O plano de Deus para o casamento

Lições da Bíblia1:

1. Que armadilha estava escondida na pergunta dos fariseus sobre o divórcio? Que lições Jesus ensinou? Mc 10:1-12; Gn 1:27; 2:24

Mc 10:1-12 (NAA)2: “1 Saindo dali, Jesus foi para o território da Judeia e para além do Jordão. E outra vez as multidões se reuniram junto a ele, e, de novo, ele as ensinava, segundo o seu costume. 2 E, aproximando-se alguns fariseus, o puseram à prova, perguntando: — É lícito ao marido repudiar a sua mulher? 3 Jesus respondeu: — O que foi que Moisés ordenou a vocês? 4 Eles disseram: — Moisés permitiu escrever uma carta de divórcio e repudiar. 5 Mas Jesus lhes disse: — Foi por causa da dureza do coração de vocês que Moisés deixou escrito esse mandamento. 6 Porém, desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. 7 ‘Por isso o homem deixará o seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, 8 tornando-se os dois uma só carne.’ De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. 9 Portanto, que ninguém separe o que Deus ajuntou. 10 Em casa, os discípulos voltaram a fazer perguntas sobre esse assunto. 11 E Jesus lhes disse: — Quem repudiar a sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. 12 E, se ela repudiar o seu marido e casar com outro, comete adultério.

Gn 1:27 (NAA)2: “Assim Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”

Gn 2:24 (NAA)2: “Por isso, o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

Os fariseus perguntaram a Jesus se é lícito ao marido se divorciar da sua mulher. O divórcio era considerado lícito entre os fariseus. No entanto, eles discutiam em que casos isso seria aceitável. Dois importantes rabinos da época de Jesus defendiam pontos de vista diferentes. A Escola de Shammai era indiscutivelmente mais restritiva – o divórcio era permitido apenas em casos como falta de filhos, negligência material, negligência emocional ou infidelidade conjugal. A Escola de Hillel era muito mais branda, permitindo o divórcio por quase qualquer motivo, embora o processo de concessão do divórcio fosse mais complexo, ajudando a desacelerar as coisas.

Então, parece estranho que os fariseus tenham feito a Jesus uma pergunta mais abrangente: se o divórcio era aceitável. Por trás dessa pergunta havia uma conspiração para colocar Jesus em apuros com Herodes Antipas, o governante da região a leste do Jordão, onde Jesus estava naquele momento. Antipas havia se divorciado da esposa e se casado com Herodias, esposa do próprio irmão. Herodes decapitou João Batista por ter condenado esse relacionamento ilícito (veja Mt 14:1-12).

Jesus respondeu indagando o que Moisés tinha ordenado. Os fariseus haviam citado Deuteronômio 24:1-4, que descreve um caso de novo casamento após o divórcio. Os israelitas da época de Moisés praticavam o divórcio. Essa lei (Dt 24:1-4) pretendia proteger a mulher. Mas nos dias de Jesus essa lei tinha sido distorcida pela Escola de Hillel para facilitar o divórcio por quase qualquer motivo. O que era destinado a proteger a mulher acabou sendo usado para facilitar o repúdio dela.

Em vez de debater a lei de Deuteronômio 24, Jesus mencionou o ideal original de Deus para o casamento (Gn 1; 2). Ele observou que, no início, Deus fez um homem e uma mulher, dois indivíduos (Gn 1:27). Ele então combinou essa verdade com Gênesis 2:24, que ensina que o homem deixa seus pais e se une à esposa, tornando-se os dois uma só carne. Esse conceito de unidade se tornou a base da afirmação de Jesus sobre o vínculo matrimonial. O que Deus uniu, as pessoas não deveriam separar.

Como fortalecer os casamentos na igreja e ajudar aqueles cujo relacionamento foi desfeito?

Domingo, 18 de agosto de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Quando um casamento acaba

Lições da Bíblia

“O pecado tem arruinado a vida humana em todos os domínios. No entanto, com exceção do sofrimento físico e da morte, alguma área tem enfrentado consequências mais devastadoras do pecado do que a família? É quase como se a expressão ‘família disfuncional’ fosse redundante. Qual família não é, até certo ponto, disfuncional?”1

“Além da morte, uma das coisas mais difíceis que uma família pode enfrentar é o divórcio. As pessoas que passam por essa terrível experiência vivenciam uma série de emoções. Provavelmente, a primeira e a mais comum é o luto, que, dependendo do indivíduo, pode durar vários meses ou anos, com intensidade diferente. Alguns podem sentir medo do desconhecido, ansiedade financeira e medo de ser incapaz de enfrentar as dificuldades. Outros passam por um período de depressão, ira e solidão.”1

“4. Quais princípios amplos sobre o divórcio encontramos nos seguintes versículos? Ml 2:16; Mt 5:31, 32; 19:8; 1Co 7:11-13”1

Malaquias (2:16 ARA)2: “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.

Mateus (5:31, 32 ARA)2: “31 Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. 32 Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.

Mateus (19:8 ARA)2: “Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio.

1 Coríntios (7:11-13 ARA)2: “11 (se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte de sua mulher. 12 Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; 13 e a mulher que tem marido incrédulo, e este consente em viver com ela, não deixe o marido.

“Como uma agência redentiva de Cristo, a igreja deve ministrar a seus membros em todas as suas necessidades e cuidar de cada um para que todos possam desenvolver uma experiência cristã madura. Isso é particularmente verdade quando os membros se deparam com decisões para a vida toda, como o casamento, e experiências desoladoras, como o divórcio. Quando o casamento está em perigo de fracassar, todo esforço deve ser feito pelos cônjuges e por aqueles que, na igreja ou na família, ministram em seu favor no sentido de trazê-los à reconciliação, em harmonia com os princípios divinos que restauram relacionamentos feridos (Os 3:1-3; 1Co 7:10, 11; 13:4-7; Gl 6:1).”1

“‘Recursos que podem ser úteis para auxiliar os membros no desenvolvimento de um lar cristão forte estão disponíveis na igreja local ou outras organizações da igreja. Esses recursos incluem: (1) programas de orientação para pessoas comprometidas que estão se preparando para o casamento, (2) programas de instrução para casais com suas respectivas famílias e (3) programas de apoio às famílias dilaceradas e pessoas divorciadas’ (Manual da Igreja Adventista do Sétimo Dia, 19ª edição. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2016, p. 167).”1

“Quais são as maneiras práticas e imparciais de ajudar alguém que esteja passando pelo divórcio?”1

Terça-feira, 23 de abril de 2019. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Estações da vida. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 496, abr. maio. jun. 2019. Adulto, Professor.
2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.