Lealdade suprema: adoração em zona de guerra – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 436-438 (“Bênçãos e maldições”).

“Segundo as instruções dadas por Moisés, um monumento de grandes pedras foi construído no monte Ebal. Sobre essas pedras, previamente preparadas por uma cobertura de argamassa, foi inscrita a lei – não somente os dez preceitos proferidos no Sinai e gravados em tábuas de pedra, mas também as leis comunicadas a Moisés e escritas por ele num livro. Ao lado desse monumento, foi construído um altar de pedras não lavradas, sobre o qual foram oferecidos sacrifícios ao Senhor. O fato de o altar ter sido construído no monte Ebal, sobre o qual fora posta a maldição (Dt 11:29), foi significativo, dando a entender que, por causa de sua transgressão da lei de Deus, Israel merecia receber com justiça Sua ira, e eles a teriam sofrido imediatamente, não fosse pela expiação de Cristo, representada pelo altar de sacrifício” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 437).

“O momento da ceia não deve ser um período de tristeza. […] Ao se reunirem os discípulos do Senhor em torno de Sua mesa, não devem lembrar e lamentar suas deficiências. Não devem se demorar em sua vida religiosa passada, seja para elevar ou deprimir. Não tragam à memória as diferenças existentes entre si e seus irmãos. A cerimônia preparatória já abrangeu tudo isso. O exame próprio, a confissão do pecado, a reconciliação dos desentendimentos – tudo já foi feito. Agora, chegam para se encontrar com Cristo. Não devem permanecer à sombra da cruz, mas à sua luz salvadora. Abram o coração para os brilhantes raios do Sol da Justiça” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021], p. 530).

Perguntas para consideração

1. O que é buscar primeiro o reino de Deus? Isso influencia sua vida?

2. Por que é fácil esquecer o Senhor em meio à correria do dia a dia? Quais soluções podem ser propostas?

3. A certeza de que Jesus intercede por nós no santuário celestial (Hb 7:25) pode se tornar uma fonte de esperança e força diárias? Essa verdade é significativa hoje, no tempo do antitípico Dia da Expiação?

Sexta-feira, 14 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

Ansiando por Sua presença

Lições da Bíblia1:

Leia Josué 18:1 e 2. Qual foi a atividade que fez Josué interromper o processo de distribuição do território?

Josué 18:1 e 2 (NAA)2: 1 Toda a congregação dos filhos de Israel se reuniu em Siló, e ali armaram a tenda do encontro. E a terra estava sujeita diante deles. 2 Sete tribos dos filhos de Israel ainda não tinham recebido a sua herança.

Após a descrição dos territórios atribuídos às duas maiores tribos no lado oeste do Jordão e à meia tribo de Manassés, houve uma assembleia da congregação em Siló, onde a terra foi dividida entre as sete tribos menores que ainda não tinham recebido a herança.

O estabelecimento do santuário, que Deus chamou de “Meu tabernáculo”, representa o cumprimento da promessa do Senhor de viver no meio de Seu povo (Êx 25:8; Lv 26:11, 12) e revela o tema central do livro: a presença de Deus no meio de Israel tornou possível a posse da Terra Prometida. Essa presença seria uma fonte contínua de bênçãos para Israel e, por meio deles, para toda a Terra (Gn 12:3). A adoração a Deus estava ganhando destaque e se tornando a prioridade, até mesmo em relação à conquista e à distribuição do território! A presença do santuário, e mais tarde do templo de Jerusalém, deveria ajudar o povo a reconhecer continuamente a presença de Deus entre eles e seu dever de cumprir a aliança.

7. Leia Hebreus 6:19, 20; 9:11, 12; 10:19-23. O que podemos aprender com Josué, considerando que, como cristãos, não temos um santuário terrestre que abrigue a presença física de Deus entre nós?

Hebreus 6:19, 20 (NAA)2:  19 Temos esta esperança por âncora da alma, segura e firme e que entra no santuário que fica atrás do véu, 20 onde Jesus, como precursor, entrou por nós, tendo-se tornado sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

Hebreus 9:11, 12 (NAA)2: 11 Quando, porém, Cristo veio como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos humanas, quer dizer, não desta criação, 12 e não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santuário, uma vez por todas, e obteve uma eterna redenção.

