A ressurreição de Lázaro

Lições da Bíblia1:

João 11 está repleto de tristeza: a notícia da doença de um amigo querido (Jo 11:1-3); o choro pela sua morte (Jo 11:19, 31, 33); a queixa das irmãs de que Lázaro não teria morrido se Jesus estivesse presente (Jo 11:21, 32); e as lágrimas de Jesus (Jo 11:35).

Mas Jesus demorou dois dias antes de iniciar a jornada até Lázaro (Jo 11:6), chegando a dizer que Se alegrava por não ter ido antes (Jo 11:14, 15). Essa atitude não foi de frieza. Pelo contrário, teve o propósito de revelar a glória de Deus.

Quando chegamos a João 11:17 a 27, Lázaro já estava morto havia quatro dias. O seu corpo já estaria se decompondo e, como disse Marta: “Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias” (Jo 11:39). A demora de Jesus apenas ajudou a tornar o milagre ainda mais impressionante. Ressuscitar um cadáver em decomposição? Que outra prova Jesus poderia ter dado de que Ele é o próprio Deus?

E, como Deus, Aquele que criou a vida, Jesus tem poder sobre a morte. Assim, Ele aproveita essa oportunidade, a morte de Lázaro, para revelar uma verdade crucial sobre Si mesmo: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá. E todo o que vive e crê em Mim não morrerá eternamente” (Jo 11:25, 26).

5. Leia João 11:38-44. O que Jesus fez que confirmou a Sua reivindicação?

João 11:38-44 (NAA): “38 Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, foi até o túmulo, que era uma gruta em cuja entrada tinham colocado uma pedra. 39 Então Jesus ordenou: — Tirem a pedra. Marta, irmã do falecido, disse a Jesus: — Senhor, já cheira mal, porque está morto há quatro dias. 40 Jesus respondeu: — Eu não disse a você que, se cresse, veria a glória de Deus? 41 Então tiraram a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: — Pai, graças te dou porque me ouviste. 42 Eu sei que sempre me ouves, mas falei isso por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste. 43 E, depois de dizer isso, clamou em alta voz: — Lázaro, venha para fora! 44 Aquele que tinha morrido saiu, tendo os pés e as mãos amarrados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então Jesus lhes ordenou: — Desamarrem-no e deixem que ele vá.

Assim como Jesus mostrou que é a luz do mundo (Jo 8:12; 9:5) ao dar visão ao cego (Jo 9:7), aqui Ele ressuscita Lázaro dentre os mortos (Jo 11:43, 44), demonstrando que é a ressurreição e a vida (Jo 11:25).

Esse milagre, mais do que qualquer outro, aponta para Jesus como o doador da vida, como o próprio Deus. Ele dá um forte apoio ao tema de João de que Jesus é o divino Filho de Deus, e que, crendo, podemos ter vida por meio Dele (Jo 20:30, 31).

No entanto, quando chegamos ao final dessa história incrível (Jo 11:45- 54), na qual muitos que viram creram (Jo 11:45), desenvolve-se uma ironia poderosa, mas triste: Jesus mostra que é capaz de trazer os mortos de volta à vida, e, ainda assim, aquelas pessoas pensam que conseguiriam detê-Lo matando-O? Que exemplo das fragilidades humanas em contraste com a sabedoria e o poder de Deus!

Quinta-feira, 10 de outubro de 2024. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Temas do Evangelho de João. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 518, out. nov. dez. 2024. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Lázaro

Lições da Bíblia1

5. Leia João 11:1-44. Em que sentido Jesus foi “glorificado” por meio da doença e da morte de Lázaro (Jo 11:4)?

João 11:1-44 (ARA)2: “1 Estava enfermo Lázaro, de Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta. 2 Esta Maria, cujo irmão Lázaro estava enfermo, era a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor e lhe enxugou os pés com os seus cabelos. 3 Mandaram, pois, as irmãs de Lázaro dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas. 4 Ao receber a notícia, disse Jesus: Esta enfermidade não é para morte, e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado. 5 Ora, amava Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. 6 Quando, pois, soube que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava. 7 Depois, disse aos seus discípulos: Vamos outra vez para a Judeia. 8 Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e voltas para lá? 9 Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo; 10 mas, se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz. 11 Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. 12 Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. 13 Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. 14 Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu; 15 e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer; mas vamos ter com ele. 16 Então, Tomé, chamado Dídimo, disse aos condiscípulos: Vamos também nós para morrermos com ele. 17 Chegando Jesus, encontrou Lázaro já sepultado, havia quatro dias. 18 Ora, Betânia estava cerca de quinze estádios perto de Jerusalém. 19 Muitos dentre os judeus tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar a respeito de seu irmão. 20 Marta, quando soube que vinha Jesus, saiu ao seu encontro; Maria, porém, ficou sentada em casa. 21 Disse, pois, Marta a Jesus: Senhor, se estiveras aqui, não teria morrido meu irmão. 22 Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá. 23 Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de ressurgir. 24 Eu sei, replicou Marta, que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia. 25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto? 27 Sim, Senhor, respondeu ela, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo. 28 Tendo dito isto, retirou-se e chamou Maria, sua irmã, e lhe disse em particular: O Mestre chegou e te chama. 29 Ela, ouvindo isto, levantou-se depressa e foi ter com ele, 30 pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia, mas permanecia onde Marta se avistara com ele. 31 Os judeus que estavam com Maria em casa e a consolavam, vendo-a levantar-se depressa e sair, seguiram-na, supondo que ela ia ao túmulo para chorar. 32 Quando Maria chegou ao lugar onde estava Jesus, ao vê-lo, lançou-se-lhe aos pés, dizendo: Senhor, se estiveras aqui, meu irmão não teria morrido. 33 Jesus, vendo-a chorar, e bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. 34 E perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! 35 Jesus chorou. 36 Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava. 37 Mas alguns objetaram: Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer que este não morresse? 38 Jesus, agitando-se novamente em si mesmo, encaminhou-se para o túmulo; era este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra. 39 Então, ordenou Jesus: Tirai a pedra. Disse-lhe Marta, irmã do morto: Senhor, já cheira mal, porque já é de quatro dias. 40 Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de Deus? 41 Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. 42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me enviaste. 43 E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! 44 Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e deixai-o ir.

Aqui, também, Jesus usou a metáfora do sono ao falar sobre a morte. Quando alguns pensavam que Ele estivesse falando sobre o sono literal, Jesus afirmou: “Lázaro morreu” (Jo 11:11-14). Quando Jesus chegou a Betânia, Lázaro já estava morto havia quatro dias; seu cadáver já estava apodrecendo (Jo 11:17, 39). Quando um corpo começa a se decompor a ponto de cheirar mal, não há dúvida: a pessoa está morta.

Nesse contexto, quando Jesus disse a Marta: “O seu irmão há de ressurgir” (Jo 11:23), ela reafirmou sua crença na ressurreição final. Mas Jesus declarou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em Mim, ainda que morra, viverá. E todo o que vive e crê em Mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?” (Jo 11:23-26). E Jesus acrescentou: “Eu não disse a você que, se cresse, veria a glória de Deus?” (Jo 11:40). Marta creu e viu a glória de Deus na ressurreição de seu irmão.

A Bíblia diz que pela palavra de Deus a vida foi criada (Gn 1:20-30; Sl 33:6), e pela Sua palavra a vida pode ser recriada, como no caso de Lázaro. Depois de uma breve oração, Jesus ordenou: “Lázaro, venha para fora!” (Jo 11:43). Naquele exato momento, aquelas pessoas viram o poder vivificante de Deus, o mesmo poder que trouxe nosso mundo à existência, e o mesmo poder que no fim dos tempos chamará os mortos de volta à vida na ressurreição.

Ao ressuscitar Lázaro, Jesus provou que tinha o poder de derrotar a morte. Para seres como nós, que inevitavelmente morrem, poderia haver manifestação maior da glória de Deus?

6. Leia João 11:25, 26. Em uma linha Jesus falou sobre a possibilidade da morte para os crentes; na linha seguinte, falou que os crentes não morrerão eternamente. O que Jesus ensinou nesse texto? Por que o entendimento de que a morte é um sono inconsciente é tão crucial para entender as palavras de Cristo? E por que Suas palavras nos oferecem, como seres destinados à sepultura, tanta esperança?

João 11:25, 26 (ARA)2: “25 Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; 26 e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?”

“Não tenha medo; apenas creia” (Mc 5:36). Essas palavras ainda são significativas hoje. Como podemos aprender a acreditar, mesmo em meio a situações de medo?

Quinta-feira, 27 de outubro de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Vida, morte e eternidade. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 510, out. nov. dez. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.