O dilúvio – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

É instrutivo comparar a mentalidade e o comportamento das pessoas e o estado do mundo antediluviano com as pessoas em nossos dias. Com certeza, a maldade humana não é um fenômeno novo. Veja os paralelos entre as duas épocas.

“Os pecados que atraíram a vingança sobre o mundo antediluviano existem hoje. O temor de Deus foi banido do coração das pessoas, e Sua lei é tratada com indiferença e desprezo. O grande mundanismo daquela geração é igualado ao da geração que vive atualmente […]. Deus não condenou os antediluvianos pelo fato de comerem e beberem […]. Seu pecado consistia em tomar esses dons sem gratidão para com o Doador e se degenerarem, condescendendo com o apetite sem restrições. Não era errado se casar. O matrimônio estava dentro da ordem determinada por Deus; foi uma das primeiras instituições que Ele estabeleceu. Deu instruções especiais sobre essa ordenança, revestindo-a de santidade e beleza. Contudo, essas instruções foram esquecidas, e o casamento foi pervertido e utilizado apenas para satisfazer os desejos carnais. Algo semelhante existe hoje. Aquilo que em si mesmo é lícito é levado ao excesso […]. Fraude, suborno e roubo ficam impunes entre ricos e pobres. A mídia está repleta de notícias de assassinato e crimes […]. O quadro que a Inspiração nos dá do mundo antediluviano retrata com fidelidade a condição à qual rapidamente a sociedade moderna caminha. Mesmo agora, no século atual, e nos países que professam ser cristãos, há crimes diariamente cometidos tão hediondos como aqueles pelos quais os pecadores do antigo mundo foram destruídos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 73, 74 [101, 102]).

Perguntas para consideração

1. Quais são os traços comuns do mundo pré-diluviano e do nosso? O que nos ensinam sobre a graça de Deus?

2. Alguns dizem que o dilúvio foi um evento local. Qual é o erro dessa ideia? Se isso fosse verdade, cada inundação local (e cada arco-íris) faria de Deus um mentiroso?

Sexta-feira, 22 de abril de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 

O fim do dilúvio

Lições da Bíblia1

Gênesis 7:22-24 descreve o efeito avassalador e abrangente das águas: “Assim, foram exterminados todos os seres” “e as águas prevaleceram sobre a terra durante cento e cinquenta dias” (Gn 7:24). Foi nesse contexto de total aniquilação e desesperança que “Deus Se lembrou” (Gn 8:1). Essa frase se encontra no centro das passagens que falam sobre o dilúvio, uma indicação de que essa ideia é a mensagem central do relato.

3. Leia Gênesis 8:1. O que significa a expressão Deus “Se lembrou de Noé”?

Gênesis 8:1 (ARA)2: “Lembrou-se Deus de Noé e de todos os animais selváticos e de todos os animais domésticos que com ele estavam na arca; Deus fez soprar um vento sobre a terra, e baixaram as águas.”

O verbo zakhar, “lembrar”, significa que Deus não havia Se esquecido; é mais do que mero exercício mental. No contexto bíblico, o “Deus que Se lembra” significa o cumprimento da promessa divina e, com frequência, refere-se à salvação (ver Gn 19:29). No contexto do dilúvio, a expressão “Deus Se lembrou” significa que a chuva “se deteve” (Gn 8:2) e que Noé em breve poderia deixar a arca (Gn 8:16).

Embora não tivesse recebido ordem direta para sair, Noé tomou a iniciativa e enviou primeiramente um corvo, e depois uma pomba, para testar a situação. Finalmente, quando a pomba não voltou, ele entendeu que “as águas que estavam sobre a terra haviam secado. Então Noé removeu a cobertura da arca e olhou” (Gn 8:13).

O comportamento de Noé é rico em lições práticas. Por um lado, ele nos ensina a confiar em Deus, embora Ele ainda não houvesse falado diretamente; por outro lado, a fé não nega o valor de pensar e testar, e não exclui o dever de buscar e ver se o que aprendemos é verdade.

