Lábios impuros

Lições da Bíblia.

“Foi no contexto do quadro terrível apresentado na lição de ontem que o profeta Isaías recebeu seu chamado. Aconteceu por volta de 740 a.C., o ano em que morreu o rei Uzias, de Israel. Uzias começou bem, depois caiu em apostasia (2Cr 26) e teve um fim terrível. Nesse tempo, Isaías começou seu ministério, depois de haver recebido uma visão poderosa do Senhor.”

Após uma visão, Isaías ficou desesperado ao ver a santidade e o poder de Deus, em comparação com sua impureza e fraqueza. “No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isa. 6:1-8).

’Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios’ (Is 6:5). Observe que a resposta de Isaías não foi sobre o poder e a majestade de Deus em contraste com sua própria fraqueza, nem sobre a eternidade de Deus em contraste com sua própria transitoriedade. Em vez disso, a resposta tratava de moralidade. Isaías, tendo essa visão de Deus, vendo ‘as abas de Suas vestes’ (Is 6:1) enchendo o templo, foi dominado pelo contraste entre a santidade de Deus e sua própria impureza. Naquele momento, ele percebeu que seu grande problema era uma questão moral, e que sua natureza caída e sua corrupção poderiam causar sua ruína. Além disso, como poderia ele, um ‘homem de lábios impuros’, falar em nome do Senhor dos exércitos?”

A solução para problema de sua impureza foi dada por Deus ao enviar um serafim que tirou uma brasa do altar, e com ela tocou a boca de Isaías, oferecendo perdão para seu pecado. “Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” (Isa. 6:6-7).

“O ato simbólico de tocar seus lábios com a brasa revelou a realidade da conversão de Isaías. Agora, seu pecado estava perdoado; ele tinha uma vida nova no Senhor, e o fruto dessa conversão foi revelado no verso 8, quando ele clamou ‘Eis-me aqui, envia-me a mim’. Sabendo que seu pecado tinha sido ‘purificado’, ele então avançou pela fé, confiando na justiça e santidade do Deus revelado a ele naquela visão.”

“A culpa de Isaías foi removida, e seu pecado foi expiado. Ele ‘nasceu de novo’, e o fruto imediato foi sua disposição para responder ao chamado ‘Quem irá por nós?’ (v. 8).”

“Agora responda para você mesmo: Que tipo de fruto tem se manifestado após sua própria conversão?”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – segunda-feira 16 de maio de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

O manto de Elias e Eliseu

Lições da Bíblia.

“Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte” (2 Coríntios 7:10).

“O dom profético e chamado de Elias era simbolizado pelo manto que ele usava, mencionado várias vezes nos relatos bíblicos de sua vida. O manto pode ser visto como símbolo da convocação do povo de Deus para fazer Sua obra e a proteção e cobertura que Ele nos fornece nessa realização. Nos tempos bíblicos, o ato de rasgar as vestes geralmente significava profunda tristeza e pesar. Mas, no caso de Eliseu, parece ter simbolizado não apenas profunda emoção mas também uma grande mudança de vida, ao assumir uma função de muita responsabilidade em resposta ao convite para trabalhar com Deus.”

“Poucos personagens bíblicos tiveram uma existência mais agitada do que o profeta Elias. Que história incrível de fé, de provação e do irresistível poder de Deus neste mundo!”

“Hoje, pelo menos no judaísmo, ele ainda se destaca. De fato, na tradição judaica, ele tem sido mais exaltado do que, talvez, qualquer outra figura bíblica.”

“A cada Páscoa, por exemplo, um copo especial cheio de vinho é colocado sobre a mesa. Durante a Páscoa, a porta da casa é aberta, e todos se colocam em pé para permitir que o profeta Elias entre e beba. Nas circuncisões, uma cadeira, ‘a cadeira de Elias’, é reservada como parte da cerimônia. Além disso, no fim do sábado, os judeus cantam sobre Elias, esperando que ele venha ‘rapidamente, em nossos dias… juntamente com o Messias, filho de Davi, para nos redimir’.”

“No pensamento judaico, um exemplo da preeminência de Elias é encontrado no Evangelho de Mateus, quando Pedro disse que alguns pensavam que o próprio Jesus fosse Elias (E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas.’ Mat. 16:14).”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina (LES) – sábado 30 de abril de 2011. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES e é publicado simultaneamente em: Blogspot, WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF

O sacerdote Abiatar.

Lições da Bíblia.

“Não nos é dito como Abiatar escapou à matança de sua família. Sabemos apenas que ele escapou e fugiu para Davi. Porém, antes de fugir, Abiatar procurou salvar a estola sacerdotal (veja 1Sm 23:6), um dos objetos mais importantes do sacerdócio (uma peça do vestuário sagrado usado pelos sacerdotes; veja Êx 28:6; 39:2-7), que era usada para consultar a vontade de Deus em momentos de tomada de decisões. Em pelo menos duas ocasiões, o autor bíblico relata que Davi buscou Abiatar e a estola (1Sm 23:9-12; 30:7, 8).”

“Ao contrário de muitos de nós, hoje, nos dias de Abiatar, o povo tinha pouco acesso à Palavra escrita de Deus. Só havia algumas cópias manuscritas do livro da lei (o Pentateuco), portanto, a maioria das pessoas tinha escassas oportunidades de estudar a Palavra de Deus por si mesma. A maioria de nós é privilegiada por ter amplo acesso à Bíblia. Deus prometeu conceder o Espírito Santo para nos explicar a Palavra, pessoal e coletivamente (Jo 14:26). Deus também usa pessoas para nos dar conselhos piedosos (Pv 20:18) e também opera por meio de circunstâncias (Rm 8:28).”

Abiatar oficiava como sacerdote em todas as suas funções, responder às questões pelo Urim e Tumim e ser conselheiro de Davi. “Sabedor, porém, Davi de que Saul maquinava o mal contra ele, disse a Abiatar, sacerdote: Traze aqui a estola sacerdotal. Orou Davi: Ó SENHOR, Deus de Israel, teu servo ouviu que Saul, de fato, procura vir a Queila, para destruir a cidade por causa de mim. Entregar-me-ão os homens de Queila nas mãos dele? Descerá Saul, como o teu servo ouviu? Ah! SENHOR, Deus de Israel, faze-o saber ao teu servo. E disse o SENHOR: Descerá. Perguntou-lhe Davi: Entregar-me-ão os homens de Queila, a mim e aos meus servos, nas mãos de Saul? Respondeu o SENHOR: Entregarão. Então, se dispôs Davi com os seus homens, uns seiscentos, saíram de Queila e se foram sem rumo certo. Sendo anunciado a Saul que Davi fugira de Queila, cessou de persegui-lo.” (1 Sam. 23:9-13).

“Além de atuar nessas funções, Abiatar havia passado por trauma pessoal e, como Davi, era um refugiado sem-teto – o que de alguma forma o preparava muito mais para servir ao futuro rei de Israel, que também estava constantemente em fuga. Ele podia entender as frustrações, temores e traições que Davi e seus homens devem ter frequentemente sentido devido à contínua perseguição. Esse motivo de identificação pessoal com uma pessoa ou um grupo de pessoas é importante no conceito do Novo Testamento de sacerdócio. O autor de Hebreus nos diz que Jesus pode ser nosso Sumo Sacerdote porque pode Se identificar completamente conosco (Hb 2:17).”

Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (1 Ped. 2:9). “O Novo Testamento ensina claramente que todos temos a responsabilidade de sacerdotes em nossa comunidade. Nosso chamado não é de iniciativa própria. Jesus disse: ‘Vocês não Me escolheram, mas Eu os escolhi para irem e darem fruto, fruto que permaneça, a fim de que o Pai lhes conceda o que pedirem em Meu nome’ (Jo 15:16, NVI). O chamado de Deus a nós não nos torna sacerdotes do Antigo Testamento nem apóstolos do Novo Testamento, mas nos desafia a interceder por nossa família, comunidade e todos os que nos rodeiam.”

Saiba mais, estude a Lição da Escola Sabatina – segunda-feira, 08 de novembro de 2010. Escolha o formato para o estudo: Texto, Comentário em áudio ou se preferir faça um Curso Bíblico.

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