Chegada a Corinto

Lições da Bíblia.

“Atos 18:1-18 contém duas importantes interseções com a história secular. A primeira é a expulsão dos judeus de Roma durante o reinado de Cláudio (At 18:2). Informações de fontes extrabíblicas colocam esse evento em 49 d.C. A outra importante interseção é a menção do procônsul Gálio (At 18:12). Visto que os procônsules em Corinto eram nomeados para períodos de um ano, a informação de inscrições e outros dados indicam que o mandato de Gálio ocorreu entre 50 e 51 d.C. Estudiosos críticos, muitas vezes duvidam da historicidade do livro de Atos, mas há muitas referências casuais como essas que confirmam sua descrição da história.”

“Timóteo deve ter viajado de Tessalônica para Bereia com Paulo e Silas (At 17:10, 14, 15), após sua expulsão de Tessalônica. Depois, se encontrou com Paulo em Atenas e foi enviado de lá para Tessalônica (1Ts 3:1, 2). Ali, ele se juntou a Silas (At 18:5) e, finalmente, viajou para se unir a Paulo em Corinto. A primeira epístola aos Tessalonicenses deve ter sido escrita de Corinto, logo após a chegada de Timóteo. Paulo sabia o que as pessoas estavam pensando na Acaia, onde Corinto estava localizada (1Ts 1:7, 8), e em 1 Tessalonicenses, ele estava respondendo às informações trazidas por Timóteo (1Ts 3:5, 6).”

“4. Qual foi o assunto principal da pregação de Paulo nessa passagem? Qual foi a diferença entre a estratégia missionária de Paulo em Atenas e em Corinto?” “Porque a palavra da cruz é deveras loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus. porque está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios, e aniquilarei a sabedoria o entendimento dos entendidos. Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo? Visto como na sabedoria de Deus o mundo pela sua sabedoria não conheceu a Deus, aprouve a Deus salvar pela loucura da pregação os que crêem. Pois, enquanto os judeus pedem sinal, e os gregos buscam sabedoria, nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos, mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens. Ora, vede, irmãos, a vossa vocação, que não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos. nem muitos os nobres que são chamados. Pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para confundir os sábios; e Deus escolheu as coisas fracas do mundo para confundir as fortes; e Deus escolheu as coisas ignóbeis do mundo, e as desprezadas, e as que não são, para reduzir a nada as que são; para que nenhum mortal se glorie na presença de Deus. Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor. E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado.” (1 Cor. 1:18-2:2). “Jesus Cristo crucificado, a sabedoria divina que parece loucura para os homens; em Atenas, Paulo argumentou com base na religião e cultura do local.”

“Paulo não deve ter ficado satisfeito com o resultado de seu encontro com os filósofos de Atenas, pois em Corinto ele decidiu utilizar uma abordagem mais direta para a mente grega. Ao fazer isso, ele não estava rejeitando a ideia de ‘alcançar as pessoas onde elas estão’, pois ele claramente promoveu esse tipo de abordagem na mesma carta (1Co 9:19-23). O que ele demonstrou em Atenas e Corinto foi que o processo de alcançar pessoas onde elas estão não é uma ciência exata, mas exige constante aprendizado e adaptação. Paulo não usou a mesma abordagem em todas as cidades. Ele era muito sensível às mudanças dos tempos, culturas e circunstâncias.”

“Qual é a relevância da mensagem da cruz para nós hoje, visto que a ‘sabedoria’ do mundo muitas vezes se choca com a ‘loucura da cruz’?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – terça-feira 10 de julho de 2012. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Interlúdio em Atenas

Lições da Bíblia.

“De acordo com Atos 17:14-16, Silas e Timóteo ficaram em Bereia, enquanto Paulo foi acompanhado até Atenas. Paulo instruiu seus acompanhantes a fazer com que Silas e Timóteo se juntassem a ele em Atenas, mas não há nenhuma menção de que eles tivessem feito isso. Por outro lado, em 1 Tessalonicenses 3:1, 2, vemos que Paulo enviou Timóteo de volta de Atenas a Tessalônica. Assim, pelo menos Timóteo parece ter se unido a ele ali por um curto período.”

“3. Ao falar aos judeus em Atos 17:2, 3, Paulo começou com o tema do Messias no Antigo Testamento. Ao falar aos filósofos pagãos de Atenas (At 17:16-34), em que ponto ele começou? O que podemos aprender com essas abordagens diferentes?” “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Por isso, dissertava na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça, todos os dias, entre os que se encontravam ali. E alguns dos filósofos epicureus e estóicos contendiam com ele, havendo quem perguntasse: Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição. Então, tomando-o consigo, o levaram ao Areópago, dizendo: Poderemos saber que nova doutrina é essa que ensinas? Posto que nos trazes aos ouvidos coisas estranhas, queremos saber o que vem a ser isso. Pois todos os de Atenas e os estrangeiros residentes de outra coisa não cuidavam senão dizer ou ouvir as últimas novidades. Então, Paulo, levantando-se no meio do Areópago, disse: Senhores atenienses! Em tudo vos vejo acentuadamente religiosos; porque, passando e observando os objetos de vosso culto, encontrei também um altar no qual está inscrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Pois esse que adorais sem conhecer é precisamente aquele que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais; de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação; para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração. Sendo, pois, geração de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Quando ouviram falar de ressurreição de mortos, uns escarneceram, e outros disseram: A respeito disso te ouviremos noutra ocasião. A essa altura, Paulo se retirou do meio deles. Houve, porém, alguns homens que se agregaram a ele e creram; entre eles estava Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e, com eles, outros mais.” (Atos 17:16-34). “Mostrou que a religião deles de alguma forma se relacionava com o evangelho; com base em escritos conhecidos pelos atenienses, apresentou o Deus criador.”

“Em lugar de ter simplesmente entrado em Atenas, ido até o Areópago (também conhecido como Colina de Marte) e envolvido os filósofos ali, Paulo primeiramente andou pela cidade durante algum tempo e fez observações. Ele também envolveu os judeus de Atenas e alguns gregos da sinagoga de lá. Além de evangelizá-los em sua maneira habitual (At 17:2, 3), ele também deve ter aprendido sobre a cultura dominante na cidade. O primeiro passo em qualquer esforço missionário é ouvir e aprender sobre a fé e os pontos de vista das pessoas que estamos tentando alcançar.”

“Paulo também passou algum tempo no mercado de Atenas (que ficava abaixo e à vista do Areópago, ou Colina de Marte), argumentando com todos os que estivessem dispostos a conversar com ele. No processo, ele provocou a curiosidade de alguns filósofos epicureus e estoicos, que o convidaram para discursar a eles no lugar tradicional para tais discussões.”

“Ele começou seu discurso aos intelectuais de Atenas com observações sobre sua cidade e religiões. Seu ponto de partida teológico foi a criação, um tópico em que tanto ele quanto eles estavam interessados. Em contraste com sua abordagem à sinagoga, ele não defendeu sua causa a partir das Escrituras, mas a partir de escritos com os quais eles estavam familiarizados [At 17:27, 28 ecoa e cita escritores gregos ‘para buscarem a Deus se, porventura, tateando, o possam achar, bem que não está longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos, como alguns dos vossos poetas têm dito: Porque dele também somos geração.’]. Mas quando ele entrou no território que ia além dos limites em que eles estavam intelectualmente à vontade, parece que os filósofos encerraram abruptamente a discussão. Alguns indivíduos, no entanto, continuaram a conversar com Paulo e se tornaram cristãos.”

“Compreendemos bem as opiniões e crenças dos que nos cercam? Por que é importante conhecer um pouco dessas coisas enquanto procuramos testemunhar?”

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A estratégia de pregação de Paulo

Lições da Bíblia.

“2. Quais foram os passos estratégicos seguidos por Paulo ao trabalhar em Tessalônica?” “Tendo passado por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus. Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados, arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio.” (Atos 17:1-3). “Paulo começou pregando aos judeus na sinagoga, aos sábados. Com base nas Escrituras, ele demostrou a necessidade do sofrimento e ressurreição de Cristo.”

“Embora 1 Tessalonicenses estivesse entre as primeiras cartas de Paulo, tanto sua teologia quanto sua estratégia missionária estavam bem desenvolvidas no tempo em que ele chegou a Tessalônica.”

O primeiro passo na estratégia missionária de Paulo era frequentar a sinagoga local aos sábados. Naturalmente, o sábado era um bom momento para alcançar grande número de judeus. No entanto, estava funcionando ali mais do que apenas uma estratégia missionária. Paulo teria tomado tempo para oração e adoração no sábado, mesmo que nenhum judeu nem alguma sinagoga estivessem disponíveis [‘No sábado, saímos da cidade para junto do rio, onde nos pareceu haver um lugar de oração; e, assentando-nos, falamos às mulheres que para ali tinham concorrido.’ At 16:13].”

“Naqueles dias, era comum que os judeus convidassem os visitantes para falar na sinagoga, especialmente se eles tivessem vivido em Jerusalém, como havia sido o caso de Paulo e Silas. A congregação era ávida para ouvir notícias da vida judaica em outros lugares. Eles também se interessavam por novas ideias que os visitantes tivessem descoberto em seus estudos das Escrituras. Assim, a estratégia de Paulo se ajustava ao ambiente da sinagoga.”

O segundo passo na estratégia de Paulo era pregar diretamente das Escrituras que eles conheciam, o Antigo Testamento. Ele também começava com um tópico de grande interesse para os judeus daquela época: o Messias (‘o Cristo’ é o equivalente grego de ‘Messias’ em hebraico; At 17:3). Utilizando textos do Antigo Testamento, Paulo demonstrava que o Messias teria que sofrer antes de obter a glória com que os judeus estavam familiarizados. Em outras palavras, a versão popular e gloriosa da missão do Messias era apenas uma parte do quadro. Quando o Messias aparecesse pela primeira vez, Ele seria um Servo sofredor e não um conquistador real.”

Em terceiro lugar, tendo estabelecido uma nova imagem do Messias em sua mente, Paulo passava a contar a história de Jesus. Ele explicava como a vida de Jesus correspondia ao padrão da profecia bíblica que ele tinha acabado de compartilhar com eles. Sem dúvida, ele acrescentava histórias sobre suas próprias dúvidas e oposição anteriores, e também falava do poder convincente de seu encontro pessoal com o Cristo exaltado. De acordo com Lucas 24:25-27, 44-46, [‘Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras.’ […] ‘A seguir, Jesus lhes disse: São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia’] a estratégia de pregação de Paulo em Tessalônica seguiu o mesmo padrão que Jesus havia usado com Seus discípulos depois da ressurreição.”

“Observe que Paulo procurava alcançar as pessoas onde elas estavam e usava aquilo com que elas estavam familiarizadas. Por que essa estratégia é tão importante? Pense naqueles que você deseja alcançar. Como você pode aprender a começar onde eles estão e não onde você está?”

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