No entanto, Noé só saiu quando Deus lhe disse que saísse (Gn 8:15-19). Mesmo quando soube que era seguro sair, ele ainda confiou em Deus e esperou Seu sinal antes de deixar a arca.

“Havendo entrado por ordem de Deus, [Noé] esperou instruções especiais para sair. Finalmente um anjo desceu do Céu, abriu a pesada porta e mandou o patriarca e sua casa saírem à terra e levarem consigo todos os seres vivos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 77 [105]).

Leia Gênesis 8:1; 19:29 [“Ao tempo que destruía as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló do meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que Ló habitara.”]e Salmo 106:4 [“Lembra-te de mim, Senhor, segundo a tua bondade para com o teu povo; visita-me com a tua salvação,”]. O que significa a expressão “Deus Se lembrou”? Como Deus lhe mostra que “Se lembra” de você?

Terça-feira, 19 de abril de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O dilúvio

Lições da Bíblia1

O verbo ‘asah, “fazer”, que se refere às ações de Noé, também é uma palavra-chave no relato da criação em Gênesis (Gn 1:7, 16, 25, 26, 31; 2:2). Os atos de obediência de Noé a Deus são como os atos divinos de criação. O que podemos deduzir dessa ligação é que o dilúvio não tem a ver apenas com o juízo divino sobre a humanidade, mas também com a salvação que Deus nos oferece.

2. Leia Gênesis 7. Por que a descrição do dilúvio lembra o relato da criação? Que lições aprendemos com os paralelos entre esses dois eventos?

Gênesis 7 (ARA)2: 1 Disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração. 2 De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea. 3 Também das aves dos céus, sete pares: macho e fêmea; para se conservar a semente sobre a face da terra. 4 Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz. 5 E tudo fez Noé, segundo o Senhor lhe ordenara. 6 Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra. 7 Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. 8 Dos animais limpos, e dos animais imundos, e das aves, e de todo réptil sobre a terra, 9 entraram para Noé, na arca, de dois em dois, macho e fêmea, como Deus lhe ordenara. 10 E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio. 11 No ano seiscentos da vida de Noé, aos dezessete dias do segundo mês, nesse dia romperam-se todas as fontes do grande abismo, e as comportas dos céus se abriram, 12 e houve copiosa chuva sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites. 13 Nesse mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cam e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos; 14 eles, e todos os animais segundo as suas espécies, todo gado segundo as suas espécies, todos os répteis que rastejam sobre a terra segundo as suas espécies, todas as aves segundo as suas espécies, todos os pássaros e tudo o que tem asa. 15 De toda carne, em que havia fôlego de vida, entraram de dois em dois para Noé na arca; 16 eram macho e fêmea os que entraram de toda carne, como Deus lhe havia ordenado; e o Senhor fechou a porta após ele. 17 Durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra; cresceram as águas e levantaram a arca de sobre a terra. 18 Predominaram as águas e cresceram sobremodo na terra; a arca, porém, vogava sobre as águas. 19 Prevaleceram as águas excessivamente sobre a terra e cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu. 20 Quinze côvados acima deles prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos. 21 Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem. 22 Tudo o que tinha fôlego de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu. 23 Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca. 24 E as águas durante cento e cinquenta dias predominaram sobre a terra.”

Uma leitura atenta do texto sobre o dilúvio revela o uso de muitas palavras e expressões comuns à história da criação: “sete” (Gn 7:2, 3, 4, 10; compare com 2:1-3); “macho e fêmea” (Gn 7:2, 3, 9, 16; compare com Gn 1:27); “Segundo as suas espécies” (Gn 7:14; compare com Gn 1:11, 12, 21, 24, 25); “animais”, “aves”, “animal que rasteja” (ver Gn 7:8, 14, 21, 23; compare com 1:24, 25); e “fôlego de vida” (Gn 7:15, 22; compare com 2:7).

Esses ecos dos relatos da criação ajudam a revelar que o Deus que cria é igual ao Deus que destrói (Dt 32:39), mas também transmitem a mensagem de esperança: o dilúvio foi projetado para ser uma nova criação, a partir das águas, que leva a uma nova existência.

O movimento das águas mostra que esse evento criativo na verdade reverte o ato criativo de Gênesis 1. Em contraste com Gênesis 1, que descreve a separação das águas acima e das águas debaixo do firmamento (Gn 1:7), o dilúvio envolve sua reunificação à medida que se rompem além de suas fronteiras (Gn 7:11).

Esse processo carrega uma mensagem paradoxal: Deus teve que destruir o que havia antes para permitir uma nova criação depois. A criação da nova Terra exigiu a destruição da antiga. O evento do dilúvio prefigura a salvação futura do mundo no fim dos tempos: “Vi novo céu e nova Terra, pois o primeiro céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe” (Ap 21:1; compare com Is 65:17 [“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.”]).

O que em nós precisa ser destruído para então ser recriado? (Veja Rm 6:1-6 [“1 Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante? 2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? 3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? 4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. 5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, 6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos;”]).

Segunda-feira, 18 de abril de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Preparação para o dilúvio

Lições da Bíblia1

1. Leia Gênesis 6:13–7:10. Que lição podemos aprender desse incrível relato da história humana primitiva?

Gênesis 6:13–7:10 (ARA)2: “13 Então, disse Deus a Noé: Resolvi dar cabo de toda carne, porque a terra está cheia da violência dos homens; eis que os farei perecer juntamente com a terra. 14 Faze uma arca de tábuas de cipreste; nela farás compartimentos e a calafetarás com betume por dentro e por fora. 15 Deste modo a farás: de trezentos côvados será o comprimento; de cinquenta, a largura; e a altura, de trinta. 16 Farás ao seu redor uma abertura de um côvado de altura; a porta da arca colocarás lateralmente; farás pavimentos na arca: um em baixo, um segundo e um terceiro. 17 Porque estou para derramar águas em dilúvio sobre a terra para consumir toda carne em que há fôlego de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra perecerá. 18 Contigo, porém, estabelecerei a minha aliança; entrarás na arca, tu e teus filhos, e tua mulher, e as mulheres de teus filhos. 19 De tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, macho e fêmea, farás entrar na arca, para os conservares vivos contigo. 20 Das aves segundo as suas espécies, do gado segundo as suas espécies, de todo réptil da terra segundo as suas espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida. 21 Leva contigo de tudo o que se come, ajunta-o contigo; ser-te-á para alimento, a ti e a eles. 22 Assim fez Noé, consoante a tudo o que Deus lhe ordenara. 7 1 Disse o Senhor a Noé: Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta geração. 2 De todo animal limpo levarás contigo sete pares: o macho e sua fêmea; mas dos animais imundos, um par: o macho e sua fêmea. 3 Também das aves dos céus, sete pares: macho e fêmea; para se conservar a semente sobre a face da terra. 4 Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites; e da superfície da terra exterminarei todos os seres que fiz. 5 E tudo fez Noé, segundo o Senhor lhe ordenara. 6 Tinha Noé seiscentos anos de idade, quando as águas do dilúvio inundaram a terra. 7 Por causa das águas do dilúvio, entrou Noé na arca, ele com seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos. 8 Dos animais limpos, e dos animais imundos, e das aves, e de todo réptil sobre a terra, 9 entraram para Noé, na arca, de dois em dois, macho e fêmea, como Deus lhe ordenara. 10 E aconteceu que, depois de sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.”

Como Daniel, Noé foi um profeta que predisse o fim do mundo. A palavra hebraica para “arca” (Gn 6:14) é tevah, a mesma palavra emprestada do egípcio e usada para o “cesto” em que Moisés foi escondido e preservado para salvar Israel do Egito (Êx 2:3).

Além disso, alguns observaram na estrutura geral da arca paralelos com a arca do tabernáculo (Êx 25:10). Assim como a arca do dilúvio permitiu a sobrevivência da humanidade, a arca da aliança, sinal da presença de Deus no meio de Israel (Êx 25:22), apontava para a obra divina de salvação em favor de Seu povo.

