Deus não Se agrada em afligir

Lições da Bíblia1:

Deus demonstra repetidamente Sua preocupação com os oprimidos, assim como Sua justa indignação contra os que causam sofrimento. Se o mal não existisse, Deus não Se iraria. Sua ira é exclusivamente dirigida contra o que prejudica Suas criaturas.

“Não é do Seu agrado trazer aflição” (Lm 3:32, 33, NVI). O texto hebraico diz, literalmente, que Deus “não aflige do Seu coração”. Ele não deseja trazer juízo contra os malfeitores, mas, em última análise, o amor demanda justiça.

Essa verdade é vista na persistência de Deus em perdoar o povo e conceder-lhe oportunidades de reconciliação. Por meio dos profetas, Deus chamou o povo inúmeras vezes, mas ele se recusou a ouvir e se arrepender (Jr 35:14-17; Sl 81:11-14).

4. Por que Deus trouxe juízo a Jerusalém por meio dos babilônios? Por que Ele puniu os babilônios depois? Ed 5:12; 2Cr 36:16; Jr 51:24, 25, 44

Ed 5:12 (NAA)2: “Mas, depois que os nossos pais provocaram o Deus dos céus à ira, ele os entregou nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, o caldeu, o qual destruiu este templo e transportou o povo para a Babilônia.

2Cr 36:16 (NAA)2: “Mas eles zombaram dos mensageiros de Deus, desprezaram as palavras dele e debocharam dos seus profetas, até que a ira do Senhor veio sobre o seu povo, e não houve mais remédio.”

Jr 51:24, 25, 44 (NAA)2: “24 — Diante dos olhos de vocês, pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que fizeram em Sião, diz o Senhor. 25 ‘Eis que sou contra você, ó montanha destruidora, que destrói toda a terra’, diz o Senhor. ‘Estenderei a mão contra você, farei com que role do alto das rochas e se transforme em monte queimado.’ […] Castigarei Bel na Babilônia e farei com que lance de sua boca o que engoliu. As nações nunca mais afluirão a ele. Também a muralha da Babilônia cairá.

Depois que o povo, de maneira persistente e impenitente, provocou a ira de Deus, Ele finalmente Se afastou e “entregou” o povo “nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia” (Ed 5:12). Mas Deus fez isso somente quando “não houve mais remédio” (2Cr 36:16). E mais tarde trouxe juízo sobre Babilônia por causa da destruição excessiva que havia infligido a Judá (Jr 51:24, 25, 44; Zc 1:15).

Muitos juízos descritos nas Escrituras como provenientes de Deus são explicados como situações em que Ele “entrega” o povo aos seus inimigos (Jz 2:13, 14; Sl 106:41, 42), em decorrência das decisões do povo de abandonar o Senhor e servir aos “deuses” das nações (Jz 10:6-16; Dt 29:24-26). A ira de Deus contra o mal, que resultará na erradicação definitiva e completa da maldade, brota do Seu amor por toda a humanidade e do Seu desejo de alcançar o bem final do Universo. Tal ira reflete não apenas a preocupação de Deus com o destino humano, mas também o envolvimento do próprio Universo no problema do pecado, da rebelião e da maldade.

Deus não quer trazer juízo sobre ninguém. Isso influencia sua compreensão da ira divina? Se Deus é tardio em irar-Se, não deveríamos ser mais pacientes com os outros? Como fazer isso e, ao mesmo tempo, proteger as vítimas de injustiças?

Quarta-feira, 29 de janeiro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

_______________
1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O anor e a justiça de Deus. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 519, jan. fev. mar. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

Dia de trevas

Lições da Bíblia.

“O ponto central da mensagem de Sofonias é o ‘Dia do Senhor’ (Sf 1:7). Para os profetas bíblicos, o Dia do Senhor se refere a um período específico de tempo em que Deus intervém nos assuntos humanos, para salvar e julgar. A maioria das pessoas do antigo Israel acreditava que nesse dia o Senhor salvaria e exaltaria Israel, enquanto as nações inimigas seriam destruídas para sempre. Para grande surpresa dos que o ouviam, o profeta declarou que o Dia do Senhor seria de condenação até mesmo para o povo de Deus (Sf 1:1-5), porque as pessoas haviam pecado contra Ele (Sf 1:17).”

“1. Compare Sofonias 1:14-18 com Joel 2:1-11 e Amós 5:18-20. Como eles descrevem ‘o Dia do Senhor?’” “O grande Dia do SENHOR está perto e vem chegando depressa! Será um dia terrível, em que até os soldados mais valentes gritarão de medo. Será um dia de ira, um dia de aflição e angústia, de ruína e destruição, de escuridão e trevas; será um dia de nuvens escuras e pesadas. Será um dia de sons de corneta e de gritos de batalha de soldados atacando cidades cercadas de muralhas e protegidas por altas torres de vigia. O SENHOR diz: —Farei cair tantas desgraças sobre as pessoas, que elas andarão de um lado para outro como se estivessem cegas. Essa gente pecou contra mim, e por isso o seu sangue será derramado como água, e os seus corpos serão jogados fora como lixo. Naquele dia, nem prata nem ouro os poderão salvar da ira de Deus, o SENHOR. O fogo da sua ira furiosa destruirá o mundo inteiro. Ninguém escapará, pois Deus vai acabar de uma só vez com todos os moradores da terra.” (Sofonias 1:14-18 NTLH); “Toquem as cornetas no monte Sião, dêem um grito de alarme no monte de Deus! Trema de medo, povo de Judá, pois está chegando o Dia do SENHOR. Será um dia de escuridão e trevas, um dia de nuvens negras. Os gafanhotos avançam como um exército enorme e poderoso, como uma nuvem escura que cobre as montanhas. Nunca houve uma coisa assim no passado e no futuro nunca mais haverá. Eles devoram tudo, como se fossem fogo, como o fogo que queima e destrói. Antes de chegarem, a terra é como um paraíso; mas, depois de passarem, ela parece um deserto. Os gafanhotos acabam com tudo! Eles parecem cavalos e correm como cavalos de guerra. Vêm saltando no alto das montanhas, fazendo barulho como carros de guerra, como galhos secos estalando no fogo. São como um enorme exército posto em ordem de combate. Eles vão avançando, e todo mundo treme, todos ficam pálidos de medo. Eles atacam como soldados valentes; correm, sobem pelos muros e continuam sempre avançando. Marcham em linha reta e não empurram uns aos outros, pois cada um segue o seu caminho. Marcham sempre em frente, e não há armas que possam fazê-los parar. Eles atacam a cidade, sobem pelas paredes das casas e entram pelas janelas como ladrões. Avançam sem parar, e a terra treme, o céu estremece, o sol e a lua se escurecem, e as estrelas deixam de brilhar. À frente do seu exército, o SENHOR dá ordens em alta voz. O exército é enorme, e os soldados são valentes! Como é terrível o Dia do SENHOR! Quem poderá suportá-lo? (Joel 2:1-11 NTLH); “Ai dos que querem que venha o Dia do SENHOR! Por que é que vocês querem esse dia? Pois será um dia de escuridão e não de luz. Será como um homem que foge de um leão e dá de cara com um urso; ou como alguém que entra em casa e encosta a mão na parede e é picado por uma cobra. O Dia do SENHOR não será um dia de luz; pelo contrário, será um dia de trevas, de escuridão total.” (Amós 5:18-20 NTLH). “Será um dia de juízo, destruição, amargura e aflição; no dia do Senhor, a Terra seria assolada por um exército de guerreiros poderosos, símbolo do exército do Senhor; o dia do Senhor seria como fugir de um leão e encontrar um urso.”

“Sofonias comparou o iminente juízo à destruição de toda forma de vida nos dias do grande dilúvio (Gn 6–8). A lista da destruição em Sofonias 1:2, 3 foi organizada até certo ponto em ordem inversa em relação à criação original de Deus: humanidade, animais terrestres, aves do céu e peixes do mar (compare com Gn 1:20-27).”

“O profeta advertiu as pessoas de que elas não poderiam pagar para se livrarem do juízo (Sf 1:18). Nem prata nem ouro os protegeriam da ira do Senhor. As pessoas complacentes em Jerusalém afirmavam que Deus não fazia bem, nem mal. Elas simplesmente não esperavam que o Senhor fizesse alguma coisa (Sf 1:12). Mas os juízos divinos revelam quanto Deus trabalha ativamente para assegurar que haja um futuro para Seu povo fiel.”

“Sofonias deixa claro que o juízo divino não é apenas punitivo, mas também corretivo. O Senhor estende uma promessa de abrigo aos que O buscam (Sf 2:3). O Dia do Senhor é mais do que o fim do mundo. É o começo do futuro estabelecimento do governo de Deus, que durará para sempre.”

Domingo, 26 de maio de 2013. Saiba mais, ouça o Comentário em áudio da Lição da Escola Sabatina (LES) ou se preferir faça um Curso Bíblico. Este conteúdo é uma adaptação da LES publicado simultaneamente no Blogspot e WordPress. Para impressão acesse arquivo em PDF