As chuvas temporã e serôdia

Lições da Bíblia1:

6. Leia Joel 2:21-24 e Atos 2:1-4, 41-47. Que previsão se cumpriu no primeiro século? Que impacto esse evento teve?

Joel 2:21-24 (NAA)2: “21 ‘Não tenha medo, ó terra; alegre-se e exulte, porque o Senhor faz grandes coisas.  22 Não tenham medo, animais selvagens, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque as árvores darão os seus frutos, as figueiras e as videiras produzirão com vigor. 23 Filhos de Sião, alegrem-se e exultem no Senhor, seu Deus, porque ele lhes dará as chuvas em justa medida; fará descer, como no passado, as primeiras e as últimas chuvas. 24 As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de azeite.’”

Atos 2:1-4, 41-47 (NAA)2: “1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2 De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. 3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. 4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem. […] 41 Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. 42 E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. 43 Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. 44 Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. 45 Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. 46 Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, 47 louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos.”

O derramamento do Espírito Santo no Pentecostes promoveu a igreja cristã. Três mil se converteram em um dia. “Muitos dos que ouviram a Palavra creram, subindo o número desses homens a quase cinco mil” (At 4:4). Apenas 120 crentes se reuniram para orar, mas a oração fez uma enorme diferença. Rapidamente a igreja ganhou milhares de crentes. Mesmo “um grande grupo de sacerdotes obedecia à fé” (At 6:7). Quando os discípulos foram perseguidos em Jerusalém, “iam por toda parte pregando a Palavra” (At 8:4). Igrejas foram plantadas na Judeia, Samaria e Galileia (At 9:31). Depois de sua conversão, Paulo proclamou Cristo no mundo mediterrâneo. Em Tessalônica, judeus que se opunham ao evangelho declararam: “Estes que promovem tumulto em todo o mundo chegaram também aqui” (At 17:6). Pelo poder do Espírito Santo, os discípulos alcançaram o mundo então conhecido em um tempo relativamente curto. A previsão de Joel sobre a chuva temporã cumpriu-se no Pentecostes, mas a chuva serôdia cairá com maior poder para preparar a colheita final da Terra.

7. Como a obra de Deus será concluída? Zc 4:6; 10:1; Os 6:3; Tg 5:7, 8

Zc 4:6 (NAA)2: “Ele prosseguiu e me disse: — Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: ‘Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito’, diz o Senhor dos Exércitos.”

Zc 10:1 (NAA)2: “Peçam ao Senhor chuva no tempo das últimas chuvas; peçam ao Senhor, que faz as nuvens de chuva, e ele lhes dará chuva abundante e a cada um, a vegetação no campo.”

Os 6:3 (NAA)2: “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.”

Tg 5:7, 8 (NAA)2: “7 Portanto, irmãos, sejam pacientes até a vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. 8 Sejam também vocês pacientes e fortaleçam o seu coração, pois a vinda do Senhor está próxima.”

Os termos chuva “temporã” e “serôdia” são retirados do ciclo de colheita de Israel. A chuva temporã caía no outono para germinar a semente. A chuva serôdia caía na primavera para amadurecer a colheita. Isso descreve a obra do Espírito para a pregação do evangelho. “Assim como a ‘chuva temporã’ foi dada no derramamento do Espírito Santo, no início da pregação do evangelho, para fazer germinar a preciosa semente, a ‘chuva serôdia’ será dada no término da obra para fazer os campos amadurecerem. […] A obra do evangelho não será concluída com menor manifestação do poder de Deus do que a que marcou seu início. As profecias que se cumpriram no derramamento da chuva temporã […] se cumprirão novamente na chuva serôdia, na conclusão dessa obra” (Ellen G. White, O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 508).

Quarta-feira, 19 de junho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O grande conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 516, abr. mai. jun. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Chuva temporã e chuva serôdia

Lições da Bíblia.

“Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento usam o simbolismo da água para representar o Espírito Santo. O profeta Isaías citou as palavras de nosso Senhor: ‘Derramarei água sobre o sedento […] derramarei o Meu Espírito sobre a tua posteridade’ (Is 44:3). Isaías usou um recurso literário hebraico chamado paralelismo. A segunda expressão da passagem explica a primeira. O profeta Joel também apresenta o simbolismo da água. Deus prometeu regar os campos de Israel. Então, declarou: ‘Acontecerá, depois, que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne’ (Jl 2:28). Jesus usou o simbolismo da água para representar o Espírito Santo.” ”Ora, no seu último dia, o grande dia da festa, Jesus pôs-se em pé e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Jesus ainda não tinha sido glorificado.” (João 7:37-39)

“2. Quais são os dois símbolos que os seguintes textos usam para representar derramamento do Espírito Santo? Como podemos entender o que eles significam?” “Não temas, ó terra, regozija-te e alegra-te, porque o SENHOR faz grandes coisas. Não temais, animais do campo, porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor. Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, regozijai-vos no SENHOR, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva; fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia. As eiras se encherão de trigo, e os lagares transbordarão de vinho e de óleo.” (Joel 2:21-24 RA); “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias. Mostrarei prodígios no céu e na terra: sangue, fogo e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e terrível Dia do SENHOR. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo; porque, no monte Sião e em Jerusalém, estarão os que forem salvos, como o SENHOR prometeu; e, entre os sobreviventes, aqueles que o SENHOR chamar.” (Joel 2:28-32 RA); “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas. Sede vós também pacientes e fortalecei o vosso coração, pois a vinda do Senhor está próxima.” (Tiago 5:7-8 RA). “Chuva temporã e chuva serôdia, que representam o poder do Espírito para começar e terminar a obra de Deus.”

“Nos tempos bíblicos, o trabalho de semear e arar ocorria a partir de meados de outubro, logo após a queda das primeiras chuvas, que faziam germinar a semente e alimentavam seu crescimento inicial. A última chuva caía no fim da primavera para amadurecer o fruto para a colheita. A colheita de cevada e outros cereais era um evento da primavera, seguida pela colheita das frutas, no verão e outono.”

“Deus usa o simbolismo das chuvas temporã e serôdia de duas maneiras. A primeira chuva do Espírito (temporã) caiu sobre os discípulos no Pentecostes, a fim de lançar a missão cristã. A chuva serôdia será derramada sobre a Igreja de Deus no fim dos tempos, para completar Sua missão na Terra. A expressão ‘chuva temporã’ também se refere à obra diária do Espírito de Deus, ao convencer, instruir, orientar e capacitar cada cristão. ‘Chuva serôdia’ é uma expressão usada para descrever uma dotação especial do Espírito Santo sobre a Igreja de Cristo antes da vinda de Jesus.”

“Sob a figura das chuvas temporã e serôdia, que caem nas terras orientais ao tempo da semeadura e da colheita, os profetas hebreus predisseram a dotação de graça espiritual em medida extraordinária à igreja de Deus. O derramamento do Espírito Santo nos dias dos apóstolos foi o começo da primeira chuva, ou temporã, e glorioso foi o resultado. […] Ao aproximar-se o fim da ceifa da Terra, uma concessão especial de graça espiritual é prometida a fim de preparar a igreja para a vinda do Filho do homem. Esse derramamento do Espírito Santo é comparado à queda da chuva serôdia. E é por esse poder adicional que os cristãos devem fazer suas petições ao Senhor da seara ‘no tempo da chuva serôdia’” (Zc 10:1; Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 54, 55).

Segunda-feira, 23 de setembro de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF