Cheios do Espírito de Deus

Lições da Bíblia1:

O Senhor instruiu Moisés sobre cada detalhe na preparação para as cerimônias do tabernáculo. Os sacerdotes deveriam usar vestes apropriadas, mas o sumo sacerdote usava uma estola especial, que continha os nomes dos filhos de Israel. Ele também usava um peitoral, que continha o Urim e o Tumim, e deveria estar em seu coração (Êx 28). Todos os sacerdotes deveriam ser consagrados (Êx 29). Outros itens a serem cuidadosamente preparados eram o altar de incenso, a bacia, o óleo de unção e o incenso (Êx 30).

Leia Êxodo 31. Que assistência especial foi dada por Deus para que todos os detalhes do tabernáculo fossem preparados e construídos de forma bela e adequada?

Êxodo 31 (NAA)2: 1 O Senhor disse mais a Moisés: 2 — Eis que chamei pelo nome Bezalel, filho de Uri, filho de Hur, da tribo de Judá, 3 e o enchi do Espírito de Deus, de habilidade, de inteligência e de conhecimento, em todo artifício, 4 para elaborar desenhos e trabalhar em ouro, prata e bronze, 5 para lapidação de pedras de engaste, para entalho de madeira, para todo tipo de trabalho artesanal. 6 Escolhi Aoliabe, filho de Aisamaque, da tribo de Dã, para trabalhar com ele. Também dei habilidade a todos os homens hábeis, para que me façam tudo o que tenho ordenado: 7 a tenda do encontro, a arca do testemunho, o propiciatório que está por cima dela e todos os pertences da tenda; 8 a mesa com os seus utensílios, o candelabro de ouro puro com todos os seus utensílios e o altar do incenso; 9 o altar do holocausto com todos os seus utensílios e a bacia com o seu suporte; 10 as vestes finamente tecidas, as vestes sagradas do sacerdote Arão e as vestes de seus filhos, para servirem como sacerdotes; 11 o óleo da unção e o incenso aromático para o santuário; eles farão tudo segundo tenho ordenado. 12 Disse mais o Senhor a Moisés: 13 — Fale aos filhos de Israel e diga-lhes o seguinte: “Certamente vocês guardarão os meus sábados, pois é sinal entre mim e vocês de geração em geração, para que vocês saibam que eu sou o Senhor, que os santifica. 14 Portanto, guardem o sábado, porque é santo para vocês. Aquele que o profanar morrerá; quem nesse dia fizer alguma obra será eliminado do meio do seu povo. 15 Seis dias se trabalhará, porém o sétimo dia é o sábado do repouso solene, santo ao Senhor; quem fizer alguma obra no dia do sábado morrerá. 16 Os filhos de Israel guardarão o sábado, celebrando-o por aliança perpétua de geração em geração. 17 Entre mim e os filhos de Israel é sinal para sempre; porque, em seis dias, o Senhor fez os céus e a terra e, no sétimo dia, descansou e tomou alento.” 18 Quando o Senhor acabou de falar com Moisés no monte Sinai, deu a ele as duas tábuas do testemunho, tábuas de pedra, escritas pelo dedo de Deus.

Pela primeira vez nas Escrituras lemos que Deus encheria alguém com Seu Espírito. O que isso significa? Bezalel foi capacitado para realizar uma obra artística no tabernáculo. Ele foi “enchido”, ou seja, capacitado com novas habilidades, entendimento e conhecimento sobre o trabalho necessário. Além disso, Deus deu a Aoliabe e muitos outros artesãos o mesmo Espírito para auxiliar nessa tarefa.

No meio de toda essa criatividade, o sábado é apresentado como sinal de que Deus santifica os fiéis. Isso significa que a observância do quarto mandamento está associada à santificação. Deus disse: “Também lhes dei os Meus sábados, para servirem de sinal entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica” (Ez 20:12).

