Parábolas – Estudo adicional

Lições da Bíblia1:

Leia, de Ellen G. White, Parábolas de Jesus, p. 12-30 (“O semeador”).

“Verdadeira santidade é integridade no serviço de Deus. Essa é a condição da verdadeira vida cristã. Cristo requer a entrega sem reservas, o serviço não dividido. Exige o coração, a mente, o intelecto e as forças. O eu não deve ser acariciado. Quem vive para si mesmo não é cristão.

“O amor precisa ser o motivo da ação. O amor é o princípio básico do governo de Deus no Céu e na Terra e deve ser o fundamento do caráter cristão. Unicamente isso pode torná-lo e mantê-lo inabalável, e habilitá-lo a resistir às provas e tentações.

“O amor será revelado no sacrifício. O plano da salvação foi firmado em sacrifício: um sacrifício tão profundo, amplo e alto, que é incomensurável. Cristo entregou tudo por nós, e aqueles que O aceitam estarão prontos para sacrificar tudo pela causa de seu Redentor. O pensamento de Sua honra e glória terá precedência sobre todas as outras coisas” (Ellen G. White, Parábolas de Jesus [CPB, 2022], p. 21, 22).

Perguntas para consideração

A cruz revela o amor em ação. Como podemos refletir esse amor em nossa vida?

Na cruz, Jesus morreu por todos (1Jo 2:2). Será que ele contaria parábolas para deixar no escuro essas pessoas pelas quais Ele morreu?

Uma lamparina deve ficar em um pedestal, não debaixo de um cesto (Mc 4:21). Como a luz de sua igreja pode brilhar ainda mais na comunidade local?

Analise a parábola da semente (Mc 4:26-29). Qual é nosso papel no crescimento da semente do evangelho, e qual é o papel de Deus? Embora desempenhemos um papel, como ter certeza de que somos totalmente dependentes de Deus? Será que essa atitude de total dependência não é parte do que precisamos fazer para crescer?

Sexta-feira, 26 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.

A parábola da semente que cresce

Lições da Bíblia1:

7. Leia Marcos 4:26-29. Qual é o foco principal dessa parábola?

Marcos 4:26-29 (NAA)2: “26 Jesus disse ainda: — O Reino de Deus é como um homem que lança a semente na terra. 27 Ele dorme e acorda, de noite e de dia, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. 28 A terra por si mesma frutifica: primeiro aparece a planta, depois, a espiga, e, por fim, o grão cheio na espiga. 29 E, quando o fruto já está maduro, logo manda cortar com a foice, porque chegou a colheita.”

A maior parte do evangelho de Marcos tem paralelos com Mateus, Lucas ou ambos. Mas essa parábola é exclusiva de Marcos. O foco dessa breve parábola é o processo de crescimento. Jesus indica que é assim que o Reino de Deus funciona. Os seres humanos têm um papel a desempenhar, mas o crescimento é obra de Deus. Contudo, o processo tem fim. A história termina de modo abrupto, com o amadurecimento do grão. De igual forma, a volta de Cristo trará um fim repentino à história do mundo.

8. Qual é a ênfase da parábola do grão de mostarda? Mc 4:30-32

Mc 4:30-32 (NAA)2: “30 Disse mais: — Com que poderemos comparar o Reino de Deus? Ou com que parábola o apresentaremos? 31 Ele é como um grão de mostarda, que, quando semeado, é a menor de todas as sementes sobre a terra; 32 mas, uma vez semeada, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças; cria ramos tão grandes, que as aves do céu podem se aninhar à sua sombra.”

Essa parábola enfatiza que alguma coisa muito pequena pode se transformar em algo muito grande. As sementes de mostarda geralmente têm de 1 a 2 milímetros de diâmetro. A planta descrita nesse texto provavelmente é a mostarda preta (cujo nome científico é Brassica nigra), que possui sementes minúsculas (são necessárias mais de 700 sementes para chegar a um grama). Embora não sejam as menores sementes do mundo, elas são bem pequenas, especialmente em comparação com a planta que produzem, que pode crescer até 3 metros de altura. Jesus observou que as aves chegam a fazer ninhos nos ramos da planta da mostarda. Essa última referência é uma alusão ao Salmo 104:12 e a Daniel 4:10-12. O Salmo 104 fala do poder de Deus manifestado na criação, e Daniel 4 mostra o sonho de Nabucodonosor em que ele é simbolizado como uma grande árvore debaixo da qual todos encontram sombra e alimento.

Jesus ensinou que o Reino de Deus, que começou muito pequeno, se tornará grande e impressionante. As pessoas de Sua época podem ter menosprezado o pregador itinerante da Galileia, que andava pelas ruas empoeiradas com Seu grupo de discípulos, mas com o tempo Seu reino de graça se expandiu em todo o mundo.

Leia Mateus 24:14 [“E será pregado este evangelho do Reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim.”]. Considere como era a “igreja” quando Jesus fez essa predição. Por que essa é uma previsão tão notável e capaz de fortalecer nossa fé?

Quinta-feira, 25 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

O objetivo das parábolas

Lições da Bíblia1:

Uma leitura superficial desses versos dá a impressão de que Jesus ensinava por parábolas para que os que estivessem fora de Seu grupo não as compreendessem. Mas essa perspectiva não se encaixa com as ações de Jesus no evangelho. Em Marcos 3:5 e 6, Jesus Se entristeceu com a dureza dos líderes. Em Marcos 3:22 a 30, Ele levou a sério o que os escribas disseram e explicou por que eles estavam errados. Em Marcos 12:1 a 12, os líderes compreenderam que a parábola dos lavradores maus se referia a eles. Na verdade, era uma advertência sobre o desfecho da conspiração deles contra Jesus e as terríveis consequências que isso teria. Se Ele não Se preocupasse com as pessoas, não as advertiria. Vamos analisar de modo mais atento as palavras de Jesus para entender o que Ele quis dizer. Ele estava parafraseando Isaías 6:9 e 10.

4. O que ocorreu com Isaías? O que ele devia anunciar a Israel? Is 6:1-13

Is 6:1-13 (NAA)2: “1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. 2 Serafins estavam por cima dele. Cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: ‘Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.’ 4 Os umbrais das portas se moveram com a voz do que clamava, e o templo se encheu de fumaça. 5 Então eu disse: — Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio de um povo de lábios impuros; e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos! 6 Então um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que havia tirado do altar com uma pinça. 7 Com a brasa tocou a minha boca e disse: — Eis que esta brasa tocou os seus lábios. A sua iniquidade foi tirada, e o seu pecado, perdoado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: — A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Eu respondi: — Eis-me aqui, envia-me a mim. 9 Então ele disse: — Vá e diga a este povo: ‘Ouçam; ouçam, mas sem entender. Vejam; vejam, mas sem perceber.’ 10 Torne insensível o coração deste povo, endureça-lhes os ouvidos e feche os olhos deles, para que não venham a ver com os olhos, ouvir com os ouvidos e entender com o coração, e se convertam, e sejam curados. 11 Então eu perguntei: ‘Até quando, Senhor?’ Ele respondeu: ‘Até que as cidades estejam em ruínas e fiquem sem habitantes, as casas fiquem sem moradores e a terra esteja em ruínas e devastada, 12 e o Senhor afaste dela o povo, e no meio da terra sejam muitos os lugares abandonados. 13 Mas, se ainda ficar a décima parte dela, tornará a ser destruída. Como o terebinto e como o carvalho, dos quais, depois de derrubados, ainda fica o toco, assim a santa semente será o seu toco.’”

Isaías teve uma visão de Deus e se viu esmagado pela glória do Senhor e por sua própria impureza. O Pai então o purificou e o encarregou de transmitir uma mensagem alarmante. Assim como em Marcos, esse texto parece estar fora de sintonia com grande parte de Isaías, com sua ênfase no conforto para o povo de Deus.

Em Isaías 6, a mensagem destina-se a chocar o povo, despertando Israel para que se afaste do mal. A chave para compreender as palavras de Jesus é encontrada em Marcos 3:35. Para compreender os ensinos de Jesus, é necessário fazer a vontade de Deus. É isso que nos torna membros da família de Jesus. Por outro lado, os que tinham concluído que Jesus estava possuído por demônios não ouviriam Suas palavras.

O objetivo de Jesus ao citar Isaías 6 não era dizer que Deus estava rejeitando as pessoas, mas que as ideias preconcebidas e a dureza delas as impediam de aceitar a verdade que salva, a qual atravessa a parábola do semeador. Cada um escolhe que tipo de solo deseja ser. Todos precisam decidir se vão ou não se render a Jesus.

Terça-feira, 23 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A interpretação de Jesus

Lições da Bíblia1:

Jesus não explicou a parábola imediatamente. Ele falou a uma multidão (Mc 4:1). Mais tarde, com um grupo menor, explicou o que a parábola significa (Mc 4:10).

2. Leia Marcos 4:13-20. Como Jesus interpretou a parábola do semeador?

Marcos 4:13-20 (NAA): “13 Então Jesus lhes perguntou: — Se vocês não entendem esta parábola, como compreenderão todas as outras? 14 O semeador semeia a palavra. 15 Estes são os da beira do caminho, onde a palavra é semeada: quando a ouvem, logo Satanás vem e tira a palavra semeada neles. 16 E estes são os semeados em solo rochoso, os quais, ouvindo a palavra, logo a recebem com alegria. 17 Mas eles não têm raiz em si mesmos, sendo de pouca duração. Quando chega a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandalizam. 18 Os outros, os semeados entre os espinhos, são os que ouvem a palavra, 19 mas as preocupações deste mundo, a fascinação da riqueza e outras ambições aparecem e sufocam a palavra, e ela fica infrutífera. 20 Os que foram semeados em boa terra são aqueles que ouvem a palavra e a recebem, frutificando a trinta, a sessenta e a cem por um.

Jesus interpretou a parábola identificando os itens externos à história representados pelos vários detalhes mencionados. A interpretação indica que a história é uma espécie de alegoria que faz algumas referências ao mundo real, mas isso não significa necessariamente que cada detalhe possui um significado.

Jesus identificou a semente como a Palavra (Mc 4:14), pregada por Ele próprio. Tiago 1:21 exorta: “Deixando toda impureza e acúmulo de maldade, acolham com mansidão a palavra implantada em vocês, a qual é poderosa para salvá-los.”

Os diferentes solos representam diferentes ouvintes. Todos ouvem a Palavra; isto é, todos os solos têm sementes plantadas neles. Mas a recepção é diferente. O solo à beira do caminho é duro, e os pássaros levam a semente embora, ou seja, Satanás tira a verdade do coração. O solo rochoso tem pouca profundidade, o que sugere pessoas que têm compromissos superficiais e não calculam o custo do discipulado. O solo cheio de espinhos sufoca a semente nele plantada, o que representa as preocupações da vida e as riquezas que sufocam a Palavra. Mas a boa terra representa os que ouvem a Palavra e a recebem, os quais crescem e produzem uma colheita abundante.

As explicações mais longas se referem ao solo rochoso e ao solo com espinhos. Ao descrever os ouvintes ligados ao solo rochoso, Jesus aponta para elementos em contraste: eles recebem a Palavra com alegria, mas são discípulos temporários. Quando vem a perseguição, eles se afastam. Os ouvintes relacionados aos espinhos são o oposto: eles não se desviam por causa dos tempos difíceis, mas por causa dos bons tempos – o foco deles está nas coisas que o mundo oferece, não no Reino de Deus.

Alguma característica da beira do caminho, do solo rochoso ou do solo coberto de espinhos faz parte de sua experiência? Isso acontece de forma mais sutil do que imaginamos. O que você pode fazer para mudar essa realidade, caso seja necessário?

Segunda-feira, 22 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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A parábola do semeador

Lições da Bíblia1:

1. Leia Marcos 4:1-9. Como eram os diferentes solos e o que aconteceu com a semente que caiu em cada um deles?

Marcos 4:1-9 (NAA)2: “1 Jesus começou a ensinar outra vez à beira-mar. E uma numerosa multidão se reuniu em volta dele, de modo que entrou num barco, onde se assentou, afastando-se da praia. E todo o povo estava à beira-mar, na praia. 2 Assim, ensinava-lhes muitas coisas por parábolas e, durante o seu ensino, dizia: 3 — Escutem! Eis que o semeador saiu a semear. 4 E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. 5 Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. 6 Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. 7 Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. 8 Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto; a semente brotou, cresceu e produziu a trinta, a sessenta e a cem por um. 9 E Jesus acrescentou: — Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.”

