A hora da glória: a cruz e a ressurreição – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 610- 616 (“‘Está consumado!’”); p. 627-632 (“Sepultura vazia”); p. 633-637 (“Lágrimas enxugadas”). Veja também Clifford Goldstein, Risen: Finding Hope in the Empty Tomb (Nampa: Pacific Press, 2020).

“Pilatos desejava libertar Jesus. Contudo, viu que não podia fazer isso e ainda conservar sua posição e honra. Em vez de perder seu poder no mundo, escolheu sacrificar uma vida inocente. Quantos, para escapar de prejuízo ou sofrimento, também sacrificam um princípio! A consciência e o dever apontam um caminho, e o interesse egoísta indica outro” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 758).

“Cristo não entregou Sua vida antes que realizasse a obra que viera fazer, e, ao morrer, exclamou: ‘Está consumado!’ (Jo 19:30). Ele tinha ganhado a batalha. Sua destra e Seu santo braço haviam alcançado a vitória. Como Vencedor, fixou Sua bandeira nas alturas eternas. Que alegria entre os anjos! Todo o Céu triunfou na vitória do Salvador. Satanás foi derrotado e sabia que seu reino estava perdido.

“Para os anjos e os mundos não caídos, a frase: ‘Está consumado!’ teve profundo significado. A obra da redenção havia sido realizada tanto para o nosso benefício quanto para o benefício deles” (O Desejado de Todas as Nações, p. 610).

Perguntas para consideração

1. Que escolhas nos ajudam a evitar os erros cometidos por Pilatos?

2. Com base na Bíblia, por que Jesus teve que morrer em nosso lugar?

3. Qual é a relação entre as evidências bíblicas e as evidências históricas a respeito da ressurreição de Jesus? Quais evidências históricas confirmam a ressurreição Dele?

4. Reflita sobre 1 Coríntios 15:12-20. Se aqueles “que adormeceram em Cristo” vão imediatamente para o Céu após a morte, por que, sem a ressurreição de Cristo, “os que adormeceram em Cristo estão perdidos” (1Co 15:18)? Paulo confirma a verdade de que os mortos estão inconscientes até a ressurreição?

1 Coríntios 15:12-20 (NAA)2: “12 Ora, se o que se prega é que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como alguns de vocês afirmam que não há ressurreição de mortos? 13 E, se não há ressurreição de mortos, então Cristo não ressuscitou. 14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e é vã a fé que vocês têm. 15 Além disso, somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos testemunhado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. 16 Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. 17 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a fé que vocês têm, e vocês ainda permanecem nos seus pecados. 18 E ainda mais: os que adormeceram em Cristo estão perdidos. 19 Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos as pessoas mais infelizes deste mundo. 20 Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem.”

Sexta-feira, 20 de dezembro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Temas do Evangelho de João. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 518, out. nov. dez. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A hora da glória: a cruz e a ressurreição

Lições da Bíblia1:

“Pilatos perguntou: – Então Você é rei? Jesus respondeu: – O senhor está dizendo que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a Minha voz” (Jo 18:37).

A crucifixão e a ressurreição de Jesus são o clímax do Evangelho de João. Os capítulos 1 a 10 cobrem cerca de três anos e meio da vida de Cristo; os capítulos 11 a 20, por outro lado, abrangem cerca de uma a duas semanas.

Os evangelhos apresentam a morte de Jesus de formas diferentes. Embora os relatos estejam em harmonia, os autores enfatizam eventos ligados aos temas centrais dos livros. Mateus enfatiza o cumprimento das Escrituras; Marcos destaca o paralelo entre o batismo de Jesus e a cruz; e Lucas concentra-se na cruz como fonte de cura e salvação (veja, por exemplo, a história do ladrão na cruz).

João, no entanto, apresenta a cruz como a entronização (ou glorificação) de Jesus, ligada ao conceito de “hora”, mencionado no livro (Jo 7:30; 8:20; 12:27). O conceito de entronização é uma imagem irônica, uma vez que a crucifixão era a forma de morte mais vergonhosa usada pelos romanos. Este contraste de João é irônico: Jesus morre em desprezo, mas isso representa a Sua entronização como Salvador.