O sábado é um lembrete de que o Senhor não é apenas nosso Criador (Gn 2:2, 3), Redentor e Deus (Dt 5:15; Mc 2:27, 28), mas também é santo. Ele transforma as pessoas por Sua presença. Por meio de Seu Espírito e de Sua Palavra, crescemos para refletir um caráter de amor, bondade, altruísmo e perdão.

A maior dádiva que Deus deu a Moisés foi o Decálogo (Êx 31:18). Ele próprio escreveu e deu as duas tábuas de pedra com os dez preceitos (Êx 31:18; Dt 9:9-11). Essas tábuas deveriam ser colocadas no lugar santíssimo, dentro da arca da aliança, que estava sob o propiciatório (Êx 25:21).

A palavra “propiciatório” traduz um termo hebraico que significa literalmente “lugar de expiação”. Por que o propiciatório estava acima da lei de Deus? Isso nos traz esperança?

Quinta-feira, 04 de setembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro do êxodo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 521, jul. ago. set. 2025. Adulto, Professor.
2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

No meio de Seu povo

Lições da Bíblia1:

Deus ensinava por vários meios, e um deles era o santuário. As cerimônias apontavam para Jesus e ilustravam o plano da salvação, que seria executado por Jesus séculos depois.

4. Quais importantes verdades práticas e teológicas são encontradas em Êxodo 25:1-9?

Êxodo 25:1-9 (NAA)2: 1 O Senhor disse a Moisés: 2 — Diga aos filhos de Israel que me tragam uma oferta. De todo homem cujo coração o mover para isso, dele vocês receberão a minha oferta. 3 Esta é a oferta que dele vocês receberão: ouro, prata e bronze; 4 pano azul, púrpura e carmesim; linho fino; pelos de cabra; 5 peles de carneiro tingidas de vermelho e peles finas; madeira de acácia; 6 azeite para a iluminação; especiarias para o óleo da unção e para o incenso aromático; 7 pedras de ônix e pedras de engaste, para a estola sacerdotal e para o peitoral. 8 E farão para mim um santuário, para que eu possa habitar no meio deles. 9 Segundo tudo o que eu mostrar a você como modelo do tabernáculo e como modelo de todos os seus móveis, assim mesmo vocês o farão.

Embora Deus estivesse conduzindo os israelitas e já estivesse perto deles, instruiu Moisés a construir um santuário (Êx 25:8). Ele queria mostrar de modo visível e concreto que estava com eles. Apesar dos seus muitos erros, Ele não os havia abandonado. Assim, “quando foram aceitos pelo Senhor novamente” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas [CPB, 2022], p. 192), eles receberam a ordem divina, e começou a construção do santuário.

A Bíblia diz que Deus não habita em templos e edifícios feitos por mãos humanas (At 7:47-50). Ele é maior que o mais alto Céu, e até mesmo o Céu não pode contê-Lo. Paulo disse em Atenas: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Ele Senhor do Céu e da Terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” (At 17:24). Além disso, o rei Salomão declarou: “Mas será que, de fato, Deus poderia habitar na Terra? Eis que os céus e até o Céu dos céus não Te podem conter, muito menos este templo que eu edifiquei” (1Rs 8:27). O santuário deveria ser o lugar no qual Deus manifestaria Sua presença ao povo.

Os israelitas deveriam trazer uma oferta voluntária para a construção do santuário. Eles deveriam levar dádivas valiosas, incluindo ouro, prata, bronze, madeira de acácia, vários tipos de tecidos finos, azeite de oliva e especiarias.

Em Êxodo 25:10 a 27:21, encontramos inúmeros detalhes sobre o tabernáculo e suas cerimônias. Deus apresentou a Moisés um projeto contendo instruções específicas sobre como construir e mobiliar o tabernáculo, incluindo a arca da aliança, a mesa dos pães da proposição, o candelabro, os altares, os véus, as cores e as medidas.

Moisés teve que construir o tabernáculo de acordo com o modelo que Deus lhe mostrou (Êx 25:9, 40; 26:30), refletindo o santuário celestial (Hb 8:1, 2; 9:11). O santuário terrestre teve uma função essencial até a morte de Jesus e Seu ministério no santuário celestial, o que tornou o santuário terrestre desnecessário e sem validade – uma verdade revelada quando o véu do templo foi rasgado na morte de Cristo (Mt 27:51; Mc 15:38).

Quarta-feira, 03 de setembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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1 LIÇÃO da Escola Sabatina. O livro do êxodo. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, n. 521, jul. ago. set. 2025. Adulto, Professor.
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Poder para obedecer

Lições da Bíblia1:

3. Leia Ezequiel 36:26-28. Como a obediência acontece em nossa vida?

Ezequiel 36:26-28 (NAA)2: 26 Eu lhes darei um coração novo e porei dentro de vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. 27 Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei com que andem nos meus estatutos, guardem e observem os meus juízos. 28 Vocês habitarão na terra que eu dei aos seus pais. Vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.

Em três ocasiões, os israelitas declararam fervorosamente que obedeceriam a Deus (Êx 19:8; 24:3, 7). A obediência é importante, mesmo que a Bíblia ensine que nós, seres humanos, somos frágeis, deteriorados e pecadores. Essa triste verdade foi revelada não apenas na história do antigo Israel, mas pela história de todo o Seu povo.

Como, então, podemos seguir a Deus fielmente?

A boa notícia é que o que Deus ordena, Ele nos capacita a fazer. Essa ajuda não está dentro de nós, mas vem de fora, permitindo-nos fazer o que Deus requer. É obra Dele. No cerne de seu resumo teológico, Ezequiel deixa essa verdade bastante clara: somente Deus pode realizar um transplante de coração, e Ele o faz removendo nosso coração de pedra e substituindo-o por um coração sensível, de carne (Ez 36:26, 27). Josué lembrou ao seu público:

“Vocês não têm condições de servir ao Senhor” (Js 24:19, NVI).

Podemos decidir seguir a Deus. Esse é nosso papel. Temos que fazer a escolha de nos render a Ele – momento a momento, dia a dia. E isso porque não temos o poder de colocar em prática nem mesmo nossa escolha consciente de servi-Lo. Mas quando entregamos nossa fraqueza a Deus, Ele nos tornará fortes. Paulo disse: “Quando sou fraco, então é que sou forte” (2Co 12:10).

Leia Ezequiel 36:24-30, observando todas as vezes em que ocorre a palavra “Eu”: Deus traz de volta, purifica, tira, dá, põe e faz com que você possa observar fielmente Sua lei. O que Ele está fazendo, você fará. Ele Se identifica com você, e se você se conectar intimamente a Ele, as ações Dele serão suas ações. A união entre Deus e você será dinâmica, poderosa e vibrante.

Ezequiel 36:24-30 (NAA)2: 24 Eu os tirarei do meio das nações, eu os congregarei de todos os países e os trarei de volta para a sua própria terra. 25 Então aspergirei água pura sobre vocês, e vocês ficarão purificados. Eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos. 26 Eu lhes darei um coração novo e porei dentro de vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. 27 Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei com que andem nos meus estatutos, guardem e observem os meus juízos. 28 Vocês habitarão na terra que eu dei aos seus pais. Vocês serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. 29 Eu os livrarei de todas as suas impurezas. Farei vir o trigo, e o multiplicarei, e não trarei fome sobre vocês. 30 Multiplicarei os frutos das árvores e as colheitas do campo, para que vocês nunca mais passem vergonha entre as nações por causa da fome.

Novamente, a ênfase do texto está na ação de Deus: “Porei dentro de vocês o Meu Espírito e farei com que andem nos Meus estatutos, guardem e observem os Meus juízos” (Ez 36:27, grifo nosso). Deus ordena que as pessoas obedeçam e lhes dá poder para fazer isso. O que Deus requer do povo, Ele o ajuda a fazer. A obediência é dom de Deus (não apenas nossa realização), assim como a salvação também é um dom divino (Fp 2:13).

Se recebemos o poder de obedecer, por que achamos tão fácil cair em pecado?

Terça-feira, 02 de setembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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Vendo a Deus

Lições da Bíblia1:

Leia Êxodo 24:9-18. Que experiência extraordinária foi vivida pelos líderes de Israel?

Êxodo 24:9-18 (NAA)2: 9 Moisés, Arão, Nadabe, Abiú e setenta dos anciãos de Israel subiram o monte. 10 E viram o Deus de Israel, sob cujos pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. 11 Deus não estendeu a mão contra os escolhidos dos filhos de Israel; eles viram Deus, comeram e beberam. 12 Então o Senhor disse a Moisés: — Suba para junto de mim, no monte, e fique lá; darei a você tábuas de pedra, a lei e os mandamentos que escrevi, para que você ensine o povo. 13 Moisés se aprontou, juntamente com Josué, seu auxiliar, e subiu o monte de Deus. 14 Ele disse aos anciãos: — Esperem aqui até que voltemos para junto de vocês. Eis que Arão e Hur ficam com vocês; quem tiver alguma questão deve se dirigir a eles. 15 Tendo Moisés subido, uma nuvem cobriu o monte. 16 E a glória do Senhor pousou sobre o monte Sinai, e a nuvem o cobriu durante seis dias. No sétimo dia, do meio da nuvem o Senhor chamou Moisés. 17 Aos olhos dos israelitas, o aspecto da glória do Senhor era como um fogo consumidor no alto do monte. 18 E Moisés, entrando pelo meio da nuvem, subiu o monte; e lá permaneceu quarenta dias e quarenta noites.

Após o firme restabelecimento da aliança com Deus, Moisés subiu novamente o Sinai. No início da subida, Moisés não estava sozinho. Ele teve a excelente companhia de 73 líderes israelitas. Para os líderes, aquela foi a experiência suprema: eles viram Deus (o que chamamos de teofania), e duas vezes o texto destaca essa realidade surpreendente. Foi também um momento para que os líderes, comendo juntos, selassem a aliança com Deus. Foi um banquete, e o Senhor foi o anfitrião. Os líderes foram muito honrados por Deus.

No Oriente Médio, nos tempos bíblicos (e, até certo ponto, hoje), fazer uma refeição juntos era uma experiência muito importante, de grande honra e privilégio. Era um momento de oferecer perdão e formar vínculos de amizade. Significava que as pessoas estavam disponíveis para as outras e permaneceriam juntas em tempos de crise e dificuldades. Ao comer juntos, elas prometiam umas às outras, mesmo sem palavras, que se algo acontecesse a uma parte, a outra tinha o dever de vir e ajudar. Ser convidado para uma refeição era um tratamento especial que não era estendido a todos.

Ao mesmo tempo, recusar um convite era um dos piores tipos de insultos. Esse fato nos ajuda a entender as histórias do Novo Testamento em que Jesus Cristo foi duramente criticado por comer com pecadores (Lc 5:30). E, quando os crentes celebram a ceia do Senhor, eles também estabelecem esse vínculo próximo com outros crentes que são pecadores como eles. Durante essa refeição, celebramos o perdão e a salvação que temos em Jesus (ver Mt 26:26-30; Mc 14:22-25; 1Co 11:23-29).

Infelizmente, alguns daqueles que subiram com Moisés mais tarde caíram em pecado e perderam a vida (Lv 10:1, 2, 9). Embora tivessem vivido uma experiência tão profunda com Deus, não foram transformados ou convertidos por ela. Essa é a lição poderosa de que ter a verdade e privilégios sagrados não significa que estamos automaticamente convertidos. Depois de terem vivenciado tudo isso, aqueles homens deveriam ser os últimos a cometer o que, tragicamente, fariam mais tarde.

Reflita sobre os privilégios dos filhos de Arão. Que advertência isso nos traz, como adventistas, sobre os privilégios da luz que recebemos e sobre a nossa responsabilidade?

Segunda-feira, 01 de setembro de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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O livro e o sangue

Lições da Bíblia1:

1. Leia Êxodo 24:1-8. Quais funções a leitura da Palavra de Deus e a aspersão do sangue desempenharam na confirmação da aliança entre Deus e Seu povo?

Êxodo 24:1-8 (NAA):  1 Deus disse a Moisés: — Subam para junto do Senhor, você, Arão, Nadabe, Abiú e setenta dos anciãos de Israel; e adorem de longe. 2 Só Moisés se aproximará do Senhor; os outros não se aproximarão, nem o povo subirá com ele. 3 Moisés foi e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos. Então todo o povo respondeu a uma voz e disse: — Tudo o que o Senhor falou nós faremos. 4 Moisés escreveu todas as palavras do Senhor e, tendo-se levantado de manhã cedo, edificou um altar ao pé do monte e ergueu doze colunas, segundo as doze tribos de Israel. 5 E enviou alguns jovens dos filhos de Israel, os quais ofereceram ao Senhor holocaustos e sacrifícios pacíficos de novilhos. 6 Moisés pegou a metade do sangue e o pôs em bacias; e a outra metade aspergiu sobre o altar. 7 Depois pegou o livro da aliança e o leu para o povo. E eles disseram: — Tudo o que o Senhor falou nós faremos e obedeceremos. 8 Então Moisés pegou aquele sangue, e o aspergiu sobre o povo, e disse: — Eis aqui o sangue da aliança que o Senhor fez com vocês de acordo com todas estas palavras.

O Deus vivo da Bíblia é o Deus dos relacionamentos. Para nosso Senhor, o mais importante não é um objeto ou cronograma, mas a pessoa. Assim, Ele dedica bastante atenção às pessoas, e o propósito principal de Suas ações é construir um relacionamento pessoal com os seres humanos. Afinal, um Deus que “é amor” (1Jo 4:8) teria que ser um Deus que Se importasse com relacionamentos, pois como pode haver amor sem relacionamentos?

Jesus disse: “E Eu, quando for levantado da Terra, atrairei todos a Mim” (Jo 12:32). Deus está interessado não apenas em nosso comportamento ético, na doutrina correta ou em um conjunto de ações adequadas, mas, acima de tudo, em um relacionamento pessoal e profundo conosco. As duas instituições estabelecidas na criação (Gn 1 e 2) tratam de relacionamento: a primeira envolve o relacionamento vertical com Deus (o sábado), e a segunda, o relacionamento horizontal entre seres humanos (o casamento).

A confirmação da aliança no Sinai teve o objetivo de reforçar o relacionamento especial que Deus desejava ter com Seu povo. Naquela cerimônia, o povo disse duas vezes: “Tudo o que o Senhor falou faremos” (Êx 24:3, 7). As pessoas realmente queriam fazer isso, mas não conheciam sua própria fragilidade e falta de poder. O sangue da aliança foi aspergido sobre o povo, indicando que somente pelos méritos de Cristo Israel seria capaz de seguir as instruções de Deus.

Não queremos aceitar que nossa natureza humana seja frágil, vulnerável e completamente pecaminosa. Temos uma tendência inerente ao mal. Para sermos capazes de fazer o bem, precisamos receber uma ajuda de fora de nós mesmos. Essa ajuda vem somente do alto, do poder de Deus, de Sua Palavra e do Espírito Santo. E mesmo com tudo isso à nossa disposição, facilmente caímos, não é verdade?

É por isso que um relacionamento pessoal e próximo com Deus era tão essencial para o povo daquela época, no Sinai, quanto é para nós hoje.

“Tudo o que o Senhor falou nós faremos.” Quantas vezes você disse a mesma coisa, mas depois falhou? Qual é a única solução?

Domingo, 31 de agosto de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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2 BÍBLIA Sagrada. Traduzida por João Ferreira de Almeida. Revista e Atualizada no Brasil. Edição Revista e Atualizada no Brasil, 3. ed. (Nova Almeida Atualizada). Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2017.

A aliança e o modelo

Lições da Bíblia1:

“Moisés foi e transmitiu ao povo todas as palavras do Senhor e todos os estatutos. Então todo o povo respondeu a uma voz e disse: – Tudo o que o Senhor falou nós faremos” (Êx 24:3).

Leituras da semana: Êx 24; 1Co 11:23-29; Lv 10:1, 2; Ez 36:26-28; Êx 25:1-9; 31

Como seu Deus, Criador e Redentor, o Senhor desejava estar com Seu povo e habitar no meio dele. Deus nos criou para vivermos em profunda comunhão com Ele. No entanto, se relacionamentos significativos com outras pessoas só se constroem com tempo e dedicação, o mesmo é verdade em nosso relacionamento vertical com Deus. Essa pode ser uma experiência edificante e de muito crescimento, mas somente se passarmos tempo com Ele. Em termos práticos, significa estudar Sua Palavra (na qual Deus fala conosco), orar (quando abrimos o coração para Deus) e testemunhar aos outros sobre a morte, ressurreição e volta de Cristo (envolvendo-nos na missão de Deus). À medida que o Senhor nos abençoa, seremos um canal de bênçãos para os outros.

O foco deve estar em Deus, não em nós mesmos (Hb 12:1, 2). Ao nos conectarmos com Ele, Deus nos capacita a seguir Seus ensinos, o que significa obedecer à Sua Palavra. Não é de admirar que a geração de seguidores de Cristo do tempo do fim seja descrita como aqueles “que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus” (Ap 14:12).

Na verdade, é simples: amamos a Deus e, por causa desse amor, O obedecemos.

Sábado, 30 de agosto de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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Vingança

Lições da Bíblia1:

6. “Meus amados, não façam justiça com as próprias mãos, mas deem lugar à ira de Deus, pois está escrito: ‘A Mim pertence a vingança; Eu é que retribuirei, diz o Senhor’” (Rm 12:19, citando Dt 32:35). Que promessa e mandamento são encontrados nesses versículos? Como eles estão intimamente relacionados?

Até que o Senhor trouxesse a justiça eterna, era dever dos juízes do antigo Israel implementar a lei e determinar punições justas quando ocorresse dano ou lesão. Mas primeiro eles precisavam dos fatos. O problema era que os mestres da lei da época de Cristo aplicavam essa lei de uma forma que abria a porta para a vingança pessoal. Ao fazer isso, o princípio foi tirado de seu contexto, e o propósito original foi distorcido. Consequentemente, eles acabavam defendendo exatamente o que a lei proibia!

7. Leia Mateus 6:4, 6; 16:27; Lucas 6:23; 2 Timóteo 4:8. O que esses textos nos dizem sobre como Jesus via os princípios de recompensa e punição?

Mateus 6:4, 6 (NAA)2: 4 para que a sua esmola fique em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa. […] 6 Mas, ao orar, entre no seu quarto e, fechada a porta, ore ao seu Pai, que está em secreto. E o seu Pai, que vê em secreto, lhe dará a recompensa.

Mateus 16:27 (NAA)2: Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um conforme as suas obras.

Lucas 6:23 (NAA)2: Alegrem-se naquele dia e exultem, porque grande é a recompensa de vocês no céu; porque os pais dessas pessoas fizeram o mesmo com os profetas.

2 Timóteo 4:8 (NAA)2: Desde agora me está guardada a coroa da justiça, que o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda.

Jesus não era contra o princípio de recompensa e punição. Justiça é uma questão de princípio; é parte essencial da vida. No entanto, ninguém deve assumir, por si mesmo, o papel de juiz, júri e “carrasco”. Quão fácil seria distorcer a justiça! Não cabe a nós retribuir o dano. Se precisamos lidar com o mal, isso deve ser realizado por um tribunal constituído – é o trabalho dos juízes.

