Restaurando os caídos

Lições da Bíblia.

“Embora Paulo tivesse elevadas expectativas para a natureza da vida cristã (Gl 5:16), seu conselho aos cristãos em Gálatas 6:1 também apresenta a realidade de forma restauradora. Os seres humanos não são perfeitos, e nem mesmo os cristãos mais dedicados são imunes a erros. Em grego, as palavras de Paulo em Gálatas 5:16 indicam que ele estava imaginando uma situação ideal que possivelmente aconteceria na igreja, em algum momento. Mas Paulo deu aos gálatas a orientação prática sobre a maneira de lidar com situações difíceis quando elas surgissem.”

“1. Como os cristãos devem reagir se um irmão cair em algum comportamento pecaminoso? Gl 6:1; Mt 18:15-17.” Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado. (Gál. 6:1). Se teu irmão pecar [contra ti], vai argui-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano.” (Mat. 18:15-17). “Ajudá-lo a se levantar e corrigi-lo, com espírito de brandura, mantendo o sigilo adequado para proteger a reputação do irmão.”

“Para sermos beneficiados pelo conselho de Paulo em Gálatas 6:1, precisamos entender exatamente o tipo de situação que Paulo tinha em mente. A questão girava em torno de duas palavras usadas na primeira metade da frase. A primeira palavra é apanhado (NTLH) ou surpreendido (NVI). Significa literalmente ‘ser descoberto, surpreendido ou pego de surpresa’. O contexto e diferentes nuances associados com essa palavra sugere que Paulo tinha dois aspectos em mente. Não se referia apenas a um cristão que ‘apanha’ um irmão em algum ato de pecado, mas também ao processo pelo qual uma pessoa é ‘surpreendida’ por um comportamento (Pv 5:22) que, na melhor das circunstâncias, ela preferiria evitar.”

“A probabilidade de que a transgressão que Paulo mencionou não fosse deliberada é evidente pela linguagem que ele usou. A palavra traduzida por ‘falta’ (RA) ou ‘pecado’ (NIV), que vem da palavra grega paraptoma, não se referia a um pecado deliberado, mas a um erro, um tropeço, ou um passo em falso. Este último, em particular, faz sentido à luz dos comentários anteriores de Paulo sobre ‘andar’ no Espírito. Embora isso de modo nenhum desculpe o erro da pessoa, torna claro que Paulo não estava lidando com um caso de pecado obstinado (1Co 5:1-5).”

“A resposta adequada em tais circunstâncias não deve ser a punição, condenação ou exclusão, mas a restauração. A palavra grega traduzida como ‘restaurar’ (NVI) ou ‘corrigir’ (RA) é katartizo e significa ‘consertar’ ou ‘pôr em ordem’. No Novo Testamento ela é usada no sentido de ‘consertar’ redes de pesca (Mt 4:21), e descreve o processo de restauração de um osso quebrado, sendo um termo médico na literatura grega. Da mesma forma que não abandonaríamos um irmão cristão que caísse e quebrasse uma perna, como membros do corpo de Cristo, devemos bondosamente cuidar de nossos irmãos e irmãs em Cristo que podem tropeçar e cair, enquanto andamos juntos no caminho para o reino de Deus.”

“Em vez de praticar Mateus 18:15-17, por que tantas vezes falamos mal da pessoa, permitindo que nossa irritação cresça contra ela ou até planejemos uma vingança?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – domingo 18 de dezembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

A lei e o cristão (Gl 3:25)

Lições da Bíblia.

“Muitos têm interpretado o comentário de Paulo em Gálatas 3:25 [‘Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio.’] como uma completa rejeição da lei. No entanto, isso faz pouco sentido à luz dos comentários positivos de Paulo sobre a lei em outros lugares na Bíblia. Então, o que ele quis dizer?”

“Em primeiro lugar, não mais estamos sob a condenação da lei [‘Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado,’ Rm 8:3]. Como cristãos, estamos em Cristo e desfrutamos o privilégio de estar debaixo da graça [‘Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça. E daí? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, e sim da graça? De modo nenhum!’ Rm 6:14-15]. Isso nos dá a liberdade de servir a Cristo sem reservas, sem medo de ser condenados por erros que possamos cometer. No evangelho, a verdadeira liberdade e independência é algo radicalmente diferente de ser dispensado da obediência à lei, como algumas pessoas alegam, ao falar sobre a ‘liberdade’ em Cristo. Mas a desobediência à lei, ao contrário, é pecado, e o pecado pode ser qualquer coisa, exceto liberdade [‘Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado.’ Jo 8:034’].”