Muitas vezes, quando as pessoas leem as parábolas de Jesus, elas vão direto para a interpretação que Jesus apresentou. Afinal, não é esse o objetivo de tais histórias: ensinar verdades espirituais para a vida? Sim, mas algumas vezes Jesus não explicou determinadas parábolas, exceto em breves observações como “O reino de Deus é como […]” ou “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”.

Por isso, em vez de nos apressarmos, é melhor simplesmente analisar a história em si, a fim de captar a direção para a qual apontam suas várias características narrativas. Fazer isso com a parábola do semeador traz à luz vários conceitos. Em todos os casos, a semente é a mesma, mas cai em quatro tipos diferentes de solo, que influenciam bastante no destino da semente. Em vez de uma história contínua, a parábola é formada por quatro histórias contadas até o desfecho de cada cenário. O período de tempo envolvido aumenta a cada história sucessiva.

As sementes que caíram à beira do caminho foram imediatamente comidas pelos pássaros (Mc 4:4). As sementes que caíram em solo rochoso levaram dias ou talvez semanas para alcançar seu resultado malsucedido, quando foram queimadas pelo sol.

As sementes que caíram no solo cheio de espinhos demoraram ainda mais para chegar ao seu fim completamente improdutivo, sufocadas pelas ervas daninhas. As sementes que caíram em boa terra levaram mais tempo, talvez uma estação de crescimento inteira, como geralmente acontece em uma colheita.

Três das histórias falam de fracasso; apenas a última trata de sucesso, de uma colheita boa e abundante. O tamanho das histórias, o período de tempo cada vez mais longo de cada uma e o fato de que apenas uma tem um final bem-sucedido – tudo isso aponta para o risco de fracasso, mas também para o resultado de abundância e sucesso.

A parábola do semeador parece apontar para o custo do discipulado e os riscos envolvidos nele, mas também para a recompensa satisfatória de seguir a Jesus.

Que outras lições espirituais podemos aprender com a natureza?

Dopmingo, 21 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Parábolas

Lições da Bíblia1:

“Então lhes disse: – Prestem bem atenção no que vocês ouvem. Com a medida com que tiverem medido vocês serão medidos, e mais ainda lhes será acrescentado. Pois ao que tem, mais será dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mc 4:24, 25).

O estudo desta semana trata das parábolas de Marcos 4. Entre os evangelhos sinóticos (Mateus, Marcos e Lucas), Marcos é o que contém o menor número de parábolas.

Há bastante tempo os estudiosos discutem sobre o significado e a interpretação das parábolas de Jesus: como interpretá-las, o que significam, por que Jesus as usou, que tipo de lições Ele pretendia ensinar, quão literalmente devem ser interpretadas (ou se elas são totalmente simbólicas) e assim por diante.

Obviamente, não vamos resolver todas essas questões na lição desta semana. Em vez disso, vamos examiná-las e, pela graça de Deus, compreenderemos as ideias mais importantes que Jesus destacou por meio das parábolas.

Marcos 4 apresenta apenas cinco parábolas: o semeador, a lamparina, a medida, a semente e o grão de mostarda. A maior parte do capítulo gira em torno da parábola do semeador, a primeira a ser contada. Em seguida, é apresentado o motivo pelo qual Jesus usava parábolas. Depois, vem a interpretação da parábola. Esse padrão de três etapas será o foco do estudo de domingo, segunda e terça. Em seguida, as outras parábolas serão objeto de nosso estudo na quarta e na quinta.

Sábado, 20 de julho de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O Evangelho de Marcos. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 517, jul. ago. set. 2024. Adulto, Professor.

A herança criativa de Cristo

Lições da Bíblia.

“Após a conclusão do registro do ministério de Cristo, a narração de parábolas parece ter desaparecido das Escrituras. O que explica esse fenômeno? Certamente, o maior segmento do restante do Novo Testamento está centralizado em Paulo. […] Embora ele não use histórias da mesma forma que Jesus usou, Paulo ainda fez considerável uso de metáforas, comparações e outros recursos criativos (Rm 7:1-6; 1Co 3:10-15; 2Co 5:1-10). Outros escritores do Novo Testamento demonstram até certo ponto maior afinidade com o uso das parábolas. Tiago, irmão de Jesus, escreveu: ‘Suponham que na reunião de vocês entre um homem com anel de ouro’ (Tg 2:2, NVI), para começar uma lição narrativa. No entanto, nem o irmão de Cristo nem qualquer outro discípulo utilizaram histórias de maneira tão extensiva quanto Cristo.”1

“6. Escolha duas passagens entre os textos a seguir e identifique as metáforas em cada um deles. Quais são as mensagens contidas nesses versos? Que figuras são utilizadas para transmitir a mensagem? At 10:9-16; Tg 3:3-12; Ap 12:7-17; 18:9-20; 19:11-16” 1

“No dia seguinte, indo eles de caminho e estando já perto da cidade, subiu Pedro ao eirado, por volta da hora sexta, a fim de orar. Estando com fome, quis comer; mas, enquanto lhe preparavam a comida, sobreveio-lhe um êxtase; então, viu o céu aberto e descendo um objeto como se fosse um grande lençol, o qual era baixado à terra pelas quatro pontas, contendo toda sorte de quadrúpedes, répteis da terra e aves do céu. E ouviu-se uma voz que se dirigia a ele: Levanta-te, Pedro! Mata e come. Mas Pedro replicou: De modo nenhum, Senhor! Porque jamais comi coisa alguma comum e imunda. Segunda vez, a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não consideres comum. Sucedeu isto por três vezes, e, logo, aquele objeto foi recolhido ao céu. (Atos 10:9-16 RA)2; Nesse texto de atos, Deus ordenou a Pedro que comesse carne imunda, algo inaceitável para um judeu, uma violação das instruções dadas pelo próprio Deus. No entanto, significava que a mensagem do Evangelho deveria ser pregada aos gentios, que Deus não faz distinção de raça e que a todos é dada a oportunidade de salvação.

“Ora, se pomos freio na boca dos cavalos, para nos obedecerem, também lhes dirigimos o corpo inteiro. Observai, igualmente, os navios que, sendo tão grandes e batidos de rijos ventos, por um pequeníssimo leme são dirigidos para onde queira o impulso do timoneiro. Assim, também a língua, pequeno órgão, se gaba de grandes coisas. Vede como uma fagulha põe em brasas tão grande selva! Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim. Acaso, pode a fonte jorrar do mesmo lugar o que é doce e o que é amargoso? Acaso, meus irmãos, pode a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Tampouco fonte de água salgada pode dar água doce.” (Tiago 3:3-12 RA)2. Na mensagem de Tiago, as metáforas são o freio que controla os cavalos, o leme que manobra os navios, a centelha que põe fogo na floresta, o veneno mortífero, todas elas simbolizando o poder da língua humana. Esta só pode ser domada pelo Espírito Santo.

“Seja qual for a forma de expressão, o princípio permanece o mesmo: metáforas, símiles, parábolas, alegorias e outros exemplos de linguagem criativa nos permitem a comunicação de modo compreensível.”1

“A experiência do apóstolo Paulo ao defrontar-se com os filósofos de Atenas encerra uma lição para nós. Ao apresentar o evangelho no Areópago, Paulo enfrentou a lógica com a lógica, ciência com ciência, filosofia com filosofia. Os mais sábios de seus ouvintes ficaram atônitos e emudecidos. Suas palavras não podiam ser controvertidas. Pouco fruto, porém, produziu seu esforço. Poucos foram levados a aceitar o evangelho. Daí em diante Paulo adotou uma diversa maneira de trabalhar. Evitava os argumentos elaborados e as discussões de teorias e, em simplicidade, encaminhava homens e mulheres a Cristo como o Salvador dos pecadores.”3

Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Discipulado. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 475, Jan. Fev. Mar. 2013. Adulto, Professor, p. 21

2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

3 WHITE, Ellen Gould. A ciência do bom viver. Tradução de Carlos Alberto Trezza. 10. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2004. p. 214

A guerra do Revolucionário

Lições da Bíblia.