A frase “conforme tudo o que Deus lhe havia ordenado, assim ele fez” (Gn 6:22) conclui a seção preparatória. O verbo ‘asah, “fez”, referindo-se à ação de Noé, responde ao verbo ‘asah, “faça”, na ordem divina que inicia a seção e é repetido cinco vezes (Gn 6:14-16). Esse eco entre a ordem divina e a ação de Noé sugere obediência absoluta do patriarca ao que Deus lhe tinha dito que fizesse, ‘asah. É interessante que essa frase foi usada no contexto da construção da arca da aliança (Êx 39:32, 42; 40:16).

“Deus deu a Noé as dimensões exatas da arca e instruções claras em relação à sua construção em todos os detalhes. A sabedoria humana não poderia ter concebido uma estrutura de tão grande resistência e durabilidade. Deus foi o Projetista, e Noé o construtor-chefe” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 66 [92]).

Novamente, o paralelo entre as duas “arcas” reafirma sua função redentiva comum. A obediência desse patriarca é, portanto, descrita como parte do plano divino da salvação. Ele foi salvo porque teve fé para fazer o que Deus lhe havia ordenado (ver Hb 11:7). Ele foi um dos primeiros exemplos da fé que se manifesta na obediência, o único tipo de fé que importa (Tg 2:20).

Em suma, embora Noé tivesse encontrado “favor aos olhos do Senhor” (Gn 6:8), foi em resposta a essa graça, já concedida a ele, que o profeta agiu fiel e obedientemente às ordens divinas. Não é assim que todos nós deveríamos agir?

Leia 2 Pedro 2:5-9 [“5 e não poupou o mundo antigo, mas preservou a Noé, pregador da justiça, e mais sete pessoas, quando fez vir o dilúvio sobre o mundo de ímpios; 6 e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente; 7 e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados 8  (porque este justo, pelo que via e ouvia quando habitava entre eles, atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles), 9 é porque o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo,”]. Por que apenas a família de Noé foi salva? Que lição aprendemos com a história de Noé a respeito de nosso papel em alertar o mundo sobre o juízo?

Domingo, 17 de abril de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O dilúvio

Lições da Bíblia1

“Assim como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem” (Mt 24:37).

“O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na Terra e que todo desígnio do coração delas era continuamente mau” (Gn 6:5). O verbo “viu” leva o leitor de volta a cada passo da criação original; porém, o que Deus viu naquele momento, em vez de tov, “bom”, era ra’, “mau”. É como se o Criador tivesse Se arrependido de ter criado o mundo, o qual estava cheio de ra’ (maldade).

Contudo, o arrependimento de Deus também contém elementos de salvação. A palavra hebraica para “entristecer-se” (nakham) [ou arrepender-se, ARA] é ecoada no nome de Noé (Noakh), que significa “consolo” (Gn 5:29). Assim, a resposta divina a essa maldade apresenta duas funções. Contém a ameaça da justiça, que leva alguns à destruição, e ainda apresenta a promessa de consolo e misericórdia, que leva outros à salvação.

Essa “função dupla” já havia estado presente na situação de Caim e Abel/Sete e por meio do contraste entre as duas linhagens – de Sete (os “filhos de Deus”) e de Caim (os “filhos dos homens”). No caso do dilúvio, apresenta-se novamente quando Deus diferenciou Noé do restante da humanidade.

Sábado, 16 de abril de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 

A queda e o dilúvio

Lições da Bíblia1

Os estudantes costumam ouvir a história de uma maçã que caiu na cabeça de Isaac Newton, que assim descobriu a lei da gravidade. Se isso de fato aconteceu, não importa; a questão é que a grande percepção de Newton (ele não descobriu a gravidade; qualquer um que já tivesse caído sabia sobre esse fenômeno) foi entender que a mesma força que derrubou a maçã (gravidade) também mantém a lua em órbita ao redor da Terra, a Terra em órbita ao redor do Sol e assim por diante.

Isso foi importante porque, durante milênios, muitos acreditavam que as leis que governavam os céus fossem diferentes das que governavam a Terra. Newton mostrou que isso estava errado. E, embora sua contribuição tenha sido na área da lei natural, o mesmo princípio se aplica à lei moral. A mesma liberdade, inerente ao amor, que levou à queda de Lúcifer no Céu levou à queda da humanidade na Terra.

2. Leia Gênesis 2:16, 17 e 3:1-7. Como esses versos sobre seres perfeitos, em um ambiente perfeito, criado pelo Deus perfeito, também revelam a poderosa verdade sobre a liberdade inerente ao amor?

Gênesis 2:16, 17 (ARA)2: “16 E o Senhor Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, 17 mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Gênesis 3:1-7 (ARA)2: “1 Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o Senhor Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer,mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais.Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. 5 Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. 6 Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu.Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si.

Após a queda, as coisas foram de mal a pior, até o ponto em que o Senhor concluiu sobre as pessoas “que todo desígnio do coração delas era continuamente mau” (Gn 6:5). E, se seus pensamentos eram ruins, suas ações também eram, até que o Senhor destruiu o mundo inteiro com um dilúvio, dando à humanidade uma chance de recomeçar, numa espécie de segunda criação. No entanto, como mostra a história da torre de Babel (Gn 11:1-9), a humanidade ainda parecia decidida a desafiar Deus. “Quando a torre estava parcialmente pronta, parte dela foi ocupada como habitação de seus construtores, e outros compartimentos, esplendidamente aparelhados e ornamentados, eram dedicados aos seus ídolos. O povo se alegrava com seu êxito e louvava os deuses de prata e ouro, colocando-se em oposição ao Governador do Céu e da Terra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 119). Além de confundir sua linguagem, Deus espalhou a humanidade caída pela face da Terra.

Considere seus pensamentos ao longo do dia. O que eles dizem sobre o estado do seu coração?

Segunda-feira, 27 de setembro de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. A verdade presente em Deuteronômio. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 506, out. nov. dez. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Para todas as gerações

Lições da Bíblia1

“Porém Noé encontrou favor aos olhos do Senhor” (Gn 6:8).

Bactérias são organismos muito pequenos para serem vistos sem o auxílio de um microscópio. Uma única bactéria redonda comum não parece maior que uma ponta de lápis, mesmo depois de ser visualizada com um aumento de mil vezes. Dadas condições favoráveis ao crescimento – calor, umidade e alimentos suficientes – as bactérias se multiplicam com grande velocidade. Algumas bactérias se reproduzem por simples fissão: uma célula madura se divide em duas células filhas. Quando a fissão ocorre a cada hora, algumas bactérias podem produzir mais de 18 milhões de novas bactérias em 24 horas. Ao fim de 48 horas, centenas de bilhões de bactérias terão surgido!

Esse fenômeno microscópico ilustra o rápido crescimento do mal após a queda. Com imenso intelecto, saúde robusta e longevidade, a humanidade abandonou Deus e degradou suas capacidades. Embora as bactérias sejam exterminadas pela luz solar, produtos químicos ou altas temperaturas, Deus conteve a rebelião humana por meio de um dilúvio universal.

Resumo da semana: O que o pecado fez à criação? Quais eram as características de Noé? Quais são os elementos da aliança com Noé? A graça foi revelada na aliança com Noé? O que a aliança que Deus fez com a humanidade depois do dilúvio ensina sobre Seu amor universal por nós?

Sábado, 10 de abril de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. A promessa: a aliança eterna de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 504, abr. maio. jun. 2021. Adulto, Professor. 

A aliança de Deus com toda a humanidade

Lições da Bíblia

“Inegavelmente, o mundo vai muito mal. Não podemos ignorar toda a maldade que há nele; mas Deus ainda está nos tolerando. Assim, podemos imaginar como o mundo antediluviano estava ruim para que o Senhor o destruísse com um dilúvio. ‘Deus deu ao homem Seus mandamentos, como regra da vida; mas Sua lei era transgredida, e todos os pecados imagináveis foram o resultado. A impiedade do homem era franca e ousada, a justiça pisada no pó, e os clamores dos oprimidos chegava até o Céu’ (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 91).”1

“1. Leia Gênesis 9:1-17. Que aliança foi feita entre Deus e os seres humanos, e como essa aliança reflete Sua graça em relação à criação?”1 “1 Abençoou Deus a Noé e a seus filhos e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra. 2 Pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra e sobre todas as aves dos céus; tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar nas vossas mãos serão entregues. 3 Tudo o que se move e vive ser-vos-á para alimento; como vos dei a erva verde, tudo vos dou agora. 4 Carne, porém, com sua vida, isto é, com seu sangue, não comereis. 5 Certamente, requererei o vosso sangue, o sangue da vossa vida; de todo animal o requererei, como também da mão do homem, sim, da mão do próximo de cada um requererei a vida do homem. 6 Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem. 7 Mas sede fecundos e multiplicai-vos; povoai a terra e multiplicai-vos nela. 8 Disse também Deus a Noé e a seus filhos: 9 Eis que estabeleço a minha aliança convosco, e com a vossa descendência, 10 e com todos os seres viventes que estão convosco: tanto as aves, os animais domésticos e os animais selváticos que saíram da arca como todos os animais da terra. 11 Estabeleço a minha aliança convosco: não será mais destruída toda carne por águas de dilúvio, nem mais haverá dilúvio para destruir a terra. 12 Disse Deus: Este é o sinal da minha aliança que faço entre mim e vós e entre todos os seres viventes que estão convosco, para perpétuas gerações: 13 porei nas nuvens o meu arco; será por sinal da aliança entre mim e a terra. 14 Sucederá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, e nelas aparecer o arco, 15 então, me lembrarei da minha aliança, firmada entre mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne. 16 O arco estará nas nuvens; vê-lo-ei e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres viventes de toda carne que há sobre a terra. 17 Disse Deus a Noé: Este é o sinal da aliança estabelecida entre mim e toda carne sobre a terra.” (Gênesis 9:1-17 ARA)2. “A promessa de que nunca mais os seres vivos seriam destruídos por um dilúvio.”1

“A aliança que Deus apresentou a Noé foi a mais universal dentre as alianças bíblicas; foi feita com toda a humanidade, e incluiu também os animais e a natureza (Gn 9:12). Além disso, esse foi um acordo unilateral: o Senhor não impôs exigências nem requerimentos àqueles com quem estava estabelecendo a aliança. Ele simplesmente não voltaria a destruir a Terra com água, e ponto final. Diferentemente das outras alianças, nessa nada era condicional.”1

“Deus, então, selou Sua aliança com um sinal visível, de um arco-íris, que simboliza a promessa de que a Terra nunca mais seria destruída por um dilúvio. Portanto, toda vez que vemos um arco-íris, o simples fato de que estamos aqui para vê-lo é, de forma específica, uma vindicação dessa antiga promessa inerente à aliança. Em meio ao constante pecado e à maldade que existem na Terra, às vezes somos privilegiados com a beleza de um arco-íris, sinal da graça de Deus para com o mundo. Podemos olhar para ele e extrair esperança, não somente por causa de sua grande beleza, mas também porque sabemos que ele é uma mensagem de Deus, de Seu amor para com este planeta miserável.”1

“Pense na grandeza e beleza do arco-íris. À luz do que a Bíblia diz sobre esse fenômeno, de que forma ele nos atrai para Deus, para a transcendência, para algo maior do que as coisas pobres deste mundo?”1

Você já leu sua Bíblia hoje? Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus.

Domingo, 06 dezembro de 2015 . Saiba mais, ouça o Comentário em áudio  da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Jeremias. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 482, Out. Nov. Dez. 2015. Adulto, Professor.

2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.