Nesse contexto, Jesus disse que devemos ser perfeitos “como é perfeito o Pai […] que está no Céu” (Mt 5:48). Como podemos ser perfeitos como o próprio Deus? O amor altruísta é a característica essencial de Deus. Ele ensina Seus filhos a amar seus inimigos e a orar por aqueles que os perseguem. A verdadeira perfeição é amar, perdoar e ser misericordioso (Lc 6:36), mesmo em relação àqueles que não merecem. Esse princípio, e as ações as quais ele conduz, é o que significa refletir o caráter de Deus.

Como podemos aprender a amar da maneira que nos é ordenado? Por que isso sempre envolve morrer para si mesmo?

Quinta-feira, 28 de agosto de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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Olho por olho

Lições da Bíblia1:

5. Leia Mateus 5:38-48. Como Jesus interpretou o significado da lei do “olho por olho, dente por dente”? Como devemos aplicá-la hoje?

Mateus 5:38-48 (NAA)2: 38 — Vocês ouviram o que foi dito: “Olho por olho, dente por dente.” 39 Eu, porém, lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém lhe der um tapa na face direita, ofereça-lhe também a face esquerda. 40 Se alguém quer processar você e tirar-lhe a túnica, deixe que leve também a capa. 41 Se alguém obrigar você a andar uma milha, vá com ele duas. 42 Dê a quem lhe pede e não volte as costas ao que quer lhe pedir emprestado. 43 — Vocês ouviram o que foi dito: “Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo.” 44 Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, 45 para demonstrarem que são filhos do Pai de vocês, que está nos céus. Porque ele faz o seu sol nascer sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. 46 Porque, se vocês amam aqueles que os amam, que recompensa terão? Os publicanos também não fazem o mesmo? 47 E, se saudarem somente os seus irmãos, o que é que estão fazendo de mais? Os gentios também não fazem o mesmo? 48 Portanto, sejam perfeitos como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu.

No Sermão do Monte, Jesus Cristo citou textos do AT com os quais Seus ouvintes certamente estavam familiarizados. No entanto, Ele falou contra as interpretações rabínicas comuns, que ao longo dos séculos haviam se afastado do propósito original dessas leis. Ou seja, a tradição humana não apenas escondeu o propósito da Palavra de Deus, mas, em vários casos, distorceu seu significado e intenção (pense, por exemplo, nas leis que os fariseus criaram a respeito do sábado). Jesus estava restaurando essas leis ao seu propósito original.

No Sermão do Monte, ao dirigir Seus ouvintes de volta à intenção e significado originais dos textos bíblicos, Jesus estava buscando corrigir algumas dessas interpretações equivocadas.

Ele disse: “Vocês ouviram o que foi dito […]. Eu, porém, lhes digo” (Mt 5:38). O texto de Êxodo 21:24, que menciona “olho por olho, dente por dente”, é conhecido como lex talionis, ou lei de talião. Essa frase também ocorre em outras partes da Bíblia (Lv 24:20; Dt 19:21).

A intenção original dessa lei era impedir que as pessoas fizessem “justiça com as próprias mãos” e, assim, evitar toda forma de vingança pessoal. Ela deveria acabar com as rixas de sangue ou retaliação sem que houvesse um julgamento prévio. Os danos tinham que ser avaliados pelos juízes e, então, a compensação monetária adequada seria estabelecida e paga. A justiça deveria ser feita, mas de acordo com a lei de Deus.

Jesus Cristo, que deu essas leis sociais a Moisés, sabia o propósito dessa lei; portanto, Ele poderia aplicá-la de forma objetiva, de acordo com sua intenção original. O motivo por trás dela era trazer justiça e reconciliação restaurando a paz.

Alguém poderia argumentar que, em certo sentido, a justiça envolvia algum tipo de vingança. No entanto, a aplicação correta dessas leis era uma tentativa de encontrar o equilíbrio adequado entre justiça e vingança.

Saber que um dia a justiça será feita nos ajuda a lidar com a injustiça do mundo?

Quarta-feira, 27 de agosto de 2025. Saiba mais, faça gratuitamente um Curso Bíblico

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