A criação da humanidade

Lições da Bíblia1

Os seres humanos são o clímax da criação, o propósito para o qual a Terra foi feita.

4. Leia Gênesis 1:26-29 e 2:7. Qual é a conexão entre as duas versões diferentes da criação da humanidade?

Gênesis 1:26-29 (ARA)2: 26 Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra. 27 Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. 28 E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra. 29 E disse Deus ainda: Eis que vos tenho dado todas as ervas que dão semente e se acham na superfície de toda a terra e todas as árvores em que há fruto que dê semente; isso vos será para mantimento.”

Gênesis 2:7 (ARA)2: “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”

Somente o ser humano foi criado à imagem divina (Gn 1:25, 27). Com frequência, essa fórmula tem sido limitada à natureza espiritual dos humanos, ou seja, à ideia de que a “imagem de Deus” significa apenas a função administrativa de representá-Lo, ou a função espiritual de relacionamento com Ele ou com os outros.

Embora essas interpretações sejam corretas, não abrangem a importante realidade física da criação. Ambas as dimensões estão, de fato, incluídas nas duas palavras, “imagem” e “semelhança”, que descrevem esse processo em Gênesis 1:26. Enquanto a palavra hebraica tselem, “imagem”, se refere à forma concreta do corpo físico, a palavra demut, “semelhança”, se refere às qualidades abstratas que são comparáveis à Pessoa divina.

A noção hebraica da “imagem de Deus” deve ser entendida no sentido integral da visão bíblica da natureza humana. O texto afirma que homens e mulheres foram criados à imagem de Deus física e espiritualmente. Ellen G. White escreveu: “Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador” (Ellen G. White, Educação, p. 8 [15]).

Essa compreensão integral da imagem de Deus, incluindo o corpo físico, é reafirmada no outro relato da criação, o qual diz que “o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2:7), literalmente, “uma alma vivente” (nefesh), como resultado de duas operações divinas: Deus “formou” e Deus “soprou”. Observe que o “fôlego” muitas vezes se refere à dimensão espiritual, mas também está ligado estreitamente à capacidade biológica de respirar, a parte do homem formada “do pó da terra”. É o “fôlego de vida”, isto é fôlego (espiritual) e vida (física).

Deus fez mais tarde uma terceira operação, dessa vez para criar a mulher a partir do corpo do homem (Gn 2:21, 22), uma forma de enfatizar que ela é da mesma natureza do homem.

Quarta-feira, 30 de março de 2022. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. Gênesis. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 508, abr. maio jun. 2022. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

A rede familiar da humanidade

Lições da Bíblia

“Com a entrada do pecado, não demorou muito para que o mundo ‘desmoronasse’ ainda mais. Provocado pelo ciúme, incompreensão e ira, o primeiro assassinato envolveu os dois primeiros irmãos. Quando Deus questionou Caim sobre seu pecado, a resposta dele provavelmente tenha sido irônica e retórica: ‘Acaso, sou eu tutor de meu irmão?’ (Gn 4:9). A resposta inferida da pergunta inicial de Deus foi: ‘Sim, com certeza você é tutor do seu irmão’.”1

“5. Leia Provérbios 22:2. O que está implícito nessa afirmação aparentemente simples? O que isso revela sobre nosso relacionamento com os semelhantes?”1

Provérbios (22:2 ARA)2:

“O rico e o pobre se encontram; a um e a outro faz o SENHOR.”

“Cada pessoa que encontramos é uma criatura de Deus, criada à Sua imagem, e ela faz parte da rede de relacionamentos que une a todos no mundo que Ele formou, embora a criação esteja fragmentada e arruinada. ‘Achamo-nos entretecidos na teia humana. O mal que sobrevém a qualquer parte da grande fraternidade humana põe todos em perigo’ (Ellen G. White, A Ciência do Bom Viver, p. 345). Gostemos ou não disso, por causa desse elo comum, Deus nos deu uma responsabilidade para com Ele e em relação aos outros (Mt 22:37-39 [‘37 Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. 38 Este é o grande e primeiro mandamento. 39 O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.]2).”1

“Em toda a Bíblia, é recorrente a afirmação de que Deus é o nosso Criador. Por exemplo, essa é uma das razões dadas para que nos lembremos do sábado (Êx 20:11) e para que adoremos a Deus no tempo do fim (Ap 14:7). É também uma motivação primária para que nos importemos com outras pessoas e nos interessemos pelos menos afortunados.”1

“Estamos todos unidos pelo vínculo da nossa origem comum em Deus. ‘O que oprime ao pobre insulta Aquele que o criou, mas a Este honra o que se compadece do necessitado’ (Pv 14:31). Esse vínculo poderia ser mais claro?”1

“Deus, como nosso Criador, tem um direito sobre nós que requer a dedicação de toda a nossa vida, inclusive nossa adoração, serviço e cuidado pelos outros. Somos, de fato, ‘tutores’ do nosso irmão, por mais difícil, frustrante e inconveniente que isso seja.”1

“Em sua opinião, por que as reivindicações de Deus como Criador são um tema recorrente em toda a Bíblia? Por que isso é tão importante? Como essa realidade deve influenciar nossa maneira de tratar os outros?”1

Quinta-feira, 04 de julho de 2019. Saiba mais, faça um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. “Mesus pequeninos irmãos”: servindo aos necessitados. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 496, jul. ago. set. 2019. Adulto, Professor. 
2 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. Revista e atualizada no Brasil. 2. ed. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.