“6. Leia Romanos 8:1-3. O que significa não mais ser condenados pela lei? Como essa verdade maravilhosa deve afetar nossa maneira de viver?” Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado,” (Rom. 8:1-3). “A vida, o exemplo e o sacrifício de Cristo condenaram o pecado, livraram o pecador da condenação e tornaram possível a vitória sobre o poder do pecado, em harmonia com a lei.”

“Como resultado de termos sido perdoados por meio de Cristo, nosso relacionamento com a lei passa a ser diferente. Agora somos chamados a viver uma vida agradável a Ele [‘Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, como de nós recebestes, quanto à maneira por que deveis viver e agradar a Deus, e efetivamente estais fazendo, continueis progredindo cada vez mais;’ 1 Tess. 4:1]; Paulo se refere a isso como andar no Espírito [‘Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei.’ Gl. 5:16-18]. Isso não significa que a lei moral não mais seja aplicável; a questão nunca foi essa. Como poderia ser assim, quando vimos tão claramente que é a lei que define o pecado?”

“Em vez disso, visto que a lei é uma cópia do caráter de Deus, pela obediência à lei simplesmente refletimos Seu caráter. Mais do que isso, entretanto, não seguimos apenas um conjunto de regras, mas o exemplo de Jesus, que faz por nós o que a lei nunca poderia fazer: Ele escreve a lei em nosso coração [‘Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.’ Hb 8:10] e torna possível que o preceito da lei se cumpra em nós [a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.’ Rm 8:4]. Ou seja, através de nosso relacionamento com Jesus, temos o poder para obedecer à lei como nunca antes.”

7. Leia Romanos 8:4 e marque a frase mais próxima do pensamento de Paulo:

a) Devemos andar segundo o Espírito, porque não conseguimos andar na lei ( )

b) Tentar obedecer à lei é andar segundo a carne ( )

c) Jesus já obedeceu a lei por nós. Não mais precisamos da lei ( )

d) Pelo poder do Espírito, podemos obedecer a lei e evitar as paixões da carne (x)

“Você tem sido vitorioso na obediência à lei? As mudanças já alcançadas o levaram a esquecer que a salvação deve sempre ter base no que Cristo fez por nós e em nada mais?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quinta-feira 10 de novembro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

A fé promove o pecado?

Lições da Bíblia.

“Uma das principais acusações contra Paulo era a de que seu evangelho da justificação pela fé apenas encorajava as pessoas ao pecado [‘E por que não dizemos, como alguns, caluniosamente, afirmam que o fazemos: Pratiquemos males para que venham bens? A condenação destes é justa.’ (Rom. 3:8). ‘Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?’ (Rom. 6:1)]. Sem dúvida, os acusadores argumentavam que, se as pessoas não têm que cumprir a lei para ser aceitas por Deus, por que devem se preocupar com sua maneira de viver?”

“7. Como Paulo respondeu à acusação de que a doutrina da justificação pela fé apenas encoraja o comportamento pecaminoso?” “Mas se, procurando ser justificados em Cristo, fomos nós mesmos também achados pecadores, dar-se-á o caso de ser Cristo ministro do pecado? Certo que não! Porque, se torno a edificar aquilo que destruí, a mim mesmo me constituo transgressor.” (Gál. 2:17-18). “Na justificação, permitimos que Cristo nos perdoe e transforme, para não mais sermos do pecado.”

“Paulo respondeu às acusações de seus adversários nos termos mais fortes possíveis: ‘De maneira nenhuma!’ (RC). Embora seja possível que uma pessoa caia em pecado após ir a Cristo, a responsabilidade certamente não seria de Cristo. Se transgredimos a lei, nós mesmos somos os transgressores.”

“8. Como Paulo descreveu sua união com Jesus Cristo? Como essa descrição refuta as objeções levantadas por seus adversários?” “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão.” (Gál. 2:19-21). “Vivia com Cristo, permitindo que Ele vivesse em seu coração; pela fé Paulo vivia para Deus, recebendo de Cristo a justiça que ele antes havia buscado na lei.”

“Paulo considerou o raciocínio de seus opositores simplesmente absurdo. Aceitar Cristo pela fé não é algo trivial, não é um jogo de faz de conta celestial, em que Deus considera a pessoa como justa enquanto não há mudança real nenhuma na sua maneira de viver. Ao contrário, aceitar Cristo pela fé é extremamente radical. Envolve uma completa união com Cristo, uma união em Sua morte e ressurreição. Espiritualmente falando, Paulo disse que somos crucificados com Cristo, e morrem nossos velhos caminhos pecaminosos, enraizados no egoísmo (Rm 6:5-14). Fizemos uma ruptura radical com o passado. Todas as coisas são novas [‘E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.’ (2 Cor. 5:17)]. Também fomos ressuscitados para uma vida nova em Cristo. O Cristo ressuscitado vive dentro de nós, nos tornando diariamente mais e mais semelhantes a Ele mesmo. Portanto, a fé em Cristo não é um pretexto para o pecado, mas um chamado para um relacionamento com Cristo, mais profundo e mais rico do que jamais poderia ser encontrado numa religião fundamentada na lei.”

“Como você se relaciona com o conceito de salvação somente pela fé, sem as obras da lei? Você tem medo, pensando que isso pode ser uma desculpa para o pecado, ou você se alegra nele? O que sua resposta diz sobre sua compreensão da salvação?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – quinta-feira 20 de outubro de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Não tragam ofertas inúteis

Lições da Bíblia.

“É fácil esquecer que grande parte do Antigo Testamento, especialmente os escritos dos profetas, foi escrita como repreensões e advertências ao povo da aliança de Deus, os que eram Sua ‘igreja verdadeira’. A maioria dessas pessoas professava seguir o verdadeiro Deus, tinha uma compreensão básica das verdades bíblicas (pelo menos muito mais do que seus vizinhos pagãos), e sabia as coisas certas para dizer e fazer na adoração. No entanto, como fica muito claro para quem lê os profetas, tudo isso estava longe de ser suficiente.”

“Leia Isaías 1:11-15. O que o Senhor, que instituiu todos esses serviços, estava dizendo para eles?” “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? —diz o SENHOR. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue.” (Isa. 1:11-15). “Não há valor nos sacrifícios, ofertas e rituais religiosos associados com pecado e violência.”

“A resposta se encontra, realmente, nos versos seguintes (Is 1:16-18), que, de muitas formas, é semelhante ao que vimos na lição de domingo, sobre Miqueias. Sem dúvida, a igreja é para pecadores, e se tivéssemos que esperar até que fôssemos perfeitos, antes de podermos adorar o Senhor, então nenhum de nós iria adorá-Lo.” Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal. Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas. Vinde, pois, e arrazoemos, diz o SENHOR; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã.” (Isa. 1:16-18)

“Mas não é isso que a Bíblia está dizendo nesse texto, nem em qualquer outra passagem. Ela diz que Deus está mais interessado na nossa maneira de tratar os outros, especialmente os fracos e desamparados entre nós, do que em todos os tipos de rituais religiosos, mesmo os que Ele instituiu.”

“Leia Isaías 58:1-10. O que há de errado com o jejum descrito ali? Como as pessoas deviam jejuar? Que lição podemos tirar desse texto, mesmo que tenhamos o hábito de jejuar?” “[…] Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos a nossa alma, e tu não o levas em conta? Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e rixas e para ferirdes com punho iníquo; […] Chamarias tu a isto jejum e dia aceitável ao SENHOR? Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo? Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desabrigados, e, se vires o nu, o cubras, e não te escondas do teu semelhante? […] então, a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia.” (Isa. 58:3-4,6-7,10). “As pessoas que jejuavam eram egoístas, violentas e exploravam os pobres; o jejum verdadeiro parte de um coração puro, interessado no bem dos outros.”

“O jejum é uma forma de autonegação da qual Jesus tinha muito a dizer. Mas alguns tipos de jejum são apenas uma exibição inútil. São um sintoma da hipocrisia, que cobiça os privilégios da obediência, enquanto detesta suas responsabilidades. A abnegação, motivada pelo amor a Deus, serve aos que estão em necessidade. […]”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – terça-feira 23 de agosto de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

O chamado de Isaías

Lições da Bíblia.

“Enquanto Oseias, Amós e Miqueias estavam advertindo Israel quanto ao perigo iminente, Judá parecia estar prosperando sob o reinado de vários bons reis. O rei Uzias (também conhecido como Azarias) era conhecido e respeitado entre as nações por sua sábia liderança e realizações (2Cr 26:1-15). Mas, como muitas vezes acontece, seu sucesso se tornou sua ruína. A humildade foi substituída pelo orgulho e a devoção, pela presunção (2Cr 26:16-21).”

“O povo de Judá também parecia estar prosperando espiritualmente. Muitos compareciam aos rituais do templo, o que revelava fervor religioso. No entanto, muitos dos mesmos males que afligiam o povo de Israel estavam corrompendo rapidamente o reino de Judá. Foi nesse tempo que o Senhor chamou Isaías para uma obra especial.”

“Leia Isaías 6:1-8. Por que você acha que Isaías respondeu conforme a descrição do texto (v. 5), ao ter uma visão do Senhor? Porque percebeu sua pecaminosidade, em contraste com a glória de Deus. Que importante verdade ‘teológica’ é revelada ali? A condição pecaminosa da raça humana e a necessidade que temos da graça e misericórdia de Deus.” “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isa. 6:1-8).

“Tente imaginar a reação desesperada de Isaías diante dessa revelação da glória de Deus. De repente, ele viu os próprios pecados e os pecados do povo se destacando, em contraste com a pureza imaculada e a majestosa santidade do Deus todo-poderoso. Não é de admirar que ele tenha reagido dessa maneira! É difícil imaginar alguém fazendo algo diferente.”

“Nesse episódio, é revelada uma verdade essencial e fundamental sobre a condição da humanidade, especialmente em contraste com a santidade e glória de Deus. Vemos uma atitude de arrependimento, disposição para reconhecer a própria pecaminosidade e o senso da própria necessidade de graça.”

“Como seriam nossos cultos se levassem os adoradores ao senso de que eles estão na presença do nosso santo Deus, o que, por sua vez, os tornaria profundamente conscientes de sua própria pecaminosidade e necessidade de Sua graça salvadora e poder purificador? Imagine se a música, a liturgia, a oração e a pregação trabalhassem juntas, de modo que, a cada momento, nos conduzissem à fé, ao arrependimento, à pureza, e à disposição de clamar: ‘Eis-me aqui. Envia-me!’ É isso que a adoração deve fazer.”

“Imagine que você estivesse na presença física de Jesus. Qual seria sua reação? O que você diria? O que faria? E quanto à Sua promessa em Mateus 28:20 (‘ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século,’)? O que essa promessa significa para nós, na prática?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – segunda-feira 22 de agosto de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Entre Saul e Davi

Lições da Bíblia.

A bíblia revela algumas aspectos significativos da vida de Davi antes de tornar-se rei. “Foi ungido pelo Espírito Santo; confiava em Deus; era corajoso; temia a Deus; era leal; recebia comunicação direta do Senhor.” “Assim, fez passar Jessé os seus sete filhos diante de Samuel; porém Samuel disse a Jessé: O SENHOR não escolheu estes. Perguntou Samuel a Jessé: Acabaram-se os teus filhos? Ele respondeu: Ainda falta o mais moço, que está apascentando as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Manda chamá-lo, pois não nos assentaremos à mesa sem que ele venha. Então, mandou chamá-lo e fê-lo entrar. Era ele ruivo, de belos olhos e boa aparência. Disse o SENHOR: Levanta-te e unge-o, pois este é ele.” (1 Sam. 16:10-12). “Davi, porém, disse ao filisteu: Tu vens contra mim com espada, e com lança, e com escudo; eu, porém, vou contra ti em nome do SENHOR dos Exércitos, o Deus dos exércitos de Israel, a quem tens afrontado. Hoje mesmo, o SENHOR te entregará nas minhas mãos; ferir-te-ei, tirar-te-ei a cabeça e os cadáveres do arraial dos filisteus darei, hoje mesmo, às aves dos céus e às bestas-feras da terra; e toda a terra saberá que há Deus em Israel. Saberá toda esta multidão que o SENHOR salva, não com espada, nem com lança; porque do SENHOR é a guerra, e ele vos entregará nas nossas mãos.” (1 Sam. 17:45-47). “Davi lograva bom êxito em todos os seus empreendimentos, pois o SENHOR era com ele.” (1 Sam. 18:14). “Davi, porém, respondeu a Abisai: Não o mates, pois quem haverá que estenda a mão contra o ungido do SENHOR e fique inocente? (1 Sam. 26:9). “Disse Davi a Abiatar, o sacerdote, filho de Aimeleque: Traze-me aqui a estola sacerdotal. E Abiatar a trouxe a Davi. Então, consultou Davi ao SENHOR, dizendo: Perseguirei eu o bando? Alcançá-lo-ei? Respondeu-lhe o SENHOR: Persegue-o, porque, de fato, o alcançarás e tudo libertarás.” (1 Sam. 30:7-8).

“Deus escolheu Saul como o primeiro rei de Israel, porque ele tinha as características que o povo havia requerido. Mas, quando Deus escolheu Davi para ser o rei de Israel, Ele lembrou a Samuel que o Senhor olha para o coração (1Sm 16:7). Davi estava longe de ser perfeito. De fato, alguns poderiam argumentar que as últimas falhas morais de Davi foram muito mais graves do que os pecados de Saul. No entanto, o Senhor rejeitou Saul, mas perdoou os piores erros de Davi, permitindo que ele continuasse sendo rei. O que fez a diferença?”

Há um conceito fundamental para a fé expresso por Davi: “Esconder os pecados acaba com a paz e a saúde; quando abrimos o coração em arrependimento e confissão, Deus perdoa e cura.” Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniquidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniquidade do meu pecado. (Sal. 32:3-5). Eis que te comprazes na verdade no íntimo e no recôndito me fazes conhecer a sabedoria.” (Sal. 51:6).

“Deus trata das questões do coração. Ele não apenas lê os sentimentos, o centro do pensamento, atitudes íntimas e motivos, mas pode tocar e mudar os corações abertos à Sua influência. O coração de Davi se rendeu à convicção do pecado. Ele se arrependeu e aceitou pacientemente as consequências de seus pecados. Em contraste com Davi, ficou claro que o coração de Saul não foi entregue ao Senhor, não importando as confissões exteriores que ele tivesse feito. ‘Contudo, tendo o Senhor posto sobre Saul a responsabilidade do reino, não o deixou entregue a si mesmo. Fez com que o Espírito Santo repousasse sobre Saul para revelar-lhe suas fraquezas, e sua necessidade de graça divina; e, se Saul tivesse depositado confiança em Deus, o Senhor teria estado com ele. Enquanto sua vontade foi dirigida pela vontade de Deus, enquanto se entregou à disciplina de Seu Espírito, Deus pôde coroar de êxito seus esforços. Mas, quando Saul preferiu agir independentemente de Deus, o Senhor não mais pôde ser seu guia, e foi obrigado a pô-lo de parte’ (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 636). Pense nisto: O que se passa dentro do seu coração é diferente do que as pessoas veem em sua vida exterior? O que sua resposta diz sobre você?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – domingo 31 de julho de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Liberdade da escravidão

Lições da Bíblia.

“Como já vimos, o sábado aponta não apenas para a criação, um importante assunto da adoração, mas também para a redenção. Deuteronômio 5:15 nos diz: ‘porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o Senhor, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido; pelo que o Senhor, teu Deus, te ordenou que guardasses o dia de sábado’. Estas palavras são refletidas no tema fundamental da mensagem do primeiro anjo: redenção e salvação. Essa redenção é simbolizada por aquilo que o Senhor fez pelos filhos de Israel por ocasião do Êxodo. Nenhum deus do Egito teve poder para impedir que a nação de escravos escapasse de seu cativeiro. Somente o Deus de Israel, que Se revelou em milagres poderosos e que Se apresentou com glória majestosa e ofuscante, foi capaz de libertá-los com ‘mão poderosa’ e ‘braço estendido’ (Dt 5:15). Deus queria que eles se lembrassem de que ‘o Senhor é Deus; nenhum outro há, senão Ele’ (Dt 4:35). Então, Ele lhes deu o dia de sábado para ser um constante lembrete de Sua grande libertação da escravidão egípcia e uma lembrança da escravidão espiritual da qual Cristo nos libertou.”

O texto de Romanos 6:16-23, nos oferece algumas promessas que se relacionam com o que o Senhor fez por Israel no Egito. “Os que se entregam a Deus deixam de ser escravos do pecado, se tornam servos da justiça e seguem no caminho da vida eterna.” “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça? Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues; e, uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Falo como homem, por causa da fraqueza da vossa carne. Assim como oferecestes os vossos membros para a escravidão da impureza e da maldade para a maldade, assim oferecei, agora, os vossos membros para servirem à justiça para a santificação. Porque, quando éreis escravos do pecado, estáveis isentos em relação à justiça. Naquele tempo, que resultados colhestes? Somente as coisas de que, agora, vos envergonhais; porque o fim delas é morte. Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Rom. 6:16-23).

“O Novo Testamento ensina claramente que a escravidão do pecado exige um poderoso Salvador, assim como ocorreu no cativeiro egípcio do antigo Israel. Foi isso que os filhos de Israel tiveram em seu Senhor, e é isso que nós, cristãos de hoje temos, porque o Deus que os livrou da sua escravidão é o mesmo que nos livra da nossa.”

“Se já necessitamos de uma razão para adorar o Senhor, a libertação da escravidão, que Ele conquistou para nós, não seria um bom motivo? Os filhos de Israel cantaram um grandioso cântico, depois de terem sido libertados (Êx 15). Assim, para nós, a experiência de adoração no sábado deve ser uma celebração da graça de Deus, que nos liberta não somente da penalidade legal do pecado (que caiu sobre Jesus, em nosso favor), mas do poder do pecado para nos escravizar.”

“O que significa não mais ser escravos do pecado? Significa que não somos pecaminosos, ou que não pecamos mais, às vezes? E, mais importante, como você pode aprender a clamar as promessas de libertação que o evangelho nos oferece, e torná-las reais?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – terça-feira 12 de julho de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

Adoração no Éden

Lições da Bíblia.

“O capítulo 1 de Gênesis registra a história de Adão e Eva em seu novo lar. O Criador do Universo havia acabado de planejar e formar um belo planeta novo, coroando Sua obra com a criação da primeira família. O mundo saiu perfeito de Suas mãos; em sua própria maneira, a Terra deve ter sido uma extensão do Céu.”

“Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército. E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador, fizera.” (Gên. 2:1-3). “Em Gênesis 2:1-3 outro elemento é acrescentado: a separação e santificação do sétimo dia, ato ligado diretamente à Sua obra de criação dos céus e da Terra, ato que constitui a base do quarto mandamento, que reserva um dia para adorar de modo especial. Embora as Escrituras não digam, é possível imaginar o tipo de adoração que esses seres imaculados, na perfeição da criação, dedicavam ao Criador, que havia feito tanto por eles (mal sabiam eles, naquele momento, o quanto Ele acabaria fazendo realmente em seu favor!).”

Gênesis 3:1-13 mostra algumas mudanças que ocorreram no relacionamento de Adão com o Criador. “Mas a serpente, mais sagaz que todos os animais selváticos que o SENHOR Deus tinha feito, disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu-lhe a mulher: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Dele não comereis, nem tocareis nele, para que não morrais. Então, a serpente disse à mulher: É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos e árvore desejável para dar entendimento, tomou-lhe do fruto e comeu e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus ao homem e lhe perguntou: Onde estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo, e me escondi. Perguntou-lhe Deus: Quem te fez saber que estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi. Disse o SENHOR Deus à mulher: Que é isso que fizeste? Respondeu a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. (Gên. 3:1-13)” (Gên. 2:1-3). O texto revela que Adão: “Escondeu-se, ficou com medo e vergonha. Colocou a culpa em Eva. O pecado quebrou o relacionamento com Deus.”.

“Depois da queda, apareceu uma série de elementos que certamente não existiam antes. Da mesma forma, em um momento de desobediência, foi alterado todo o tecido moral desses seres. Em lugar do amor, confiança e adoração, o coração deles se encheu de medo, culpa e vergonha. Em vez de desejar a santa presença de Deus, eles se esconderam. O pecado quebrou seu relacionamento com Deus, que certamente afetava a maneira pela qual eles O adoravam. A estreita e íntima comunhão com Deus da qual haviam desfrutado (Gn 3:8), agora teria outra forma. Na verdade, quando Deus Se aproximou, eles se ‘esconderam’ de Sua presença. Sentiam tanta vergonha, culpa e medo, que fugiram daquele que os havia criado. Que imagem forte do que o pecado produziu e ainda produz em nós!”

“Pense em momentos de sua vida em que alguma experiência, talvez algum pecado, tenha feito você sentir culpa, vergonha e desejo de se esconder de Deus. Como isso afetou seus hábitos de oração? Isso afetou sua capacidade de adorá-Lo de todo o coração? Não é um sentimento agradável, não é mesmo?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – domingo 26 de junho de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF