Alimentados, satisfeitos e ingratos

Lições da Bìblia1

Um ex-líder da igreja, que trabalhou na Associação Geral dos Adventistas por 34 anos, contou que, ele e a esposa haviam perdido a bagagem num aeroporto. Ele disse: “Bem ali, perto da esteira de bagagens e em público, nos ajoelhamos e oramos, pedindo ao Senhor a devolução da bagagem perdida”. Muitos anos depois, aconteceu a mesma coisa: chegaram ao aeroporto, mas uma das malas não. Então, o líder disse à esposa: “Não se preocupe, o seguro vai cobrir”.

6. Com essa história em mente, leia Deuteronômio 8:7-18. Que advertência o Senhor deu ao povo, e o que isso significa para nós hoje?

Deuteronômio 8:7-18 (ARA)2: “7 porque o Senhor, teu Deus, te faz entrar numa boa terra, terra de ribeiros de águas, de fontes, de mananciais profundos, que saem dos vales e das montanhas; 8 terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; 9 terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre. 10 Comerás, e te fartarás, e louvarás o Senhor, teu Deus, pela boa terra que te deu. 11 Guarda-te não te esqueças do Senhor, teu Deus, não cumprindo os seus mandamentos, os seus juízos e os seus estatutos, que hoje te ordeno; 12 para não suceder que, depois de teres comido e estiveres farto, depois de haveres edificado boas casas e morado nelas; 13 depois de se multiplicarem os teus gados e os teus rebanhos, e se aumentar a tua prata e o teu ouro, e ser abundante tudo quanto tens, 14 se eleve o teu coração, e te esqueças do Senhor, teu Deus, que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão, 15 que te conduziu por aquele grande e terrível deserto de serpentes abrasadoras, de escorpiões e de secura, em que não havia água; e te fez sair água da pederneira; 16 que no deserto te sustentou com maná, que teus pais não conheciam; para te humilhar, e para te provar, e, afinal, te fazer bem. 17 Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. 18 Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê.

Veja o que a fidelidade dos israelitas ao Senhor lhes traria. Eles não apenas possuiriam uma terra maravilhosa e rica, em que não teriam escassez e em que não lhes faltaria nada (Dt 8:9), mas seriam extremamente abençoados ali com rebanhos, manadas, ouro, prata e belas casas. Ou seja, teriam todo o conforto material que esta vida oferece.

Mas e então? Eles enfrentariam o perigo que acompanha a riqueza e a prosperidade: esquecer que é o Senhor quem dá força para obter riquezas (Dt 8:18).

Talvez não no início, mas com o passar dos anos, quando tivessem todo conforto material que desejassem, eles se esqueceriam do passado, e de como o Senhor os havia conduzido por “aquele grande e terrível deserto” (Dt 1:19): eles, de fato, pensariam que sua própria inteligência e talentos fossem a causa de todo o seu sucesso.

O Senhor os estava advertindo contra esse perigo (Infelizmente, quando lemos os profetas posteriores, vemos que foi isso que aconteceu com eles.)

Assim, em meio a essa prosperidade, Moisés os exortou a lembrar que o Senhor tinha sido a fonte de sua riqueza. Por isso, não deviam ser iludidos pelas bênçãos materiais nem confiar nelas. Séculos depois, o próprio Jesus alertou, na parábola do semeador, sobre “a fascinação da riqueza” (Mc 4:19).

Não importa quanto dinheiro e bens materiais tenhamos, somos todos de carne e osso esperando a morte. O que isso nos diz sobre os perigos que vêm da riqueza? A riqueza pode nos fazer esquecer de que precisamos do Único que pode nos livrar da morte eterna.

Moisés disse aos israelitas para não se esquecerem e não permitirem que essas coisas se afastassem “do seu coração”, não é coincidência ele lhes dizer também para ensiná-las às gerações seguintes. Seus filhos não apenas deveriam ouvir, mas contar e recontar o que Deus tinha feito por eles, de modo que não se esquecessem. Haveria melhor maneira de preservar o conhecimento do que o Senhor faz por Seu povo?

Quando você fala sobre sua experiência com Deus, beneficia, além de você, os outros também? Como o relato da liderança de Deus o ajuda a não se esquecer da Sua direção?

Quarta-feira, 01 de dezembro de 2021. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. A verdade presente em Deuteronômio. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 506, out. nov. dez. 2021. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

Grande é o Senhor

Lições da Bíblia.

“1. Leia Malaquias 1. De que problema o profeta estava tratando? Temos manifestado a mesma atitude que motivou essa repreensão?” “Sentença pronunciada pelo SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias. Eu vos tenho amado, diz o SENHOR; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Não foi Esaú irmão de Jacó? —disse o SENHOR; todavia, amei a Jacó, porém aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos chacais do deserto. Se Edom diz: Fomos destruídos, porém tornaremos a edificar as ruínas, então, diz o SENHOR dos Exércitos: Eles edificarão, mas eu destruirei; e Edom será chamado Terra-De-Perversidade e Povo-Contra-Quem-O-SENHOR-Está-Irado-Para-Sempre. Os vossos olhos o verão, e vós direis: Grande é o SENHOR também fora dos limites de Israel. O filho honra o pai, e o servo, ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o respeito para comigo? —diz o SENHOR dos Exércitos a vós outros, ó sacerdotes que desprezais o meu nome. Vós dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do SENHOR é desprezível. Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? —diz o SENHOR dos Exércitos. Agora, pois, suplicai o favor de Deus, que nos conceda a sua graça; mas, com tais ofertas nas vossas mãos, aceitará ele a vossa pessoa? —diz o SENHOR dos Exércitos. Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o SENHOR dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta. Mas, desde o nascente do sol até ao poente, é grande entre as nações o meu nome; e em todo lugar lhe é queimado incenso e trazidas ofertas puras, porque o meu nome é grande entre as nações, diz o SENHOR dos Exércitos. Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do SENHOR é imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua comida, é desprezível. E dizeis ainda: Que canseira! E me desprezais, diz o SENHOR dos Exércitos; vós ofereceis o dilacerado, e o coxo, e o enfermo; assim fazeis a oferta. Aceitaria eu isso da vossa mão? —diz o SENHOR. Pois maldito seja o enganador, que, tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao SENHOR um defeituoso; porque eu sou grande Rei, diz o SENHOR dos Exércitos, o meu nome é terrível entre as nações.” (Malaquias 1:1-14 RA). ”Ingratidão, irreverência, desonra e profanação ao nome de Deus entre os israelitas. As ofertas e atos religiosos não correspondiam ao amor e proteção concedidos pelo Senhor.”

“Malaquias contrastou o amor de Deus por Seu povo com a atitude dos sacerdotes, a quem ele acusou do pecado de desprezo pelo santo nome de Deus. Ao realizar seus deveres no templo, esses descendentes de Arão aceitavam animais coxos, cegos e doentes para os sacrifícios ao Senhor. Dessa forma, o povo era levado a pensar que os sacrifícios não eram importantes. No entanto, no deserto, Deus havia instruído Arão e seus filhos declarando que os animais sacrificados deviam ser fisicamente perfeitos, sem defeito (Lv 1:1-3; 22:19).”

“O profeta enumerou então três razões importantes pelas quais Deus merecia ser honrado e respeitado pelo povo de Israel. Primeira: Deus era seu Pai. Assim como os filhos devem honrar seus pais, as pessoas devem respeitar seu Pai do Céu. Segunda: Deus era seu Mestre e Senhor. Assim como os servos obedecem aos seus mestres, o povo de Deus deve tratá-Lo da mesma forma. Terceira: O Senhor era um grande Rei. Um rei terreno não aceitaria um animal com defeito ou doente como presente de um de seus súditos. Então, o profeta perguntou: Por que o povo apresentaria esse tipo de animal ao Rei dos reis, que governa o mundo inteiro?”

“O que tornava suas ações ainda mais detestáveis à vista de Deus era que todos esses sacrifícios apontavam para Jesus, o imaculado Filho de Deus (Jo 1:29; 1Pe 1:18, 19). Os animais deviam ser sem defeito porque, para ser nosso perfeito sacrifício, Jesus não podia ter defeito.”

“’Para honra e glória de Deus, Seu Filho Amado – o Penhor, o Substituto – foi entregue e desceu para a prisão da sepultura. Ele ficou encerrado nas câmaras rochosas do túmulo novo. Se um único pecado tivesse manchado Seu caráter, a pedra nunca teria sido removida da porta de Sua câmara rochosa, e o mundo, com seu fardo de culpa teria perecido’ (Ellen G. White, Manuscript Releases, v. 10, p. 385). É de admirar que os sacrifícios que apontavam para Jesus tivessem que ser perfeitos?”

Domingo, 23 de junho de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF