Compreendendo o amor de Deus

Lições da Bíblia1:

Herdar a natureza pecaminosa significa que nossa percepção do Universo foi contaminada por tendências ao egoísmo e ao orgulho. Enxergamos o mundo de uma perspectiva limitada, em vez da perspectiva onisciente de Deus. Talvez nenhum conceito tenha sido mais distorcido pela humanidade do que o amor. A cultura popular promove uma compreensão de amor que se concentra em realizações, não em promover o bem dos outros. Por isso, temos dificuldade em compreender o assunto da maneira como Deus o vê.

Entender a natureza do amor é uma chave importante para compreender a profecia. Um dos temas fundamentais do grande conflito é a distorção generalizada do caráter de Deus. Ellen G. White concluiu a série “Conflito dos Séculos” com estas palavras: “Desde o menor átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor” (O Grande Conflito [CPB, 2021], p. 560).

2. A palavra “amor” aparece pela primeira vez na Bíblia em Gênesis 22:2. O que essa história ensina sobre o amor de Deus? Gn 22:1-13

Gn 22:1-13 (NAA)2: 1 Depois dessas coisas, Deus pôs Abraão à prova e lhe disse: — Abraão! Este lhe respondeu: — Eis-me aqui! 2 Deus continuou: — Pegue o seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá à terra de Moriá. Ali, ofereça-o em holocausto, sobre um dos montes, que eu lhe mostrar. 3 Na manhã seguinte, Abraão levantou-se de madrugada e, tendo preparado o seu jumento, levou consigo dois dos seus servos e Isaque, seu filho. Rachou lenha para o holocausto e foi para o lugar que Deus lhe havia indicado. 4 No terceiro dia, Abraão ergueu os olhos e viu o lugar de longe. 5 Então disse aos servos: — Esperem aqui com o jumento. Eu e o rapaz iremos até lá e, depois de termos adorado, voltaremos para junto de vocês. 6 Abraão pegou a lenha do holocausto e a colocou sobre Isaque, seu filho. Ele, por sua vez, levava nas mãos o fogo e a faca. Assim, os dois caminhavam juntos. 7 Isaque rompeu o silêncio e disse a Abraão, seu pai: — Meu pai! Abraão respondeu: — Eis-me aqui, meu filho! Isaque perguntou: — Eis aqui o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto? 8 Abraão respondeu: — Deus proverá para si o cordeiro para o holocausto, meu filho. E os dois seguiam juntos. 9 Chegaram ao lugar que Deus lhe havia indicado. Ali Abraão edificou um altar, arrumou a lenha sobre ele, amarrou Isaque, seu filho, e o deitou no altar, em cima da lenha. 10 E, estendendo a mão, pegou a faca para sacrificar o seu filho. 11 Mas do céu o Anjo do Senhor o chamou: — Abraão! Abraão! Ele respondeu: — Eis-me aqui! 12 Então lhe disse: — Não estenda a mão sobre o menino e não faça nada a ele, pois agora sei que você teme a Deus, porque não me negou o seu filho, o seu único filho. 13 Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos. Abraão pegou o carneiro e o ofereceu em holocausto, em lugar de seu filho.”

Às vezes, além de encontrar a primeira ocorrência de um conceito na Bíblia, pode ser útil encontrar a primeira menção desse conceito em livros específicos da Bíblia, especialmente nos evangelhos. A primeira menção de “amor” em cada um dos evangelhos está em Mateus 3:17, Marcos 1:11, Lucas 3:22 e João 3:16.

Por exemplo, a primeira vez que João menciona “amor” (Jo 3:16) é bastante reveladora: ela parece estar ligada à história de Isaque. A fé de Abraão em Deus era tão profunda que o fez acreditar que o Senhor seria capaz de ressuscitar seu filho caso o oferecesse em sacrifício (Hb 11:19). Essa história prefigurava o amor de Deus pela humanidade. Ele nos amou a ponto de dar o “Seu Filho Unigênito” e, então, O ressuscitou (em Gn 22:2, 12, 16, Isaque também é chamado de “único filho”). Assim, foi revelado o tipo de amor que Deus tem por nós – um amor que se sacrifica.

Como expressar aos outros o amor sacrifical que Deus tem por nós? Isso é difícil?

Segunda-feira, 07 de abril de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Alusões, imagens e símbolos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 520, abr. maio. jun. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O que mais Eu poderia ter feito? – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja [CPB, 2021], v. 9, p. 222-224 (“A recompensa do esforço diligente”).

“Tudo quanto nos tem confundido sobre as providências de Deus será esclarecido no mundo futuro. As coisas difíceis de serem compreendidas terão então explicação. Os mistérios da graça nos serão desvendados. Naquilo em que nossa mente finita só via confusão e promessas desfeitas, veremos a mais perfeita e bela harmonia. Saberemos que o amor infinito dispôs as experiências que nos pareciam as mais difíceis. Ao reconhecermos o terno cuidado Daquele que faz todas as coisas contribuírem para o nosso bem, nós nos alegraremos com júbilo inexprimível e repleto de glória” (Testemunhos Para a Igreja, v. 9, p. 223).

Perguntas para consideração

1. Você já ficou perplexo ao tentar entender as providências de Deus? Sente-se confortado em saber que, no fim, tudo será esclarecido?

2. Reflita sobre o que Cristo renunciou ao Se tornar humano e morrer pelo mundo. Podemos confiar no amor de Deus? O que mais Ele poderia ter feito para nos salvar?

3. Por que o “nome” de Deus é tão importante? Qual é a relevância dele? Os cristãos têm trazido descrédito ao nome de Cristo? O que podemos fazer em nossas igrejas locais para mostrar às pessoas o que significa seguir a Cristo em termos práticos?

4. No fim, mesmo nossas melhores “respostas” ao problema do mal são incompletas. O que fazer, na prática, para nos aproximarmos dos que experimentam sofrimentos e sermos agentes que aliviam o sofrimento neste mundo enquanto aguardamos a solução final e escatológica que só Deus pode trazer para o problema do mal?

5. Pense mais no fato de que Cristo suportou nossas “enfermidades” e nossas “dores” (Is 53:4). O que aconteceu na cruz, em nível coletivo, que nos ajuda a compreender o plano da salvação e o que custou a Deus nos salvar?

Sexta-feira, 14 de março de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.

Um Deus apaixonado e compassivo – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo [CPB, 2022], p. 10-34 (“As bem-aventuranças”).

“Os que têm intuição de sua profunda pobreza espiritual e veem que em si mesmos nada possuem de bom encontrarão justiça e força olhando para Jesus. […]

“Ele nos sugere que troquemos nossa pobreza pelas riquezas de Sua graça. Não somos dignos do amor de Deus, mas Cristo, nossa segurança, é digno e completamente capaz de salvar todos os que recorrem a Ele. Qualquer que tenha sido nossa vida passada, por mais desanimadoras que sejam as circunstâncias presentes, se formos a Jesus exatamente como somos, fracos, incapazes e desesperançados, nosso compassivo Salvador dará todos os passos necessários ao nosso encontro e em torno de nós lançará os braços de amor e as vestes de Sua justiça. Ele nos apresenta ao Pai trajados nas vestes brancas de Seu próprio caráter. Ele roga a Deus em nosso favor, dizendo: ‘Eu tomei o lugar do pecador. Não olhe para este filho desgarrado, mas para Mim.’ Quando Satanás intervém em altos brados contra nós, acusando-nos de pecado e reivindicando-nos como presa sua, o sangue de Cristo intercede com maior poder” (O Maior Discurso de Cristo, p. 11, 12).

Perguntas para consideração

1. Jesus nos “apresenta ao Pai trajados nas vestes brancas de Seu próprio caráter”. Podemos ficar desanimados devido aos nossos pecados e não conseguir refletir o amor que Deus derrama sobre nós. Apesar disso, por que devemos sempre retornar à maravilhosa notícia de que somos aceitos por Deus por meio de Jesus?

2. Na história das mulheres que se apresentaram a Salomão, como a mãe verdadeira se sentiu? Pense na figura da compaixão materna (1Rs 3:26). Isso esclarece a linguagem usada para descrever as emoções de Deus para com Seu povo (Os 11:8)?

3. Em Sua compaixão, como Jesus respondia às necessidades das pessoas? Ele as supria. De que formas práticas podemos oferecer conforto aos que necessitam dele?

Sexta-feira, 24 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.

Um Deus apaixonado e compassivo

Lições da Bíblia1:

“Será que uma mulher pode se esquecer do filho que ainda mama, de maneira que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, Eu, porém, não Me esquecerei de você” (Is 49:15).

As emoções são vistas como indesejáveis e algo a ser evitado. Para alguns, as emoções são inerentemente irracionais , e, por isso, pessoas maduras não deveriam ser “emocionais”. Em algumas correntes da filosofia grega antiga, idealizava-se o indivíduo “racional”, que seria (em grande parte) imune às paixões, ou que conseguiria controlar as emoções por meio da razão, como um modelo a ser seguido.

Emoções descontroladas podem causar problemas. No entanto, Deus nos criou com a capacidade de sentir emoções, e Ele próprio é apresentado nas Escrituras como Alguém que experimenta emoções profundas. Se Deus experimenta emoções, como a Bíblia descreve invariavelmente, elas não podem ser inerentemente ruins ou contrárias à razão, pois o Deus da Bíblia é perfeitamente bom e possui sabedoria perfeita.

De fato, há belas verdades a serem extraídas da compreensão de que o amor de Deus por nós é profundamente emocional. Contudo, é importante ressaltar que, ainda que o amor de Deus (emocional ou não) seja perfeito, ele não deve ser considerado idêntico às emoções que nós, seres humanos, experimentamos.

Sábado, 18 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.

Mais valiosos do que podemos imaginar

Lições da Bíblia1:

Não há ninguém que Deus não ame – nem mesmo o pior pecador ou o pior malfeitor. O Senhor valoriza cada pessoa mais do que podemos imaginar. Por isso, Deus Se entristece com o pecado, pois nos ama e compreende o mal que ele nos causa.

1. Leia Lucas 15:11-32. O que a parábola do filho pródigo revela sobre a compaixão e o amor de Deus? Que advertência ela dá àqueles que, assim como o filho mais velho, permanecem na “casa do Pai”?

Lucas 15:11-32 (NAA)2: “11 Jesus continuou: — Certo homem tinha dois filhos. 12 O mais moço deles disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê a parte dos bens que me cabe.” E o pai repartiu os bens entre eles. 13 — Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá desperdiçou todos os seus bens, vivendo de forma desenfreada. 14 — Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade. 15 Então foi pedir trabalho a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a fim de cuidar dos porcos. 16 Ali, ele desejava alimentar-se das alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. 17 Então, caindo em si, disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui estou morrendo de fome! 18 Vou me arrumar, voltar para o meu pai e lhe dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; 19 já não sou digno de ser chamado de seu filho; trate-me como um dos seus trabalhadores.’” 20 E, arrumando-se, foi para o seu pai. — Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou. 21 E o filho lhe disse: “Pai, pequei contra Deus e diante do senhor; já não sou digno de ser chamado de seu filho.” 22 O pai, porém, disse aos servos: “Tragam depressa a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos pés. 23 Tragam e matem o bezerro gordo. Vamos comer e festejar, 24 porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.” E começaram a festejar. 25 — Ora, o filho mais velho estava no campo. Quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. 26 Chamou um dos empregados e perguntou o que era aquilo. 27 E ele informou: “O seu irmão voltou e, por tê-lo recuperado com saúde, o seu pai mandou matar o bezerro gordo.” 28 — O filho mais velho se indignou e não queria entrar. Saindo, porém, o pai, procurava convencê-lo a entrar. 29 Mas ele respondeu ao seu pai: “Faz tantos anos que sirvo o senhor e nunca transgredi um mandamento seu. Mas o senhor nunca me deu um cabrito sequer para fazer uma festa com os meus amigos. 30 Mas, quando veio esse seu filho, que sumiu com os bens do senhor, gastando tudo com prostitutas, o senhor mandou matar o bezerro gordo para ele!” 31 — Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo; tudo o que eu tenho é seu. 32 Mas era preciso festejar e alegrar-se, porque este seu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado.

Nessa história contada por Jesus, o filho mais novo solicitou antecipadamente sua herança, rejeitando, na prática, seu pai e toda a família. O filho pródigo passou então a esbanjar aquela herança e foi reduzido à pobreza e à fome, chegando a invejar a comida dos porcos. Ao perceber que os servos da casa de seu pai tinham comida mais do que suficiente, decidiu voltar na esperança de se tornar um mero servo.

O que vem a seguir é impactante. Alguns pais rejeitariam um filho que tivesse agido assim e depois voltasse. Alguns pais diriam: “Você recebeu sua herança e foi embora de casa. Não há mais lugar para você aqui.” Essa atitude poderia perecer lógica e razoável, não é? Aos olhos de muitos pais humanos, o filho teria ultrapassado todos os limites para ser aceito de volta em casa, especialmente como filho.

Na parábola, o pai (que representa o próprio Deus) não respondeu de nenhuma dessas formas convencionais. Em vez disso, “vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou e, compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou” (Lc 15:20). Embora naquela época fosse considerado inconveniente o dono da casa sair correndo para encontrar alguém, o pai, em sua grande compaixão, correu ao encontro do filho. E o mais surpreendente é que ele não apenas o recebeu de volta em casa, mas também fez uma celebração em sua honra. Essa atitude impensável ilustra a profunda compaixão de Deus por cada pessoa rebelde e a alegria que Ele sente quando até mesmo uma única pessoa volta para casa. Que imagem poderosa de Deus!

Por que o filho mais velho reagiu daquela forma tão humana, baseada em parte na ideia de justiça, e tão compreensível? Os conceitos humanos de justiça não são incapazes de capturar toda a profundidade do evangelho ou do amor de Deus por nós?

Domingo, 12 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Misericórdia perdida

Lições da Bíblia1:

O amor de Deus é eterno e sempre imerecido. No entanto, podemos aceitá-lo ou rejeitá-lo, mas isso ocorre apenas porque Deus nos ama voluntariamente, com Seu amor perfeito e eterno, antes mesmo de fazermos qualquer coisa (Jr 31:3). Nosso amor por Deus é uma resposta ao que já recebemos, mesmo antes de pedirmos.

5. Leia 1 João 4:7-20, com ênfase nos versículos 7 e 19. O que esse texto nos diz sobre a prioridade do amor de Deus?

1 João 4:7-20 (NAA)2: “7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. 8 Quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 11 Amados, se Deus nos amou de tal maneira, nós também devemos amar uns aos outros. 12 Nunca ninguém viu Deus. Se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em nós, aperfeiçoado. 13 Nisto conhecemos que permanecemos nele e que ele permanece em nós: pelo fato de nos ter dado do seu Espírito. 14 E nós temos visto e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele permanece em Deus. 16 E nós conhecemos o amor e cremos neste amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus permanece nele. 17 Nisto o amor é aperfeiçoado em nós, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, assim como ele é, também nós somos neste mundo. 18 No amor não existe medo; pelo contrário, o perfeito amor lança fora o medo. Porque o medo envolve castigo, e quem teme não é aperfeiçoado no amor. 19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. 20 Se alguém disser: “Amo a Deus”, mas odiar o seu irmão, esse é mentiroso. Pois quem não ama o seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. 21 E o mandamento que dele temos é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão.”

O amor de Deus sempre vem em primeiro lugar. Se Ele não nos amasse primeiro, não poderíamos amá-Lo em retorno. Embora Deus nos tenha criado com a capacidade de amar e ser amados, Ele próprio é a base e a fonte do amor. No entanto, temos a escolha de aceitar esse amor e, em seguida, refleti-lo na vida. Essa verdade é exemplificada na parábola do servo que não queria perdoar (Mt 18:23-35).

Na parábola, era impossível o servo pagar o que devia. Ele devia ao senhor dez mil talentos. Um talento equivalia a cerca de seis mil denários. E um denário era o que um trabalhador recebia por um dia de trabalho (Mt 20:2). Um trabalhador levaria seis mil dias para ganhar um talento. Descontando os dias de folga, ele conseguiria trabalhar 300 dias por ano e, assim, ganhar 300 denários. Levaria cerca de 20 anos para pagar um talento, que consistia em seis mil denários (seis mil dividido por 300 é igual a 20). Para juntar dez mil talentos, então, um trabalhador médio teria que trabalhar 200 mil anos. Em resumo, o servo jamais conseguiria pagar a dívida. Mesmo assim, o senhor sentiu compaixão do servo e perdoou generosamente a sua enorme dívida.

Porém, quando o servo perdoado se recusou a perdoar a dívida muito menor de 100 denários de um de seus conservos e o lançou na prisão por causa da dívida, o senhor ficou indignado e anulou seu perdão. O servo perdeu o acesso ao amor e ao perdão de seu senhor. Embora a compaixão e a misericórdia de Deus jamais se esgotem, podemos rejeitar e até mesmo perder o acesso aos benefícios dessas dádivas.

Já pensou em tudo aquilo que Deus já lhe perdoou e no custo do perdão? O que isso deve lhe ensinar sobre perdoar os outros?

Quarta-feira, 08 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O e terno amor de Deus

Lições da Bíblia1:

As Escrituras são claras: Deus ama a todos. O verso mais conhecido da Bíblia, João 3:16, ensina essa verdade: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”

1. Leia Salmo 33:5; 145:9. O que esses versículos ensinam sobre até onde a bondade e a misericórdia de Deus alcançam?

Salmo 33:5 (NAA)2: “Ele ama a justiça e o direito; a terra está cheia da bondade do Senhor.

Salmo 145:9 (NAA)2: “O Senhor é bom para todos, e as suas misericórdias permeiam todas as suas obras.”

Algumas pessoas podem achar que não são dignas de amor, ou que Deus pode amar a todos, menos a elas. No entanto, a Bíblia ensina repetidas vezes que cada pessoa é amada por Deus. Não há ninguém a quem Ele não ame. E, pelo fato de amar a todos, Deus também deseja que todos sejam salvos.

2. Leia 2 Pedro 3:9; 1 Timóteo 2:4; Ezequiel 33:11. O que esses textos ensinam sobre o desejo de Deus de salvar todas as pessoas?

2 Pedro 3:9 (NAA)2: “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a julguem demorada. Pelo contrário, ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento.”

1 Timóteo 2:4 (NAA)2: “que deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.”

Ezequiel 33:11 (NAA)2: “Diga-lhes: Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva. Convertam-se! Convertam-se dos seus maus caminhos! Por que vocês haveriam de morrer, ó casa de Israel?”

O verso que vem depois de João 3:16 diz: “Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele” (Jo 3:17). Se dependesse unicamente de Deus, todos aceitariam Seu amor e seriam salvos. Mas Ele não força Seu amor sobre ninguém. Podemos aceitá-lo ou rejeitá-lo.

E mesmo que muitas pessoas rejeitem esse amor, Deus nunca deixará de amá-las. Em Jeremias 31:3, o Senhor diz ao Seu povo: “Com amor eterno Eu a amei; por isso, com bondade a atraí.” Em outras passagens, a Bíblia ensina repetidamente que o amor de Deus dura para sempre (veja, por exemplo, o Salmo 136). O amor de Deus nunca acaba; é eterno. Isso é algo difícil para nosso entendimento, já que muitas vezes achamos fácil deixar de amar os outros, não é verdade?

No entanto, se nós, como indivíduos, conseguíssemos aprender a experimentar a realidade desse amor, ou seja, conhecer por nós mesmos o amor de Deus, poderíamos viver e tratar os outros de forma bem diferente.

Se Deus ama a todos, isso significa que Ele ama pessoas de caráter questionável, certo? O que isso nos ensina sobre como nos relacionarmos com elas?

Segunda-feira, 06 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Deus ama com generosidade – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, Parábolas de Jesus [CPB, 2022], p. 240-248 (“As dez virgens”).

“A escuridão do falso conceito acerca de Deus é o que está envolvendo o mundo. Os homens estão perdendo o conhecimento de Seu caráter. Este tem sido mal compreendido e mal-interpretado. Neste tempo deve ser proclamada uma mensagem de Deus, uma mensagem de influência iluminadora e capacidade salvadora. O caráter de Deus deve se tornar notório. Deve ser difundida nas trevas do mundo a luz de Sua glória, a luz de Sua benignidade, misericórdia e verdade.

“Essa é a obra esboçada pelo profeta Isaías, nas palavras: ‘[…] Ó Jerusalém, você que anuncia boas-novas, levante a sua voz fortemente! Levante-a, não tenha medo. Diga às cidades de Judá: Eis aí está o seu Deus! Eis que o Senhor Deus virá com poder, e o Seu braço dominará; eis que o Seu galardão está com Ele […]’ (Is 40:9, 10).

“Os que aguardam a vinda do esposo devem dizer ao povo: ‘Eis aí está o seu Deus!’ (Is 40:9). Os últimos raios da luz misericordiosa, a última mensagem de graça a ser dada ao mundo, é uma revelação do divino caráter de amor. Os filhos de Deus devem manifestar Sua glória. Revelarão em sua vida e caráter o que a graça de Deus tem feito por eles” (Parábolas de Jesus, p. 245).

Perguntas para consideração

1. Pior que pensar que Deus não existe seria pensar que Ele nos odeia. Como seria o mundo em que vivemos se Deus nos odiasse?

2. Por que existem tantos conceitos equivocados sobre o caráter de Deus no mundo? Como ajudar as pessoas a compreender melhor o caráter amoroso de Deus?

3. Que mensagem deve ser proclamada sobre o caráter de Deus? Como explicar essa mensagem a alguém que não está familiarizado com o amor de Deus? Quais evidências podem ser apontadas para demonstrar Seu amor e Seu caráter?

4. Falar sobre o amor de Deus é uma coisa; refletir esse amor é outra. Que “atos de santidade” podem manifestar o amor de Deus aos que nos cercam?

Sexta-feira, 03 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.