“O ministério de Cristo foi revolucionário, mas sem as armas comuns. Seus instrumentos eram infinitamente mais poderosos do que espadas ou facas. Palavras que transformavam a vida, muitas vezes expressas por meio de parábolas e metáforas, eram Suas armas ‘não tão secretas’ na luta contra o mal.”1

“5. Leia Mateus 21:28-32 e Lucas 14:16-24; 20:9-19. Quais são as lições dessas parábolas? Embora as parábolas fossem frequentemente dirigidas a pessoas específicas, que princípios se aplicam a nós?”1 “E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus. Porque João veio a vós outros no caminho da justiça, e não acreditastes nele; ao passo que publicanos e meretrizes creram. Vós, porém, mesmo vendo isto, não vos arrependestes, afinal, para acreditardes nele.” (Mateus 21:28-32 RA)2; “Ele, porém, respondeu: Certo homem deu uma grande ceia e convidou muitos. À hora da ceia, enviou o seu servo para avisar aos convidados: Vinde, porque tudo já está preparado. Não obstante, todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado. E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir. Voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa. Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia.” (Lucas 14:16-24 RA)2; “A seguir, passou Jesus a proferir ao povo esta parábola: Certo homem plantou uma vinha, arrendou-a a lavradores e ausentou-se do país por prazo considerável. No devido tempo, mandou um servo aos lavradores para que lhe dessem do fruto da vinha; os lavradores, porém, depois de o espancarem, o despacharam vazio. Em vista disso, enviou-lhes outro servo; mas eles também a este espancaram e, depois de o ultrajarem, o despacharam vazio. Mandou ainda um terceiro; também a este, depois de o ferirem, expulsaram. Então, disse o dono da vinha: Que farei? Enviarei o meu filho amado; talvez o respeitem. Vendo-o, porém, os lavradores, arrazoavam entre si, dizendo: Este é o herdeiro; matemo-lo, para que a herança venha a ser nossa. E, lançando-o fora da vinha, o mataram. Que lhes fará, pois, o dono da vinha? Virá, exterminará aqueles lavradores e passará a vinha a outros. Ao ouvirem isto, disseram: Tal não aconteça! Mas Jesus, fitando-os, disse: Que quer dizer, pois, o que está escrito: A pedra que os construtores rejeitaram, esta veio a ser a principal pedra, angular? Todo o que cair sobre esta pedra ficará em pedaços; e aquele sobre quem ela cair ficará reduzido a pó. Naquela mesma hora, os escribas e os principais sacerdotes procuravam lançar-lhe as mãos, pois perceberam que, em referência a eles, dissera esta parábola; mas temiam o povo.” (Lucas 20:9-19 RA)2. Somos muito abençoados por Deus, toda luz que recebemos deve ser compartilhada com o nosso semelhante, os frutos que produzimos deve representar a nossa nova natureza redimida pelo Senhor, caso contrário seremos semelhantes a religiosos hipócritas que se deixam corromper pelas riquezas e relacionamentos humanos. Como descrito nas parábolas, os pobres e desvalidos são mais receptivos as boas novas de salvação por ser esta sua única esperança. Em sua misericórdia Deus chama a todos e até arrasta aqueles relutantes para usufruir das benções de seu reino.

“Como os lavradores da parábola, podemos até não perceber as implicações do que estamos fazendo. No fim, a ignorância deles não os desculpou no dia do julgamento. Da mesma forma, a ignorância não nos servirá como desculpa.”1

“O filho que por algum tempo negou obedecer ao mandado do pai não foi condenado por Cristo; mas, tampouco foi louvado. A classe que age como o primeiro filho, recusando obediência, não merece louvor por seu procedimento. Sua franqueza não deve ser considerada virtude. Santificada pela verdade e santidade tornaria os homens testemunhas destemidas para Cristo. Usada como é pelo pecador, porém, é insultante e arrogante, e aproxima-se da blasfêmia. O fato de um homem não ser hipócrita não lhe diminui a pecaminosidade. Quando os apelos do Espírito Santo atingirem ao coração, nossa única segurança está em a eles responder sem tardar. Quando vier o chamado: "Vai trabalhar hoje na Minha vinha", não recuseis o convite. "Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais o vosso coração." Heb. 4:7. É perigoso postergar a obediência. Podeis nunca mais ouvir o convite. […] A parábola da vinha não se aplica somente à nação judaica. Ela tem uma lição para nós. À igreja desta geração Deus concedeu grandes privilégios e bênçãos, e espera os frutos correspondentes"3

Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2014. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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1 LIÇÕES da escola sabatina. Discipulado. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 475, Jan. Fev. Mar. 2013. Adulto, Professor, p. 20

2 BIBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

3 WHITE, Ellen Gould. Parábolas de Jesus. Tradução de S. Julio Schwantes. 15. ed. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2009. p. 280-281, 296