Hebreus 10:19-23 (NAA)2: 19 Portanto, meus irmãos, tendo ousadia para entrar no Santuário, pelo sangue de Jesus, 20 pelo novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, pela sua carne, 21 e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 aproximemo-nos com um coração sincero, em plena certeza de fé, tendo o coração purificado de má consciência e o corpo lavado com água pura. 23 Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel.

A menção ao santuário não deve ser uma surpresa, pois esse tema já está presente na narrativa de Josué por meio da arca da aliança. Essa arca era o elemento central do mobiliário no lugar santíssimo e marcou as duas primeiras seções do livro: a travessia e a conquista. Agora, ao colocar a construção do tabernáculo como o foco da distribuição do território, Josué demonstrou que toda a vida de Israel girava em torno do santuário, a base terrena de Yahweh.

Como cristãos que vivem no antitípico Dia da Expiação, é essencial mantermos nosso olhar fixo no santuário celestial enquanto enfrentamos os “gigantes” modernos (ou pós-modernos) que desafiam nossa fé, esperança e herança espiritual. Ao confiarmos continuamente na obra de Cristo realizada na cruz e no santuário celestial, podemos olhar para o futuro com confiança, aguardando o dia em que Deus habitará novamente no meio de Seu povo, desta vez para sempre (ver Ap 21:3).

Quinta-feira, 13 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Escrito em pedras

Lições da Bíblia1:

4. Leia Josué 8:32-35. Qual é o significado do ato descrito nesses versos e o que ele nos ensina hoje?

Josué 8:32-35 (NAA)2: 32 Ali Josué escreveu, em pedras, uma cópia da lei de Moisés, que este já havia escrito diante dos filhos de Israel. 33 Todo o Israel, tanto estrangeiros como naturais, com os seus anciãos, os seus chefes e os seus juízes estavam de um e de outro lado da arca, diante dos sacerdotes levitas que levavam a arca da aliança do Senhor. Metade deles se postou em frente do monte Gerizim, e a outra metade, em frente do monte Ebal, como Moisés, servo do Senhor, havia ordenado anteriormente, para que o povo de Israel fosse abençoado. 34 Depois, Josué leu todas as palavras da lei, a bênção e a maldição, segundo tudo o que está escrito no Livro da Lei. 35 Não houve uma só palavra, de tudo o que Moisés havia ordenado, que Josué não lesse para toda a congregação de Israel, e para as mulheres, as crianças e os estrangeiros que viviam no meio deles.

O monte Ebal é mencionado apenas em Deuteronômio (Dt 11:29; 27:4, 13) e no livro de Josué (Js 8:30, 33). Junto com o monte Gerizim, era o local onde as bênçãos e maldições da aliança deveriam ser proferidas. Mais especificamente, o monte Ebal seria o local das maldições (Dt 11:29; 27:4, 13). Lá os israelitas deveriam ficar de pé em ambos os lados da arca na presença dos sacerdotes (Js 8:33). Um grupo ficou em frente ao monte Ebal, e o outro em frente ao monte Gerizim. Com isso, eles representavam simbolicamente as duas maneiras possíveis de se relacionar com a aliança. Os sacrifícios oferecidos nesse local apontavam para Jesus, que tomou sobre Si as maldições da aliança, para que todos os que cressem Nele pudessem desfrutar dessas bênçãos (Gl 3:13; 2Co 5:21).

5. Por que era necessário escrever uma cópia da aliança em um monumento, visível a todos? Dt 4:31; 6:12; 8:11, 14; 2Rs 17:38; Sl 78:7

Dt 4:31 (NAA)2: então o Senhor, o Deus de vocês, não os abandonará, porque é Deus misericordioso, nem os destruirá, nem se esquecerá da aliança que jurou aos pais de vocês.

Dt 6:12 (NAA)2: tenham o cuidado de não esquecer o Senhor, que os tirou da terra do Egito, da casa da servidão.

Dt 8:11, 14 (NAA)2:  Tenham o cuidado de não se esquecer do Senhor, seu Deus, deixando de cumprir os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje lhes ordeno. […] 14 se eleve o seu coração e vocês se esqueçam do Senhor, seu Deus, que os tirou da terra do Egito, da casa da servidão,

2Rs 17:38 (NAA)2: Não se esqueçam da aliança que fiz com vocês e não adorem outros deuses.

Sl 78:7 (NAA)2: para que pusessem a sua confiança em Deus e não se esquecessem dos feitos de Deus, mas lhe observassem os mandamentos;

Nós, seres humanos, frequentemente esquecemos as coisas com facilidade. À medida que acumulamos as crescentes e desconcertantes demandas da vida cotidiana, nossa atenção se concentra em períodos de tempo cada vez mais curtos. Isso nos faz esquecer, muitas vezes, aquilo que não ocorre com a mesma frequência ou intensidade. Em cada Ceia do Senhor, temos uma oportunidade especial para nos comprometer novamente com Cristo e renovar nosso vínculo com a aliança. É fundamental enxergar essas ocasiões não apenas como momentos de reconsagração pessoal, mas também como oportunidades de renovação coletiva da nossa fidelidade a Deus. Em uma sociedade cada vez mais voltada para o individualismo, é essencial redescobrir o poder de pertencer a uma comunidade que compartilha a mesma visão de mundo, valores, crenças e missão.

Por que é tão fácil esquecer do Senhor e confiar apenas em nossas forças, especialmente quando tudo vai bem?

Quarta-feira, 12 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Altares de renovação

Lições da Bíblia1:

Qual foi a motivação de Josué para construir um altar para o Senhor? Leia Josué 8:30, 31. Compare com Deuteronômio 11:26-30; 27:2-10.

Josué 8:30, 31 (NAA)2: 30 Então Josué edificou um altar ao Senhor, Deus de Israel, no monte Ebal, 31 como Moisés, servo do Senhor, havia ordenado aos filhos de Israel, segundo o que está escrito no Livro da Lei de Moisés, a saber, um altar de pedras toscas, que não tinham sido trabalhadas com instrumentos de ferro. Sobre esse altar ofereceram holocaustos ao Senhor e apresentaram ofertas pacíficas.

Deuteronômio 11:26-30 (NAA)2: 26 — Eis que hoje eu ponho diante de vocês a bênção e a maldição: 27 a bênção, se cumprirem os mandamentos do Senhor, seu Deus, que hoje eu lhes ordeno; 28 a maldição, se não cumprirem os mandamentos do Senhor, seu Deus, mas se desviarem do caminho que hoje eu lhes ordeno, para seguirem outros deuses que vocês não conheciam. 29 Quando o Senhor, o Deus de vocês, os tiver levado para a terra da qual tomarão posse, vocês pronunciarão a bênção sobre o monte Gerizim e a maldição sobre o monte Ebal. 30 Esses montes estão do outro lado do Jordão, na direção do pôr do sol, na terra dos cananeus, que habitam na Arabá, em frente de Gilgal, junto aos carvalhais de Moré.

Deuteronômio 27:2-10 (NAA)2: 2 No dia em que vocês passarem o Jordão e entrarem na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá, levantem pedras grandes e pintem-nas com cal. 3 Ao passarem, escrevam nessas pedras todas as palavras desta lei, para que vocês entrem na terra que o Senhor, seu Deus, lhes dá, terra que mana leite e mel, como o Senhor, o Deus dos seus pais, lhes prometeu. 4 Quando vocês tiverem passado o Jordão, levantem essas pedras no monte Ebal, como hoje lhes ordeno, e pintem-nas com cal. 5 Ali vocês devem construir um altar ao Senhor, seu Deus, altar de pedras que não tenham sido trabalhadas com instrumentos de ferro. 6 Construam o altar do Senhor, seu Deus, com pedras toscas e sobre este altar lhe ofereçam holocaustos. 7 Também sacrifiquem ofertas pacíficas; comam ali e alegrem-se na presença do Senhor, seu Deus. 8 Nessas pedras, escrevam, de forma bem nítida, todas as palavras desta lei. 9 Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, disse ainda a todo o Israel: — Fique em silêncio e escute, ó Israel! Hoje vocês vieram a ser o povo do Senhor, seu Deus. 10 Portanto, obedeçam à voz do Senhor, seu Deus, e cumpram os mandamentos e os estatutos que hoje lhes ordeno.

Na época dos patriarcas, os altares marcavam o caminho de sua peregrinação e se tornavam representações concretas de que aquele território, que havia sido prometido por Deus, pertencia a eles. Agora, ao erguer um altar, os israelitas estavam testemunhando o cumprimento das promessas feitas aos seus antepassados. Neste caso, a construção do altar era o cumprimento direto das instruções das por Moisés (Dt 11:26-30; 27:2-10).

Josué 8:30-35 desempenha um papel significativo na mensagem teológica do livro. Ao conectar uma das histórias mais horripilantes e violentas – a guerra – a algo totalmente diferente, como uma cena de reafirmação da aliança – a adoração –, Josué nos remete a um dos temas teológicos mais importantes destacados no início do livro: a tarefa de conduzir Israel a uma vida de obediência à aliança (Js 1:7). Essa mesma responsabilidade é refletida nas palavras finais de Josué ao povo (Js 24).

Apesar da importância da guerra e da conquista, há algo ainda mais fundamental: a lealdade às exigências da lei de Deus. A conquista era apenas um passo no cumprimento do plano de Deus para Israel e da restauração de toda a humanidade. A fidelidade aos preceitos da Torá é a questão central no destino da humanidade. Josué escreveu a cópia da lei em grandes pedras caiadas, distintas das pedras do altar (compare com Dt 27:2-8). Assim, as pedras, que provavelmente continham os Dez Mandamentos, formavam um monumento separado nas proximidades do altar, lembrando constantemente os israelitas dos privilégios e deveres que faziam parte da aliança.

Josué prenuncia o Yehoshua (Jesus) do NT, cuja missão era, entre outras coisas, levar a humanidade de volta à obediência a Deus. Para atingir esse objetivo, Ele teve que empreender um conflito com os poderes do mal. Seu objetivo final era cumprir os requisitos da aliança em nosso favor: “Em Cristo, cada uma das promessas de Deus é ‘sim’. Por essa razão, por meio Dele dizemos ‘Amém’ para a glória de Deus” (2Co 1:20, NVI).

Que práticas espirituais dos dias de hoje cumprem função semelhante à de construir um altar nos tempos antigos?

Terça-feira, 11 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Páscoa

Lições da Bíblia1:

2. Por que é relevante que Josué tenha escolhido celebrar a Páscoa apesar da tarefa enorme e urgente de conquistar a Terra Prometida? Js 5:10; Êx 12:6; Lv 23:5; Nm 28:16; Dt 16:4, 6

Js 5:10 (NAA)2: Enquanto os filhos de Israel estavam acampados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó.

Êx 12:6 (NAA)2: Vocês guardarão o cordeiro até o décimo quarto dia deste mês, e todo o ajuntamento da congregação de Israel o matará no crepúsculo da tarde.

Lv 23:5 (NAA)2: no primeiro mês, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a Páscoa do Senhor.

Nm 28:16 (NAA)2: No primeiro mês, aos catorze dias do mês, é a Páscoa do Senhor.

Dt 16:4, 6 (NAA)2: 4 Durante os sete dias nenhum fermento deve ser encontrado com vocês, em todo o seu território. Também da carne do animal que vocês sacrificarem à tarde, no primeiro dia, nada deve ficar até a manhã seguinte. 5 Vocês não podem sacrificar a Páscoa em nenhuma das cidades que o Senhor, seu Deus, lhes dá, 6 a não ser no lugar que o Senhor, seu Deus, escolher para ali fazer habitar o seu nome. Ali vocês devem oferecer o sacrifício da Páscoa à tarde, ao pôr do sol, na hora em que saíram do Egito.

A segunda atividade importante que antecedeu a conquista foi a celebração da Páscoa. Ela aconteceu na noite do décimo quarto dia do mês, em atenta conformidade com as instruções dadas por Deus. O significado simbólico da observância da Páscoa é especialmente enfatizado: os eventos no livro de Josué refletem aqueles do Êxodo. A Páscoa remete à noite da décima praga (Êx 12), quando o anjo do Senhor matou todos os primogênitos do Egito e poupou os israelitas. Em seguida, ocorreu a saída do Egito, a travessia do Mar Vermelho e a jornada pelo deserto.

Por outro lado, a história da segunda geração começou no deserto, continuou com a travessia do Jordão, envolveu a circuncisão e a celebração da Páscoa, e levou ao momento crucial em que outra intervenção miraculosa do Senhor era esperada contra os inimigos de Israel, os habitantes de Canaã. Junto com todos os atos anteriores, a celebração da Páscoa marcou o início de uma nova era na história de Israel.

Além disso, por meio do símbolo do cordeiro sacrifical, a Festa da Páscoa apontava para a redenção dos israelitas da escravidão egípcia. Contudo, também apontava para o seu cumprimento antitípico no Cordeiro de Deus, que nos resgatou da escravidão do pecado (Jo 1:29, 36; 1Co 5:7; 1Pe 1:18, 19). Na Ceia do Senhor, antes de Se oferecer como o sacrifício supremo, Jesus transformou a Páscoa em um memorial de Sua morte (Mt 26:26-29; 1Co 11:23-26).

No entanto, a Páscoa e a Ceia do Senhor sinalizam uma realidade ainda mais gloriosa: a multidão redimida entrando na Canaã celestial. No Apocalipse, João retrata esse evento antitípico de “travessia” como os 144 mil caminhando sobre o mar de vidro, que é o antítipo do Mar Vermelho e do rio Jordão, diante do trono de Deus (Ap 4:6; 7:9, 10). Eles celebrarão a antitípica Páscoa e a Ceia do Senhor durante as bodas do Cordeiro (Mt 26:29; Ap 19:9).

Mesmo quando não estamos celebrando a Ceia do Senhor, como podemos manter a realidade da cruz sempre diante de nós?

Segunda-feira, 10 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Primeiro a aliança

Lições da Bíblia1:

1. Leia Josué 5:1-7. Por que o Senhor ordenou a Josué que circuncidasse a segunda geração de israelitas naquele momento específico da conquista de Canaã?

Josué 5:1-7 (NAA)2: 1 Quando todos os reis dos amorreus que habitavam deste lado do Jordão, a oeste, e todos os reis dos cananeus que estavam junto ao mar ouviram que o Senhor tinha secado as águas do Jordão diante dos filhos de Israel, até que tivéssemos passado, o coração deles se derreteu de medo e ficaram desanimados, por causa dos filhos de Israel. 2 Naquele tempo o Senhor disse a Josué: — Faça facas de pedra e passe de novo a circuncidar os filhos de Israel. 3 Então Josué fez facas de pedra e circuncidou os filhos de Israel em Gibeate-Haralote. 4 Foi esta a razão por que Josué os circuncidou: todo o povo que tinha saído do Egito, os homens, todos os homens de guerra, tinham morrido pelo caminho, no deserto. 5 Porque todo o povo que saiu do Egito estava circuncidado, mas a nenhum deles que havia nascido no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado. 6 Porque os filhos de Israel andaram quarenta anos pelo deserto, até desaparecer toda a nação, a saber, os homens de guerra que saíram do Egito, que não obedeceram à voz do Senhor, aos quais o Senhor tinha jurado que não lhes deixaria ver a terra que o Senhor, sob juramento, prometeu dar a seus pais, terra que mana leite e mel. 7 Porém em seu lugar pôs os filhos deles, e a estes Josué circuncidou. Estavam incircuncisos, porque não os circuncidaram no caminho.

Após a exploração do país, o relato encorajador dos espias e a travessia miraculosa do Jordão, poderíamos esperar um ataque imediato ao inimigo. No entanto, havia algo mais importante do que a conquista militar: a aliança de Israel com Deus. Antes que a nova geração pudesse se envolver na tomada do território, ela precisava estar totalmente ciente de seu relacionamento especial com o Dono daquele território. A renovação do sinal da aliança veio como uma resposta ao ato miraculoso e de graça de Deus ao guiar Israel em segurança através do Jordão.

Nossa aliança com Deus deve ser sempre uma resposta de gratidão pelo que Ele já fez por nós, e nunca uma tentativa de obter benefícios por meio de uma obediência legalista às Suas exigências (esse conceito foi fundamental nos conflitos de Paulo com aqueles que insistiam em que os gentios convertidos fossem circuncidados, como vemos claramente na Carta aos Gálatas).

Israel estava à beira da maior campanha militar de sua história, e poderíamos esperar que todo o acampamento estivesse focado nos preparativos de guerra. Na verdade, estava, mas não da maneira convencional. Em vez de preparar os cavalos e afiarem as espadas, eles se dedicaram a um ritual que deixou a maior parte da força de combate vulnerável por pelo menos três dias.

Eles fizeram isso para celebrar seu relacionamento com Deus, que os havia libertado do Egito. Por quê? Porque reconheciam que a batalha pertence ao Senhor. Era Ele quem lhes concedia vitória e êxito. Jesus apresentou o mesmo princípio em palavras diferentes: “Busquem em primeiro lugar o reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6:33). Na maioria das vezes, a vida cotidiana parece nos pressionar com a urgência de tantas coisas importantes que esquecemos de dar prioridade à coisa mais importante em nossa vida: a renovação diária de nosso compromisso com Cristo.

Por que é fácil deixar Deus de lado por coisas que parecem mais “importantes”? Como podemos combater essa tendência?

Domingo, 09 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.

2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Lealdade suprema: adoração em zona de guerra

Lições da Bíblia1:

“Mas busquem em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas estas coisas lhes serão acrescentadas” (Mt 6:33).

Leituras da semana: Js 5:1-7; Êx 12:6; 1Co 5:7; Js 8:30-35; Dt 8:11, 14; Hb 9:11, 12

Nesta semana, estudaremos alguns momentos importantes durante a conquista da Terra Prometida, nos quais Israel se reconsagrou ao Senhor, às vezes diante de um perigo iminente. Josué tomou a decisão aparentemente irracional de circuncidar os israelitas em território inimigo (Js 5:1-9); celebrar a Páscoa diante de um perigo iminente (Js 5:10-12); construir um altar e adorar o Senhor enquanto a conquista estava a todo vapor (Js 8:30-35); e montar o tabernáculo do Senhor quando sete tribos em Israel ainda não haviam recebido sua herança (Js 18:1, 2).

Em meio à correria da vida, tendemos a focar nas urgências que surgem diariamente. Com frequência, deixamos de lado momentos de qualidade para renovar nosso compromisso com Deus, fazer uma pausa e expressar gratidão por tudo o que Ele tem feito e continua a fazer por nós. O culto matutino e vespertino, assim como o altar da família, parecem fora de lugar em nossa rotina agitada, guiada pela conveniência e pela busca de realizações pessoais. Contudo, no fundo, todos sabemos que os momentos passados com Deus e com nossos entes queridos são o uso mais valioso de nosso tempo limitado.

Sábado, 08 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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O inimigo interno – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 430-435 (“As muralhas de Jericó”).

“O pecado mortal que determinou a ruína de Acã teve suas raízes na cobiça, um dos pecados mais comuns e aos quais as pessoas dão menos importância. […]

“Acã reconheceu sua culpa quando era tarde demais para que a confissão o beneficiasse. […] Tinha ouvido o anúncio de que um grande crime havia sido cometido. E não somente isso: tinha ouvido até mesmo, de forma clara, de que crime se tratava. No entanto, seus lábios permaneceram fechados. Então começou a investigação solene. Ele se encheu de terror ao ver sua tribo ser apontada e, em seguida, sua família e sua casa! Ainda assim não fez confissão alguma até que o dedo de Deus apontou para ele. Então, quando seu pecado já não podia mais ser escondido, admitiu a verdade. Como é frequente esse tipo de confissão! Há uma grande diferença entre admitir fatos depois de terem sido provados e confessar pecados conhecidos unicamente por nós mesmos e Deus. Acã não teria confessado seu crime se não tivesse esperado que isso o isentasse das consequências. Sua confissão serviu apenas para mostrar que o castigo era justo. Seu arrependimento não foi sincero; não houve tristeza pelo pecado, mudança de propósito nem aversão ao mal” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 433-435).

Perguntas para consideração

1. Discuta a importância do décimo mandamento (Êx 20:17) em um mundo dominado por propagandas e consumismo. Como podemos distinguir entre um desejo e uma necessidade, e por que essa distinção é importante?

2. Leia a oração registrada em Daniel 9:4-19. Por que é tão relevante que o profeta, ao confessar os pecados de Israel, tenha se incluído, dizendo: “nós fizemos todas essas coisas ruins”, embora não tenhamos registro de que o próprio Daniel tenha feito o mal?

3. Por que a obediência dos israelitas a todos os “estatutos e juízos” era tão importante para seu testemunho? Esse mesmo princípio se aplica à igreja hoje? Nosso testemunho seria mais eficaz se seguíssemos tudo o que nos foi dado por Deus?

Sexta-feira, 07 de novembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Lições de fé do livro de Josué. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 522, out. nov. dez. 2025. Adulto, Professor.