Sábado, 14 de dezembro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Temas do Evangelho de João. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 518, out. nov. dez. 2024. Adulto, Professor.

Expiação horizontal: a cruz e a igreja – Estudo adicional

Lições da Bíblia1

Estude o seguinte preâmbulo às perguntas para consideração listadas abaixo: Qual é o contexto de Efésios 2:11-22, que descreve os efeitos abrangentes da cruz sobre os relacionamentos humanos? Paulo abordou os relacionamentos entre judeus e gentios na igreja. Sua preocupação era que eles entendessem e vivessem seu status comum e reconciliado na família de Deus (Ef 2:19). No entanto, em Efésios, Paulo demonstrou um propósito abrangente. Seu tema é o supremo plano de Deus de unir todas as coisas em Cristo (Ef 1:9, 10), e seu escopo inclui “a família no Céu e na Terra” (Ef 3:15).

A unidade dos membros dentro da igreja, tema abordado em Efésios 2:11-22, tem um propósito mais amplo, revelado em Efésios 3:10: “para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus [em criar a igreja a partir de judeus e gentios] se torne conhecida dos principados e das potestades nas regiões celestiais”. Efetivando a união que Cristo obteve por meio da cruz, os crentes devem sinalizar que o plano divino final de unir todas as coisas em Cristo está em andamento. As reconciliações sinalizam o plano de um Universo unificado em Cristo. Por isso, é apropriado consultar os princípios bíblicos de Efésios 2:11-22, inseridos no contexto de Efésios como um todo, a respeito de um tema importante atualmente: relacionamentos entre grupos ou culturas.

Perguntas para consideração

Que princípios vemos em Efésios 2:11-22 referentes aos relacionamentos étnicos? Qual é a abordagem distintiva e centrada em Cristo a respeito de como membros de um grupo étnico devem se relacionar com membros de outro grupo étnico?

Tendo em vista o plano de Deus para o futuro da humanidade (Ef 1:9, 10; 2:11-22), é importante que a igreja trate das suas questões internas e conflitos entre culturas?

Que problemas entre grupos étnicos existem em sua comunidade? Sua igreja pode desempenhar um papel positivo em efetivar a obra unificadora que Cristo já realizou na cruz? Como você pode participar disso?

Sexta-feira, 28 de julho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 

Reconciliação: o presente de Deus que vem da cruz

Lições da Bíblia1

“Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade […]. O objetivo Dele era […] reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz” (Ef 2:14-16, NVI).

2. Como Paulo descreveu a cruz e o impacto da obra de Cristo? Como você resumiria o que ele disse sobre a cruz? De que modo ela muda nossos relacionamentos? Ef 1:7, 8; 4:32; 2:13, 14, 16; 5:2, 25

Ef 1:7, 8 (NAA)2: “7 Nele temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e entendimento.”

Ef 4:32 (NAA)2: “Pelo contrário, sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando uns aos outros, como também Deus, em Cristo, perdoou vocês.

Ef 2:13, 14, 16 (NAA)2: “13 Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. 14 Porque ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só e, na sua carne, derrubou a parede de separação que estava no meio, a inimizade. […] 16 e reconciliasse ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz, destruindo a inimizade por meio dela.

Ef 5:2, 25 (NAA)2: “E vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós, como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.

No contexto de Efésios 2:11-22, a cruz ofereceu três grandes recursos aos crentes: (1) Os gentios, que estavam “longe” de Deus e de Seu povo, foram “aproximados” de ambos, sendo agora filhos de Deus e irmãos dos judeus (Ef 2:13, 19); (2) A “inimizade” (echthran, palavra grega relacionada a echthros, “inimigo”) entre judeus e gentios foi destruída. A cruz removeu o que parecia ser o estado permanente de hostilidade em que judeus e gentios eram inimigos jurados (Ef 2:16, 17); (3) No lugar da hostilidade veio a reconciliação. Era plano de Cristo reconciliar “ambos em um só corpo com Deus, por meio da cruz” (Ef 2:16; Cl 1:19-22).

Como é a reconciliação? Como é estar reconciliado? Imagine um afastamento sério entre mãe e filha que se estabeleceu ao longo dos anos. Imagine esse rancor sendo dissolvido em uma onda de graça e perdão e o reencontro entre as duas. Isso é reconciliação. A reconciliação é vivenciada no momento em que um membro da igreja deixa de lado qualquer questão que o separe de outro membro e reconhece-o como um irmão amado, que aceita o que foi oferecido. Reconciliação não é um termo mecânico ou legal, e sim um termo interpessoal que celebra a cura de relacionamentos quebrados. Paulo ousou imaginar a poderosa obra de Cristo na cruz impactando os relacionamentos, não apenas entre indivíduos, mas também entre grupos de pessoas. Ele a imaginou invadindo nossa vida e destruindo as divisões, dissolvendo as brigas e renovando nossa comunhão e compreensão uns com os outros.

De que forma você pode aplicar os princípios acima para se reconciliar com alguém?

Segunda-feira, 24 de julho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3ª ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Expiação horizontal: a cruz e a igreja

Lições da Bíblia1

“Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados pelo sangue de Cristo. Porque Ele é a nossa paz. De dois povos ele fez um só” (Ef 2:13, 14).

Imagine que você é um gentio, um grego, que aprendeu a estimar o Deus dos judeus. Você abandonou a adoração a muitos deuses e aceitou o único e verdadeiro Deus. Enquanto percorre os belos pátios e colunas estriadas do templo de Jerusalém, os sons de adoração suscitam seu louvor. Nesse momento, porém, você se vê confrontado por uma barreira de pedra de 1,20 metro de altura. Em vários pontos desse muro, com intervalos regulares, está gravada a seguinte mensagem em latim e grego: “Nenhum estrangeiro pode ultrapassar a barreira e o muro ao redor do templo. Qualquer um que for pego fazendo isso será culpado por sua própria morte subsequente.” Nesse momento, você se sente excluído, marginalizado e separado.

Em Efésios 2:11-22, Paulo vê a cruz de Cristo fazendo uma diferença dramática, destruindo esse tipo de barreiras e muros. Verticalmente, a cruz dissolve a separação e concilia os seres humanos com Deus. Horizontalmente, concilia as pessoas umas com as outras. A cruz removeu a inimizade e trouxe paz entre judeus e gentios, tornando-os “uma nova humanidade” (Ef 2:15). Juntos, eles se tornaram um novo templo, “morada de Deus no Espírito” (Ef 2:22).

O que essa verdade significa para nós hoje?

Sábado, 22 de julho de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Efésios. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 513, jul. ago. set. 2023. Adulto, Professor. 

O Criador na cruz

Lições da Bíblia1

Não importa o quanto admiremos e adoremos o Senhor como Criador, Ele é mais que isso. Como já vimos, o Criador é também Redentor. O Deus que nos criou é o mesmo que nos remiu. O Deus que disse: “Façamos o ser humano à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (Gn 1:26), é o mesmo que na cruz exclamou: “Eli, Eli, lemá sabactani […] Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?” (Mt 27:46). Isso realmente nos motiva a temer a Deus e, mais ainda, a glorificá-Lo e adorá-Lo!

Sendo seres humanos caídos, como reagir adequadamente a uma verdade tão incrível como essa? O que fazer em resposta? A mensagem do primeiro anjo nos diz o que fazer (Ap 14:7 [“dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.”]).

5. Leia em João 19:16-30 o relato sobre Jesus na cruz. Pense nos textos bíblicos que vimos sobre Jesus como Criador, como Aquele em quem “foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a Terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio Dele e para Ele” (Cl 1:16). Como devemos reagir a essa incrível expressão do amor de Deus?

João 19:16-30 (ARA)2: 16 Então, Pilatos o entregou para ser crucificado. 17 Tomaram eles, pois, a Jesus; e ele próprio, carregando a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário, Gólgota em hebraico, 18 onde o crucificaram e com ele outros dois, um de cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos escreveu também um título e o colocou no cimo da cruz; o que estava escrito era: Jesus Nazareno, o Rei dos Judeus. 20 Muitos judeus leram este título, porque o lugar em que Jesus fora crucificado era perto da cidade; e estava escrito em hebraico, latim e grego. 21 Os principais sacerdotes diziam a Pilatos: Não escrevas: Rei dos judeus, e sim que ele disse: Sou o rei dos judeus. 22 Respondeu Pilatos: O que escrevi escrevi. 23 Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes, para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura, toda tecida de alto a baixo. 24 Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela para ver a quem caberá —para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. 25 E junto à cruz estavam a mãe de Jesus, e a irmã dela, e Maria, mulher de Clopas, e Maria Madalena. 26 Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí teu filho. 27 Depois, disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa. 28 Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! 29 Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. 30 Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito.

A mensagem do primeiro anjo chamando para adorar o Criador foi dada após a cruz, depois que o Universo expectante e os seguidores de Cristo tiveram conhecimento de que Aquele que “fez o céu, a Terra, o mar e as fontes das águas” é o mesmo que, embora sendo Deus, tomou “a forma de servo, tornando-Se semelhante aos seres humanos. E, reconhecido em figura humana, Ele Se humilhou, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2:7, 8).

Que espetáculo incrível esse deve ter sido para aqueles que conheciam Jesus antes de Ele vir à Terra como ser humano. Não é de admirar que os seres celestiais também O adorem. Quanto a nós, redimidos pelo Seu sangue, o que poderíamos fazer a não ser adorá-Lo como Criador e Redentor?

À luz da cruz, por que a ideia de seres humanos caídos acrescentarem qualquer coisa ao que Cristo fez na cruz é tão herética? Qual obra de nossas mãos poderíamos acrescentar ao que o Criador já fez por nós?

Quinta-feira, 11 de maio de 2023. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico
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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. As três mensagens do Apocalipse. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 512, abr. maio jun. 2023. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

O significado da cruz

Lições da Bíblia1

7. O que Paulo disse sobre a cruz, e como a comparou com a “sabedoria deste mundo”? Visto que o “materialismo” (a ideia de que toda realidade é apenas material, o que significa que não há Deus nem reino sobrenatural de existência) domina “a sabedoria deste mundo”, por que a mensagem da cruz é tão importante? 1Co 1:18-24

1Co 1:18-24 (ARA)2: “18 Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus. 19 Pois está escrito: Destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos. 20 Onde está o sábio? Onde, o escriba? Onde, o inquiridor deste século? Porventura, não tornou Deus louca a sabedoria do mundo? 21 Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria sabedoria, aprouve a Deus salvar os que creem pela loucura da pregação. 22 Porque tanto os judeus pedem sinais, como os gregos buscam sabedoria; 23 mas nós pregamos a Cristo crucificado, escândalo para os judeus, loucura para os gentios; 24 mas para os que foram chamados, tanto judeus como gregos, pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.

A cruz é o centro da história da salvação. “A eternidade nunca será capaz de sondar a profundidade do amor revelado na cruz do Calvário. Foi lá que o amor infinito de Cristo e o egoísmo sem medida de Satanás se encontraram face a face” (Stephen N. Haskell, A Cruz e Sua Sombra [Eugene, OR: Adventist Pioneer Library, 2020], p. 11).

Enquanto Cristo Se oferecia humildemente como resgate pela raça humana, Satanás, com egoísmo, O mergulhava em sofrimento e agonia. Cristo não morreu apenas a morte natural que todo ser humano tem que enfrentar. Ele morreu a segunda morte, para que todos que O aceitarem nunca tenham que experimentá-la por si mesmos.

Sobre o significado da cruz, há vários aspectos importantes. (1) a cruz é a revelação suprema da justiça de Deus contra o pecado (Rm 3:21-26). (2) a cruz é a revelação suprema do amor de Deus pelos pecadores (Rm 5:8). (3) a cruz é a grande fonte de poder para quebrar as cadeias do pecado (Rm 6:22, 23; 1Co 1:17-24). (4) a cruz é nossa única esperança de vida eterna (Fp 3:9-11; Jo 3:14-16; 1Jo 5:11, 12). (5) a cruz é o único antídoto contra uma futura rebelião no Universo (Ap 7:13-17; 22:3).

Nenhuma dessas verdades fundamentais sobre a cruz pode ser revelada pela “sabedoria deste mundo”. Ao contrário, então, como agora, a pregação da cruz é “loucura” para a sabedoria mundana, que muitas vezes sequer reconhece a verdade mais óbvia que poderia haver: que existe um Criador (veja Rm 1:18-20).

A palavra grega para “loucura” está ligada à palavra “idiota”; isto é, a pregação da cruz é “idiotice” segundo a “sabedoria deste mundo”. A sabedoria mundana não pode conhecer Jesus nem a salvação que Ele nos oferece por meio de Sua morte substitutiva na cruz.

Seja qual for o valor que a “sabedoria deste mundo” ofereça, por que não devemos permitir que ela interfira no que acreditamos sobre Jesus e na esperança que recebemos através da “loucura da pregação” (1Co 1:21)?

Quinta-feira, 03 de novembro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Um prefácio à cruz

Lições da Bíblia1

3. Quais foram as reações dos discípulos às predições de Jesus sobre Seus sofrimentos e Sua morte, e o que isso nos ensina quanto ao perigo de se interpretar erroneamente as Escrituras?

Mateus 16:21-23 (ARA)2: “21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia. 22 E Pedro, chamando-o à parte, começou a reprová-lo, dizendo: Tem compaixão de ti, Senhor; isso de modo algum te acontecerá. 23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro: Arreda, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens.

Mateus 17:22, 23 (ARA)2: “22 Reunidos eles na Galileia, disse-lhes Jesus: O Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens; 23 e estes o matarão; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. Então, os discípulos se entristeceram grandemente.

Marcos 9:30-32 (ARA)2: “30 E, tendo partido dali, passavam pela Galileia, e não queria que ninguém o soubesse; 31 porque ensinava os seus discípulos e lhes dizia: O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e o matarão; mas, três dias depois da sua morte, ressuscitará. 32 Eles, contudo, não compreendiam isto e temiam interrogá-lo.

Lucas 9:44, 45 (ARA)2: “44 Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras: o Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens. 45 Eles, porém, não entendiam isto, e foi-lhes encoberto para que o não compreendessem; e temiam interrogá-lo a este respeito.

Lucas 18:31-34 (ARA)2: “31 Tomando consigo os doze, disse-lhes Jesus: Eis que subimos para Jerusalém, e vai cumprir-se ali tudo quanto está escrito por intermédio dos profetas, no tocante ao Filho do Homem; 32 pois será ele entregue aos gentios, escarnecido, ultrajado e cuspido; 33 e, depois de o açoitarem, tirar-lhe-ão a vida; mas, ao terceiro dia, ressuscitará. 34 Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas; e o sentido destas palavras era-lhes encoberto, de sorte que não percebiam o que ele dizia.

Jesus nasceu e viveu para morrer. Cada passo que Ele dava O aproximava de Seu grande sacrifício expiatório na cruz do Calvário. Plenamente consciente de Sua missão, não permitiu que nada, nem ninguém O distraísse dela. Na verdade, “toda a Sua vida foi um prefácio de Sua morte na cruz” (Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 382).

No último ano de Seu ministério terrestre, Jesus falava de forma cada vez mais explícita a Seus discípulos sobre Sua morte iminente; porém, eles pareciam incapazes de aceitar e relutantes quanto à realidade das declarações Dele. Imbuídos de falsas noções sobre o papel do Messias, a última coisa que esperavam era que Jesus, especialmente como o Messias, morresse. Em suma, a falsa teologia deles os levou à dor e ao sofrimento desnecessários.

Jesus já havia declarado a Nicodemos: “Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim também é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todo o que Nele crê tenha a vida eterna” (Jo 3:14, 15). Em Cesareia de Filipe, Jesus disse a Seus discípulos que “era necessário que Ele fosse para Jerusalém, sofresse muitas coisas nas mãos dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, fosse morto e, no terceiro dia, ressuscitasse” (Mt 16:21). Ao passar, em segredo, pela Galileia (Mc 9:30-32) e durante Sua jornada final a Jerusalém (Lc 18:31-34), Jesus falou novamente a Seus discípulos sobre Sua morte e ressurreição. Visto que não era o que queriam escutar, eles não deram atenção. Para nós, é muito fácil fazer o mesmo.

As pessoas, principalmente dentre o povo escolhido de Deus, tinham conceitos falsos sobre a primeira vinda do Messias. Quais são alguns conceitos falsos que existem em nossos dias com relação à segunda vinda de Jesus?

Segunda-feira, 31 de outubro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.