tinha visto o Salvador, mas as notícias que ouvira lhe haviam inspirado fé. Apesar do formalismo dos judeus, esse romano estava convencido de que a religião judaica era superior à dele. Já rompera as barreiras do preconceito e ódio nacionais que separavam o vencedor do povo vencido. Manifestara respeito pelo culto a Deus, e mostrara bondade para com os judeus como Seus adoradores. Nos ensinos de Cristo, segundo lhe haviam sido transmitidos, ele encontrara aquilo que satisfazia a necessidade da alma. Tudo quanto nele havia de espiritual correspondia às palavras do Salvador. Mas julgava-se indigno de se aproximar de Jesus, e apelou para os anciãos dos judeus para que apresentassem a petição em favor da cura de seu servo.”3

“Quando o centurião soube que Jesus estava Se aproximando, ele enviou vários amigos para dissuadir Cristo de ir encontrá-lo. Respeitando profundamente o culto judaico e a espiritualidade de Jesus, ele se sentiu indigno da atenção pessoal de Cristo. Finalmente, pouco antes de Jesus chegar, ele se aventurou a aproximar-se dEle. Expressou sua fé dizendo que apenas uma declaração de Cristo poderia curar seu servo. Com base na experiência militar, ele entendia o conceito de autoridade. O centurião obedecia ao seu comandante e seus subordinados o obedeciam. Quão surpreendente é que esse homem de poder e influência (e, além disso, romano) pudesse mostrar tão profunda fé, enquanto outros que tinham muito mais vantagens espirituais menosprezavam Jesus.”1

“Nesse contexto, um honesto autoexame é proveitoso. Precisamos perguntar: Temos nos limitado a defender doutrinas, em vez de experimentar uma fé viva? Será que os cristãos mais novos e menos preparados têm expressado fé mais profunda do que aqueles criados na igreja? Será que nossas vantagens espirituais têm se tornado motivo para a autossuficiência? Temos deixado de perceber as oportunidades espirituais? Sempre que respondermos afirmativamente, Cristo é a solução. Qualquer pessoa pode desfrutar a experiência do centurião. Essa história deve incentivar aqueles que evangelizam pessoas em funções de destaque. Quantos centuriões existem hoje? Que a fé dessas pessoas inspire e fortaleça a nossa.”1

“Há poder em um ministério altruísta e abnegado capaz de tocar pessoas de qualquer categoria ou classe. Quais dessas características se manifestam em nossa própria vida e testemunho?”1

Terça-feira, 25 de fevereiro de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Discipulado. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 475, Jan. Fev. Mar. 2013. Adulto, Professor, p. 110

2 BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Nova versão internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2003.

3 WHITE, Ellen Gould. A ciência do bom viver. Tradução de Carlos Alberto Trezza. 10.ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 63

A "perseverança" dos santos

Lições da Bíblia.

“As mensagens do segundo e terceiro anjos de Apocalipse são uma advertência a todos os que não prestam atenção ao chamado divino da mensagem do primeiro anjo. Se as pessoas continuarem no caminho errado, participarão das sete últimas pragas, que são vistas como o ‘vinho da ira de Deus’ (Ap 14:10). Esse vinho será derramado sobre aqueles que não saírem de Babilônia. Na Bíblia, Babilônia representa rebelião contra Deus (Gn 11:1-9; Jr 50; 51). Babilônia assume com arrogância o lugar de Deus e é inimiga do povo de Deus. Na época do Novo Testamento, a palavra Babilônia se tornou um código para representar Roma (‘A vossa co-eleita em Babilônia vos saúda, como também meu filho Marcos.’ 1 Pedro 5:13). No livro do Apocalipse, a Babilônia prostituta é um poder político-religioso em oposição a Deus e ao Seu povo. Como tal, tenta controlar o mundo. Apocalipse 13:15-17 descreve a ‘crise da Babilônia’, quando as bestas de Apocalipse 13 unem forças para perseguir o remanescente de Deus. Babilônia é, portanto, um símbolo da aliança das igrejas apóstatas com os poderes políticos corruptos do mundo, no tempo do fim.”

“A mensagem dos três anjos chama os seguidores de Deus em Babilônia a sair dela e juntar-se aos visíveis e fiéis remanescentes de Deus no tempo do fim (‘Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela.’ Apocalipse 18:4-5). Sim, ainda há um remanescente fiel em Babilônia, e eles precisam ouvir a mensagem adventista do sétimo dia para o tempo do fim.”

“6. O que significa a fé de Jesus?” “Aqui está a perseverança dos santos, daqueles que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus.” (Apocalipse 14:12). “Nossa fé e fidelidade a Jesus; os ensinamentos de Jesus; a lealdade de Jesus ao conduzir Seu povo em meio às dificuldades.”

“Como vimos ontem, Apocalipse 14:12 descreve claramente o remanescente fiel de Deus. A ‘perseverança’, ou ‘paciência’, dos santos não reflete tanto uma tolerância passiva a ações hostis, mas uma firme espera por Cristo. Os crentes não apenas seguem os mandamentos, mas também os proclamam ao mundo.”

“Ao mesmo tempo, a ‘fé de Jesus’ pode se referir à fé dos cristãos em Jesus e também à lealdade de Jesus, que conduz fielmente os cristãos em meio às dificuldades. O fim da mensagem do terceiro anjo dirige nossos olhos para Cristo. Mediante Seus méritos e Sua fidelidade, o povo de Deus é capaz de perseverar e guardar Seus mandamentos. ‘Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: ‘É a mensagem do terceiro anjo, em verdade’’ (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 372).”

“Por mais importantes que sejam os mandamentos de Deus para a crise final, Ellen G. White diz que a justificação pela fé é a mensagem dos três anjos ‘em verdade’. Como isso nos ajuda a entender por que devemos confiar apenas em Jesus e em Seus méritos para a salvação, como a grande esperança que nos guiará em meio à crise final?”

Quinta-feira, 12 de dezembro de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES, veja sua versão original no site da Casa Publicadora Brasileira (CPB).